0.3
Capítulo corrigido, mas se houver algum erro pode me avisar.
Votem e comentem 💛 Me incentiva a continuar escrevendo.
“I like yor tattoo”
•Harry
Depois daquele turbilhão de lembranças tento me manter calmo para pilotar a minha moto apelidada de Sirius – em homenagem ao padrinho que eu não cheguei a conhecer.
O vento frio no caminho de volta para Londres fazia minha jaqueta movimentar, mas não era o frio que me incomodava e sim a dor que irradiava da minha cicatriz e que me dava a sensação da minha testa estar pegando fogo. Por anos o raio em minha testa era apenas um lembrete de um acidente, mas saber a história por trás dela me deixava ainda mais triste.
Ainda havia uma grande lacuna entre o momento em que minha memória foi apagada e o momento em que eu fui acordado na segunda-feira pelo tio Valter aos berros me dizendo que eu iria atrasar a viagem do Duda à Academia Smeltings e que St. Brutus não tolerava atrasados preguiçosos como eu.
Não cheguei a ver o rosto de quem lançou o feitiço.
Será que meus tios sabiam o que tinha acontecido?
[...]
Chego à Charing Cross e procuro o lugar que a Minerva havia me dito. A primeira vista parecia uma loja velha em ruínas, mas em seguinte era um pub e hospedaria bruxo chamado Caldeirão Furado que servia como passagem do mundo trouxa para o beco Diagonal.
Lembro-me de ter vindo aqui com o Hagrid, do guarda chuva batendo nos tijolos e da entrada para o beco diagonal. As lembranças pareciam tão distante como se eu nunca tivesse vivido aquilo.
Entro no local e as pessoas me olham estranho, mas ninguém parece me reconhecer. Olho a foto engraçada que se movimentava e vejo os dois adolescentes – uma garota morena de cabelos cacheados e um garoto ruivo. Procuro por eles entre as pessoas vestidas de forma esquisita e os encontro discutindo numa mesa afastada.
Caminho até onde eles estavam e param de brigar ao me ver sentar à mesa junto com eles.
– Desculpa, esse lugar está ocupado – a morena me diz.
– Estamos esperando uma pessoa – o ruivo completa.
– A Minerva me mandou encontrar vocês – explico.
– você é ... – o ruivo parecia estar vendo um fantasma ao me encarar – Por Merlin!
– Harry Potter – sorrio de canto. Na casa dos meus tios meu nome não tinha importância... Eles não ficavam felizes ao me ver, mas percebi que aqui eu era alguém.
– Hermione Granger – a cacheada estende a mão num cumprimento formal e eu aperto.
– Eu sou Ronald Weasley – o garoto se apresenta – Eu não conseguia acreditar que você estava realmente vivo.
– A Minerva pensava o mesmo – falo ao levantar o cabelo um pouco longo demais para mostrar a cicatriz em formato de raio.
– Eu já li tanto sobre você – a Hermione conta – Sua história é bem famosa Harry.
– Então o que aconteceu? – pergunto – Eu ainda estou bem confuso.
– Esperavámos que você nos explicasse – o Ronald sorri sem graça.
– O que eu entendi é que minha memória foi apagada – explico – Mas não vi quem foi? Lembro do que eu ouvi aquele dia, mas não sei de nada do mundo bruxo.
A Hermione explicava minha história e do porquê que tinham feito aquilo comigo. Ela era uma garota muito inteligente e em alguns momentos ela se empolgava falando dos livros.
O Rolnald me falou sobre o mundo bruxo, suas coisas incríveis e se mostrou animado pelo meu interesse, enquanto ele me explicava como era o quadribol.
Senti como se tivesse sido roubado ao escutar suas histórias sobre Hogwarts... A coisas que eu não tive a chance de viver. Sobre as casas e os campeonatos, bailes e passeios a Hogsmeade.
E eles se mostraram extremamente sérios ao falar sobre Voldemort e os comensais. A guerra que levou pessoas inocentes e os propósitos daquele que os bruxos sequer tinham coragem de pronunciar o nome.
Me falam sobre suas famílias. A Mione tinha pais que não eram bruxos e o Ron tinha uma enorme família ruiva com vários irmãos.
Em pouco tempo de conversa parecia que erámos amigos há anos, algo nos conectava.
Eu tomava cerveja amanteigada pela primeira vez e o gosto era muito bom.
– Um whisky de fogo, por favor – um garoto loiro faz um sinal para o homem do bar antes de sentar ao lado do Ron – Desculpem o atraso. Tive que esperar meu pai sair.
O rapaz usava um sobretudo preto assim como suas outras roupas fazendo sua pele parecer mais clara. Ele olhava em volta como se tivesse se escondendo de alguém.
– Draco, esse é o Harry Potter – o Ron aponta para mim.
– Harry, esse é o Draco Malfoy – a Mione me fala – Ele é nosso amigo.
– É um prazer te conhecer – dou de ombros ao falar aquela frase clichê que praticamente todas as pessoas usavam. E olho atentamente para o loiro, pois seu rosto não me era estranho.
– Já conheço você – ele me diz. Sua postura mostrava a atitude prepotente e segura de si.
– Você é o garoto da loja de roupas – acuso. O garotinho chato que estava lá com sua mãe.
– Bom saber que eu causo uma grande primeira impressão – ele pisca e sorri.
– Você estava realmente falando a verdade – o Ron cruza os braços e encara o Draco.
– Bom saber que você duvidava de mim, Weasley – o Malfoy comenta.
– Estávamos falando sobre o Harry ter muito o que aprender – a Mione muda de assunto – Feitiços básicos e principalmente os de duelo.
– O Neville pode ajudá-lo a treinar – o Ron opina – E podemos nos dividir para ensiná-lo as matérias. Quem sabe algum professor na ordem não possa dar aulas particulares?
– Você está querendo que ele aprenda em pouco tempo o que ele deveria ter aprendido em sete anos? – o Draco franze as sobrancelhas em descrença – Vamos treinar duelos. O que vai ser útil em uma batalha.
– Vamos focar em duelos, mas o Harry vai aprender tudo se quiser... Ele merece isso – a Hermione lança um olhar de repreensão para o Malfoy.
O garçom traz um copo com o liquido âmbar e o Draco faz um sinal com a cabeça em agradecimento. Ao pegar o copo na mesa vejo a manga do casaco dele subir me dando a visão da tatuagem em seu antebraço.
Uma serpente saindo da boca de uma caveira.
– Gostei da sua tatuagem – comento e o vejo esconder rapidamente ao puxar o tecido da roupa para cobri-la.
– Não é uma tatuagem – a Mione fala baixo explicando a reação do Malfoy – É uma marca negra.
– Comensais da morte – falo ao lembrar das coisas que a morena me contou e fico confuso por ter um deles com a gente – O que ele faz aqui?
– Foi meu pai quem apagou a sua memória – o loiro conta e sua expressão não demonstra nada, mas eu sinto raiva – Eles iriam matar você hoje, mas avisei a ordem e eles chegaram a tempo – ele estava do nosso lado nesse caso.
Então o Malfoy me fala sobre os motivos daquilo tudo, qual era o plano deles e todo o tempo que eles esperaram para poder ir atrás de mim.
– Como eles sabiam que eu iria até lá hoje? Você me disse que eles esperavam minha proteção acabar e ela se foi há um ano – pergunto, mas a resposta acaba sendo respondida por eu mesmo – Meus tios...
– É – ele afirma – Eles avisaram que você estava indo atrás dos seus pais, então os comensais já imaginavam aonde você iria – me explica – E ele já foram atrás de você algumas vezes e incrivelmente você conseguiu escapar de todas... Você tem sorte.
– Aqueles caras esquisitos que viviam me segundo – sussurro ao me dar conta. Deito a cabeça na mesa tentando organizar meus pensamentos sobre tudo aquilo que eu fiquei sabendo.
– Ele precisa ir para algum lugar seguro – o Ron diz – A essa hora eles já sabem que o Harry não está em Godric´s Hollow.
– A toca? – a Hermione sugere. Eles querem me esconder numa toca?!
– Minha casa seria muito óbvio – o ruivo diz e fica mais claro... Chamavam a casa dele se Toca – Eles sabem que o pessoal da Ordem está sempre por lá.
– Eu tenho uma casa e acho que eles não sabem onde fica – levanto a cabeça que estava apoiada da mesa e eles focam a atenção em mim – Meu padrinho deixou ela de herança.
– Sirius Black – o Ronald falou orgulhoso e o Draco revirou os olhos pela empolgação do ruivo.
– Então vamos sair daqui rápido – a Hermione nos apressa.
O Draco deixa algumas moedas de ouro na mesa e nós tentamos sair discretamente para a parte de trás do pub. A Mione disse que não seria legal aparatarmos lá dentro, pois chamaria muita atenção. Principalmente por eu ser um bruxo maior de idade que não consegue aparatar sozinho.
– Minha moto ficou lá fora – seguro o Ron pela camisa para que ele parasse de andar – Não posso deixa-la aqui.
– Posso pedir pro meu irmão vir buscar e levar para minha casa – o Ron oferece.
– Seria ótimo – falo sincero.
– Assim que chegarmos na casa do seu padrinho eu escrevo para um deles – o ruivo me diz.
O Draco usa a varinha para tocar nos tijolos certos e uma passagem se abre para o beco diagonal. As lembranças se tornam mais claras ainda que estivesse todas as lojas estivessem fechadas e a rua vazia.
– Draco, você vem com a gente? – a morena pergunta.
– Preciso estar em casa quando o Sr. Malfoy chegar furioso – ele dá uma risada sem graça.
– Então, escrevemos para você depois – o Ronald avisa.
– Aparato logo depois de vocês – o loiro diz – Potter, eles precisam do endereço.
Procuro o papel em minha mochila. Estava nos meus planos ficar lá por um tempo já que eu não voltaria para casa dos meus tios. Quando acho finalmente o papel vejo alguém caminhar em nossa direção.
– Draco? – a voz parecia surpresa.
– Nott! – o loiro ficou pálido e troca olhares apreensivos com meus dois novos amigos.
•••
O que estão achando? Estava pensando em retirar a publicação da história e recomeçar, pois não sei se está bom o suficiente.
Criticas construtivas são bem-vindas.
-Ella 💛🎃
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