capítulo 1
Sempre fiquei imaginando como eu contaria nossa história para as pessoas ao nosso redor, seria um poema de Camões ? Ou uma melodia de Bethoven? Mas que saber, eu nunca fui bom com palavras e vírgulas, mas vou arriscar, porquê eu sei que isso vai lhe atracar diversas risadas, e eu sei que o que mais me enche de felicidade são as suas risadas.
A primeira vez que te vi nós tínhamos seis anos de idade. Incrível como nós nos conhecemos tão cedo mas só ficamos juntos depois de tantos anos, talvez o tempo quis nos testar.
Você era uma garotinha muito quieta, usava óculos de grau rosa nas hastes, seu cabelo longo e castanho claro era sempre solto e levado com o vento, eu adorava de observar na escola, como você se sentava afastada de todos para lê um livro da biblioteca, eu nunca te disse isso, mas às suas manias de uma Elisa de seis anos de idade continua até hoje, você ainda morde os lábios quando está concentrada, e ainda mexe no cabelo quando está nervosa. Eu te observei muitos anos, eu poderia até escrever um livro sobre Elisa Erin. Sobre o amor da minha vida.
Eu me lembro perfeitamente de quando falei com você pela primeira vez.
Você usava uma camiseta do super Men e lia um quadrinho da Marvel, achei aquilo contraditório, mas sorri porque você mordia o lábio inferior lindamente, mesmo eu tendo apenas Seis anos de idade, eu amei Elisa naquele momento.
Eu perguntei quem você prefiria. Capitão América ou homem de ferro.
Você ergueu o queixo e disse que o capitão é o melhor.
Então eu fiquei sabendo que você era do time do América.
Eu perguntei se você queria ser minha amiga, mas os seus olhos verdes esmeraldas se estreitaram nos óculos finos.
- Não sou amiga de quem torce para o Stark.
Falou fria. Caraca Elisa, você partiu o meu pequeno coração. Eu sorri para você e cogitei meu novo plano.
Você ainda se apaixonaria pelo homem que torcia pelo homem de ferro.
E deste então eu te observei de longe. Mas com uma vontade enorme de ser o seu melhor amigo.
Mas você sempre fora diferente, não se juntava com as outras garotas, nunca gostava da euforia dos outros, sempre se sentava longe e abria um livro grosso e lia com os lábios comprimido. Eu nunca soube porque você se mantinha tão longe do mundo exterior e apenas ligava-se no seu mundo interior, e querida, o que eu mais queria era conhecer o seu mundo interno.
Os anos foram passando, e o que eu mais almejava era saber mais sobre Elisa Erin, a nerd da turma que sempre se mantinha calada com os fones de ouvido. O que você ouvia? Rock pesado? Um clássico? Tudo poderia ser sobre Elisa, você é um turbilhão, e sempre foi difícil lhe decifrar, eu nunca ti vi sorrir abertamente, mas eu sabia que você odiava esportes mas amava ficar se entupido de amedoim enquanto lia algum livro, era tão comum vê Elisa sentada em algum canto do gramado lendo alguma coisa com um pacote de amedoim ao lado.
Eu sabia que você sentia repulsa do meu comportamento. Não precisa Elisa, me dizer pela milésima vez o quando eu sou ridículo, porquê eu Tomás sempre busquei em outras pessoas o que era você, eu olhava nos olhos de uma garota procurando os olhos verdes de outra! E essa sensação de vazio é lastimável. A cada dia eu via meus amigos me deixar, as garotas já não me idolatram mais, e eu perdi o meu posto de maior popular da escola, não fico triste em perder esse título, mas eu queria um título seu. Eu já não saía mais para festas e não bebia mais, eu ficava a espreita te observando da biblioteca, você não me via, na verdade nunca me achou, e isso sempre partiu o meu coração, porquê eu sabia que eu nunca seria suficiente para você,Elisa.
Você sempre fora inteligente, sabia de tudo, desde cálculos avançados a história das ruas de Washington. Você sabia tudo, menos dos meus sentimentos. Você era uma garota peculiar mas extremamente perfeita, os cabelos eram sempre soltos levandos pelo vento, você sempre usava calças e camisetas de super heróis ou bandas, e eu adorei vê você vestido uma do The clash! Você era aquele tipo de garota que os rapazes adorariam conversar. Você chegava de fininho e se alastrava em mim, mesmo sem dar nenhuma palavra.
Com o tempo eu fui perdendo a vontade de ser o Tomás safado que pegava todo mundo e se achava o melhor da escola, mas o melhor para mim não era mais isso, na minha concepção, a melhor coisa era segurar a mão da minha garota, e dizer em alto e bom som, eu te amo, Elisa.
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