16. Um baile inesquecível

FALTAVAM POUCOS MINUTOS para o início do baile e Olívia mal podia esperar. Estava sentada na cama de Emeline, observando a amiga dar os últimos retoques no cabelo, já que ela havia recusado ajuda. O vestido em um tom terroso combinava perfeitamente com os cabelos escuros, e destacava os olhos de cor mel, os detalhes dourados apenas incrementavam a beleza da moça. Já o vestido verde acinzentado de Olívia dava destaque aos fios cobre que estavam presos em um coque no topo da cabeça, mas propositalmente deixavam alguns fios escapar, emoldurando o rosto fino.

- Estou tão empolgada! - Dizia ela - Adoro bailes!

- E saber que deixamos os salões de Londres para frequentar bailes aqui... Acho que comemorei cedo demais. - Resmungou Emeline.

Olívia se levantou e caminhou em direção a amiga, apoiou as mãos em seus ombros desnudos e se abaixou para ficar na altura de Emeline, que estava sentada.

- Não seja tão mau humorada, Emie. Pense pelo lado bom, poderemos conhecer novas pessoas, dançar...

- Ótimo! Socialização é tudo que preciso.

- Não entendo sua repulsa por bailes, são sempre tão animados.

- Não quando todo e qualquer cavalheiro que vem conversar com você, lhe trata como se fosse feita de porcelana ou não tivesse um miolo na cabeça. Qual a graça de conversar sobre o tempo? Será que ninguém pode ser mais criativo? Ou será que subestimam tanto nossa inteligência?

Olívia riu da amargura da amiga e se afastou. Por um lado, Emeline tinha um ótimo argumento, a maioria absoluta dos homens não sabia desenvolver um assunto relevante ou interessante. Mas Olívia era sempre cortês e "sofisticada", usava de toda sua delicadeza para lidar com a situação, já Emeline... não fazia questão alguma de esconder seu descontentamento e enfado. Quase sempre bufava e revirava os olhos, o que resultava em quase sempre sua mãe lhe repreendendo.

- Bom, não precisa necessariamente conversar. Pode dançar.

- Claro, se eu encontrar um cavalheiro que não pise no meu pé a cada quadrilha ou valsa. - Ela se levantou, alisando as saias e se virando para Olívia, completou - Estou pronta para meu martírio. Vamos?

Olívia enroscou o braço no da amiga e prontamente se pôs a caminhar para fora dali, dizendo:

- Vamos! Algo me diz que essa noite vai ser memorável!

Emeline apenas suspirou, pedindo aos céus paciência para mais aquele evento.


Talvez as pessoas começavam a acharem Emeline pouco sociável, ela conversava poucas vezes e rejeitou qualquer pedido de dança antes do baile começar. Já Olívia se sentia confortável no meio daquelas pessoas, Giuseppe e Beatrice ainda não haviam chegado, o que era um pouco estranho, mas as pessoas estavam tão entretidas com as músicas, comidas e conversas que mal se importaram. Foi só quando ele e sua irmã apontaram na entrada do salão que a música parou e os convidados se voltaram para eles, acompanhando sua caminhada pelo salão e fazendo reverência.

Ele não era um homem de muitas palavras, cumprimentou os convidados de forma vaga e logo a música voltou a soar pelo ambiente, animando as pessoas com uma quadrilha. Giuseppe observava de longe Olívia se entreter em uma conversa com Emeline, enquanto ambas permaneciam sentadas. Sabendo que deveria tirá-la para dançar em algum momento, resolveu caminhar na direção das duas e convidar a senhorita Denkworth para a dança.

Olívia aceitou com um sorriso estampando o rosto, e estendeu a mão enluvada para Giuseppe, o acompanhando. Quando ele direcionou o olhar para Emeline, a flagrou sorrindo também para a amiga, mas quando ela notou o olhar dele sobre si, parou de sorrir e se levantou, saindo dali.

Ela não queria ficar ali sozinha, tinha certeza que com a amiga dançando com o "senhor todo poderoso" Lambertini, outros homens poderiam se aproximar dela, visto que estava sozinha. Resolvendo que não daria qualquer brecha, resolveu que daria uma volta pelo lugar.

Encontrou Caleb de pé em seu posto, observando as pessoas passarem por ali, mas parecia alerta, olhava para todos os lados como se esperasse alguma conjuntura para escapulir dali. Acabou quase se chocando com ela e arregalou os olhos ao perceber que era Emeline em sua frente.

- Vai a algum lugar, senhor Emor? - Brincou ela.

- Eu... e-eu só... só ia dar uma volta. Sabe... Fazer uma ronda.

- Ah, claro!

- Se me permite... com licença. - Caleb fez uma mesura rápida e saiu apressado.

Emeline apenas o acompanhou com os olhos, sem entender muita coisa da urgência dele. Suspirando ela continuou a caminhada pelo local e poucos minutos depois voltou para o salão, se deparando com Olívia conversando com uma senhora em um canto. Resolveu se aproximar e se incluir na conversa.


Enquanto isso, Giuseppe apenas observava as pessoas ao redor. Estava em uma área reservada apenas para ele e sua irmã, que tinha convidado uma amiga para se juntar a eles. As meninas conversavam animadamente, enquanto Graham se aproximava e se colocava ao seu lado.

- Sabe que há várias moças sem pares para dançar, não é? - Começou ele.

- Estou vendo. - Respondeu Giuseppe, sem qualquer expressão no rosto.

- E sabe que a etiqueta exige que dance com alguma se ela estiver sem par, certo?

- Eu quero que a etiqueta vá para o inferno. Já estou fazendo o bastante.

Graham riu, balançando a cabeça. Como seu amigo odiava bailes!

Mesmo antes de tudo acontecer, ele já deixava claro sua falta de interesse em socialização. Infelizmente, para ele, sua posição o obrigava a se misturar com mais pessoas do que suportava.

- A senhorita Denkworth está sem um par. Se me permite, quero chamá-la para a próxima dança.

Dessa vez Giuseppe encarou o amigo com um sorriso estampado no rosto, Graham sempre fora muito previsível e embora tentasse se esconder, era transparente demais. Estava evidente seu interesse em Olívia, mas ele era íntegro demais para avançar e tentar uma corte, sabendo que ela não estava ali por ele. Graham respeitava Giuseppe. Ao mesmo tempo, esse era um dos motivos pelos quais Giuseppe não fazia o mínimo esforço para cortejar Olívia, sabia que seu amigo se interessara e secretamente desejava que ambos se entendessem.

- Claro que não me importo, Graham. E se quer minha mais sincera opinião, deveria dar um passo adiante.

- Mas... seria você que teria que fazer a corte. Ela veio para cá com essa intenção.

- Não farei e sabe disso. Ademais, nós conversamos durante nossa dança e esclarecemos as coisas. Ela também não parecia muito à vontade com essa ideia. Por isso digo que deveria ir em frente.

Graham apenas sorriu e acenou com a cabeça, caminhando na direção de Olívia, que não deixou de se surpreender com o pedido, mas aceitou com certa empolgação. Enquanto ela caminhava em direção ao centro do salão, Emeline notou o rubor nas bochechas da amiga, o que era sinal de que Olívia se sentia um pouco envergonhada perto de Graham, mas o sorrisinho no rosto demonstrava que estava gostando.

Sendo assim, ela se contentou em apenas continuar a conversa com a senhora que ali restou com ela. Estava até entretida quando sentiu seu cartão de dança sendo puxado, ergueu os olhos e se deparou com Giuseppe escrevendo seu nome nele. Quando o olhou questionadora, ele levantou a cabeça e abriu um sorriso cínico, dizendo:

- Reserve a próxima dança para mim.

- As danças são reservadas antes que o baile comece. - Rebateu ela, erguendo o queixo.

- E a senhorita rejeitou todos os cavalheiros que se aproximaram antes do baile.

- E o que garante que aceitarei seu pedido de dança?

- Bom... meu nome está no cartão, não é mesmo?

Ela arfou, ofendida, mas não conseguiu formular uma resposta. A senhora ao seu lado a encarava inquisitiva, sem entender porque ela hesitava em aceitar dançar com o rei. Nenhuma moça em sã consciência seria louca para rejeitá-lo, e Giuseppe sabia disso. Fazia de propósito. Suspirando, ela se voltou para ele e abriu um sorriso forçado, dizendo:

- Mas é claro, majestade.

Giuseppe sorriu de volta e fez uma mesura, pegou a mão enluvada de Emeline e depositou um beijo, tudo isso sem tirar os olhos dela. Aquele cínico...

- É sempre um prazer, senhorita Black. - Respondeu ele, se afastando.

Ela não sabia o que faria para escapar daquilo. Estava sem saída alguma.

Sempre conseguiu driblar todo e qualquer cavalheiro, sempre conseguiu os espantar com uma facilidade imensa, mas Giuseppe não. Ela simplesmente não conseguia pensar em um plano, ele sempre a desarmava. Passou os próximos cinco minutos ouvindo aquela senhora ao seu lado dizer o quanto ela era sortuda, e o quanto outras moças desejavam ter alguns minutos de proximidade a mais com o rei.

Quando Giuseppe se aproximou novamente, estendendo a mão, sugestivo, Emeline suspirou buscando por forças e aceitou, deixando-se ser guiada.

- A propósito, devo dizer que está belíssima. - Disse ele, a conduzindo para o centro do salão, onde a valsa já começava a tocar.

- Eu sei. - Respondeu ela, simplesmente.

Giuseppe a encarou com diversão estampada em seus olhos negros, abriu um sorriso ladino e atalhou:

- Sua humildade é graciosa, Emeline.

- Seu sarcasmo também, majestade.

- Colocou esse vestido e de repente se sentiu corajosa?

- Não preciso de um vestido para ser corajosa.

- Claro.... Alguém que sai sozinha durante a madrugada já tem coragem o bastante por si só.

- E se eu fosse o senhor, tomaria cuidado ao me encontrar nas ruas de madrugada, quando vai encontrar suas amantes.

- Isso foi uma ameaça velada?

- O senhor jamais saberá.

- Por que ainda insiste em me tratar com tamanha formalidade? - Perguntou ele, assumindo a posição e passando a mão por sua cintura.

Emeline esperou ser guiada por alguns passos para responder:

- O senhor bem o sabe. Me desrespeitou com aquele beijo.

- Perdoe-me. Fui impulsivo.

- E desrespeitoso. Está cortejando minha amiga.

- Se estivesse a cortejando estaria dançando com ela, assim como o fiz em danças passadas. No entanto, estou aqui agora com a senhorita... então, talvez, eu esteja a cortejando.

Ela abriu a boca surpreendida, mas tratou de recobrar a postura e rebater:

- Agradeço, porém, seus cortejos não surtem efeitos. Jamais aceitaria algo assim, ainda mais pelas costas de minha melhor amiga.

- E tampouco eu faria isso de forma tácita. Já conversei com a senhorita Denkworth durante nossa dança, e deixei claro que tudo isso foi armado por minha mãe, unicamente com a intenção de que eu não deixe nossa linhagem morrer. Eu não poderia usá-la para um propósito tão egoísta.

- Oh, está pensando em alguém que não seja o senhor mesmo? - Comentou, ácida.

- E a senhorita agora tomou mais liberdade para falar informalmente.

- O senhor não havia me permitido tal liberdade?

- Sim, mas você parece ser bem seletiva nessa questão. - Emeline se calou e apenas abaixou os olhos para sua mão enluvada, envolta pela grande mão de Giuseppe, que também usava uma luva branca. No entanto, o olhou rapidamente quando ele completou - Talvez eu esteja realmente pensando em mais alguém além de mim.

Ela sabia que ele a provocava, o sorrisinho ainda estava estampado no rosto dele, fazendo o sangue de Emeline ferver diante da provocação. Sem pensar muito, ela avançou em sua direção, procurando pisar em seu pé, porém, Giuseppe foi mais rápido e recuou, mantendo a postura e o ritmo da música.

- Me desculpe - Disse ela, falsamente - quase pisei em seu pé real.

Incentivado pela petulância de Emeline, Giuseppe pressionou um pouco mais o braço ao redor de sua cintura e a trouxe mais para perto, chamando um pouco a atenção dos outros que ali estavam e estranhavam tamanha proximidade.

- Desculpe-me, acho que apertei um pouco forte sua cintura delicada. - Ela resmungou, contrariada, e ele logo completou - Quem está grunhindo agora?

Pelo resto da dança não disseram mais nada, evitando trocarem farpas e se contentando somente em dançar. E Emeline não poderia negar que Giuseppe dançava bem, embora odiasse admitir isso. Aquela deveria ser mais uma das facetas que ele escondera, aquele homem poderia ter tantas camadas como uma cebola!

Ora, por que ela estava pensando em cebolas durante uma valsa?

Franziu o cenho para si mesma, se perguntando como havia chegado naquele ponto. Giuseppe a deixava mais louca do que imaginava.

- Algum problema, senhorita Black? - Perguntou ele, a observando.

- Hã? Não! Somente questões internas.

- Tramando como me matar?

- Haveria uma forma de tomar seu trono?

- Não. Como não tenho herdeiros e não há mais nenhum parente próximo, creio que o primeiro ministro assumiria.

- Então dispenso, matá-lo sem receber o poder que viria com isso não é vantagem.

Dessa vez Giuseppe riu abertamente e Emeline percebeu que ele ficava muito mais atraente daquela forma. Seu sorriso era contagiante, a leveza que banhava seu semblante levava embora toda sombra que se escondiam naqueles olhos escuros. No fim, tudo o que Giuseppe fazia era usar uma máscara para esconder quem realmente era. E parecia que o fazia como uma forma de se punir, como se levasse nos ombros uma culpa pesada demais para carregar.

- Ao menos estaria muito bonita no meu velório se usasse esse vestido. - Respondeu, ainda com bom humor.

- Por que se condena tanto? - Perguntou Emeline, de repente. Não queria que aquela pergunta saísse de seus lábios, mas foi quase involuntário.

Toda a diversão que o rosto de Giuseppe estampava desapareceu instantaneamente, os olhos voltaram a ficar tristes e até perderam o pouco brilho que tinham. Aquela pergunta o pegou tão desprevenido que sua única reação foi se desprender de Emeline e se afastar bruscamente, por sorte a música havia parado naquele instante e sua reação não foi percebida pelos outros. Permaneceu alguns segundos parado, encarando a moça à sua frente, recobrou a postura segundos depois e com uma mesura rápida, disse:

- Perdoe-me, madame, por importuná-la.

Se afastou rapidamente, sumindo no meio das pessoas e deixando Emeline sem entender nada do que acontecia. Será que havia dito algo tão errado assim?

Sem ter um rumo certo, ela saiu do meio daquele salão e optou por se alojar em uma sacada vazia que havia ali, aproveitando o silêncio e o ar gélido da noite, se apoiou na balaustrada e suspirou. Aquela viagem estava sendo pior do que pensava, antes não tivesse aceitado o convite de Olívia. Imaginou que poderia conhecer mais de outro país, andar pelas ruas, mas tudo o que fazia ultimamente era ficar confinada naquele palácio, nem mesmo se sentia à vontade para fazer amizades. A única exceção era Caleb, que por sinal, naquela noite parecia bem estranho.

Não soube quanto tempo ficou parada ali, perdida em seus próprios pensamentos, mas teve sua atenção fisgada quando uma figura já conhecida apontou no grande jardim. A princípio Emeline imaginou que estava vendo coisas, mas forçando mais os olhos conseguiu ver, ainda que com certa dificuldade, a silhueta daquele homem misterioso que já encontrara duas vezes. Não deixou de se espantar ao vê-lo ali, em uma noite de sábado... na mansão real.

Santo Deus, se o pegassem ali...

Ela se empertigou e se apoiando mais ainda na balaustrada, esticou o corpo para frente para observar melhor. Ao mesmo tempo, ele pareceu avistá-la e parou alguns segundos, a encarando diretamente. As poucas luzes que incidiam de tochas cravadas no gramado o deixavam um pouco mais assustador, dessa vez ela não conseguia avistar nem mesmo os olhos, era tudo escuridão.

Quando Emeline fez menção de sair dali ao encontro dele, o homem sumiu no meio das árvores altas presentes ali. Mas ela não o deixaria escapar, não mesmo. Correu para dentro, passando pelo meio das pessoas presentes ali e saiu do palácio descendo as escadas rapidamente e correndo em direção a lateral da casa, onde o tinha avistado, mas quando chegou não havia mais nada, ele desaparecera completamente a deixando confusa.

Olhou ao redor, procurando qualquer vestígio, mas nada. Nem mesmo um sinal.

Encarou as sombras das árvores onde ele havia entrado fixamente e involuntariamente começou a caminhar na mesma direção, tomando fôlego para adentrar aquele breu que parecia engolir tudo ao redor. A brisa gélida da noite não ajudava a deixá-la menos calma, seu coração batia forte à medida que se aproximava e seus ossos chacoalhavam dentro do corpo, um frio se instalou no ventre e ela não soube identificar se era medo ou ansiedade. Talvez um pouco dos dois.

O silêncio daquele lugar a deixava tensa, não conseguia ouvir sequer a música que deveria ecoar de dentro da casa, somente sua própria respiração entrecortada se fazia presente.

- Senhorita Black? - Soou uma voz perto, a fazendo se sobressaltar e soltar um grito.

Colocando as mãos sobre o peito, como se aquele gesto pudesse acalmar seu coração ensandecido, Emeline se voltou na direção daquela voz e se deparou com Graham a encarando com estranheza, os cabelos claros estavam um pouco desalinhados, enquanto os olhos pareciam bem mais escuros que o normal.

- Senhor Thorn? Me assustou!

- Me desculpe, - Respondeu ele, com um sorriso - não era minha intenção. O que faz aqui fora?

- Eu vim... tomar um ar! - Disse com a primeira desculpa que encontrou - E o senhor? Desapareceu durante o baile.

- Ah, eu também só estava dando uma volta.

Emeline abaixou os olhos, mirando as botas de Graham, que estavam sujas de lama. Não havia chovido, tampouco uma poça de água ali por perto. Então onde ele as poderia ter sujado daquela forma? Como apareceu tão rápido e de onde havia saído?

- Se me permite, não a aconselho a entrar aí. - Soou a voz dele, novamente, a tirando de seu devaneio.

- Como? Por que não?

- Há alguns animais por aí e quando anoitece eles saem de seus esconderijos. O rei não quis espantá-los e pediu que recomendássemos que ninguém entrasse durante a noite.

- Ah, eu não sabia. Me desculpe.

- Não há nada com que se desculpar, senhorita Black. É só um alerta, já encontramos uma cobra rondando por aqui e durante a noite fica difícil enxergar alguma coisa. É perigoso andar nesse breu, nunca se sabe o que irá encontrar.

- Realmente perigoso. - Comentou ela, em tom baixo, não podendo disfarçar a decepção.

Graham se aproximou mais e lhe ofereceu o braço sugestivamente e disse:

- Vamos?

Emeline hesitou por alguns segundos, mas acabou aceitando e o acompanhando para dentro novamente, não sem antes olhar novamente para trás, conferindo se realmente não havia ninguém.

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