sunshine, pt 2
passei um bom tempo pensando na ideia
de nós, olhando pro céu.
parado, congelado.
fico me perguntando por quanto tempo
eu estive quieto
observando tudo.
desde os primeiros raios da luz do sol, das
nuvens passando, o vento frio da manhã
batendo em mim até tudo ficar escuro
e repleto de pontos brilhantes que
todos chamam de estrelas.
mas será que você pensou em nós
ao menos por cinco minutos
dessa semana ou desse mês?
eu chutaria que não.
quando toda essa imensidão galáctica
jurei que estivéssemos mais próximos. isso fisicamentem a nossa ligação de alma
era distante como todo esse infinito espaço que eu mencionei. é um pouco difícil de acreditar que você realmente me esqueceu pra valer. é óbvio porque ainda guardo um pouco de esperança em saber se meu nome ainda ecoa na vastidão do teu pensamento. se a língua fala ainda as palavras que você escolheu para me descrever. se suas mãos ainda tocam as fotos que estão (ou estavam) na parede do seu quarto... novamente eu chutaria que não.
será que as brasas internas faíscam fazendo teus lábios terem vontade de serem grudados aos meus novamente ou eles preferem resistir a esse impulso?
não sei se algum dia essa pergunta vai ser respondida.
antes eu morria todos os dias carregando a solidão do meu lado, em cima das costas, no coração. até que você veio.
demorei muito pra entender o que eu era pra você, o que eu significava, como eu era compreendido. e vou esperar sim amanhecer para eu esquecer de você por quantas vezes eu puder, até a estrela cadente passar e eu fizer um pedido.
não sei se deu pra perceber, mas a solidão que eu carrego agora me faz bem. posso dizer hoje que acordo todos os dias não somente com ela, mas com o amor próprio também. e é ele que me dá forças e esperança de achar uma estrela cadente.
- sunshine, parte dois
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