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OBS: Não postei ontem por motivos de não ter conseguido terminar o capítulo. A faculdade tá uma correria, mas postando hoje🎃
Capítulo corrigido, mas se houver erro podem me avisar, às vezes passa despercebido quando reviso.
Votem e comentem 💛 Façam uma autora feliz.
“I was him”
•Draco
Sentia o corpo do Harry rígido em meu abraço, os nós dos seus dedos estavam brancos ao segurar o guidão da moto com força.
Desde que recebemos a coruja dos nossos amigos, ele não falou mais nada. Eu sabia que ele estava com medo por mais que não falasse.
Acariciei sua barriga de leve por cima da camisa para mostrá-lo que eu estava ali e o apertei em meus braços.
Eu também não conseguia verbalizar o que eu sentia.
O Potter estacionou a moto em frente ao prédio que morava e me esperou descer para que pudesse fazer o mesmo. Entreguei o capacete em suas mãos e o grifinório aproveitou para segurar a minha mão entrelaçando nossos dedos.
– Draco... – ele suspirou pensando no que dizer, mas não continuou a frase.
– Vou sentir sua falta – sussurro.
Eu gosto tanto de você...
– E diziam que você não tinha um coração – tenta descontrair.
Tenho e ele está partido.
– Dizem muitas coisas sobre mim – dou de ombros.
– Fico feliz por ter te conhecido – ele sorri e junta nossos lábios num beijo lento sem qualquer intenção a mais.
– Que bom que vocês chegaram – o Neville abre a porta da frente – Eu disse que eram eles – avisa para alguém que estava lá dentro.
– O que descobriram? – o Harry se sentou no chão ao lado da Mione e da Lovegood, enquanto eu fui sentar no colo da Pansy que estava na poltrona.
– A Hermione me contou que vocês procuravam algo da corvinal – a garota loira explica – Então lembrei da história do diadema perdido de Helena Ravenclaw.
– Diadema perdido... Que ótimo – o Ron murmura dando ênfase na palavra perdido.
– Sei que está em Hogwarts – a garota garante – É o que dizem.
– Mas é só uma história, não? – o Blaise questiona.
– Você tem uma ideia de como é esse diadema? – pergunto lembrando de algo.
– Tem uma estátua da Rowena usando o Diadema no nosso salão comunal – a corvinal explica – Posso desenhar – ela sugere.
– Isso – o Harry empurra um papel na direção dela e uma pena.
A garota esboça o diadema e eu tenho total certeza de já ter visto.
– Eu sei onde está – afirmo sorrindo de canto.
– Sabe? – a Mione me olha surpresa.
– Eu passei muito tempo na sala precisa durante o meu sexto ano – respondo sem entrar em detalhes sobre o que eu fazia para os comensais ou o plano para matar Dumbledore.
– O que estamos esperando? – o Harry questiona olhando para os outros.
– Como vamos entrar em Hogwarts? – a Granger pergunta – A escola foi tomada.
– A Ginny pode ajudar – o Neville responde.
– Mas como? – o Ron olha para ele em dúvida ao falar da sua irmã.
– Ela tem um jeito de nos colocar lá dentro – afirma – Só não sei como não vamos chamar atenção ao chegar em Hogsmeade.
– Vai ter que ser de um por um – o Blaise opina – Para onde vamos?
– Cabeça de javali – o grifinório respondeu.
– Beber essa hora não é uma boa ideia – o Ron comenta.
– Lá tem uma passagem – ele nos explica – Eu vou na frente para organizar tudo.
O Neville foi o primeiro a aparatar.
Estávamos dando uns minutos de diferença para que cada um aparatasse para Hogsmeade.
Todos aparentavam nervosismo. Era um momento que a gente imaginava que fosse acontecer, mas viver aquilo estava sendo completamente diferente.
Fiquei por último e aparatei junto com o Harry. Ele sobre a capa de invisibilidade e eu sem nada, afinal de contas eu era um comensal.
Guiei o Potter em direção ao bar esquisito que era frequentado por pessoas mais perigosas ou estranhas. Nossos amigos nos esperavam lá dentro e nós nos juntamos a eles.
– Ela já vem – o homem que lembrava o Dumbledore nos disse.
Olho o quadro vazio na parede e vejo a imagem de duas mulheres caminhando em nossa direção.
– Todos estão animados para ver vocês – a ruiva fala animada quando o quadro de abre revelando um buraco na parede.
Seguimos pelo túnel com o caminho sendo iluminado pela luz das nossas varinhas. Chegamos numa sala com bandeiras de várias cores representando as quatro casas de Hogwarts.
Alunos de diferentes casas enchiam o local, espalhados por redes ou camas.
– É ele mesmo? – ouvi alguns sussurrarem.
– O Harry Potter! – outros exclamavam surpresos.
– O que é tudo isso? – o Ron pergunta para a irmã mais nova.
– A resistência – a garota ruiva fala firme – Queremos lutar – diz com convicção.
– Que lugar é esse? – o Blaise questionou – Nunca vi um lugar assim antes aqui em Hogwarts.
– A sala precisa – a grifinória sorri de canto – Qual é o plano? – ela pergunta.
– Não posso dizer – o Harry dá de ombros.
– Queremos ajudar – um garoto diz.
– Precisamos encontrar algo – a Mione explica sem dar muitos detalhes – Não vamos conseguir manter em segredo que estamos aqui.
– Nos cobrimos vocês – a Weasley mais nova diz.
– O Blaise e eu vamos com eles – a Pansy avisa.
– Vou com vocês – o Neville se prontifica.
Depois que todos os alunos deixam a sala, nós ficamos sozinhos naquele corredor. Então eu olho para parede vazia e penso naquele lugar que visitei várias vezes. O local parecia um depósito, cheio de coisas diversas. Daria um trabalho e tanto para achar o diadema.
Avisto o objeto em cima de uma estante muito alta em meio a livros e uma cabeça de mármore que antes deveria pertencer a uma estátua.
– Accio Diadema – o Harry exclama e o objeto voa para sua mão.
– Como vamos destruir isso? – questiono.
– Nunca imaginaria... Draco Malfoy um traidor do sangue – ouço a voz do Nott me interromper e o vejo apontando a varinha para nós.
– Nott não precisa disso – eu digo tentando parecer calmo.
– Eu achava que você estava se divertindo com esses perdedores – o garoto fala enojado – Mas você era um espião! O que eu ganharia se entregasse você para o seu pai? – ele se pergunta sorrindo de canto.
– Somos muitos e você um só – o Potter diz – Não tente lutar contra a gente.
– Harry Potter... – ele sorri – Eu já te vi antes, não? – o Theo lembra do dia que encontrou com a gente na saída do Caldeirão furado, enquanto todos procuravam o Harry – Você está tão ferrado, Draco! – gargalha.
– Nott, nós somos amigos... você não precisa fazer isso – digo para ele.
– Você é um traidor e vai morrer como eles – fala firme – Avada kedavra!
– Expelliarmus! – o Harry grita
– Crucio – exclamo.
– Bombarda – a Luna aponta a varinha.
– Confringo – a Hermione usa o feitiço que causa uma explosão.
– Estupefaça – o Ron também usa um feitiço para atacá-lo.
– Fogomaldito – o Nott usa um feitiço e a sala inteira começou a pegar fogo.
Nós conseguimos usar algumas vassouras que estavam guardadas ali para voar sobre as chamas e nos tirar daquela sala.
Procurei o Harry no ar e o vejo voltar para o caos de fumaça. Fico parado preocupado o esperando voltar, então sou pego de surpresa ao vê-lo trazendo um Nott desmaiado em sua vassoura.
– Você poderia ter morrido – o Ron reclama ao sairmos da sala.
– Estou bem – o tranquiliza – Só não podia deixá-lo morrer – grifinório! Eu penso.
– E o Diadema? – questiono.
– O fogomaldito vai queimá-lo – a Mione nos explica que era uma magia negra muito forte.
Vemos uma correria em direção ao Grande salão e os professores ficam estupefatos ao nos ver aqui.
– Os comensais estão vindo – a professora MacGonagall nos avisa – Os professores fizeram um círculo de proteção em volta da escola.
Os alunos menores de idade estavam sendo mandados de volta para as suas casas. E os maiores de idade que preferiram ficar e lutar ao nosso lado eram bem-vindos.
– Sei que estão se preparando para lutar – uma voz ecoa – Seus esforços são inúteis. Não podem me vencer – era o Voldemort – Entreguem-me Harry Potter até a meia noite e ninguém se machucará – então o silêncio voltou.
– Isso não vai acontecer – a Mione garante e o Harry me olha.
As vozes se tornam altas novamente com a expectativa das pessoas. Me afasto do aglomerado de gente quando sinto a marca em meu braço arder.
– Sua marca? – minha melhor amiga pergunta.
– Preciso ir pra casa – explico.
– Toma cuidado – a morena me diz.
– Você também Pansy – sorrio.
Voltei para a mansão Malfoy, enquanto meus amigos ficaram em Hogwarts esperando a batalha que iria começar. Minha marca ardia e eu não queria preocupá-los naquele momento.
Estávamos sendo convocados para guerra, ele sabia que o Harry estava lá. Ainda que o Potter se entregasse, o Lorde das trevas invadiria a escola de magia e bruxaria do mesmo jeito.
Me olhei no espelho usando as vestes negras e coloquei a máscara de ferro para cobrir o meu rosto. Um verdadeiro comensal da morte.
Era o reflexo do meu pai que eu via no espelho. Eu sempre quis ser igual a ele, mas ironicamente agora que eu consegui, essa ideia me assustava.
– Você sumiu e ... – ouço a voz do Harry e o encaro jogando a máscara de ferro no chão – Eu vim me despedir... – eu via o horror em seus olhos.
– Harry... – sussurro, mas ele dá um passo para trás e aparata.
Merlin!
Eu não o julgava... Também me assustei ao me ver assim.
– Eu gosto tanto de você Potter... – digo para o quarto vazio – É uma pena que a nossa despedida tenha sido assim.
Me sentei no chão do quarto e olho para o desenho em meu braço como se pudesse arrancá-lo da minha pele na força do ódio.
Estico o braço para alcançar a máscara e levanto do chão com a expressão séria.
Eu não conseguiria lutar contra os meus amigos, mas me mantenho firme.
Seguro a maçaneta da porta, mas percebo que ela já estava aberta e minha mãe entra na mesma hora.
– Não quero que você vá, Draco – ela fala apressadamente – É perigoso.
– Mãe... – eu a olho sem entender – O papai... – tento explicar.
– Eu dou um jeito – ela me diz – Vá Draco – ordena.
Largo a máscara e retiro a capa. Deixo um abraço apertado na minha mãe antes de aparatar.
Volto a Hogwarts e vejo as pessoas lutando. As pessoas da Ordem, professores e alunos lutavam contra os comensais da morte que tinham acabado de invadir a escola.
É meio desnorteante entrar assim na batalha, mas consigo focar a tempo de gritar para o um dos gêmeos Weasley que iria ser acertado com uma maldição da morte.
– Weasley, cuidado! – grito para um dos gêmeos irmãos do Ron e ele usa um feitiço de proteção. Acho que aquele era o Fred.
– Obrigado, Malfoy – ele grita de volta ao conseguir acertar quem o atacou.
Luto junto com os meus amigos e vejo os comensais se surpreenderem ao ver a posição que eu tomei. Sorte a minha que a tia Bella não me viu quando foi atingida por um feitiço lançado pela senhora Weasley.
Procurei o Harry, mas não conseguia encontrá-lo naquela loucura. Quando o Voldemort chamou os comensais de volta e nos deixou cuidar dos mortos e feridos. E pediu pelo Potter mais uma vez ao culpá-lo pelas mortes, foi que tudo acalmou e eu voltei a procurá-lo.
Tiveram baixas dos dois lados e o clima do lugar era péssimo. Vejo o Neville com o rosto sangrando e me aproximo dele.
– Tudo bem? – pergunto o ajudando com o feitiço.
– Obrigado – sorri de canto – Tô bem.
– Você viu o Harry? – perguntei ao garoto.
– Ele foi levar um dos corpos lá pra dentro – me explica.
Prendo a respiração. Eu sabia o que ele tinha ido fazer.
Tentei me manter calmo ao ajudar os feridos com os conhecimentos que eu adquiri no Saint Mungus. Muitas pessoas precisavam de mim agora.
•
Todos estavam preocupados com o sumiço do Harry, mas eu sabia o que realmente tinha acontecido. Meu peito estava apertado e eu queria chorar.
Vemos um grande exército marchar em direção a Hogwarts. Nos juntamos perto da entrada dos grandes portões de ferro e a imagem do Hagrid carregando um corpo nos braços nos assusta.
Sinto uma lágrima solitária escorrer pela minha bochecha.
– Vocês lutaram bravamente – Voldemort nos parabeniza – O herói de vocês foi pego fugindo... – mentiroso! – Mas eu venci e darei uma chance... Aqueles que quiserem poderam se juntar a nós.
Meu pai me olhou em expectativa, mas eu não me movi.
– Venha, Draco – meu pai estendeu a mão direita. Aquela era uma ordem velada.
– Não – neguei veementemente sentindo a marca queimar minha pele.
A Pansy segura em meu ombro para me encorajar, enquanto a Mione a abraçava pela cintura. O Blaise estava ao lado da cacheada e segurava o ombro do Ronald. O Neville acenou com a cabeça para mim ficando ao meu lado, a Luna e a Ginny se juntaram a nós.
Pelo Harry e por todos aquele que se foram.
•••
Próximo capítulo é o último e ainda tem um epílogo. Talvez eu acrescente mais um capítulo, mas vai depender do que eu escrever.
– Ella
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