Capítulo 7

Richard John Grayson / Asa Noturna
Budhaven, 05 de fevereiro de 2019.

Levantando depressa, Richard Grayson se viu sem parte do seu uniforme, tendo a máscara e todo um aparato que o levou a concluir que talvez tivesse vindo parar num hospital.

Pensando em tudo que fez, mesmo que tivesse vindo em flashes rápidos algumas cenas, precisou de alguns segundos antes de concluir que veio até a casa de Rachel Roth e não havia como estar num hospital, clínica ou algo do gênero.

— Que lugar é esse? — falando confuso, ele demora a conseguir se sentar.

Abrindo uma porta, Rae passa por ela usando uma camisa social branca, descalça e com seu cabelo bem bagunçado.

Trazendo o que parecia uma prancheta.

— Ah, você já acordou? — pensando alto continua a escrever em sua prancheta.

Achando aquela uma imagem bem sexy, Dick sorri, pensando que não se importaria em vê-la todos os dias acordando assim.

— Estou prestes a sair para resolver um problema, mas peço que você fique aqui, ok? Minha mãe está aqui e ela não gosta de vigilantes...

Pensando se talvez não fosse mais prudente ficar por lá, Richard lembrou a si mesmo que apagou e sua boca parecia que andava comendo areia enquanto dormiu.

— Quanto tempo estou aqui? — Dick perguntou a Rachel que depressa olhou para o seu relógio.

— Bem, três dias e algumas horas. Você realmente precisava descansar. Fique aqui, tudo bem? Preciso ir a delegacia...

— Fazer o quê? — Grayson se faz de desentendido enquanto se espreguiça.

— Meu parceiro sumiu a três dias. Vou dar queixa do desaparecimento dele. Não faça barulho, vou trazer alguma coisa antes de sair...

Não podendo esboçar nada menos que sua cara de paisagem, o vigilante a olha de cima a baixo antes de concordar e aguardar que Rachel voltasse com uma bandeja cheia de frutas, sucos e coisas leves.

— Devagar com o que vai comer. Não quero ter que refazer os pontos, ok...? Vou indo, comporte-se.

A vendo sair, Richard Grayson ainda espera alguns segundos antes de ir até a porta e empurrá-la, se vendo no quarto de Rachel, onde havia desmaiado dias atrás.

— O que leva uma mulher a ter um troço desses em casa? — pensando alto fecha a porta do quarto, já que a mãe de Rae estava presente e poderia o flagrar ali.

Vendo uma janela por lá, a usou para sair sem ser visto, indo correndo para seu apartamento, onde tomou um banho e se sentou em seu sofá, ligando seu telefone.

Haviam quase trezentas ligações não atendidas.

Quase todas de um número que ele lembrava ser de Rachel e de alguns amigos do trabalho, além da produção do programa.

— Nossa. Que merda, cara... Como é que vou me explicar? — pensa consigo mesmo antes de começar a digitar no celular.

“NÃO ESTOU MORTO. PEGUEI UMA GRIPE E EM ALGUNS DIAS ESTAREI DE VOLTA. AVISA AO CHEFE, POR FAVOR!” — enviou para todos que logo começaram a responder cada um a sua forma.

Rachel foi a única que visualizou, mas não respondeu.

— Tudo isso pra fingir que não se importa comigo — Richard comentando consigo desliga seu celular e vai pra sua cama.

Ainda bem que havia a deixado sem sequer receber alta. Caso contrário, teria se sentido um idiota por ser tão legal com ela.

— Quando ela me achar como vigilante, capaz de me dar um tiro e terminar o serviço dos caras lá por ela mesma...

Pensando consigo o herói vai tentar pesquisar sobre as gangues da cidade, mas nada além de Reese retorna nas suas buscas.

Os caras de quem ouviu a conversa eram de fora, mas de fora onde?

Algo o dizia que Rachel sabia muito sobre eles, com isso resolveu dar um jeito nele mesmo e ficar de boa por uns dias, antes de ir atrás da mulher.

O que provou ser uma ótima ideia, pois toda delegacia notou que ela ficou preocupada, pedindo para que viessem o checar e ver se estava tudo bem.

Assim foi até os pontos melhorarem, graças a ótima médica que ela era, além do cuidado que teve nos três primeiros dias, que ao que Richard notou, deixaria o lugar sem marcas.

Se Rae não fosse tão imatura, poderiam fazer uma ótima dupla, no que dizia respeito à ele sempre poder contar com Rachel e sua habilidade com pontos e remoção de balas.

Havia acabado de tomar um banho, até mesmo estava de toalha, quando sua campainha tocou e depressa Richard Grayson jogou uma camisa sobre seu peito para cobrir onde estava os seus pontos, indo atender a porta.

Ia mandar que o próximo policial a mando de Roth voltasse a delegacia e a mandasse vir pessoalmente já que estava tão louca para saber dele, isso é, até dar de cara com a própria Rachel Roth fardada do lado de fora de seu apartamento.

— Quem morreu? — Dick fala sem pensar muito.

Entrando agitada, Rae leva a mão até a testa dele, o faz segurar sua maleta, preta com um único pássaro desenhado, o guiando para sala.

— Já foi ao médico?

Ignorando a pergunta dele, Rachel se põe a fazer exames superficiais,bastou que ela fizesse menção de tirar a camisa do ombro dele, para que Richard a impedisse dizendo:

— Já. Estou medicado e quase curado... O que quer? — soou mais rude do que deveria.

O olhando séria, Rachel continua a mexer em Dick, que depressa sente seu corpo reagir ao calor das mãos dela.

— Ver você — a policial fala direta o olhando nos olhos.

Pensar em quão boas elas eram deslizando por seu corpo, arranhando suas costas e até mesmo o puxando para mais perto era maravilhoso.

— Só ver? — ele provocando a mulher sorri ao sentir ela ficar mais tensa.

Precisava a agradecer por tudo que o fez. Nada melhor que sexo para isso. Especialmente quando sua enfermeira era gostosa e não um senhor de quase sessenta anos de idade como Alfred.

— Sim. E agora que vi, vou indo. Deixe de ser frouxo e vá trabalhar. Temos casos até o pescoço para resolver — Rachel Roth o olhou zangada, fechando sua bolsa e saindo irritada do apartamento.

Tudo bem, se como Richard não poderia agradecê-la, ao menos como Asa Noturna o faria.

Vestindo seu uniforme, tomou cuidado para não forçar seus pontos, indo a casa da mulher, que para sua surpresa estava quase vazia.

—... Não se preocupe, mãe. Vou dormir aqui hoje só pra terminar de passar tudo amanhã pra transportadora, beijo! — despede-se da mulher, subindo as escadas apressada.

Colocando o som para tocar The Weeknd, Rachel começa a tirar seu uniforme, numa performance hilaria de um striptease, indo para o banheiro onde foi tomar um banho.

Sem se dar conta que Richard a observava em silêncio do cômodo sem luzes da casa.

— Finalmente as coisas vão andar! Glória a Deus! — escuta ela gritar do banheiro ao entrar no quarto.

A sala de cirurgia improvisada havia se tornado um closet e até mesmo o quarto parecia mais vazio, com exceção a cama de Rachel, dorsel que permanecia lá.

Desligando as luzes do cômodo e do corredor, Dick se manteve em silêncio até que a mulher desligou o chuveiro e o fez ir para o lado da porta do banheiro, por onde ela passou sorridente usando lingerie.

— Boa noite. — saúda com calma Rae que parece levar um susto.

— Posso saber porque você não esperou receber alta? — Rachel o recriminando como fazia a criminosos, faz Richard sorrir.

Com seus cabelos molhados, ela tentava os secar com uma toalha a fim de não molhar o piso de madeira. Algo inteligente, já que deveria estar indo embora daquela casa em breve.

— Bem, eu ouvi alguém e achei que sua mãe poderia me ver, então... Resolvi poupá-la de maiores dores de cabeça — mente para a oficial e fica em silêncio, pensativa.

Pensando se confiaria ou não no que havia a dito. Inclinando-se na primeira opção, provavelmente num gesto de boa fé.

— Minha mãe jamais saberia que havia alguém naquele cômodo, mas agradeço sua preocupação...

— E o seu parceiro? Nadando com os peixes ou vivo e bem? — ele muda de assunto a olhando nos olhos.

Constrangida, Rae vai até uma mala sobre a cama e tira de lá um pedaço de papel, que parece ler antes de dizer:

— Foi você quem deixou isso?

Pegando o papel, lê o bilhete próximo a luz do abajur, única ainda acesa, que faz um arrepio estranho subir pela sua coluna. O papel era comum, a escrita estava bem mal feita e parecia apressada. Ainda sim, era óbvio o que ele queria dizer:

“Vejo você em breve....”

— Isso me soou como uma ameaça, tem alguém em mente?

Parecendo ficar pensativa, ela apenas nega com a cabeça e tira o bilhete das mãos do homem, o guardando novamente em sua bolsa.

Aquilo simplesmente acabou com qualquer tesão que pudesse haver. Isso até que ela vai até sua bolsa e tira de lá saltos, que colocou, seguidos por um um robe transparente que ela parecia bem a vontade de usar.

— Pelo menos meia parte dos criminosos daqui. Sou tira, então... — responde sem entrar em detalhes, sorrindo para a tela do celular que brilhava.

— Namorado controlador? — sugeriu se aproximando dela que apenas respirou fundo.

— Irmão mais velho protetor. Ele está na entrada esperando para subir com a noiva...

A olhando do jeito que estava vestida, Dick ainda pensou em algo que pudesse fazer sentido sobre o porquê dela se vestir daquela forma para ser visitada por seu irmão mais velho e a noiva, mas não encontrou nada que soasse menos que sexual. E incestuoso.

— Não é nada disso! Sou modelo da noiva dele! Ela veio ajustar algumas peças. Agora fora daqui! Nem sei o porque te expliquei isso... — reclamando faz o vigilante rir.

Talvez porque ela se importasse com o que ele pensava. Conclusão feliz que o levou a sair depressa de lá.


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