0.2

Sumi por quase duas semanas, eu sei. Desculpem, mas tinha muita coisa da faculdade e eu não tava conseguindo escrever. E tô tentando me adequar a cronologia dos livros oficiais. Qualquer dúvida, podem me perguntar.

Capítulo corrigido, mas se deixei passar algum erro pode me avisar.

Vote e comente💛 Faça uma autora feliz.

"Friend"

•Draco

Os lábios finos trabalhavam avidamente em meu pescoço pálido, o que provavelmente resultaria numa marca bem visível depois.

O Theo Nott se movimentava lentamente em meu colo e eu mantinha minha mão em sua cintura, enquanto minha cabeça estava jogada para trás na poltrona do meu quarto escuro.

As janelas abertas deixavam a brisa fria daquela noite de outono entrar e fazia as cortinas balançarem.

As poucas luzes das velas iluminavam fracamente o local. Ouço o barulho da porta sendo aberta e levanto a cabeça para ver a Pansy, minha melhor amiga,  entrando em meu quarto.

O cabelo curto Chanel preto parecia brilhar e contrastava com a pele clara, os lábios pintados de vermelho combinando com o vestido curto fazia com que eu me lembrasse das lendas trouxas sobre vampiros.

– Uh – a Pansy finge um engasgo – Alguém lança um obliviate em mim para eu esquecer essa cena! – fala dramática. 

– Foi você quem entrou sem bater – eu sorrio – Hey, Pants – a cumprimento pelo apelido ela revira os olhos, por significar roupa de baixo (calcinha) aqui na Inglaterra. 

– Draquinho – ela senta em minha cama e deita metade do corpo ficando com as pernas penduradas – Nott.

– Parkinson – o garoto levanta a cabeça e encara a minha amiga com os lábios vermelhos e inchados.

– Seu pai acabou de sair – a morena avisa – Se você for mesmo cometer aquela insanidade... É melhor ser agora – ela cruza os braços e volta a sentar me encarando.

– Theo, podemos nos ver outra hora? – pergunto ainda mantendo a mão na cintura dele.

– Claro – o garoto loiro dá de ombros – Na sexta?

– É, eu te mando uma coruja – digo.

– Acho bom – ele dá uma mordida fraca em minha bochecha e sorri, então levanta do meu colo.  

O Nott abotoa a camisa, pega a varinha e me dá um longo beijo antes de aparatar.

– Então vocês estão realmente juntos? – a morena pergunta curiosa.

– O Nott é legal... Gosto do tempo que passo com ele, mas não assumimos nada – dou de ombros, pois nunca tinha conversado com ele sobre um relacionamento sério. A gente sabia que as famílias tradicionais bruxas arranjavam o casamento dos filhos – Você sabe que um dia meus pais vão achar uma noiva para mim...

– É – ela suspira e sua expressão se fecha, pois ela não queria ter um casamento arranjado por seus pais – Mas para que você me chamou aqui se eu não vou participar do seu plano insano?
 
– Preciso que fique aqui – peço a minha amiga, quando me levanto em direção ao banheiro.

– Draco... Seu pai te mata e depois me mata – a Pansy nega com a cabeça.

– Só preciso que me avise se ele chegar mais cedo – apareço na porta do banheiro segurando uma toalha.

– Okay – ela suspira – Mas eu não sei de nada – a morena me avisa. 

Tomo um banho frio rápido e volto ao quarto para me vestir, enquanto a minha amiga resmungava sobre eu estar cometendo uma loucura.

– Eu prometo que vou tomar cuidado – falo para ela – Ninguém vai descobrir.

– O Lorde das trevas vai te destroçar quando ressurgir – a Pansy fala preocupada comigo.

Ela tinha medo, eu entendia. Mas eu estava cansado de viver seguindo as ideias de alguém maluco. Aquela maldita guerra já estava perdida há muito tempo.

Passei anos acreditando em um Lorde das trevas que mudaria o mundo bruxo e o limparia dos mestiços, sangues ruins e traidores do sangue. Os sangues puro triunfariam.

Esse Lorde não existe... Talvez na cabeça do meu pai ou dos seus seguidores, mas o Voldemort já foi derrotado várias vezes.

Primeiro quando o Harry Potter sobreviveu.

A pedra filosofal foi destruída pelo Dumbledore quando o Quirrel tentou roubar a pedra.

A garota trouxa descobriu quem estava petrificando os alunos na escola e um traidor do sangue quase morreu ao tentar salvar sua irmã.

Sirius Black foi inocentado pelo seu amigo lobisomem, mas foi assassinado por sua prima Bellatrix na tentativa de roubar a profecia para o Voldemort.

Quando ele mandou os comensais tomarem Hogwarts e eu matar Dumbledore...

Eu estava tão assustado... Um adolescente querendo provar o seu lugar, mas eu não consegui e o professor Snape cumpriu a ordem em meu lugar, mesmo assim ele não estava de volta. Quem Voldemort tanto criticava, o venceu várias vezes... Ele não tinha a menor chance.

Ele precisava do Potter e sabia que teria que matá-lo, mas isso não iria acontecer.

Antes de o Snape ser assassinado por ordem do Voldemort que descobriu que ele era um traidor, o professor me falou sobre a ordem da fênix. Eu tive que conquistar a confiança deles e fiquei no lugar do professor passando as informações.  

E a de hoje era muito valiosa... A magia que protegia o Potter terminou quando ele completou dezessete anos. Nenhuma proteção e vários comensais querendo entregá-lo de bandeja para o Lorde, mas só meu pai sabia onde ele estava e iria atrás do Harry.

Quando a memória do Harry foi apagada, meu pai fez um trato com a tia dele... Um garoto normal, sem magia ou qualquer lembrança dela e a única coisa que ela precisava fazer era guardar segredo sobre o seu sobrinho estar vivo.

Vigiam ele há anos para que nada no plano perfeito do meu pai desse errado, mas com a minha informação a ordem chegou lá antes que os comensais encontrassem Harry Potter.

Agora eu precisava ir encontrá-los.

– Se cuida – minha amiga murmurou.

– Eu só quero estar vivo no final disso tudo – confesso para Pansy – E sei que isso não vai acontecer ao lado dos comensais.

– Você sabe o que eu penso – ela cruza os braços e respira fundo. Minha amiga acreditava na mesmas coisas que os nossos pais.  

– Não acredito mais nisso – afirmo.

– Se o seu lado for vencedor, guarda um lugar para mim – ela pisca um dos olhos e sorri brincando comigo.

– Pode deixar – deixo um beijo em sua bochecha e pego minha varinha.

– Ei, garotão! – a garota fala antes que eu aparatasse – Belo chupão.

– Droga – murmuro levando a mão para o meu pescoço.

– Deixa eu te ajudar – a Pansy usa a varinha e murmura algo. Ao conferir no espelho vejo que a marca tinha sumido – É bem útil – ela dá de ombros.

– Você vai ter que me ensinar esse feitiço depois – aviso sorrindo e aparato para longe da mansão Malfoy.

Apareço no beco diagonal que não é tão movimentado durante a noite, mas algumas lojas ainda estão abertas e poucas pessoas caminham pela rua pouco iluminada.

Abraço meu corpo para segurar o sobretudo, pois o vento estava frio e uso a varinha para me aquecer até chegar ao caldeirão furado.

Preferia num lugar mais discreto, mas aquele era um dos únicos locais bruxos que o Potter lembrava.

Mantenho a cabeça baixa ao entrar no caldeirão furado e logo vejo os cabelos cacheados e o ruivo sentados numa mesa distante. Me aproximo deles e vejo o famoso Harry Potter, que não lembrava em nada o garoto que eu vi meu pai entregar para os trouxas.

Piercings e tatuagens tentavam passar um visual de mau, mas não era isso que eu via em seus olhos. Ele ajeita a jaqueta de couro e recosta no encosto da cadeira cruzando os braços ao me ver parado em pé perto da mesa deles.

– Um Whisky de fogo, por favor – faço um sinal para o homem no bar antes de sentar ao lado do Weasley – Desculpem o atraso... Tive que esperar meu pai sair.

– Draco, esse é o Harry Potter – o ruivo me apresenta.

– Harry, esse é Draco Malfoy – a Granger fala – Ele é nosso amigo.

•••

Críticas construtivas são bem vindas.

Confesso que escrevi esse capítulo várias vezes, pois não estava saindo do jeito que eu queria, mas
espero que estejam gostando, chuchus 🎃

–Ella

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