Caroline Pov's

- Ouvindo atrás da porta, que feio, Niklaus, você sempre tão baixo assim. Desde que eu me lembre. - falei e logo me arrependi, será que agora ele iria se lembrar da "esquisita"?

- Você me conhecia antes de você ir embora? - a curiosidade em seus olhos, era tão grande que me fez engolir o seco, estava com medo, se ele descobrisse, ele iria me xingar novamente? Iria rir da minha cara? Iria me caçoar? Por sorte meu celular toca. Tentei me soltar para atender, mas ele continuava me prendendo.

- Dá para me soltar? Meu celular está tocando. - falei e o mesmo me solta, pego o celular e vejo que era Elena. Agradeci mentalmente por ela ter me ligado nesse exato momento, seria horrível ter que explicar que ele me maltratava.

- Alô? Caroline? Pelo amor de deus, me diga que não é você em uma rua sem saída com Niklaus Mikaelson. - ela fala o que me deixou assustada.

- Por que? - falei em um tom baixo.

- Estou no carro preto, em frente a essa rua, e estou vendo você. Vem aqui, precisamos conversar. - ela fala e eu simplesmente murmuro um sim e desligo.

- Quem era? - ele pergunta me encarando, com aqueles belos olhos verdes, que me lembravam do mal que ele me fez.

- Não devo satisfações para você, até breve. - falei e sai correndo até o carro preto, assim que entrei ela perguntou o porque de eu estar lá, e eu disse tudo, bem, não tudo, somente disse sobre hoje, ele estava ouvindo atrás da porta, segui ele, contei sobre o flashback e ela ficou sem reação.

- Tá querendo dizer que Klaus Mikaelson, a pessoa que fez mais bullying com você. Está querendo ficar com você? - ela fala surpresa. - E eu achando que tinha uma noticia bombástica.

- O quê quer dizer com isso? - perguntei e ela logo disse o que houve. Ela disse que estava ouvindo gemidos do quarto de Katherine, então sua campainha tocou e como Katherine não podia atender, Elena mesmo desceu as escadas e foi atender a porta, quando viu que era Damon ficou confuso, pois ele ainda estava junto de Katherine. E ele a beijou achando que era Katherine, e então ela disse quem era e ele foi correndo para o quarto de Katherine e viu a namorada transando com Stefan, seu irmão.

Fiquei sem reação.

- Você beijou o Damon? Como foi beijar ele? - perguntei e a mesma abaixou a cabeça, percebi que a mesma estava mais vermelha, considerei que foi muito bom. Ela não quis falar, apenas disse que iria me deixar em casa. Perguntei para ela se a mesma queria ir no cinema comigo e ela concorda.

- Então, não pude deixar de notar aquela tensão sexual entre vocês em... - ela disse enquanto parava o carro em frente ao cinema. Eu somente neguei, não, sem chance de existir uma tensão entre a gente. Eu e meu pior medo? A pessoa que mais me machucou.

- NÃO! Tá doida? Nunca teria chance de eu e aquele idiota, você me entendeu? - ela apenas concorda, e logo me lembro de outra história. Com ele, com aquele idiota.

"Era mais uma aula de geografia, e o professor era insuportável. Mas ele tanta gostava de mim, e claro, não suportava Klaus, o mesmo me fez então, fazer um trabalho com ele. Depois da aula fui obrigada a ir com ele, o azar era que Rebekah estava no carro, e ela discutia com o irmão.

- Sério, não sou obrigada, Nik. Eu não quero ser malvada. - ela fala, o quê me fez prestar mais atenção na conversa, abaixei o volume da minha música e olhei para fora do carro, ouvindo a conversa dos dois.

- Precisa, se quiser ainda ter um grupo e ser popular, precisa sim ser malvada, e além do mais, é melhor que concorde com o quê Camille falar, não quero saber dela falando na minha cabeça. - ela concorda chorando. - E pare de chorar, quer ser popular? Seja malvada.

- Eu gosto de ser boa, tanto é que Caroline nunca me fez nada, e eu tenho que tratar ela muito mal, por que? O que tem contra ela?

- Eu não tenho nada e sim Camille, algo com o passado delas, e como Camille é minha love, faço tudo por ela. Mesmo que isso signifique matar até você. - ele fala, o que me fez assustar, o que eu fiz para Camille me odiar tanto?

Tentei ignorar e aumentei o volume da música.

- Caroline. - era Klaus me empurrando, o que me fez tirar meu fone de ouvido. - Que marca é essa aqui? - ele aponta para um corte em meu braço, estava com mangas longas, mas podia se ver bem pouco se reparasse bem, o que era quase impossível, pois ninguém liga para Caroline Forbes, uma qualquer.

- Nada. - falei tampando mais, Rebekah apenas me olhou perguntando se era o que ela pensava e eu abaixei a cabeça.

- Cansei, não vou ser malvada. - fala ela. - Não tenho nada contra Care, ela nunca me fez nada e além do mais ela sofre por uma besteira? Um luxo de uma menina mimada?

- Cala boca, Rebekah, você não pode falar muita coisa. Me obedeça se quiser continuar a ser popular, ou pode se juntar a ela e andar com roupas assim, como as dela."

- No que tá pensando? - Elena pergunta e eu somente disse que nada.

Mais tarde naquele mesmo dia, voltei para casa, mamãe disse que tinha um presente em cima da minha cama, fui até lá e vi uma caixa enorme, com uma pequena caixa e um cartão. "Fui ajudar Bekah a escolher um vestido, e achei esse perfeito para você, espero que use, love... -Klaus" Revirei os olhos ao ler e logo abri a caixa, realmente era um belo vestido, ou ele tinha um bom gosto, ou a irmã falou que era bonito.

- Não vou usar isso, mãe. - falei assim que vi ela entrando pela porta.

- Precisa usar, não só porque ele te deu, mais sim por modos, um dos garotos mais ricos do que nossa família te dar algo significa muita coisa, e nem pense em me enganar, agora vai tomar banho e coloque esse vestido.

Bufei e entrei no banho, assim que entro, olho para meus pulsos, será que ele iria reparar nessas marcas? Teve uma época, a pior época da minha vida, que eu me cortava, mas não faço mais isso, a quase três meses, minha última recaída foi por um pesadelo que realmente ocorreu: "Hayley e Camille estavam passando na rua, e eu atravessei ela, o que não fez diferença, pois as duas atravessaram e me pararam, eu perguntei o que elas queriam e elas me obrigaram a ir com elas. Fomos até uma rua sem saída, lá elas me obrigaram a dar todo meu dinheiro, na qual eu havia ganhado mais cedo de minha mãe. Eu iria finalmente comprar algo que eu queria muito, eu neguei, então me bateram e quando eu desmaiei elas pegaram tudo e foram embora."

Me troquei e sorri, eu estava linda, e era minha oportunidade de dar a volta por cima e esquecer tudo e me vingar dela. Abri a caixinha de velúdo preta, na qual tinha uma linda pulseira prata, era muito linda, superava qualquer coisa cara que eu tinha.

Coloquei ela em meu pulso e logo desci as escadas com aquele longo vestido azul, era a grande oportunidade de Camille, Hayley e Rebekah me virem como alguém superior. Davina estava com um vestido rosa, era lindo também e sorrindo.

- Vamos, Elena está no carro nos esperando. - Ela diz sorrindo.

- Certo. - falei suspirando e saindo de casa, entramos naquela limousine grande preta, Elena vestia um lindo vestido preto ou cinza, era lindo, e logo percebi, Damon, Stefan e Katherine também estavam lá. - Oi!

- Nossa, que linda. - Elena fala sorrindo.

- Sabe o que nós parecemos? - pergunta Damon, para falar a verdade eu queria jogar ele de um carro em movimento, e nunca mais ouvir a voz tosca dele.

- Não fale o quê eu to pensando. - Elena fala colocando a mão na testa. - Eu pensei a mesma coisa.

- Não gente, vocês literalmente se merecem, porque ninguém mais entendeu. - Katherine joga seus cabelos para o lado rindo e abraçando Stefan, na realidade sua cara estava com um falso sorriso. Aprendi isso quando tinha que parecer feliz, e claramente ele não me engana, mais tarde pergunto o motivo de sua tristeza?

- Elena, você sabia que vacas falavam? - pergunta Damon para ela, e a mesma responde.

- Não, mais e galinhas, falam? - ela fala e os dois começam a rir, juro que se eu não os conhecesse, diria que está rolando um clima entre eles.

- Acho que sim! - ele complementa. - gossip girl.

- Não, Damon, não somos jovens ricos de Manhattan. - Stefan fala revirando os olhos e olhando na tela do celular, como se esperasse uma mensagem.

- Ah, maninho, vai me dizer que eu não sou um belo Chuck Bass? - Damon fala e logo continua. - Olha, não somos de New York, mais somos de Mystic Falls, e ainda somos jovens ricos.

- Verdade! - falei somente para não ficar tipo "excluída".

- Ai, viu! A nossa querida Blair Waldorf concorda. - ele fala e eu o encaro.

-Tenho cara de ser a Blair, sério? - ele concorda e logo diz que a Elena é a Serena. - Nossa, tá, sem comentários.

- Que linda pulseira, quem te deu? - Katherine fala olhando para mim, eu penso em mentir, mais a verdade é mais rápida de falar.

- Klaus.

- Tá brincando né? Rouba agora o namorado da minha amiga? - ela fala me fazendo rir.

- Primeiro, não pedi para ele me dar esse vestido, muito menos a pulseira, e em segundo, Camille bem que merece não é? E em terceiro estou determinada a fazer o quê for preciso para não sofrer mais por aquela vadia.

O clima entrou em silencio, mais logo o idiota, babaca, melhor amigo de Klaus murmura irônico.

- Arrogante, melhores roupas e perfeccionista, é você com certeza é Blair Waldorf.

- Não vejo a hora dela então, enfrentar o jornal da escola. - Katherine fala e eu não entendi.

- Assim, Queen C. - Diz Stefan, o que fez Elena e eu rir. - No colégio, tem alguém que faz "jornais" e sempre quando chegamos na escola, está no nosso armário. Todo dia, sem falta. E com certeza você não vai ficar de fora.

- Ótimo, amo câmeras. - Elena diz rindo.

- O que faz com as câmeras? Eu iria adorar saber. - ele fala levantando uma das sobrancelhas. Mais já havíamos chegado, então saímos do carro e entramos na Mansão dos Mikaelson, onde esse ano iria ocorrer o Baile de Gala Natalino.

Klaus Mikaelson Pov's

Caroline Forbes, Caroline Forbes, droga! Quem era ela, porque eu não me lembro? Eu estava deitado em meu quarto, sem nenhum motivo para me levantar, até que Camille abre a porta com tudo com uma cara não muito boa.

- Que merda é essa que todos andam comentando que você vai ter que dançar com Caroline Forbes? - ela fala furiosa, não entendo, Camille tem uma bela bipolaridade.

- Sabe quem ela é? - a mesma me olha surpresa.

- Não se lembra quem é ela? - nego. - Ah, claro. Esquece então...

- Se lembra dela? - a mesma fecha o olho e nega. - Você tem que dançar com ela mesmo?

- Tenho, prometi para a mãe dela e além do mais, eu preferia mil vezes você! - falei e ela veio se aproximando e me jogando na cama.

- É? Pena que só podem dançar nessa dança especial pessoas fundadoras. - ela fala triste.

- Eu te recompenso depois. - falo dando um leve beijo nela.

- Porque não agora?

-Caroline já deve ter chegado. - falo me levantando e a ouço bufar e revirar os olhos.

Autor Pov's

Caroline havia chegado, e pelo que parece a casa já estava cheia. Elena e Damon foram juntos tirar fotos, pois eram um dos principais casais da noite, essas festas tinham dois motivos: 1. Conselho dos fundadores. 2. Mostrar como a famílias eram unidas.

Davina estava do lado de Caroline, mais logo Kol, a chamou para "apresentar a casa". Stefan não parecia nada contente, afinal sou transa com Katherine foi somente para descontar sua raiva pois Rebekah não percebia que ele a amava, a mesma era muito inocente.

Rebekah fazia o que o irmão mandava, não o que achava certo, então nessa noite estava decidida a pedir desculpa para Caroline por tudo que seu irmão já a obrigou a fazer.

- Caroline, posso falar com você por alguns instantes? - ela concorda engolindo o seco, poderia ser uma armadilha, ou, a verdade, mais ela somente queria descobrir quais as vantagens de poucas pessoas se lembrarem dela.

- O quê foi, Rebekah? - ela pergunta assim que foram para o segundo andar da casa.

- Me desculpa, por tudo. - Ela fala e a mesma fica sem reação.

- Como?

- Olha pare de fingir, você pode até enganar o Nik, mais isso não vai rolar comigo, percebi que era você assim que você olhou para mim e o Klaus como monstros. - a mesma ficou sem reação, enquanto Rebekah deixava cair lágrimas de seu olho.

- Não chore. - Caroline falava abraçando Rebekah. - Eu te perdoo, você se arrependeu e quer ser alguém melhor. Porque ainda tá chorando?

- Esse é o problema, eu te tratei tão mal, e você me perdoa tão facilmente. - ela volta a chorar e abraçar a "nova amiga". Caroline chora junto, era algo do tipo, ela me tratou mal minha vida toda e eu com meu horrível coração a perdoo.

- Que tal, bolsas da prada e duzentos filmes com pipoca para compensar? - Caroline fala rindo e a mesma também.

- Certo, apoio. - ela fala se soltando da amiga. E logo Klaus, que havia saído do quarto, ele vê Caroline e logo a mesma o olha, ela estava linda e ele mais ainda, assim que vê as duas chorando e se abraçando, vai até elas.

- Está tudo bem? - as duas se olham e concordam. - Mais a maquiagem de vocês não, então vão arrumar, tchau.

As duas se olharam e foram correndo para o quarto de Rebekah arrumarem aquela maquiagem.

- São ao todo 67924503 vezes que eu digo a Caroline que ela não precisa mais ter medo, ela cresceu, e estamos bem. - Elena fala ao lado de Damon.

- Legal, mais podemos falar de você, agora? - Damon fala pegando uma bebida e tomando um gole e oferecendo para a garota, na qual negou. - Meio santinha, pretende ser assim pelo resto da sua linda e bela vida?

- Não é só porque tenho cara de santinha, que signifique que eu literalmente seja. - ela fala e o mesmo arregala os olhos, não esperava uma resposta assim dela.

- Tá querendo dizer o quê?

Ela chega bem próximo dele e sussurra em seu ouvido.

- Se queria tirar isso, saiba que eu não tenho mais.

- Eu? Não! Eu não sou malvado.

- Nunca disse isso, você se entregou sozinho. - ela sorri e ele concorda.

- Bem inteligente também...

- Ah, sério, tá explicado o motivo de eu não cair na sua. - ele revira os olhos e a mesma anda até o jardim da bela casa. A mesma sorri ao ver a atmosfera calma e muito bela. Alguém toca em seu ombro, a mesma se vira e quando percebe Damon a beija, ela tenta impedir novamente o beijo, mais cedeu, e logo o mesmo a empurra para a árvore mais próxima.

- Nossa, eu preferia não ver essa cena, amor! - falou uma voz, e ela logo a reconheceu. Era Hayley, o que Elena não sabia, era que Damon namorava a mesma.

- Cala boca, terminamos, to ocupado. - Damon fala e logo volta aos beijos com Elena, a mesma continua a beijar ele, somente porque ajudaria Caroline a ter sua vingança.

Assim que a mesma saiu, Elena parou de beijar ele, e disse que tinha que fazer algo importante. Ele disse que teria continuação e ela apenas ignorou. A mesma correu e andou até a sala principal, onde anunciavam os nomes para a dança.

- Viu, não adianta fugir, docinho. - Damon sussurra no ouvido da mesma. E logo os dois subiram no palco principal, ainda juntos e sorrindo.

A música logo começou, e Damon girava Elena lentamente como se fosse a "Princesa e o príncipe." Os dois andam pelo salão, ele segurava sua mão direta e a mão de Damon estava em sua cintura, os dois cada vez mais íntimos.

- Love, me diga, porque eu não posso me lembrar de você? - Klaus perguntava para Caroline. E logo a gira em um passo só.

- Nada, okay? Nada. Nem queria vir.

- Vejo que está usando esse vestido, achei lindo e aceitei que ficaria bom em você. - a mesma revira os olhos e ri ironicamente. A música logo acabou e a mesma fica parada na frente dele enquanto os outros aplaudem.

- Sabe, realmente não se lembra? Eu sofri anos por sua causa, seu idiota hipócrita. Você simplesmente esquece? Ta vendo essas marcas em meus pulsos? São por sua causas. Jura que não se lembra da "estranha"? - assim que falei ele fecha os olhos. - Claro que não se lembra, tomara que você morra, eu te odeio.

- Me... Desculpa...

- Desculpas são tarde demais... - ela fala saindo daquela casa o mais rápido que consegue ao meio das lágrimas. E agora, o quê iria fazer?

Assim que chegou em sua casa, abriu seu diário e começou a escrever.

"Querido diário, já faz um tempo que não escrevo e sabe o motivo? Estava bem aqui, feliz, até ter que voltar, e Klaus como sempre estragou, e me pediu desculpas, eu o odeio e quero que ele morra, do fundo da minha alma, poderia dizer que cansei de viver..."

A mesma logo pega seu estilete e começa a fazer retas em seu braço, chorando e logo aquele sangue pinga no carpete. A mesma sussurra para si mesma.

- A culpa de tudo isso é sua, Niklaus Mikalson... A culpa é sua...