Fique Comigo • Penúltimo Capitulo •


 

— Aplique 200G de Lidocaína. Comecem a fazer massagem torácica. Chamem a Cardio, e a Neuro.— Diz a médica que cuidava de Klaus. A mesma se especializou em Trauma. E era preparada para esse tipo de situação. A garota de no máximo trinta e cinco, de cabelos ruivos logo entrou em ação.

— A Bradicardia aumentou, o coração está agora em um ritmo maior que 60bpm. Está normal agora. — comentou o interno que a ajudava naquele dia.

— Isso é ótimo. Verifique os sinais vitais dele. — a médica diz. O interno que ajudava a Dra. logo relou na mão do paciente.

— A temperatura está normal, o rosto está um pouco pálido, a respiração está fraca. As orelhas estão ficando roxa. — o mesmo agora estava vendo a pupila do garoto na mesa. — A pupila está dilatada.

A porta da salinha de emergência logo se abriu. Pode-se ver a morena de olhos claros, a chefe da neuro. Em segundos o garoto em cima da maca começa a ter uma convulsão.

— Me chamaram? Qual o caso? — diz a mesma terminando de colocar a luva médica e entrando em ação. A mesma abaixou a maca, virando o menino de lado.

— Desconhecido. Acidente de carro, à trinta e seis minutos ele chegou aqui inconsciente, teve uma bradicardia, mas logo contemos. Fui verificar sinais vitais e vi a pupila dilatada.

— Ele tem traumatismo craniano. E talvez uma possível hemorragia interna. — diz a morena levando a maca de pressa pelos corredores. — Para sala de cirurgia agora.

***


Caroline finalmente tinha conseguido sair daquela casa no final do mundo. A loira havia ligado o netebook de Camille e ligado novamente para Elena.

Caroline estava chorando. A garota perguntou se Klaus já havia saído da casa dos Salvatore, e Hayley disse que sim. Então Caroline começou a chorar mais e mais. Os outros nem entenderam o motivo de ela chorar tanto.

— Alguém pode vir me buscar o mais rápido possível? — Caroline perguntou com dificuldade, ela sabia que se Klaus já havia saído, Camille já havia armado seu plano, o que significava que Klaus pudesse estar... morto?

— Eu estou indo, Barbie. — Damon diz piscando o olho esquerdo para ela. — Vinte minutos estou ai.

E foi assim que conseguiu sair daquela minúscula casa no final do mundo. Estava sentada no bando do passageiro, de Damon. A mesma tentava ligar pelo celular de Damon para Klaus.

— Oi, está é a minha caixa postal, deixe seu nome e seu número e em breve eu retorno a ligação. — Caroline pode ouvir pela milésima vez a voz de Klaus repetir aquilo.

Estava quase desistindo de ligar, quando Klaus retorna a ligação.

— Alô, Klaus?? — Caroline disse com angustia, estava com medo de que na verdade fosse Camille atendendo para ela se despedir de Klaus.

— Não. Aqui não é o Klaus. Klaus é o nome dele? — Caroline ouviu uma voz séria do outro lado da linha. Não entendeu o motivo da voz do outro lado perguntar aquilo.

— Sim. Niklaus Mikaelson. Mas quem está falando? Eu sou Caroline Forbes, a namorada dele.

— Oh... Caroline... Sou a Dra. Kapner, do Hospital escola da Virginia. E eu sinto muito... — Caroline voltou a chorar. Não podia ser verdade. Caroline não poderia estar ouvindo aquilo, Klaus estava em um hospital, que ficava a dez minutos de onde estavam. — Seu namorado sofreu um grave acidente de carro. No momento ele está em cirurgia com a Dra. Shepherd, da neuro. 

— Eu já estou indo para ai, Hospital escola da Virginia né? — Caroline pode ouvir a voz da outra garota dizendo que sim. A Forbes tratou de desligar o celular e falar que Klaus havia sofrido um acidente e que ele estava no Hospital.

Damon dirigiu o mais rápido que pode para esse hospital.

Caroline mandou uma mensagem para Rebekah, para falar o que havia acontecido e que era para a mesma ir para o único Hospital escola do estado. 

De Mystic Falls até o hospital demorava uma hora. Mas Rebekah disse que estava caindo um forte temporal e era recomendável ninguém sair de suas casas até segunda ordem. A sorte era que Damon e Caroline já estavam no final da estrada, o que significavam estar mais perto da cidade vizinha e do Hospital mais próximo.

— Você estava chorando quando ligou por Skype para Elena porque sabia que algo aconteceria com Klaus, não é?! — Damon perguntou puxando assunto com a loira. 

— Quando ela desligou a chamada com vocês, ela me disse que eu era forte, e quando eu beijei Klaus, eu fiquei fraca. Disse que eu sou alguém independente, não preciso de ninguém. E Klaus estava acabando com o que ela havia me tornado. — Caroline suspira apoiando os ombros no joelho. — Ela disse que mataria Klaus para me mostrar que minha felicidade só dependeria de mim.

— Ela não matou Klaus, ele está em cirurgia, ele é um cara forte, Caroline, ele sobreviverá. Você vai ver. — Damon diz sorrindo para ela. O moreno falava de coração, ele havia realmente gostado de ser alguém melhor, estava melhorando. Gostava de pensar que Caroline era sua amiga. Por mais que muitas das vezes a mesma falasse coisas ruins para Damon, a garota gostava da companhia dele. 

— Obrigada Damon.

— Chegamos finalmente nessa parte? Somos finalmente amigos? — o mesmo encarou ela por alguns segundos.

— Klaus era seu melhor amigo, ele viu algo em você que poucos conhece, e eu acho que eu finalmente tenho o prazer de conhecer. O seu lado amoroso e com compaixão. Acho que podemos nos chamar de amigos. — sorri a Forbes. A garota estava com o rosto todo inchado de tanto chorar. Os olhos brilhavam pelas lágrimas que escorriam. O nariz todo vermelho de tanto chorar era típico de ver nela.

Caroline estava perdida em pensamentos. Pode ouvir um trovão, logo viu a chuva cair. Ela olhou para o céu e logo se lembrou de um dos dias que teve com Klaus. 

Caroline dirigia no carro de Rebekah, como de costume. A mesma possuía carteira de motorista, porém, não tinha um carro. E as vezes gostava de andar pelas ruas calmas de Mystic Falls para se lembrar de como era estar sozinha.

Sozinha era algo que não se sentia mais. A mesma tinha as melhores amigas Davina, Elena e agora Rebekah. As pessoas que nunca a deixavam sozinha. E ainda tinha seu melhor amigo Enzo, um amor de garoto, uma das pessoas mais importantes para ela.

Mas as vezes, a solidão pode ser a melhor coisa. Caroline ouvira mais cedo no jornal que, cairia uma forte chuva, e era o que acontecia. 

Eram três da tarde, contudo, parecia quase noite pela grande neblina e escuridão que no céu estava.

A loira logo pode ver Klaus saindo do Mystic Grill, a mesma viu que ele estava caminhando nas ruas como se nada acontecesse, como se a chuva não estivesse gelada e nem forte. Forbes se aproximou do loiro, abrindo o vidro e puxando uma bela conversa.

— Os riscos de ficar gripado após uma grande tempestade são grandes. — ela diz encostando o queixo na porta do carro. — Quer uma carona?

— Vou molhar todo banco do carro. — ele diz passando a mão no cabelo dela que estava úmido pela água que caia. 

— O carro é de Rebekah, entre. — ela diz sorrindo. — Vai, deixa eu retribuir a carona que você me deu outro dia.

— E no final vai rolar beijinho na chuva como da outra vez? — ele sorri. — Porque se rolar eu quero.

— Entre então. — ela diz mordendo o lábio e sorrindo.

Caroline ficou perdida em seus pensamentos, só voltou para realidade quando Damon chacoalhou o ombro da mesma, a fazendo ver que havia chegado no hospital.

A loira sem esperar Damon, entra no hospital, indo direto falar com a moça da recepção. No caminho ela encontrou duas médicas conversando, foi direto nelas.

— Oi. Posso ajudar? — diz a médica loira de olhos azuis que sorria radiante. Caroline olhou para o avental da mesma e pode ver que era uma tal de Dra. Arizona Robbins, especializada em crianças e fetos. 

— Eu procuro a Dra. Kapner.

— Sou eu. — fala a ruiva que estava do lado da Dr. Robbins. — Você é Caroline? A namorada de Klaus?

— Sou. Como ele está?

Caroline sentiu uma pontada de dor na barriga, em seguida começou a ficar tonta, desmaiando sem nem poder ouvir a resposta da tal Kepner.

***


Caroline estava de olhos fechados, podia sentir estar quente, como se alguém estivesse envolvendo-a em um abraço. Ela estava deitada. Aos poucos se lembrou de tudo o que aconteceu. Se lembrou do que Camille havia falado. Se lembrou do que acontecera com Klaus, e se lembrou de desmaiar.

Abriu os olhos o mais rápido que pode, ainda não sabia como Klaus estava. Pode ver que Damon estava deitada na mesma maca que ela. Nem se importou. Era bom ter o mesmo por perto, alguém que pudesse abraçar.

— Oi, Barbie... Está melhor? — ele sorriu para ela fazendo carinho na bochecha da loira. 

— Eu acho que sim... — a mesma pode perceber que seu braço estava recebendo soro. — Por quê o soro?

— Porque você simplesmente ficou sete horas sem se alimentar e nem descaçar, ai você e seu bebe ficaram fracos. — Caroline olhou Damon assim que ele disse sobre o bebe. — A Dra. Robbins descobriu que você está grávida através do exame de sangue feito para saber o motivo de você ter desmaiado. E um tal de Dr. Avery apareceu e costurou sua testa, na qual tinha muito sangue. E daqui a pouco eles voltam para fazer uma tomografia.

— Ah. Como está Klaus? — Caroline observou os traços do rosto de Damon, a procura de algo que revelasse se a notícia seria boa ou ruim.

— Está ainda em cirurgia, parece que tiveram uma complicação. — disse Damon. — Mas ele está estável até agora, disse a Dra. Kepner.

— Isso é bom... — Caroline responde um pouco aliviada. Talvez tivesse alguma chance de Klaus viver e ser feliz com Caroline.

Caroline pode ver uma morena de olhos claros chegando no quarto onde estavam. Ela não demonstrava nenhuma reação. 

— Vocês são amigos de Klaus, certo? — a tal médica perguntou e eles concordaram. — O Klaus, infelizmente teve complicações na cirurgia, ainda está inconsciente. Eu acredito que ele não fique em estado vegetativo, mas haverá alguma sequela, acho que só saberemos quando ele acordar. A Dra. Robbins recomendou que você fique descansando aqui, mais tarde ela aparece para te examinar. 

Caroline suspirou. Klaus estava vivo. Por enquanto, e enquanto estivesse vivo, teria esperança.

— Fique calma, Klaus ficará bem. — Optou por acreditar em Damon, ele não poderia deixa-lá. Não poderia deixar Caroline e muito menos o filho. Caroline se sentiu culpada por não falar da gravidez antes. 

— Ele ficará bem. Eu espero. 









Sim. Estamos na reta final , infelizmente . 😕

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