Carta Dos Mortos
Querida mamãe. Faz uma semana que você me disse que tinha aquela doença, e faz exatamente quatro dias que você morreu.
Elena disse que escrever para você, iria me fazer sentir melhor, bom... Eu ainda não tenho certeza se isso funciona mesmo, mas vou tentar.
Não sei o que lhe dizer, nem sei se devo falar algo. Ontem a tarde vi seu caixão descer, colocaram terra, e vi flores por cima, diria que foi lindo, você iria amar.
Ainda não consigo acreditar que você não está mais aqui, mãe. Eu não consigo acreditar que nunca mais vou poder te abraçar, ou comer aquelas torradas que só você sabe fazer.
Eu me sinto péssima com tudo isso, e para piorar, papai não pode vir por culpa do trabalho, ele me disse palavras reconfortantes pelo telefone, mas não foi a mesma coisa que Klaus fez. Klaus ficou do meu lado, sem se importar em faltar na escola, sem se importar com todos, ele somente ficou do meu lado. Diferente de papai, que apenas falou: Fique bem, Care, as coisas vão se resolver, as portas sempre vão estar abertas para você voltar para Chicago.
Até pensei em ir para Chicago iria ser boa coisa, mas decidi que vou ficar um tempo aqui, e quando eu me cansar daqui, volte para lá sabe?
Elena, Rebekah e Davina sempre tentam me animar, as três estão me obrigando a dormir na casa dos Mikaelson, mas tenho que confessar, que nessas três noites, não dormi nenhum pouco, fiquei até o amanhecer no quarto de Klaus falando com ele, então, quando era umas sete da manhã, voltava para o quarto de Bekah, e fingia dormir um pouco.
Assim que eu acabar essa carta, vou descer para sala, onde John Stuart me aguarda para falar comigo e com a Tia Lily. Algo sobre o testamento...
Não vou mentir, mãe. Eu sinto sua falta sabe? Eu sei que não vai ler isso, mas saiba, de onde estiver, eu vou te amar sempre, mãe. Mesmo que você tenha errado varias e varias vezes comigo, eu vou estar aqui... Lembrando de tudo, e feliz, pois todas as broncas, risadas, ordens e tudo, foi para meu bem. Eu te amo, mãe, espero que isso passe logo.
-Com amor, Caroline.
A mesma fechou a carta, limpando as lágrimas que caiam de seu rosto. Ela pegou a carta, dobrou três vezes, e guardou em sua bolsa.
Arrumou o cabelo bagunçado, lavou o rosto e desceu as escadas da casa dos Mikaelson. Encontrou na sala Lily Salvatore e o tal John.
— Caroline Forbes? — ele fala e ela concorda sentando-se na frente dele e abraçando Lily. — Podemos começar?
— Sim.
— Muito bem... Os últimos pedidos de Elizabeth Forbes foram os seguintes: 1. A casa do lago fica no nome de Lily Salvatore. 2. Caroline irá receber uma parte da herança assim que completar dezoito anos. Enquanto isso, Lily Salvatore ficará responsável pelo dinheiro da menor. 3. A outra parte do dinheiro, Caroline irá receber só quando tiver um filho de sangue. 4. A atual casa dos Forbes, fica em responsabilidade de Lily, até Caroline completar dezoito. 5. A guarda de Caroline irá ficar com Bill Forbes. Caso ele de a antecipação da maioridade para ela, a mesma só poderá receber os bens, quando tiver dezoito mesmo.
O mesmo para de falar e as duas concordam de acordo. Ele falou mais algumas coisas e foi embora, deixando as duas ali sozinha.
— Eu sei que sua mãe confiou em mim, pois somos melhores amigas desde criança. E o último pedido dela para mim, foi entregar isso para você. — Lily fala tirando da bolsa três cartas.
— Sério? — Caroline responde pegando as cartas. Aquilo sera as últimas palavras de sua mãe...
— Sim, minha querida, como a sua mãe me deu a casa do lago, eu vou te devolver quando você completar dezoito tá?
— Não precisa, tia.
— É sua por direito, não tente negar. E a sua atual casa, vou te dar duas opções. Ou você fica lá em casa, ou você fica na sua casa, mas não sozinha, convide suas amigas para morarem lá, entendeu?
— Sim, eu vou convidar elas depois. — Caroline fala sem ligar muito, o que queria, era ler as cartas o mais rápido possível.
Já era três da manhã, e como sempre, não conseguia dormir, saiu do quarto, pegando as três cartas, em seguida bateu na porta de Klaus, que em segundos abriu a porta.
— Oi, love! — ele diz abraçando ela, em seguida deixando ela entrar no quarto. O mesmo logo fecha a porta.
— Eu estou com medo, Klaus. — ela diz se sentando na cama. — Minha mãe deixou três cartas com a Lily, e agora as três estão bem aqui na minha mão.
— Por que não abre então? — ele se senta do lado dela.
— Porque tem uma ordem, olhe. — ela fala mostrando que tinha uma carta com o número 1.
— Então leia na sequência, Caroline.
— Mas só tem essa falando ser a primeira. E depois, qual eu leio?
— Amor, se preocupe em ler a primeira então. Depois você vê o que você lê, tudo bem? — ela concordou abraçando ele.
Depois que sua mãe morreu, Klaus era o único que realmente entendia ela. Quando estava com ele, nunca se sentia só.
A mesma abriu a carta, que contia aquele perfume que Liz usava sempre.
Meu amor, Care.
Filha, quando você estiver lendo isso, passará alguns dias que parti. Não fique triste, quero que aproveite essa sua nova vida sem uma mãe chata como eu. E eu estou falando sério. Faça uma festa, ou saia com suas amigas, não sei. Mas combine algo logo.
Nunca fui boa com despedidas, por isso achei melhor escrever, sei que você deve estar com saudades, mas saiba que foi o melhor... (Na terceira carta você vai saber o que eu estou falando, mas não abra ela ainda)
Sei que você quer muito saber a pessoa que me ligou, sim era uma ameaça, mas isso você vai ter que descobrir sozinha, se eu te falar qualquer coisa, a pessoa prometeu te matar, não quero você envolvida, mas você está...
É melhor eu acabar de escrever logo, você já está descendo para o Jantar. E eu tenho uma informação até que valiosa para você.
Todos vocês vivem tentando saber quem é o tal -Anônimo. Eu lhe digo, que tenho essa informação, e se você quiser, você pode ir até lá em casa, no meu quarto, colado de baixo da escrivaninha.
Espero te ajudar meu amor, e saiba, não se mete nisso de descobrir as coisas, por favor, assim que você entrar nesse mundo, você não poderá sair. Ainda tem uma escolha. Escolha não tentar entender o passado.
Espero que um dia me perdoe por algo que fiz... (só vai saber na quarta carta escondida, não tente achar ela, ela virá no momento certo).
Com muito amor, mamãe.
— Ai meu deus, Klaus. — ela diz agarrando o mesmo, que apenas retribuiu o abraço.
— O que foi, sweet?
— Mamãe, ela sabia de tudo que eu planejei, ela sabia de tudo e de todos, como se me vigiasse. E agora ela disse que sabe quem é o -Anônimo.
— Como? Quem é?
— Ela disse que deixou o nome de baixo da escrivaninha dela, fica lá em casa. Vamos? — ela pergunta e ele concorda. A mesma pega as cartas, e se levanta.
— Vamos, love. — ele fala pegando a chave do carro.
— Ei! — ela diz puxando ele para perto e lhe dando um beijo calmo, logo foi correspondido. Depois de um tempo eles se separam sorrindo. — Obrigada por estar me ajudando, Klaus.
— De nada, love.
Oi meus amores .
Deixem nos comentários o que estão achando da história 💙
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