Capítulo um

✧ Créditos

Autor: Lys_Anny

Co-autor: PurpleGalaxy_Project

Avaliação por: iKakaw

Betagem por: MegNovis

Design por: pxndoquinhx





Mais uma vez a notícia se repetia, como um papagaio que aprendeu uma nova palavra para irritar seus donos.

Não saia de casa de madrugada.

Evite caminhadas solitárias.

Avise as pessoas ao seu redor quando for fazer algo.

Ande sempre por ruas movimentadas.

Se ver alguma coisa suspeita, ligue imediatamente para a polícia.

Cartazes na rua, post em redes sociais, conselhos repetidos nos telejornais. Tudo isso na tentativa de deixar a população avisada sobre os acontecimentos mais terríveis daquele ano.

Todas aquelas notícias repetidas irritavam os jovens daquela cidade. Não podiam mais sair sozinhos, se demorassem para voltar, os pais começavam a ligar desesperados para seus celulares.

Todo o terror era causado por um serial killer que já havia feito mais de quinze vítimas e o número subia diariamente.

O perfil do assassino já estava estampado em todos os lugares. Jovens, de sua maioria da comunidade LGBTQIA+, entre dezesseis e vinte e quatro anos, normalmente solteiros e que estavam saindo de bares noturnos. Os corpos sempre encontrados da mesma maneira - pulsos cortados, pele rasgada e formando desenhos estranhos, olhos furados e todos foram vitímas de abuso sexual, além de que possuiam uma carta de baralho com um palhaço sorridente estampado na carta costurada nos labios.

Todos estavam completamente aterrorizados com tudo aquilo, os membros da comunidade LGBTQIA+ não eram os únicos a serem atacados, garotas loiras ou de cabelo curto também eram assassinadas.

As últimas saíram do padrão encontrado pela polícia. Das três novas vítimas que foram encontradas, uma era estrangeira, a outra virgem e a última possuía cabelos longos e coloridos.

Após isso, o novo padrão era pela idade, de adolescentes e jovens adultos com no máximo vinte e quatro anos; garotos, garotas, estrangeiros. Assim, o medo dos pais cresceu mais ainda.

Já se contabilizavam vinte e cinco vítimas encontradas em vários cantos diferentes da cidade, mas nenhum suspeito. Com a pressão da imprensa, a polícia passou a oferecer recompensas para aqueles que tivessem alguma informação sobre o assassino, mas mesmo assim nada mudou, o assassino era esperto e não deixava rastros.

Não se sabia onde ele escolhia suas vítimas, ninguém nunca havia denunciado alguém às seguindo ou qualquer coisa que ligava as vítimas ao assassino. O pânico já fazia parte da vida de todos, mas em uma noite de sexta-feira, uma notícia chamou a atenção de todos.

Era provável que o assassino tivesse sido encontrado e a imprensa estava a todo segundo trazendo informações quentes e bem rápidas sobre o caso.

Todos os olhos estavam atentos a tudo que saia. Aparentemente, o assassino tinha ido atrás da vítima errada e ela o denunciou. E é essa a história que será contada por todas as gerações: o dia em que um garoto com aparentemente nada de especial conseguiu enganar um serial killer e levá-lo direto para a delegacia.

Seu nome é Park Jimin, um estudante de artes cênicas de vinte anos. O garoto é conhecido por ser tímido e muito calado. Sua entrega em seus trabalhos é bem conhecida por seus colegas, um talento que herdou de sua mãe, essa que foi a primeira bailarina de várias peças grandiosas, como "Cisnei negro" e "A rainha de gelo".

Sob o palco, ele brilhava e se transformava em vários personagens. Expressões variadas, passos firmes ao mesmo tempo que era leve. O garoto literalmente voava em suas apresentações mudando suas expressões de acordo com o ritmo da música e da dança.

A sua entrega era admirada por todos ao seu redor, era o que mais chamava a atenção para o garoto, além dele ser a criatura mais simpática e humilde possível, sempre ajudando os colegas com o que precisavam, sem pedir nada em troca por isso.

Essa era a máscara que ele usava diariamente para esconder o seu eu mais selvagem e mais perigoso. Por baixo de toda aquela máscara de bom garoto, escondia-se um ser cheio de luxúria e orgulho.

Durante às noites ele se libertava por completo, sempre comparecendo a festas bastante agitadas em lugares duvidosos. Além disso, o garoto possuía um gosto muito grande por histórias e seriados de crimes, principalmente aqueles baseados em fatos reais.

Ele sabia de cor dizer o nome de vários serial killers famosos, seus crimes e suas punições. Fora que ele era ótimo em identificar quando alguém mentia e sempre conseguia encontrar as coisas que as pessoas escondiam de si; além de conseguir a proeza de fingir surpresa quando era entregue para si.

O garoto não é nenhum sociopata, relaxem, apenas tinha uma fascinação por thriller, e isso o salvava em muitos casos. Graças a esse seu conhecimento e esperteza, ele não morreu várias vezes, até mesmo de assaltos ele já conseguiu escapar ileso.

O garoto era esperto, muito esperto, isso era um ponto positivo em sua vida e gostava de manter em segredo para sua própria segurança e medo das pessoas o chamarem de louco, ou até mesmo acharem que ele poderia matar alguém, e bom... ele podia, mas não faria isso.

Quando os primeiros casos do palhaço sorridente começaram a ser descobertos, o coração do garoto disparou em completa curiosidade e interesse. Um assassino em série em sua própria cidade, isso era loucamente insano.

Ele começou então, uma saga louca por mais informações. Morto dentro de seu quarto em sua própria investigação para tentar desvendar a maneira de agir do assassino, fazendo um verdadeiro trabalho de detetive. Ele se aproximava dos parentes das vítimas de forma calma e curiosa, tomando cuidado com o que perguntava e como perguntava, com isso, ele tinha tantas informações - às vezes até mesmo mais que a própria polícia conseguia.

A cada nova vítima, um novo brilho no olhar e a curiosidade nascia em seu interior. Ele tinha mais informação que a polícia em um determinado momento, mas não disse nada para eles, pois ele ainda não havia descoberto a maneira que o assassino escolhia suas vítimas, e como já foi dito, as vítimas não possuíam nenhuma ligação, não eram da mesma universidade ou colégio, não frequentavam os mesmos estabelecimentos e muito menos se conheciam; eram pessoas aleatórias, vindas de lugares aleatórios.

Um padrão. O Park tentava achar um padrão nos locais que as vítimas visitavam antes de suas mortes, mas não achava nada e isso estava começando a deixá-lo maluco. Ele começou a rever vários documentários sobre outros serial killers na tentativa de descobrir alguma coisa ali, talvez este novo serial killer pegasse alguma referência de outros crimes conhecidos e isso poderia ser uma chave para ele, mas não adiantava quantos documentários ele assistisse, quantas notícias lesse, nada naquele serial killer era como os que estavam descritos ali, nada se encaixava, era como se ele estivesse criando sua própria maneira de matar a cada vítima que fazia.

Aos poucos, as vitimas eram cortadas de varias formas diferentes, algumas tinham as partes de seus corpos separadas e encontradas em lugares diferentes - já era certo que havia uma tortura envolvida. As pessoas sumiam e apareciam mortas quase duas semanas depois que eram consideradas desaparecidas, outras eram encontradas horas depois do assassinato e esssas eram as vitimas que acabavam sofrendo abuso sexual.

Jimin já estava com ódio daquilo tudo, a lerdeza da polícia de achar um suspeito e a lista de vítimas só aumentando a cada dia que se passava. Ele odiava tudo aquilo e odiava não conseguir nenhuma informação realmente útil para ajudar a acabar com tudo aquilo.

Frustrado, o garoto foi a um bar próximo à sua casa para espairecer a mente. Nada estava se encaixando e isso o deixava irritado. Em todos os lugares, a única coisa que se falava era sobre o palhaço sorridente. A população assustada, começava a se trancar em suas casas mais cedo, mas isso não impedia o assassino.

Já havia duas vítimas que foram encontradas mortas dentro de suas próprias casas, contudo, essas vítimas moravam sozinhas. Não havia câmeras ao redor de suas casas, mas não tinha sinais de arrombamento, ou seja, o assassino era convidado a entrar, o que significava que as vítimas conheciam o carrasco e isso deu mais uma pista à polícia.

A cabeça do garoto estava para explodir e o álcool já fazia efeito em seu corpo quando um homem alto, de cabelos loiros e bem musculoso se aproximou dele. O cara era lindo, tinha olhos azuis tão profundos que pareciam ter um mar nervoso morando ali dentro.

Ele tinha a pele morena e um sorriso bem lindo, não possuía traços asiáticos. O Park não saberia dizer com clareza de onde o homem era, e isso não importava naquele momento, nem mesmo que ele parecia estar nas casas dos trinta anos. Nada importava, Jimin estava bêbado e ele era muito bonito.

Eles começaram a conversar animadamente, Jimin descobrira que ele se chamava Juan e era australiano, tinha trinta e dois anos e era cardiologista, entendia bem do corpo humano e como deixar um coração mais acelerado ou menos acelerado, onde tocar e como tocar.

A sanidade do mais novo estava totalmente longe de si, ele começou a flertar com o homem usando todos os dotes que possuía, e logo estava alisando o homem, excitando-o com palavras e toques, assim como ele fazia consigo. Várias bebidas depois e mais um papo que o garoto não se recordava, ele estava em seu carro arrancando suas roupas e indo a loucura total, levando junto o médico.

A noite parecia pequena para aqueles dois, o ator tinha certeza absoluta que poderia passar o dia, a noite e a vida inteira transado com ele naquele carro, essa que seria uma loucura e novas estrelas em sua visão de tão bom que aquele médico era.

O garoto não ficava para trás, levava o médico ao delírio total com a mão, com a boca, com palavras sujas e muitas outras coisas que eles deixaram guardadas apenas para si.

Eles continuaram a se encontrar por muito tempo, o que fez o garoto esquecer totalmente sobre os assassinatos, sobre o que ele queria descobrir e desvendar para ajudar sua cidade, acabando por ficar calma e tranquila novamente - aquele homem o deixava totalmente esquecido do que ele queria.

Todos os seus encontros terminavam da mesma forma: Jimin no carro do médico, gemendo o nome dele e falando diversas coisas sujas e depravadas. Sempre era necessário levar uma muda de roupa nova, as que ele saia sempre eram rasgadas pelas mãos fortes e ágeis do médico.

Um dia, após a aula, o Park estava louco de tesão e foi até o hospital em que o médico trabalhava, já sabendo o seu horário de descanso. Ele queria transar com o médico dentro do consultório, e assim o fez.

O susto que o médico tomou ao ver Jimin entrando em seu consultório foi enorme. Ele estava cansado, completamente exausto depois de um plantão de quatorze horas e tinha acabado de sair de uma cirurgia que levara mais cinco horas, enquanto isso o estudante estava em sua sala, pronto para relaxar o seu médico cardíaco.

Eles transaram por todo o consultório naquele dia, as consultas que o médico tinha foram desmarcadas; o garoto era insaciável e o médico também. Eles saíram do consultório direto para o carro do doutor, esse que já havia se tornado seu local de transa preferido, todos os dias uma loucura maior que as demais.

Enquanto o mais novo se desligava dos assassinatos, o assassino tirava férias, pois nos três meses que se sucederam, não houve mais nenhuma morte. O ano virou, Jimin estava com o médico a quase cinco meses, e a quase sete não tivera mais nenhuma morte.

A paz então começou a reinar naquele meio tempo, todos achavam e acreditavam que tinha acabado, o assassino não iria mais atacar. Mas o erro da humanidade é comemorar antes de um assassino ser pego, e o erro de Jimin foi deixar de lado todos os seus cuidados e conhecimentos sobre criminosos.

O Park e o médico estavam iniciando um relacionamento, Juan sempre ia para as apresentações do mais novo, sempre estava na primeira fila, sempre era o que batia palmas mais forte e mais alto; era o que mais gritava ao final de cada cena e o único que o fodia com força e em posições diferentes após as apresentações.

Nove meses juntos, quase um ano sem novas vítimas. Jimin estava tão ligado na forma que fodia com o médico que não percebeu uma tatuagem de palhaço no lado esquerdo de seu abdômen, junto de um coração esfaqueado e a imagem de duas garotas desesperadas e assustadas.

Quando a mente do garoto finalmente voltou a funcionar, o alerta foi grande, seu coração quase explodiu com tantas informações que começaram a sair ao perceber tudo o que estava ao seu redor.

Com sua consciência de volta, aquele lado investigador do estudante foi novamente ativado, e de forma inocente, começou a falar com o médico sobre os assassinatos, jogando uma verde para colher um serial killer.

Jimin voltou a fazer as investigações sobre o assassino e suas vítimas, retornou ao seu caso particular e a ir atrás de novas pistas, procurando em lugares que ele ainda não tinha ido e voltando passos para descobrir o que havia sido deixado para trás, e só assim achar o padrão que ligava todas as vítimas.

Todas elas iam a um tatuador específico que sempre fazia os desenhos de seus clientes, tinham problemas cardíacos e se consultavam em um único hospital, a maioria havia passado por uma cirurgia no sistema cardíaco há um ou dois meses antes de serem assassinadas e possuíam uma psicóloga indicada pelo médico que as atendia.

Todas sempre estavam com algum problema emocional, irritadas ou cansadas. Sua orientação não era o motivo de sua escolha, mas sim sua beleza, era isso que chamava a atenção do assassino - o quão bonita a vítima era.

Se a pessoa se interessava por ele, ele ficava com elas por algum tempo, de dois a três meses, mas sempre era escondido, assim como suas cirurgias e consultas psicológicas.

Como um louco detetive nada correto, um dia o mais novo invadiu o consultório da tal psicóloga. Das quase cinquenta pessoas que haviam sido mortas, trinta eram seus pacientes, outras dez tinham passado por uma consulta ou cirurgia com Juan, enquanto as outras dez ele simplesmente parava na rua.

As vitimas que foram mortas em suas casas, haviam recebido a visita do medico no dia do assassinato. Os cortes de certas vítimas, que pareciam desenhos estranhos, eram aquelas que haviam feito alguma tatuagem com o mesmo tatuador do assassino; ele as arrancavam para que a polícia não chegasse ao tatuador.

Ele também invadia seus celulares, limpava qualquer vestígio de algum contato com ele e queimava qualquer coisa que dizia que a vítima tinha feito algum contato com ele. Apenas duas vítimas tinham alguma ligação, um casal que havia feito uma cirurgia com o médico - a garota havia sido a primeira vítima - e depois que a polícia bateu na porta do consultório do médico perguntando da garota, quase três meses depois, o garoto foi encontrado em seu apartamento enforcado e com os pulsos cortados.

Após juntar tudo que incriminava Juan, Jimin não disse nada à polícia, não por medo, não por decepção, mas porque ele queria acabar com o médico com suas próprias mãos, da forma mais dolorosa possível.

Só iria entregá-lo após fazê-lo sofrer bastante por tudo o que havia feito, e ele faria isso da forma mais doentia possível. Seu plano começou em uma segunda-feira, ele estava de férias da faculdade e o médico tinha tirado a semana de folga. Eles foram para Jeju, para uma casa na praia que era da família do médico, um lugar maravilhoso, sem ninguém ao redor, ninguém para atrapalhá-los ou ouvir qualquer grito que poderia vir da casa - o local perfeito para um casal barulhento que parecia estar no cio.

Jimin levou apenas uma única muda de roupa, esta que ele vestiria no último dia de seu fim de semana, pois ele andaria pela casa e praia da forma que veio ao mundo - completamente nu, e usaria isso ao seu favor. Transformaria um assassino em seu cachorrinho muito obediente.

Assim que chegaram, ainda dentro do carro, o Park se livrou de suas roupas e ali mesmo começou seus trabalhos, fazendo um delicioso boquete no médico enquanto ele dirigia até a casa. A surpresa foi grande e o prazer que ele sentiu foi maior ainda.

O olhar do médico estava diferente nas últimas semanas, a forma que ele tocava Jimin também, ele estava mais tenso que o normal e parecia preocupado e triste. O garoto podia ler isso em seus olhos e sabia o que significava: Jimin seria sua próxima vítima.

Mesmo sabendo disso, o Park continuou com o que planejava fazer, não morreria e também não deixaria o homem se safar, pelo menos, o plano era não morrer, mas caso isso acontecesse, ele tinha um plano b, então mesmo que aquela fosse sua última semana de vida, aquele médico seria derrubado.

Assim que o homem estacionou o carro, as roupas foram destruídas, e ali dentro mesmo eles começaram a transar loucamente, o mais novo comandando cada movimento e cada respiração que o médico dava. Ali dentro ele deu início ao seu plano.

Depois de transar dentro do carro, já um pouco cansados, ambos foram para a casa tomar um delicioso banho na enorme banheira que tinha na casa, e lá mais uma vez se "amaram" de forma selvagem, gemendo tão alto que o Park poderia ter perdido a voz de tanto que se perdeu naquele homem.

As posições eram investidas, enquanto Jimin ia com força dentro do homem, imaginava maneiras diferentes de torturá-lo e machucá-lo da mesma forma que ele havia feito com tantas pessoas antes dele.

Com o homem cansando, dormindo tranquilamnete após uma sesação e tanta de sexo com o menor, o ator foi até a cozinha atrás de facas e outras coisas que poderiam ser usadas para torturar o homem.

Os olhos do mais novo eram puro ódio e dor. Ódio pelas vítimas que nem tiveram a chance de se defender; dor por estar começando a gostar do homem; nojo por ter passado tanto tempo com aquelas mãos banhadas de sangue de pessoas inocentes e não ter percebido isso antes, apenas porque ele sabia como tocá-lo.

Ele queria chorar, mas não um choro de tristeza, e sim de um puro e genuíno ódio. Ele havia escutado as histórias de todas as vítimas, cada uma com um sonho, com uma vida inteira pela frente, uma vida que tinha sido ceifada por aquele homem. O ódio que estava sendo cultivado no corpo do menor de forma que não podia ser descrito.

Após examinar a casa e pegar tudo o que precisava, ele voltou para o quarto, pronto para acabar com tudo aquilo. Ele guardou todas as coisas que precisava pela casa e o quarto. Amarrou os braços e pernas do homem e começou a beijar o corpo dele, despertando-o. Por um segundo ele se assustou, mas logo o prazer o invadiu e nem percebeu o olhar mortal de Jimin sobre si.

Ele brincava com o corpo do maior, dava-lhe tapas, beijava-o e chupava, falava palavras sujas e o fodia com vontade... E então ele começou, primeiro o sufocou, esmagou com suas mãos o pescoço sem nenhum carinho, tirando todo o ar de seus pulmões, e quando ele estava prestes a desmaiar, tirou as mãos do pescoço.

Os olhos do homem estavam arregalados com a ação do mais novo e começou a lutar para se soltar, mas não conseguia.

O próximo passo foi com uma faca, Jimin começou a raspar o objeto pela pele nua do homem que urrava de dor e se contorcia. Deixando a faca de lado, o estudante começou a quicar novamente sobre o pau do maior e ria de forma macabra enquanto cavalgava com força e apertava as feridas do homem.

Quando chegou em seu apice, o Park voltou com sua tortura, dessa vez enfiando a faca de uma vez no abdomen alheio, girando enquanto mastubava-o, contudo, ele já chorava de dor.

Da mesma forma que ele fazia com suas vítimas, Jimin começou a cortar sua pele e fazer tatuagens com fogo na carne, queimando-a. Jimin estava se divertindo da mesma forma que ele se divertia quando torturava e matava suas vítimas.
Sua mente já não era mais a mesma de meses e anos atrás, todos os filmes, documentários e tudo o que sentiu quando descobriu quem era aquele homem, deixaram-o totalmente mudado. Como se fosse uma chave que abriu a sua mente para algo insanamente errado... Era errado, mas ele não se via como errado.

Após a primeira seção de tortura, Jimin desceu para a sala, fez um lanche para si e deixou o homem no quarto, sangrando enquanto ele comia e assistia algum documentario na grande tv que tinha ali.

Naquele momento, o ator se viu pensando no sentimento que deveria sentir. Ele deveria sentir ódio por ter feito o que fez? Deveria sentir nojo de si? Por algum motivo desconhecido, dentro de seu ser, ele não conseguia sentir nada daquilo.

Ele tinha gostado do que fez. Isso o tornava alguém como aquele assassino que chorava e se esperneava sobre a cama? Ele não sabia dizer. Não mais. Não depois de ter experimentado aquela sensação de machucar aquele homem.
Em sua mente, o que ele estava fazendo era certo; ele estava certo. Para ele, aquilo era justiça pelas suas vítimas, fazer o pérfido sentir como elas se sentiram.

Era claro que por lei, o que Jimin fazia era completamente errado. Ele era tão criminoso e ruim quanto aquele assassino cruel, afinal, ele desceu ao nível do mesmo homem que condenava. Entretanto, sua mente já estava deturpada; ele não conseguia mais distinguir o certo do errado, não via que seus atos eram tão ruins quanto os do homem no quarto.

Depois de algumas horas assistindo, o jovem dormiu no sofá do homem, e quando acordou novamente, começou a sua tortura. Ele estava dormindo e seu corpo estava quente, da mesma forma que o homem fez com algumas vítimas, fez com ele, o abusou e o enforcou, depois voltou a cortá-lo e foi assim durante toda a semana.

Quando ele se cansou, levou o homem de volta para cidade, estava de madrugada quando deixou o assassino quase morto na porta da delegacia com um dossiê de todos os seus crimes.

Ele foi levado ao hospital rapidamente para ser tratado, no seu braço havia uma nova tatuagem, feita da mesma maneira que ele tinha feito com suas vítimas - uma carta de baralho, com um palhaço sorrindo e o nome de Park Jimin assinado.

Depois da prisão do palhaço assassino, ninguém mais ouviu falar de Jimin, porém, algumas pessoas o veem como justiceiro, como um "herói", indo atrás dos piores criminosos, serial killers e os fazendo sofrer da mesma forma que suas vítimas. E quando eram entregues para a polícia, sua marca estava registrada: uma carta de baralho com um palhaço sorridente e a assinatura de Park Jimin, pois ele havia se tornado o palhaço sorridente.

Mas, assim como todos os assassinos que ele caçava, seu rosto ficou marcado perante a justiça, pois, acima de qualquer coisa, o que ele faz agora o tornou tão perigoso e insano quanto os seres que ele caça.

Para a sua mente doente, o que ele faz não está errado, que a justiça que está enganada; ele não é mal, mas sim o bem, a justiça, um palhaço sorridente, atrás de trazer alegria às pessoas ao seu redor. Um justiceiro, mas um assassino acima de qualquer outra coisa.

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