Capítulo 7

             Vincent pov 

O tal "Pequeno Príncipe" havia escolhido o nosso destino, eu tenho certeza que ela não me perdoaria se não tivesse refletido pela caixinha de música...
Eu me sinto mal e não sei o que fazer para lidar com esse ataque de raiva, geralmente acontece uma vez no mês e no máximo dura 1 horas e meia, são apenas essas informações que eu posso dar pra S/N se "proteger"... infelizmente... espero que ela consiga lidar com isso até o fim da nossa relação...

A S/N está lendo livros no quarto, pego alguns biscoitos e levo para ela.

- S/N?? Posso entrar??

S/N: sim,sim...

- Você tá com fome?

S/N: hmmm... um pouco.

Eu entro no quarto e coloco a bandeja de biscoitos ao lado dela.

S/N: obrigada, Vin.... você quer um?

- não, obrigado, eu já comi.

Ela pega um biscoito, eu acaricio a cabeça dela e tento ler junto com ela.

- que tipo de livro é esse?

S/N: é um livro de romance... é muito fofo!

- hmmm...

S/N: é tão fofo o que os personagens fazem, eu queria viver um romance desses *Ri nervosa*

- quer, é??

S/N: acho que sim

- Eu posso te ajudar nisso, vou te ajudar a viver um romance melhor que o do livro, eu prometo!

S/N: huh...?!

Ela ficou sem palavras, dava pra ver pela expressão dela.

Eu estendo meu dedo menor pra ela como sinal de promessa e ela faz o mesmo.

S/N: é tão estranho...

- o que foi?

S/N: tipo... nós nos conhecemos em apenas 3 dias atrás e estamos... é... estamos quase namorando, acabamos de fazer uma promessa de amor, tá acontecendo muito rápido!

- .... Isso é um problema?

S/N: não, claro que não... só queria dizer isso mesmo, pensei que você não perceberia.

- eu quero te conhecer e te amar o mais rápido possível, eu não sei o que aconteceria se você não conseguisse escapar do meu ataque de raiva...

S/N: Vin... vamos ficar bem, tente se controlar e se segurar um pouco, por nós!

Eu aceno com a cabeça e ganho um abraço da menor, eu retribuo.

- mudando de assunto, você disse que iria me emprestar seu livro "mais precioso".

S/N: ah, claro!

Ela vira de costas pra mim e se abaixa um pouco para alcançar uma pequena gaveta de livros, eu não consigo evitar de olhar. Ela se levanta novamente e me entrega o livro.
Eu abro as primeiras páginas e começo a ler.

S/N: se tiver dúvida de alguma coisa me diga.

- tudo bem *rio*...... err.... esse primeiro capítulo, é narrado pelo aviador ou pelo príncipe?

S/N: é mais pelo Aviador...

- aaaaah.... por que ele quer um desenho de carneiro??

S/N: você entende com o livro, se eu te contar não vai ter graça. *rio*

- ... é mesmo.

Eu não me senti muito inspirado no começo...

- onde estão as frases que você se inspira?

S/N: você descobre com o decorrer dos capítulos, você é impaciente, né?? Tenta se acalmar na hora da leitura, você se concentra mais...

- Vou tentar...

Eu folheio as páginas conforme eu terminava de ler.

Ficamos aproximadamente 1 hora lendo, e eu descobri as frases inspiradoras.

S/N: e aí?? Encontrou as frases?

- Sim! Eu não sabia que livros tinham uma utilidade além de ter palavras!

S/N: você não costuma ler não??

- nunca tive muito interesse, mas vou tentar gostar, quero te acompanhar como leitor!

A S/N ri e fecha o livro, eu faço o mesmo.

S/N: chega por hoje??

- okay...

              Às 23:00

              S/N Pov

Já era 11 horas da noite, então eu peguei meu uniforme e vesti, junto com o Vincent.

- Vin... como vamos pra lá juntos? Você não pode ser visto.

Vincent: vou na frente e entrar pela porta dos fundos, não se preocupe.

Ele beija minha testa e sai pela porta.

Vincent: te espero lá!

Eu encomendei meu uniforme de guarda noturno, mas enquanto ele não chega, vou usar um vestido que usei em uma festa de profissões no colégio, eu usei um uniforme parecido com o de alguma mestre de circo ou militar, só que mais ousado... hihihi

Seu "uniforme":

Coloquei um par de meias 7/8, um coturno preto e algumas mochilas de perna na coxa com algumas ferramentas para autodefesa.

Eu saio e fecho a casa, pego a chave e caminho até a pizzaria, sinto que estou sendo perseguida quando passo por uma rua mais escura, olho em volta.

~provavelmente não é o Vincent, eu acho que ele não brincaria com uma coisa dessas, ele sabe de como me deixar assustada e promete nunca me assustar de propósito... afinal, ele deve estar na pizzaria agora...~

Eu crio algumas paranoias na minha cabeça que me dá mais medo ainda, eu aumento a velocidade dos meus passos e não olho pra trás, a pizzaria não fica tão longe, mas por essa rua deserta, parece ser muito longe.

Eu acabo perdendo a paciência e me viro.

- Quem está aí?! Se a sua intensão é me assustar, você conseguiu, por favor, para de me seguir, eu só quero ir pro meu trabalho!

Eu pensei que não seria respondida continuo andando, mas nós primeiros passos, uma voz atrás de mim me chama atenção.

???: me desculpe, te assustar foi de fato a minha intenção, gracinha...

Eu não olho pra trás, empino o nariz e continuo a ir pra pizzaria, mas eu vejo uma sombra atrás de mim toda vez que eu passo por um poste.

- não quero olhar pra você, mas me diz... o que você quer?

???: eu olharia pra você tentar adivinhar...

Eu olho pra trás e ele quase me acerta com uma faca... com certeza não é o Vincent... outro assassino? Até quando minha vida vai me surpreender?! Eu corro até a pizzaria o mais rápido que eu consigo e entro com sem olhar pra trás, eu quase choro de medo.

Eu corro até a sala de segurança e me encolho em um canto, não posso gastar bateria se deixar a porta fechada.

~ Cadê você, Vincent?~

Eu escuto passos se aproximando da sala, eu vejo a aparência e reconheço, o assassino desconhecido para na minha frente e se ajoelha, colocando seus dedos no meu queixo.

???: você é mesmo una graça... não vou desistir de você tão fácil.

- não toca em mim!

Eu empurro e ele cai, eu fiz isso involuntariamente, e aparentemente ele ficou furioso.

O assassino me prendeu na parede e colocou a faca perto do meu pescoço.

???: vou ser bonzinho... diga suas últimas palavras, gracinha...

- n-não, por favor!

???: diga... não morra arrependida.

- eu não quero ser morta, por favor!

???: gritar não vai adiantar, só pra te avisar, essa pizzaria é um lugar deserto, gracinha... ninguém vai te ouvir.

- Você pensa que não tem!

???: grita então, vamos ver vai aparecer além desses robôs idiotas.

- ...... VINCENT, SOCORRO!!!!

Eu grito e o assassino fica um pouco intimidado... Ficamos em silêncio até que o mesmo o quebra.

???: tá vendo, não aparece ninguém, eu perdi da paciência com você, gracinha.

Quando ele vai me perfurar, eu ouço passos muito rápido, aumentava cada vez mais.

Em menos de alguns segundos, Vincent o empurra e aponta seu Machado pra ele e em seguida olha pra mim.

Vincent: desculpa te fazer esperar, bebê!

Ele volta sua atenção no assassino.

Vincent: o que você quer com ela?!

???: você tava certa, realmente tinha alguém aqui... na verdade, eu que te pergunto, o que um assassino como você iria desejar dessa gracinha?

Vincent: chame-a de Guarda noturno, não irei dizer o nome dela, não quero apelidos em meus pertences.

???: seus pertences?! Cara, tá tudo bem? Ela te pertence? Um ser humano? Um guarda noturno?!

Vincent: ela me pertence, de todos os sentidos, não importa quem eu seja comparado a ela. Posso ser um assassino, mas tenho essa peculiaridade de amar alguém, isso me faz ser um assassino único...

- Vincent...

Vincent: sim?

- não o mate na minha frente!

Vincent: certo, só vou ouvir o que ele tem a dizer... primeiramente... como chegou até aqui?

???: não é todo dia que eu vejo alguém passar naquela rua deserta ...e também... Ela é muito bela, queria mostrar o vermelho vivo para ela, combinaria com ela...

Vincent: ela vai ver o vermelho vivo sim... o seu!

Eles ficam conversando e eu reparo na minha mochila de perna, eu deveria ter pensado nisso invés de trazer problemas para o vin...

- HEY!!! NÃO ESQUEÇAM O CENÁRIO! ESTAMOS CERCADOS DE ROBÔS ASSASSINOS!,

???: robôs assassinos?

Vincent: você morreria de qualquer jeito, se você sair daqui, será pego pelos robôs, se não sair, será pego por mim!

???: não se eu te matar primeiro!

Vincent é rápido e joga o homem pra fora da sala e fecha a porta.

Vincent: tampe seus ouvidos, bebê, não vai ser agradável os gritos se ele for pego pelos animatronics...

Eu tampo os ouvidos e não ouço nada, eu vejo o mesmo homem entrando pela outra porta.

- como você conseguiu sobreviver..?

???: se você poupar minha vida, eu poupo a sua!

Vincent acena que não com a cabeça.

- bem.... Eu poupo, se você me ajudar a cuidar desses animatronics.

Vincent: como é?! Ele quase te matou!

- você também, quando nos conhecemos, lembra?

Vincent aparentemente ficou sem argumentos e apenas acenou que sim com a cabeça.

Vincent: mas vou logo avisando, não tente fazer nada que possa prejudicar ela, se não eu te mato na frente dela!

???: claro...

- como você se chama? *sorrio*

???: Edward, prazer em conhecê-la

- S/N, prazer!

A noite se passava lentamente, os meninos me ajudavam com os animatronics e estávamos tranquilamente trabalhando em equipe.

Edward começa a mexer no meu cabelo e consigo ver o ciúmes no rosto do Vincent, até ele vir até mim.

Vincent: pode se levantar, rapidinho, bebê?

- okay.

Eu me levanto, ele se senta no meu lugar, logo depois ele me puxa pro colo dele, eu coro pra caramba imediatamente.

Edward: isso tudo é ciúmes? Meu deus! *rio*

Vincent: tô só cuidando do meu bebê.

Eu tento me manter focada e olho pras câmeras.

- fecha a porta esquerda! Foxy está correndo pra cá!

Edward fecha a porta na cara do foxy e piscadela.

Edward: vou deixar vocês mais seguros possível pra retribuir, eu realmente pensei que iria morrer mais de 5 vezes em uma única noite.

- não se preocupe, vou deixar você seguro do Vincent também! *rio*

Edward: ele é muito protetor... mas sobre o que você disse, você disse que ele quase te matou, quando foi isso?

Vincent: A três dias atrás, ela me encarou pela primeira vez entre 50 guardas.

Edward: TRÊS DIAS?! ... pera, 50 GUARDAS? VOCÊ MATOU TUDO ISSO?

Vincent: sim,sim... eles nunca sabem escolher guardas certos, sempre mandam covardes, acertaram pela primeira vez em mandar esse pedacinho de coragem.

Edward: bom... Ela ficou com medo na rua escura mas ainda assim parou pra me ver, depois eu me abaixei perto dela nessa sala e ela me empurrou.... sinceramente, eu acho que ela estaria morta se não tivesse feito isso...

- eu não sou corajosa, só tô tentando viver...

Vincent: ... Eu ainda desconfio de você, Edward.

Edward: só preciso da confiança da S/N no momento...

        O relógio bate as 6 da manhã.

- hora de dizer adeus pra essa merda desse lugar!

Vincent: pois é... vamos sair.

Eu coloco o tablet das câmeras pra carregar e vou até a entrada, os meninos saem pelo fundo.

Chefe: você está indo muito bem S/N! Meus parabéns!

- Ah.. obrigada!

Ele me dá o pacote de dinheiro, eu guardo, me despeço e espero os meninos em uma esquina, eles chegam e eu e Vincent nos despedimos do Edward.

Vincent: eu ainda não acredito que você ajudou ele!

- eu vi a culpa e desespero nos olhos dele, não consigo hesitar em ajudar, ele ainda é um humano, assim como nos, queremos viver e estamos dispostos a tudo por isso...

Vincent: é... acho que você tá certa, ele parece ser gente boa...

- vocês ainda vão ser melhores amigos!

Vincent: também acho!

Ele ri.

Chegamos na nossa casa, eu abro a porta e o Vincent me dá passagem, ele entra logo depois de mim.

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