28. Perdas do passado

NAQUELA NOITE NOX se esgueirou pelo imenso jardim do palácio real. Não foi tão fácil quanto pensou que seria, a segurança parecia ter sido dobrada, o que dificultava suas passadas pela grama. Usava as sombras que as árvores ofereciam como vantagem para se camuflar, mas por duas vezes quase fora pego ali e precisou redobrar sua atenção.

Se aproximou da janela desejada e encarou a porta de vidro da sacada fechada, embora uma pequena luz parecesse tremeluzir e transpassar as cortinas daquele quarto. Olhando para os lados mais uma vez e se certificando de que estava sozinho, se abaixou e pegou pequenas pedras, em seguida as atirando contra a porta de vidro.

Poucos segundos de passaram até Emeline surgir na sacada, olhando confusa para os lados. Possuía um pincel em uma das mãos, que estavam sujas de tinta, os cabelos caíam ondulados até a cintura, brilhantes quando a luz da lua tocava os fios escuros e sedosos. Ela continuou encarando os arredores, com as sobrancelhas franzidas e os olhos semicerrados, como se tentasse enxergar no escuro, porém nunca olhava para baixo.

Sem ter muitas opções, Nox pegou a menor pedra que tinha e atirou, acertando em cheio a testa de Emeline.

— Ai! – Resmungou ela, esfregando a testa e ofegando, parecendo ofendida. Voltando os olhos para baixo, encarou Nox e sua expressão passou de surpresa para irritada – Qual seu problema?

Ele apenas gesticulou a chamando, como se pedisse para descer.

— Ficou maluco? Eu não posso descer, está cheio de guardas pelos corredores, iriam ver-me sair! E o que faz aqui? Se te pegarem está morto!

Mais uma vez ele nada disse, apenas a chamou novamente e estendeu os dois braços à frente do corpo, sinalizando que a pegaria.

— Só pode estar delirando se acha que pularei daqui. – Nox apenas bufou e inclinou a cabeça para o lado, ainda a esperando. Emeline deliberou por alguns segundos, sustentando o olhar em desafio, mas sabia que ele não desistiria tão fácil, então logo completou – Está bem. Apenas me deixe trocar de roupa. E se esconda enquanto isso.

Ele concordou com a cabeça, e se esgueirou para um canto mais escuro, permanecendo alerta. Apenas depois de alguns minutos a voz de Emeline soou novamente, o chamando. Saindo das sombras, Nox elevou os olhos e a encarou fixamente, tentando lhe dar a certeza de que estaria ali para segurá-la.

Olhando para os lados, Emeline respirou fundo e transpassou um pé por cima da balaustrada, passando o outro em seguida e se sentando sobre ela, respirou fundo novamente e olhou rapidamente para baixo, onde Nox a esperava com os braços estendidos. Aquilo era loucura e ela sabia disso, mesmo assim se arriscava, simplesmente por ansiar por aventura, por não conseguir ficar tanto tempo inerte. Olhou novamente para baixo, calculando a altura. Não estava tão distante do chão, já que seu quarto ficava no segundo andar, mas uma queda daquelas poderia causar graves ferimentos.

— É melhor que me segure mesmo, ouviu?

Quando Nox balançou a cabeça positivamente, Emeline fechou os olhos e buscou por ar novamente, antes de se jogar e cair diretamente nos braços de Nox. Não foi sua melhor aterrissagem, claro, mas ele foi rápido o suficiente para não deixa-la cair.

Calmamente ele a colocou no chão e encarou por alguns segundos os resquícios de tinta que haviam em seu rosto. Os olhos comprimiram e pareceram carregar certo divertimento, o que indicava que por baixo da máscara ele sorria, achando engraçado e rosto manchado de Emeline.

— O que foi? – Perguntou ela.

Lentamente Nox elevou a mão e com os dedos leves limpou o borrão de tinta, logo depois segurando a mão de Emeline e a arrastando pelo jardim, tentando sair dali o mais rápido possível.

Emeline sequer conseguia imaginar como ele conseguira entrar ali. No entanto, teve sua pergunta respondida assim que se aproximaram de um pequeno portão. Até então ela não o havia notado ali, se o tivesse visto, teria sido de grande valia em situações anteriores. E não estaria mancando como naquele momento.

— Como encontrou esse portão? Tudo aqui é sempre vigiado. – Quando Nox apenas deu de ombros, ela completou – E aquele arrogante acha que está protegido. Estão fazendo um péssimo serviço.

Com a ajuda de Nox subiu no cavalo e partiram antes que pudessem ser vistos, a calça escura que já usara anteriormente a ajuda a se acomodar melhor sobre o lombo do animal. A única parte embaraçosa de não usar camadas e mais camadas sobre o corpo, era o fato dos braços de Nox estarem tão rentes a ela, o calor que emanava do corpo dele, parecia se acomodar na pele dela, causando uma sensação estranhamente lenitiva.

Tentou, em vão, não pensar sobre isso, mas era impossível, estar tão próximo a ele era como estar... em casa.

Porque Nox já não lhe despertava medo. Ao contrário, lhe trazia calma, apesar de toda a situação a qual se encontravam ser extremamente caótica.

Até aquele momento ela não sabia onde estavam indo, e apesar de sua consciência lhe dizer o quanto era perigoso, principalmente por estar com um homem desconhecido, sua confiança em Nox falava mais alto. Não se sentia ameaçada.

Somente quando se aproximaram das docas e ele logo desceu do cavalo que ela entendeu suas intenções. Se esgueiraram para perto de onde alguns homens estavam conversando em frente a um barco. Outros pareciam tirar algumas caixas com mercadorias desconhecidas, descarregando tudo o que aquele barco trazia.

Escondidos atrás de grandes caixas não conseguiam entender ao certo o que diziam, mas pareciam negociar algo, enquanto um dos homens dava dinheiro ao outro.

Com os olhos arregalados, Emeline encarou Nox e sussurrou:

— Essas mercadorias sequer são lícitas? – Ele apenas balançou a cabeça, negando, mas não tirava os olhos do grupo à frente – O que será que trazem? E por que me trouxe aqui? – Ele desviou sua atenção dos homens e fixou os olhos em Emeline, sem esboçar qualquer outra reação – Sinceramente, preciso começar a andar com papel e grafite para que possa escrever. Não consigo entender nada do que pretende... quer minha ajuda?

Nox balançou a cabeça em concordância e com um gesto de mão, indicou uma coroa sobre a cabeça. Emeline demorou a entender o que ele desejava dizer com aquilo, mas quando por fim entendeu uma certa decepção tomou conta de si.

— Entendi o que quer dizer agora. Quer que eu converse com o rei sobre o que está acontecendo aqui. Mas não sei se posso ajudar com isso, o rei é muito... – "pretencioso", era o que queria dizer – relutante. Não sei se me ouvirá, mas posso tentar ao menos uma vez.

Ele encarou o grupo novamente, mas dessa vez pareceu alarmado com algo que via, segurou o punho de Emeline e a arrastou para o outro lado, a levando para um canto mais escuro, onde se esconderam atrás de caixas maiores. Indicando que ela permanecesse em silêncio, Nox continuou observando o grupo ali presente. Emeline ainda tentava entender o que o deixara alarmado, quando avistou um outro integrante do grupo se aproximar, arrastando uma mulher consigo.

A pobre moça se debatia e gritava por socorro desesperadamente, seus cabelos estavam soltos e revoltos, enquanto o vestido parecia rasgado. No entanto, nenhuma relutância da parte dela, parecia surtir efeito, aquele homem continuava a abraçando por trás, enquanto os outros riam.

Como haviam se aproximado um pouco, conseguiram ouvir com clareza o que aquele que parecia o chefe dizia.

— Não adianta gritar, belezinha. Aqui ninguém vai te escutar nem te salvar.

A moça encarou o homem com fúria e se debateu novamente, cuspindo em seu rosto e bradando:

— Ele virá. Irá esmagar todos vocês, irão se arrepender!

O homem calmamente limpou o rosto e com um riso de deboche, se aproximou da moça, segurando seu rosto e respondendo:

— Eu espero que não seja mais uma dessas que acreditam em Nox Nocture.

— Por quê? Está com medo?

— Suas crendices não me assustam. E se ele existisse mesmo já teria aparecido, mas como vê, ele não está aqui. – Diante do silêncio da moça, ele abriu um sorriso e completou – Exatamente como imaginei. Agora vamos logo com isso, não costumo fazer esse tipo de trabalho, mas me pagaram muito bem por você.

Novamente o que segurava a moça começou a arrastá-la, dessa vez para dentro do barco, enquanto ela continuava tentando lutar para sair dali.

Emeline voltou o olhar desesperado para Nox ao seu lado, que já havia desembainhado a espada e se erguia, pronto para avançar contra o grupo. Com um último olhar para Emeline, a avisando silenciosamente de que permanecesse escondida, ele correu na direção do barco, a princípio usando as sombras como vantagem para se esconder.

Mas rapidamente saiu da escuridão atacando o primeiro homem que estava de costas. Quando os outros notaram sua presença, correram em sua direção todos de uma vez, Nox teve certa dificuldade em lidar com todos, eram pelo menos cinco, contando com o chefe, que estava armado.

Emeline se sentia inútil, não poderia fazer nada, principalmente porque um deles possuía uma arma letal. Temia que ao tentar algo pudesse acabar atrapalhando Nox e isso lhe custasse a vida, mas também temia ficar ali parada sem fazer nada e acabar o perdendo da mesma forma.

Ainda tramava um plano em sua cabeça, quando sentiu dois braços fortes a agarrarem por trás e a erguerem do chão, ela tentou se soltar, mas foi em vão, quem quer que a estivesse agarrado era bem forte.

Percebeu a intenção daquele homem quando notou que se aproximavam do grupo, e que Nox agora havia descido do barco, com a moça de outrora se escondendo atrás dele. Como ele havia conseguido entrar tão rápido e ainda tirar a mulher lá de dentro era um mistério. No entanto, ele parecia ter certa dificuldade em lidar especialmente com o chefe, ele era um homem alto e forte, não possuía mais sua arma, mas empunhava uma espada, assim como Nox, a diferença é que ele não hesitava em atacar.

Somente quando se aproximaram, chamando a atenção dos presentes ali, Emeline conseguiu notar o homem alto e ruivo que a agarrara e agora fixava os olhos escuros diretamente em Nox.

— Como atrapalhou nosso negócio com essa senhorita que tanto protege, então negociaremos a sua senhorita. O que acha, senhor? – Perguntou, encarando o chefe, que mantinha a espada apontada para Nox.

— Acho uma ótima ideia, Alvares. Já que faz tanta questão de salvar essa moça atrás do senhor, pode ficar com ela. Mas levaremos a outra bonitinha ali.

Emeline não esperou para saber o que poderia acontecer, se aproveitou da distração de todos ali e acertou o ruivo com a cabeça, arrancando grande quantidade de sangue de seu nariz. Ainda pisou com força em seu pé e quando conseguiu se libertar o chutou com força, o empurrando para trás e o fazendo cair sobre imensas caixas de madeiras.

Notando que Nox havia voltado a travar uma luta com as espadas, ela agarrou o braço da moça, que estava paralisada diante de toda aquela situação, e a arrastou para o mais longe dali, se certificando de que não tivessem sido seguidas.

Quando finalmente pararam, arfantes pelo esforço, Emeline segurou a moça pelos braços, a fim de fazê-la voltar a si e disse:

— Corra o mais rápido que puder. Avise o primeiro policial que encontrar na rua e não confie em ninguém. Me ouviu?

A moça balançou a cabeça afirmativamente, mas permaneceu parada no mesmo lugar, inquirindo:

— Mas e a senhorita? Não pode ficar sozinha aqui!

— Não estou sozinha, posso cuidar muito bem de mim. Agora vá!

A mulher saiu correndo desesperada, enquanto Emeline tentava tomar o caminho de volta, olhando ao redor e sem se lembrar de onde tinha vindo, e a situação piorava ao se lembrar de que havia se perdido de Nox. Não teria como voltar para casa sem sua ajuda.

Ainda atravessava as ruas escuras, quando alguém corpulento e vestido de negro surgiu da escuridão e bloqueou seu caminho. Arfando de susto, Emeline colocou a mão sobre o coração e esbravejou:

— Está querendo me causar um ataque? Como surge assim de repente? – Nox apenas elevou as mãos espalmadas como se pedisse desculpas – Onde estão aqueles homens? Não os matou, não é mesmo?

Ele a encarou por alguns segundos e depois apenas deu de ombros, lhe virando as costas e seguindo caminho para dentro das sombras.

— Isso é muito reconfortante. – Ironizou ela, enquanto o seguia.

Caminharam em silêncio por alguns segundos, ainda atordoados com o que tinham presenciado, ao longe ainda podiam ouvir vozes e relinchos dos cavalos, provavelmente a polícia havia chegado no local.

Quando encontraram um local mais isolado, Nox se sentou sobre uma das caixas e suspirou, parecendo exausto, mas ao mesmo tempo aliviado. Encarou Emeline, que permanecia parada à sua frente e se ergueu novamente, se aproximando lentamente e lhe oferecendo uma espada, que até então Emeline não havia notado que ele carregava, afinal a dele parecia muito bem embainhada.

— Está me dando uma espada? Não, não posso aceitar, você deve ter roubado isso.

Nox empurrou a espada na direção dela novamente, e uniu a sobrancelhas, parecendo contrariado e até ofendido com a recusa dela. Sem muitas opções, Emeline acabou pegando a espada, que a princípio pareceu estranha em suas mãos, era pesada e seu cabo frio como um vento congelante de inverno. Ainda observava com atenção a lâmina em suas mãos, quando Nox desembainhou a própria espada e bateu levemente as lâminas, pedindo que Emeline assumisse posição.

— Está brincando? Quer duelar comigo? – Novamente ele fez as lâminas se chocarem, dessa vez com mais força, arrancando dela um arquejo ofendido. Emeline elevou sua espada e assumiu sua posição, esbravejando – É melhor que não me subestime, pratiquei por muito tempo.

Quando Nox a atacou, Emeline reagiu rapidamente, se defendia dos golpes do adversário com certa facilidade e até sabia que ele estava facilitando para ela, embora a pretensão dele fosse ensiná-la a se defender. No entanto, ela usaria a situação a seu favor, continuou se defendendo até achar uma brecha e ataca-lo. O som dos metais batendo um contra o outro ecoava pela madrugada e Emeline até nutriu certa preocupação de serem descobertos, mas o sentimento logo se dissipou quando percebeu a diversão de Nox por baixo da máscara.

Se aproveitando desse momento de relaxamento dele, Emeline atacou novamente e dessa vez arrancou a espada de suas mãos, o fazendo parar petrificado a encarando de olhos arregalados.

— Estava facilitando para mim, não é mesmo? Achou que eu sequer saberia manusear uma espada? Se enganou. – Quando ele se abaixou para recuperar a espada, Emeline se adiantou em sua direção, pousando a lâmina sob sua garganta e o fazendo paralisar – Péssima ideia, caçador.

Nox elevou as mãos em rendição e lentamente se levantou, sustentado o olhar de desafio e diversão de Emeline. Se aproveitando da pequena distração dela, agarrou seu punho e a puxou para perto, colando os corpos e enlaçando sua cintura com uma das mãos. Permaneceu a encarando de cima, enquanto ela tinha os olhos arregalados e fixos no rosto dele. A respiração da moça se tornou ofegante e de repente ela não sabia como agir por alguns segundos, apenas permanecer encarando a imensidão negra daqueles olhos que repousavam sobre ela. Principalmente quando ele abaixou a cabeça e seu rosto pareceu se encaixar na curva de seu pescoço, inspirando fundo o aroma delicado que ela emanava. Ele se afastou brevemente e notou que Emeline havia virado o rosto em sua direção e agora estavam tão próximos que o nariz dela quase roçava em sua máscara.

— Não tão esperta. – Sussurrou ela.

Nox pareceu sorrir novamente e lentamente a soltou, se abaixando logo em seguida e recuperando a espada, para logo em seguida a guardar na bainha. Ali Emeline entendeu que ele havia dado por encerrado seu pequeno "treinamento", sem dúvidas ele percebeu que Emeline seria perfeitamente capaz de se defender, principalmente quando ele bateu palmas a congratulando.

Para dispersar o constrangimento que havia tomado conta de si, Emeline inclinou o corpo para frente, em uma reverência exagerada, como se agradecesse o cumprimento de Nox.

— Muito obrigada! Aprendi com um primo distante. – Mas ela não pôde evitar o leve tom de pesar em sua voz ao se lembrar de Adam. Ainda doía pensar eu seu nome, e Nox pareceu ter percebido isso quando inclinou a cabeça para o lado, em uma expressão interrogativa. Emeline suspirou levemente e se acomodou sobre uma caixa, enquanto retomava – Ele era um bom homem. Crescemos juntos, embora quase não houvesse parentesco entre nós... Adam sempre me tratou muito bem, ele nunca me olhou apenas como uma... mulher. Durante nossa infância, quando ele tinha aulas de esgrima, ele passava todas as lições para mim. Escondido dos nossos pais, claro. Eu tinha tanta admiração por ele!

Involuntariamente uma lágrima correu por seu rosto e tentando esconder, Emeline abaixou a cabeça e fungou. Não queria encarar Nox, tampouco queria que ele a visse chorar, odiava quando alguém flagrava as lágrimas escorrendo incontrolavelmente por seu rosto. De alguma forma se sentia fraca e exposta demais.

Só percebeu sua aproximação quando ele lhe tocou no ombro e com a outra mão, ergueu seu rosto, secando com o polegar outra lágrima que escorria. Tomando um pouco de coragem, Emeline continuou:

— Com o tempo essa admiração se transformou em paixão, e quase tive um ataque quando ele me confessou que também estava apaixonado por mim. Eu me sentia a pessoa mais feliz do mundo, mas aí... ele foi convocado para a guerra. Antes de ir me disse que escreveria sempre que pudesse e que quando retornasse pediria minha mão a meus pais. – Dessa vez ela não conseguiu se controlar e caiu em prantos, escondendo o rosto nas mãos e soluçando – M-mas tudo o que recebi... foi o corpo dele. Ele não voltou para casa. Não como eu queria que voltasse.

Nox a envolveu ainda mais em um abraço carinhoso e encostou a cabeça dela em seu peito, como se a acolhesse naquele momento, ou como se tentasse fazer com que a dor dela fosse menor. Que passasse para ele de alguma forma.

Erguendo a cabeça e mirando os olhos dourados e marejados em Nox, Emeline inquiriu mais uma vez:

— Já perdeu alguém, não é mesmo? – Quando ele confirmou com a cabeça, ela completou – Então sabe sobre o que falo. Mas não podemos nos deixar abater, foi isso que o Adam me ensinou. Ele estava sempre com um sorriso no rosto e via sempre o lado bom e positivo de tudo. Sempre achava uma saída em todo problema e é por isso que tomei para mim esse pensamento também. E é por isso que irei ajuda-lo a acabar com o que está acontecendo, ainda que tenhamos somente um ao outro.

Ainda com os olhos fixos em Nox, ela percebeu uma única lágrima cair de seus olhos, mas nenhuma outra reação foi esboçada, ele apenas concordou com a cabeça e a abraçou novamente. Ainda permaneceram alguns minutos ali, e Emeline nunca se sentiu tão bem como se sentia naquele momento, não desde Adam. Com Nox as coisas pareciam mais certas, ainda que ela não soubesse quem ele era verdadeiramente. 

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