capítulo 6
Elisa, Eu nunca fui bom nisso, você sabe. Sua imaginação é muita mais abrangente, e suas palavras são muito mais saborosas. Mas eu precisava mostrar isso, eu precisava Elisa.
Eu não sei como te dizer, não verdade eu nunca te disse. Eu tenho medo. Medo enorme, meu amor é muito maior, mas meu medo me consome. Medo te perder. Elisa diz pra mim que você vai lutar voltar para mim? Para nossa casa? Elisa eu te suplico não vá.
Eu sei que estamos na reta final, essas cartas são suas, sempre foi Para Elisa. Meu coração é para você, então volte para ele e nunca saia. Meu coração errava as batidas quando eu te via, e segurar sua mão já não basta. Elisa!
Te vê assim me dilacera, eu não consigo mais segurar, você vai morrer e eu vou com você, pois somos apenas um, um só coração, um só amor, apenas um. Elisa...Eu sonhei com você, eu tive você, mas é pouco demais, eu preciso de mais, eu preciso apenas de você. Muito muito muito de você.
Vê você me desola, é os piores meses, porquê eu sei que a cada dia você morre mais, chegar perto e segurar sua mão fica casa dia mais difícil, eu não consigo mais fingir que você vai voltar. Eu não consigo mais Elisa. Eu volto pra casa à noite e quebro alguma coisa, sabe essa cicatriz na minha mão, foi um vaso que eu quebrei. Eu chego em casa e não vejo você isso me atormenta. Eu me sinto inútil quando eu vejo você numa cama de hospital morrendo de pouco a pouco.
Eu fiz questão de ir atrás dos melhores tratamentos, mas já era tarde demais, o glaucoma já era muito avançado. Os remédios não faziam mais efeito, a dor era crucial, você já não aguentava andar e ficar em casa dificultava mais, cada movimento doía em você, e eu não podia fazer nada.
Eu entrei na sala do doutor Alexandre, eu sabia que Boas notícias não era, desde a descoberta da sua doença em estado terminal eu me desesperei, pois desde então notícias Boas não faziam parte do meu universo.
- doutor.
O comprimento.
Ele não sorriu.
- Tomás. As coisas se agravaram.
Eu torci o nariz e me inclinei.
- Eu já sei que ela não vai aguentar muito tempo.
O doutor cruzou os braços.
- A Elisa vem sofrendo muito, eu acho mais sensato você levar ela pra casa e passar alguns dias de paz com ela, longe de ambientes médicos. Acho que isso faria bem à ela. E além do mais, ela...
- morreria em paz.
Falo com dor. Você me deixaria. E eu não aguento mais essa dor. Sinto muito Lisa, eu sou egoísta porque quero você só pra mim.
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