Dias de incertezas
Olá...
Essa fic era uma parceria com a _Sweet_Suga e nós escrevíamos juntas, porém agora vou continuar ela sozinha, então vou postar o que já foi escrito aqui no meu perfil também, para que eu possa dar continuidade.
Por favor me dêem muito amor e torçam para que a SS volte em breve.
Bjosssss
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Quando a sirene toca avisando o fim da última aula a escola vira um borrão de gente correndo de um lado para o outro. Se tivessem dito que tinha uma bomba na escola provavelmente não teria aquele alvoroço todo. Nenhum professor reclamou ou chegou a achar realmente ruim a correria que os alunos arrumaram na sala para poder juntar os materiais e correr para fora da escola não ouvindo, assim, as últimas palavras dos professores. Era sexta-feira e todos estavam bem ansiosos para o fim de semana. Até mesmo os professores que já não aguentavam mais ficar olhando para a cara desses alunos mal criados. Bom, pelo menos a maioria deles, alguns até que eram muito bem educados e sabiam respeitar. Mas tinha outros que os professores adorariam dar um cascudo na cabeça.
No meio de todo aquele aglomerado de gente que saía pelo portão da escola havia um menino, um ômega. Ele andava cabisbaixo e meio perdido em pensamentos. É bem provável que é um dos únicos que não estava nem um pouco animado com o fim de semana. Afinal, ele não tinha nada para fazer. Provavelmente ficaria o final de semana inteiro dentro de casa olhando para as paredes o que não é muito divertido.
Park Jimin era um dos ômegas mais lindos e atraentes da escola. Qualquer alfa faria de tudo para o ter sobre seus lençóis. Mas apesar disso o Park nunca se entregou a ninguém e nem pretendia fazer isso. Nem em seu cio, que estava próximo ou assim ele esperava. Ele não queria um alfa consigo. Pretendia passar sozinho e dopado.
Jimin também não costumava ter amigos. Isso porque as únicas pessoas que se aproximavam dele querendo "amizade" eram alfas. E digamos que amizade entre ômega e alfa não costuma dar certo, sem falar que nem sempre é uma boa ideia. Já os ômegas não queriam a amizade de Jimin, muito pelo contrário. Eles, pelo menos os ômegas da sua escola, o queria dentro de um caixão. O pequeno não entendia porque era tão odiado pelos ômegas. Não era sua culpa se os alfas viviam atrás dele. Ele não pediu para ter um rostinho bonito e nem um corpo perfeito. Ele nem se quer tinha pedido para nascer.
O pequeno parou no portão da escola e procurou com o olhar a única pessoa que ele sabia que se importava o suficiente para ir buscá-lo, sua mãe. Nem seu pai e seu irmão mais velho gostavam dele, e isso é outra coisa que o pequeno ômega não entendia. Eles eram sua família, seu sangue, porque não gostavam dele?! Isso é algo que realmente nunca entrou na cabeça de Park.
Ele avista o carro parado do outro lado da rua e então vai até lá. Sua mãe costuma buscá-lo todo dia depois da aula. A escola fica um pouco distante de sua casa. Para ir a pé é meio complicado e o menino se recusa a ir de van. Na verdade sua mãe até achava bobagem pagar uma van, seu marido que vive insistindo nessa idéia apesar de ela não vê problema em ir buscar o mais novo. Ela trabalha na parte da manhã em um consultório médico como secretária e seu turno termina pouco antes da aula de seu filho. Para ela passar na escola antes de ir pra casa não é nenhum sacrifício.
O Park entra no carro dando um pequeno susto em sua mãe que não o havia notado se aproximar. A mais velha vira o rosto na direção contrária do filho enquanto ele se ajeita no banco do passageiro o que não passa despercebido pelo sempre atento ômega.
- Tá tudo bem, mamãe?- Ele pergunta e a mais velha acente.
- Tem certeza?
A mulher se vira para ele com um sorriso forçado no rosto e volta a assentir. Mas não é como se Park Dahye fosse uma boa mentirosa. Sem falar que aqueles olhos vermelhos e as bochechas inchadas deixavam bem claro que ela esteve chorando.
- O que aconteceu, mamãe?- Perguntou preocupado.- Por que estava chorando?
A mulher logo trata de se virar para frente e ligar o carro.
- Não é nada, querido.- Diz pouco antes de dar a partida.- Bobagem minha.
Porém eles não vão muito longe. Dahye sente os olhos marejarem e pouco depois se vê obrigada a parar o carro porque sua visão ficou completamente embaçada pelas lágrimas que insistiam em descer.
- Mamãe...
- Desculpa, meu filho.- Ela o interrompe.- Eu tentei fazê-lo mudar de ideia.
Jimin olha para a mãe confuso e preocupado.
- O que aconteceu?
- Seu pai...- Sua fala é cortada por um soluço alto.- Seu pai... Ele... Ele quer te mandar para um internato...
O menino fica em silêncio por um tempo tentando digerir o que tinha acabado de ouvir. Internato?! Por que isso agora?!
- O que eu fiz dessa vez?- Pergunta.
- Nada, meu filho. Você não fez nada.
A mais velha se inclina no banco para poder abraçar o filho. Ela realmente não entendia o porquê dessa ideia repentina do marido. Ele simplesmente acordou com isso na cabeça e nada do que ela disse serviu para fazê-lo mudar de ideia.
Jimin se perguntava internamente o que ele teria feito para o pai não o querer mais em casa, mas nada lhe vem a cabeça. Tudo que fazia para agradar o pai, nunca era o suficiente, nunca!
- Mamãe, por quê meu pai me odeia tanto?
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