capítulo 8
Por muito tempo, eu tentei pôr meus sentimentos em palavras. Mas só notei que a única forma de dizer que te amo era demostrando todos os dias.
Então durante o nosso período de namoro e de casamento, eu me fazia de tudo pra poder ver um sorriso estampando no seu rosto. Era o significado de acordar todos os dias, a razão das minhas noites bem dormidas, e claro, da minha imensidão, a imensidão de amor que é destinada à ti.
- aonde vamos ?
Você perguntou enquanto eu dirigia.
- Você vai gostar.
Você apenas estica os lábios e abre a janela deixando o vento levar os seus cabelos. Eu Encarei a cena como algo que remetesse a sua alma. De alguma forma, dava pra vê em seus olhos que você não sentia dor, por que o seu corpo já estava se habituando com a dor.
Dirigi um pouco mais rápido. Você me lança um olhar aprovador. Como se eu estivesse te dando liberdade.
Você pegou os óculos escuros e os usou com facilidade.
A música summer nights começou a tocar no rádio. Você não demorou muito pra cantarolar a letra. Com os cabelos aos ventos você cantou:
- O amor de verão me detonou...
Eu fiquei calado. Apenas ouvindo sua voz doce cantar baixinho.
- Conheci uma garota louca por mim...
Eu Gritei aos quatro ventos fazendo Elisa gargalhar e encher meu coração.
- Você canta muito mal.
Disse ela ainda sorrindo abertamente.
- Não baby. É você que tem péssimos ouvidos.
Ela continuou rindo e voltou a cantar. Livrado de dentro do meu ser, todo medo de perder o amor da minha vida.
- Então, fizemos nossa jura de amor verdadeiro.
Cantamos juntos como dois adolescentes no karaoke. Você ria, e eu sentia meu coração se aquecer. Você é a minha chama Elisa, e eu lutava pra ninguém apagar a minha chama.
Tirei as últimas malas do carro. Você estava na varanda admirando o lago e sua extensão.
- se sente bem ?
Gritei. Ela vira o rosto em minha direção e sorri. As covinhas também aparecem, ela se sentia bem.
Me aproximo dela e fico admirando sua beleza em si.
- quando você descobriu esse lugar ?
Ela estreitou os olhos em direção ao lago. A casa de veraneio era meu alvo, eu iria alugar no nosso aniversário de casamento, e quando eu desse o presente a ela, eu diria que a casa agora era nossa. É eu comprei a casa do lago, pra ela, eu sabia o tanto em que ela amava o ar puro, só que eu temia que ela não estivesse mais comigo no nosso próximo aniversário.
- um amigo me indicou.
Digo beijando a bochecha dela e passando seu corpo em meu colo. E te abraçando forte senti seu coração.
- é tão linda. Eu queria morar aqui pra sempre.
Você riu sonhadora.
Eu me segurei pra não chorar, como eu havia feito nas últimas semanas.
- Não me deixe Lisa.
Eu Sussurrei.
Você virou os olhos para mim. Aqueles olhos verdes que eu tanto amava, você segurou meu rosto entre suas mãos pequenas disse :
- um amor de verdade nunca nos deixa de verdade.
Você beijou minha testa, como se eu fosse a criança que acabara de perder o seu bichinho de estimação. E você estivesse me consolando, me abraçando.
- promete ?
Seus lábios se ergueram ternamente.
- prometo.
E então pra selar aquela promessa, você me beijou com intesidade, eu senti o gosto da sua boca, e como sempre fora doce, e como sempre minha.
- Sabe qual é o nome do lago ?
Eu perguntei assim que paramos de nos beijar.
Você negou sorrindo meneando a cabeça de uma forma graciosa.
- qual é o nome do lago?
Respirei fundo e apertei a cintura dela de leve.
- um nobre francês, veio visitar o estados unidos, a filha dele mais nova estava completando quinze anos quando a viagem aconteceu. Então como presente ele comprou todo a propriedade inclusive o lago.
Ela me olhou entusiasmada.
- e o pois lhe o nome de pour Elise.
Você riu alto em meu colo. Incrédula você fitou o lago.
- é verdade!
- Sério que o nome do lago é Para Elisa ?
Ela sorriu e eu sorri também.
- é.
E era verdade.
- fico honrada.
Ela se aconchegou no meu colo suspirando observando o lago pour Elise. E de alguma forma, eu a segurei forte, numa ilusão de não deixar ela ir.
Porque o que eu mais queria era ela em meus dias mais horríveis, ela era minha luz, que clareava meus dias obscuros, e eu não queria voltar para a escuridão, ela era minha base, e sem ela me vejo sem chão.
Elisa me ensinou o que é amor, ela me transformou, de um Tomás maritealista para um Tomás que se apegava à qualquer sentimento.
Era isso, Elisa era meu coração, Elisa era os meus sentimentos, e se ela se for, eu não terei mais sentimentos, me tornarei oco e frio, à ponto da morte. Por que eu era assim sem Lisa, nada. Absolutamente nada no meio do mundo.
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