Não Conte A Ele
— Merda. Merda. Merda. — repetia para si mesma enquanto andava de volta para o hotel. O que Caroline faria? Uma gravidez na adolescência?
Certa vez em um Jornal Britânico lera que engravidar na adolescência é, na maioria dos casos, uma atitude não planejada, passível de conflitos externos (Com certeza seu pai a mataria se soubesse, então sim, é um conflito externo) e internos (com certeza teria depressão, medo, insegurança). Os índices de gravidez na juventude aumentam constantemente.
Caroline sabia que antes dos 21 seu corpo estava desprotegido e péssimo para ter uma criança pois: A. Seu corpo não se formou completamente; B. Ela nem acabou a escola ainda; C. Tinha medo do que os outros pensariam sobre ela.
Ao chegar encontrou todos eles em uma roda, conversando enquanto bebiam, Klaus perguntou se ela não faria o mesmo. A mesma alegou estar enjoada e iria se deitar por alguns minutos.
Elena logo olhou para Davina e as duas logo concordaram. Sabia que havia algo errado com a amiga.
Para não chamar tanta atenção, somente Davina se levantou, falando apressadamente que precisava fazer xixi.
A morena saiu atrás de Caroline, deitando do seu lado enquanto observava a amiga lendo algo no celular, que parecia ser muito mais importante que sua ilustre presença.
Davina pegou o celular da amiga lendo o que ela fazia no celular. Claro que Caroline tentou pegar o celular, mas fora impossível.
Davina logo leu o que estava escrito no site que estava aberto no celular da amiga. Surpreendeu-se, lendo apenas o título para saber do que se tratava.
Gravidez na Adolescência – Riscos e Suas Consequências.
— Puta que pariu Caroline Anne Forbes. — diz Davina apressadamente. — É sério?!
— Promete não contar para ninguém?! — a morena concordou. — Estava enjoada a um tempo, mas não fazia sentido, eu devo ter ficado com Klaus uma ou duas vezes... Isso é impossível.
— Klaus é rápido, né? Nossa senhora.
— Sem brincadeiras. O que eu devo fazer?
— O filho de vocês vai ter uma ótima genética, não é? Acho que você deveria contar pro papai ali. — falou Davina apontando para ele. — E vocês decidem o que vão fazer.
Caroline suspirou enquanto a amiga fazia carinho em seu cabelo.
— Acho que sim, mas esperarei um sinal que devo falar com ele. Volta lá com eles, quero dormir um pouco.
— Eu vou estar do seu lado, sempre. Não importa se você irá estar em outra sala de aula, ou em outro pais, só saiba que eu vou sempre, e para sempre estar do seu lado. E um dia, não será o universo a nos juntar, e sim nós. — ele diz sorrindo e fazendo carinho no rosto dela. — Tem certeza, love? Você só perde a virgindade uma vez.
— Eu só quero que seja com você, Klaus. — ela diz agarrando ele pela blusa e puxando ele para um beijo. — Eu sei que isso pode parecer loucura sabe? Você me machucou demais quando a gente era criança, e agora eu só quero seu beijo e seu toque.
— Eu mudei, não tenho como reparar meus erros no passado, sinto muito pelo o que fiz, eu sei como isso — ele fala pegando o braço dela e mostrando todos os cortes. — te machucou, e machuca em mim, saber que eu fui causador das maiores feridas que tem.
— Não tem como mudar o passado, eu sei, mas ainda me sinto com vontade de vingança... Sei que parece infantil isso, mas é a única coisa que me resta para me sentir melhor.
— Eu te entendo totalmente, love. Pode fazer quantas vinganças achar necessárias, eu irei estar aqui. Sempre.
— Perfeito. — ela fala beijando o pescoço dele e logo parando. — Eu estou fazendo certo? Nunca fiz isso, somente vi uns filmes onde as pessoas fazem isso, então sei lá.
A garota havia sonhado com sua primeira vez.
Caroline logo sentiu que estava sendo beijada, aos poucos a mesma abriu os olhos ainda sonolenta. Observou Klaus a olhando.
A mesma logo deu um tapa na testa dele.
— Ai... — colocou a mão na testa ao falar aquilo. — Se isso for uma vingança, eu juro que me mato porque eu não me lembro de te dar tapas não.
— Sempre que lembrar de algo que nunca fez comigo e eu fiz com você, lembre-se, você que começou isso.
— Eu sei, desculpa.
— Tudo bem, passado é passado. — Diz ela se sentando com preguiça. — Klaus, posso te fazer uma pergunta? Que é muito séria.
A mesma o encarou com a testa franzida, ela questionaria algo que não saíra da cabeça dela desde o momento em que descobriu da gravidez super arriscada na fase adolescente.
— Pode, claro. Mas o que é? É muito sério?
— Sim e não... Você me ama, Klaus? De verdade? Tipo... mesmo que algo acontecesse você me amaria?
— Claro Caroline! Achei que já tínhamos passado dessa fase. Eu sempre irei te amar, mesmo que eu tenha errado no passado. Eu eternamente irei te amar. Mesmo que tenhamos diferenças, ideologias e modos de pensar diferentes, eu te amarei, sabe por quê? Porque você é simplesmente a garota mais fantástica que tive o prazer de conhecer.
Caroline sentiu um aperto no coração, mas não sabia o porque. Esse tipo de coisa acontecia normalmente quando estava lendo um livro e chegava naquela parte tão romântica ao ponto de tocar seu coração.
Klaus havia tocado o coração da garota? Ele havia entrado naquele lugar proibido? Naquele lugar que poderia parti-lá de várias maneiras?
Talvez os livros ensinem a amar. Ensinem que o amor pode nascer nos lugares mais inconvenientes e nas horas mais inesperadas.
— Eu te amo, Klaus. — disse Caroline enquanto encarava o nada. O loiro a abraçou, envolvendo-a em um abraço. Havia se passado minutos enquanto pensava no que Klaus respondera. Ela percebeu que não poderia achar alguém melhor.
Klaus era a pessoa certa. Estaria do seu lado até nas piores horas. A apoiaria mesmo estando nessa situação.
— Klaus... Você quer ter filhos comigo, um dia?!
— Isso foi uma afirmativa ou uma pergunta, love? — perguntou beijando a testa dela, enquanto acariciava o lindo e longo cabelo da loira.
— Pergunta. Foi uma pergunta.
— Acho bem boba sua pergunta, é óbvio que quero ter filhos com você, minha sweet. — o mesmo fala que enquanto a envolvia mais forte, cheirando o pescoço de Caroline, no qual possuía cheiro único. — Nós vamos ter quatro filhos, Amy, na qual correrá pela casa toda a procura do irmãozinho Klaus Junior. Jonathan que sempre se esconderá no quarto da Camila, e a Camila, que sempre pedirá junto de Lily para irmos todos ao parque de diversões. Nós falaremos que iremos depois do almoço e sempre seremos a família unida, divertida e engraçada.
— NÃO!! EU NUNCA DARIA O NOME DO MEU FILHO DE KLAUS JUNIOR, O NOME DELE TEM QUE SER JONATHAN.
— Klaus Junior é mias bonito.
— Se nosso primeiro filho for um garoto, você pode dar esse nome. — Caroline disse sorrindo.
— Feito.
Os dois logo ficaram em um total silêncio. Um silêncio bom. Ele fazia carinho no cabelo dela, enquanto a mesma de olhos fechados, se enfiava no peito de Klaus, se sentindo protegida, finalmente, em muitos anos.
***
Davina e Kol andavam pelas ruas de Bahamas, indo em direção da boate The Daiquiri Shack. Uma das mais famosas em Bahamas, na capital, Nassau.
— Como você achou esse lugar, Davina?? — pergunta Kol curioso.
— Luke me disse mais cedo, disse que eu iria adorar. — sorri ela enquanto fala. — Luke diz que é um dos melhores lugares que ele já foi.
— Aé?! O que mais esse Luke disse?
— Ah, ele disse que antes de ir embora, eu poderia madrugar e olhar o nascer do sol porque é realmente lindo e... Kol, você tá com ciúmes??
— Ciúmes daquele loiro oxigenado? Óbvio que não...
Davina parou de andar e andou bem na frente dele, envolvendo um abraço e dando um bongo selinho no mesmo, em seguida disse:
— Kol, você é o único que eu sempre irei amar. Lembre-se disso.
***
— Alô?! — Damon falava com dificuldade por culpa do sinal de telefone ruim naquela parte do hotel.
— Damon!! Estive ligando para você o dia todo, por que não atendeu? — Dizia aquela voz super irritante.
— Eu sei, mas eu não queria ouvir essa sua voz extremamente fina e irritante. Vá direto ao ponto Camille.
— Queria saber se você ainda joga com a equipe vencedora. Porque se não jogar comigo, saiba que transformarei sua vida um inferno.
— Camille, minha querida. Achei que soubesse... Nunca jogue o jogo com o diabo, se você começar, saiba você, que sua vida nunca mais será a mesma.
— Não tenho medo de você, Damon Salvatore.
— Deveria. Imagine se eles soubessem que na verdade seu filho querido, é fruto de um amor entre pai e filha?!
— Não se atreva a contar para eles. E você sabe muito bem que meu filho é um bastardo. Meu pai me estuprou, várias e várias noites seguidas, sem minha mãe saber. E ele não é meu pai, é meu padrasto. Isso seria sujo demais até para você, Damon.
— Não seria não. Você não me conhece. Eu sou Damon Salvatore. Eu faria tudo que fosse necessário para recuperar tudo que perdi ao longo desses anos.
— E o que era? Amigos falsos? Namoradas piranhas? Trai mil vezes a Hayley com a Katherine? Se era isso que queria, conseguiu. Está com amigos falsos e uma cópia barata da Katherine, mas com quem você vai trair a pequena e doce Eleninha dessa vez?
— Saiba que se tentar arruinar meus planos, todos vão saber que você não passa de uma puta que deu até para o próprio pai.
— Você não sabe de toda a história, nenhum de vocês sabem. Mas a verdade está próxima. Não vejo a hora de todos vocês voltarem da última viagem de suas vidas.
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