43. Uma babá estranha

Ainda estou aqui no sofá, é quando ouço a minha filha chorando sem parar, mds tinha até me esquecido de que eu havia deixado ela sozinha na cozinha.

Voltei até a cozinha, e peguei ela no colo. Comecei a balançar ela levemente, tentando fazer com que Nycolle ficasse quieta.

Acho que ela deve estar sentindo alguma dor, ou algo do tipo, é difícil de saber o que ela tem sendo que a mesma ainda não sabe falar.

_ Alguém cala a boca dessa infeliz, se não eu vou até aí calar de uma vez por todas. _ Ouço as falas de meu pai como sempre sendo implicante, ele deve estar deitado.

_ Calma pai, eu estou tentando, mas ainda não sei o que ela tem deve estar com algum problema. _ Digo tentando me explicar para o meu pai.

Vejo que ele está vindo em nossa direção, me esquivei dele, pois o mesmo está completamente maluco, tentando agredir a minha filha.

_ Inferno, eu não aguento mais, ninguém pode ter tranquilidade nessa casa não?. _ Ele perguntou com um olhar de fúria.

_ Mas pai, é só uma bebê.

Eu não tenho muito a dizer, isso é normal, bebês choram.

_ Acho que vamos ter de contratar uma babá pra essa daí, alguém com mais experiência, pois você Mila, não sabe nem cuidar de si mesma. _ Ele diz por fim, e logo se vira indo em direção ao telefone residencial.

_ Pai, para quem o senhor está ligando?.

Ele faz uma feição de nervoso, acho que significa, ( Cala a boca).

Por tanto fiquei apenas ouvindo as falas do meu pai no telefone, ele parece estar falando com uma moça, espera não acredito que ele vai mesmo contratar uma babá sem a minha permissão.

_ Pai, você perguntou se eu queria mesmo uma babá e quem vai pagar afinal?.

Ele revirou os olhos e sentou-se na cadeira, colocando seus braços sobre a mesa.

_ Eu, quem mais seria em?. _ Ele começou a rir um pouco, mas logo parou.

_ Não precisava, eu já cuido muito bem dela.

_ Faça mil favor, como eu disse você não cuida nem mesmo de si própria. _ Ele deu uma risada sarcástica.

Sai da cozinha e voltei de novo para a sala, mas dessa vez estou com a Ny.

_ Calma filha, o que você tem em?. Mamãe está aqui. _ Falo tentando acalmar ela.

Por que será que essa frase nunca funciona, parece ser tão mais fácil cuidar de um bebê quando vemos nos filmes né.

Ouço a campanhia tocando, ah essa não de novo vai ter que ser eu, sou a empregada dessa casa mesmo.

Estou indo em direção à porta para atender, mas é quando sou interrompida pelo meu pai que veio correndo e acabou abrindo mais rápido.

_ Entre senhora Peterson. _Ele disse sorrindo.

Quem é essa tal de senhora Peterson, pensei comigo mesma, mas não falei nada.

_ Obrigada, então essa é a fofinha da bebê?.

Já não gostei dessa mulher, por algum motivo ela não me transmitiu confiança alguma.

_ Sim é. _ Falei dando minha mão para comprimentar a mulher.

Mas ela simplesmente não quis tocar a minha mão, engraçado porque eu que deveria fazer isso, afinal ela não tem um cheiro agradável, me fez lembrar da Alessandra.

_ Posso pegar a bebê no colo?.

Óbvio que não, pensei, eu nem conheço essa mulher ainda.

_ Espera, quem é você?.

Arquiei uma sobrancelha, olhando fixamente para ela.

_ Ué, sou a nova babá.

Foi apenas o que ela disse, mas mesmo assim fiquei com receio de entregar a minha filha para ela, essa mulher é tão estranha.

_ É o meu pai comentou mesmo, mas eu falei que não precisava.

_ Ela vai ser a nova babá Mila e não se fala mais nisso. _Meu pai falou dando um ponto final no assunto.

Com o meu pai é assim, ele sempre faz o que quer e temos de aceitar.

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