Fim 1- Matei o Jonatas de vez
Só de pensar que hoje terei de dormir mais um dia ao lado de uma pessoa morta, já sinto calafrios, como eu já disse preciso dar um jeito logo nisso.
Mas já fazem dois dias desde a morte dela, e até então fiquei resolvendo o caso da minha filha.
Amanhã sem falta eu vou enterrar a minha própria mãe, já chamei o pessoal responsável em fazer todo o procedimento e também convidei alguns familiares, muito poucos por sinal, pois sei que minha mãe sempre odiou a maior parte dos nossos parentes.
Afinal eu entendo ela, nem um deles vale nada, ainda mais se for da parte do meu pai, foi por isso mesmo que nem fiz questão de chamá-los, e de fato não devo.
Já é de noite e estou completamente sozinha, com a minha mãe morta.
Cada vez que eu penso nisso eu me sinto ainda mais triste, e também acabei trancando a porta do quarto.
Não vou abri-lo até que o pessoal venha retirar o corpo dela, aí eu terei que entrar para fazer uma imensa limpeza pesada.
Enquanto isso a porta permanecerá trancada, assim ao menos o mal odor não chegará tão facilmente até mim, foi a única solução que achei para isso nesse momento então não me julguem.
No dia seguinte.
06:37 da manhã.
_ Ah não, ainda estou sozinha aqui com a minha filha.
Falei comigo mesma, vendo o óbvio. Me levantei e abri minha janela.
Nesse mesmo instante avisto Lorenzo abrindo a janela dele também, parece que o destino insiste em cruzar os nossos caminhos.
Ele balançou a mão direita para mim, e me deu um belo sorriso.
Mas logo eu rapidamente fechei a minha janela, o meu intuito era deixá-la aberta, porém acabei mudando de ideia.
Estou aqui pensando. Eu ainda preciso responder aquele pedido de namoro dele né?.
Ah que cabeça minha, juro que eu já estava quase me esquecendo disso.
Estou tão acostumada a me iludir com relacionamentos, que ainda não me caiu a ficha será que Lorenzo está mesmo gostando de mim?.
_ Bem que eu desconfiei, acho que ele estava se fazendo de difícil.
Falei comigo mesma de novo, acho que estou ficando doida nessa casa sozinha.
Estou precisando sair, tomar um ar, ou ir na casa do Lorenzo, aliás é perto por que não né, acho que é uma boa ideia.
Sai de casa com a minha filha afinal eu não posso deixá-la sozinha. E vim até a casa dele, toquei a campanhia e estou aguardando.
Ele atendeu, a primeira coisa que vejo em seu rosto é um lindo olhar, e também um sorriso de tirar o fôlego.
Suspirei olhando fixamente em seus lindos olhos.
_ Mila, você por aqui?. Gostaria de entrar?.
_Engraçadinho você em, claro que quero entrar afinal por que acha que eu vim até aqui?.
Para ficar do lado de fora que não foi, pensei comigo mesma.
Nem esperei a permissão dele e acabei entrando com tudo, acho que já me sinto em casa.
Me sentei no sofá e fiquei bancando uma de folgada, igual ele faz quando vai na minha casa.
_ Quem deu permissão para você ficar tão a vontade desse jeito em?. _Ele me perguntou.
Comecei a rir muito, quase tive uma dor de barriga.
_ Cuidado em, se continuar rindo desse jeito vai ter que ir ao banheiro. _Ele riu só um pouco e logo parou.
Esse senso de humor dele, me fez rir ainda mais.
_ Tá acabou a graça já. _Respirei fundo.
Na verdade eu nem sei direito o que eu vim fazer aqui na casa dele, eu não deveria.
Ele sentou-se ao meu lado, acho que já estava cansado de tanto ficar em pé.
Colocou seu braço direito em volta do meu ombro, e se aproximou mais ainda de mim.
_ Então você pensou no que eu te disse ontem?. _Ele perguntou, me fazendo ficar toda vermelha.
_ Sim Lorenzo, eu pensei bem e cheguei a uma conclusão.
Pausei minhas falas, causando um suspense e uma ansiedade ao mesmo tempo.
_ Diga logo Mila?. _Ele começou a se tremer todinho.
Eu ri um pouco da situação.
_ Você está tremendo. _Falei deixando ele ainda mais desconfortável.
_ Eu sei, qualquer um ficaria assim na minha situação, você é uma gata e eu nem tanto.
Eu cai na gargalhada, acho que hoje estou rindo de mais.
_ Que nada, você também é bonito.
Ele se aproximou rapidamente e acabou me tacando um beijo, foi forçado?, sim. Mas foi bom.
_ Desculpe, acho que eu não deveria ter feito isso. Eu estraguei tudo né?. _Ele perguntou.
Não dei muita importância para a pergunta, e agarrei ele mais profundamente.
_ Nossa, acho que isso significa um sim talvez?. _Ele perguntou convencido.
_ Huum, acho que sim em. _Falei.
_Sim ou não, afinal Mila qual é a resposta, fala logo e para de graça. _Ele já parece estar impaciente.
Fiquei muda por alguns segundos. Foi quando ele insistiu de novo.
_ Mila, o gato comeu a sua língua foi?.
_ Se ele tivesse comigo ela, eu não teria te beijado daquele jeito. _Provoquei ele.
Mas ainda não dei minha resposta final. Ele me olhou bem no fundo dos olhos, mas acabei desviando o olhar.
Me levantei no intuito de sair por aquela porta, sem ter respondido absolutamente nada.
Mas claro que ele não deixou. Segurou em meu braço, me fazendo olhar para ele.
_ Eu preciso ir.
Falei como se nada tivesse acontecido.
_ Mas Mila, e a resposta do meu pedido?.
Ele olhou para baixo com um olhar triste.
_ Não é óbvio a minha resposta ainda?.
Ele balançou a cabeça demonstrando um não.
_ SIM Lorenzo, eu aceito.
Ele automaticamente me deu um abraço tão forte que nunca mais vou esquecer, em seguida a gente se beijou novamente.
Mas espera aí. Eu acabei de lembrar que ainda preciso matar o Jonatas, cheirinho de sucesso.
_ Calma aí. _Parei o beijo bem no meio.
_ O que foi Mila, eu beijo mal?.
_ Não é isso, é que eu ainda preciso matar o Jonatas, ele pode tentar fugir e acabar com a minha vida de novo.
_ Isso já está parecendo novela Mila. _Ele falou, enquanto tentava me beijar de novo.
_ Não, depois a gente continua com isso teremos muito tempo ainda, depois que eu matar o Jonatas.
Ele riu.
_ Mila, esquece esse cara. Nois some no mapa e ele nunca mais vai achar a gente.
_ Lorenzo, eu não vou sussegar enquanto eu souber que o desgraçado do Jonatas ainda está vivo.
Ele tem que queimar no fogo do inferno, isso sim, eu acho que estou começando a virar uma garota má.
_ Ichi Mila, eu estou te estranhando.
Ele se esquivou um pouco de mim, eu sorri tentando passar uma tranquilidade.
_ Por favor, eu tenho um dinheiro guardado de quando a minha mãe era viva, ela sempre guardava uma quantia.
_ Tá e o que isso tem haver com o Jonatas?. _Ele perguntou -me
_ Ué eu vou comprar um passaporte para os Estados Unidos, não é lá que ele está preso?.
Lorenzo colocou a mão na cabeça demonstrando estar irritado.
_ Mila, você tá paranóica já gata.
Ele ficou mudo por alguns minutos e em seguida completou.
_ Você vai matar um cara, dentro da prisão?.
_ Sim, eu meto a louca lá e saiu atirando para todos os lados.
_ Até parece sua doida, não vai demorar muito e os policiais vão te matar.
Ele acabou com o meu plano, tinha tudo para dar certo, mas eu só não prestei muita atenção nesse detalhe.
_ Pior que cê tem mesmo razão em. _Concordei.
Ele passou a mão sobre os fios do meu cabelo.
_ Esquece isso. Esse Jonatas nunca mais vai te achar, nois se manda para outro lugar.
_ Você está disposto a morar mesmo comigo?.
_ Claro que sim.
Abracei ele e fiquei ali grudada no abraço dele, parecia que o mundo lá fora não existia, e que nada de ruim poderia mais me atingir.
Foi quando todo o meu sonho foi parar no ralo, pois ao ouvirmos o barulho da campanhia.
Lorenzo se levantou e foi atender a porta. Ao avistar Jonatas bem em sua frente, Lorenzo ficou tão surpreso que acabou fechando a porta com tudo.
_ Maldito, não acredito que ele já conseguiu fugir de novo da prisão, esse cara é rápido. _Falei com um olhar de raiva.
_ Oh Milinha abre essa porta, eu só quero ser feliz com você e a Ny. _Ouço as falas do Jonatas.
_ Não, vai embora eu te odeio._Respondi.
Espera um momento, como ele sabe o nome da minha filha?.
Só pode ter sido aquela babá, que até hoje eu não sei nada sobre ela.
_ Se vocês não abrirem essa porta agora, eu vou arrombar ela com toda a minha força.
_ Vai em frente mano faz o que tu quiser, mas eu não vou abrir. _Respondeu Lorenzo com a voz trêmula.
Não demorou muito e logo Jonatas arrombou mesmo a porta.
Veio em minha direção, mas ele parecia estar sem arma.
_ Não toca nela. _Lorenzo se colocou na minha frente.
Jonatas riu da situação.
_ Ela é minha mano, sai fora.
_Jonatas falou chegando mais perto de mim.
Corri em direção ao quarto do Lorenzo e me tranquei lá dentro.
Fiquei só escutando a briga deles, pensei em pular a janela que estava aberta e me mandar, mas não posso deixar o meu futuro namorado sozinho.
_ Você não merece a Mila, aliás nunca mereceu. _Provocou Lorenzo.
_ A Mila tem uma filha minha, e não tua. _Jonatas retrucou.
Logo os dois começaram a se bater, não vi foi nada, só escutei as batidas das coisas.
_ Mila, sua vadia abre logo essa porta. _Jonatas começou a insistir.
Eu preciso pular a janela e me mandar daqui, antes que ele arrombe essa porta também.
_ Se afaste dessa porta. _Lorenzo falou.
Vejo que Lorenzo parece ter acertado o rosto de Jonatas.
_ Mila, abre a porta sou eu o Lorenzo.
_ Eu não posso, o Jonatas ainda está aí.
_ Mila, pega a arma que está em baixo do meu conxonete.
_ Você tem uma arma na sua casa?.
Isso não é horas para pensar, é hora de ação.
Então acabei fazendo o que ele me pediu, abri a porta e coloquei a arma contra Jonatas que se levantava ainda do chão com muita dificuldade.
_ E agora em seu idiota quem é que manda aqui.
Falei toda impoderada, mas eu só não contava com uma coisa, Jonatas estava com uma arma bem maior do que a minha escondida.
_ Me poupem, vocês não são de nada, mas Mila eu não posso te matar meu amor, venha comigo e esquece esse tal de Lorenzo.
Falou Jonatas apontando a arma para mim.
Comecei a chorar, sim eu sou muito dramática mesmo, mas eu não posso deixar o Lorenzo.
_ Sim Jonatas eu aceito.
Menti, pois essa é a minha intenção.
_ O que Mila?, você vai mesmo me deixar?. _Perguntou Lorenzo.
_ Sim, eu não gostava mesmo de você. _Pisquei disfarçadamente um de meus olhos para ele.
_ Então vai enfrente, vou arrumar uma melhor do que você.
Falou Lorenzo em vão só para o Jonatas acreditar.
Dei a mão para Jonatas que acabou guardando novamente a arma, rapidamente comecei a dar vários tiros em todos os cantos do corpo dele, agora sim ele morreu, impossível se não tiver morrido nem o diabo quer mais.
_ Isso amor, foi bem merecido. Agora esse idiota vai visitar o inferno.
_ Mds, eu matei mesmo ele?.
Acho que eu vou ser presa se eu não der um fim no corpo dele logo.
_ Qual é vai chorar agora?. _Ele riu.
_ Não, mas é que eu nunca fiz isso antes, já cheguei perto na verdade mas não tive coragem.
_ Pois é, agora você teve.
Começamos a rir comemorando a morte do Jonatas, poderíamos até soltar fogos, isso é motivo para se comemorar.
_ Mas estou aliviada, finalmente vou viver em paz.
Agora só precisamos dar um fim no corpo do Jonatas, antes que alguém perceba o sumisso dele e venha atrás.
* Para quem ainda não sabe o final do livro será dividido em duas partes, ou seja sendo essa a primeira, ainda vai ter a segunda parte.
Até lá, um grande abraço.
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