Capítulo 22

                  Vincent Pov

Eu acordo, após alguns pesadelos. Me levanto cuidadosamente, para não acordar a S/N.

Eu dou um longo bocejo e me sento na cama. Espero um pouco sentado e olho em volta. Eu olho pela janela.

~ se eu julgar pela posição do sol pra tentar descobrir o horários, são aproximadamente... Eu não sei, eu sou burro mesmo. ~

Olho pra S/N. Ela está dormindo.

~ Nem parece que é o próprio satanás quando está acordada. ~

Eu me espreguiço e me levanto.

Vou até o banheiro e dou uma longa encarada no meu reflexo.

- Como que a S/N diz que eu sou bonito? Será que ela fuma e eu não sei?

Eu apoio minha bochecha no meu pulso, abro o armário e pego a escova de dentes e o creme dental.

Escovo meus dentes enquanto me encaro no espelho.

Após as higienes.

Eu saio do banheiro e olho pra cama, a S/N saiu.

~ ah... cadê essa doida?~

Eu vou até a cozinha e vejo ela conversando com seu pai. Como eu sou intrometido, lógico que eu vou ouvir.

Eu me apoio na parede e escuro a conversa deles.

S/P: S/N, eu sei que vai ser difícil pra você. Mas você não tem escolha. Vamos ter que nos mudar para a Inglaterra.

S/N: Inglaterra? Mas por que?!

S/P: seremos reconhecidos como uma família real de novo, S/N. Eu sei que você também quer isso.

S/N: Não, eu... Eu quero ser como uma pessoa normal.

S/P: você tem o sangue real, você não merece uma vida dessas.

S/N: mereço.

S/P: não, não merece. Como eu disse, você não tem escolha.

S/N: eu já sou independente, pai.

S/P: já comprei as passagens.

S/N: que?!

S/P: isso mesmo que você ouviu. Iremos semana que vem.

S/N: mas... eu... eu não quero, não quero e não vou! Você tem os meus irmãos, não precisa de mim.

S/P: você é a única princesa da família.

S/N: não, eu não sou uma princesa, não somos nada! Somos apenas uma família luxuosa que somos tratados como reis, mas isso não indica nada! As coroas logicamente são compradas, não foram feitas pra nós.

S/P: recebemos várias ofertas de vários palácios, antigamente. Você está envergonhado a nossa geração, S/N!

S/N: eu não ligo! Eu vou fazer a minha própria geração, sem nada dessas frescuras de família real!

S/P: ah, é? Vai fazer com quem? Com aquele assassino estúpido?

S/N: claro que sim, com quem mais seria?!

S/P: você consegue algo melhor, S/N. Você não precisa dele na sua vida.

S/N: ele é a minha vida.

Eu fico um pouco corado e sorrio bobo. Mas volto a ouvir sorrateiramente.

S/P: tantos príncipes, S/N. Tantos príncipes bonitos, charmosos, elegantes, educados e cheios de benefícios, loucos pela mão de uma princesa.... e você vai com um segurança de pizzaria que tem o nome sujo? Me poupe.

S/N: O Vincent é muito mais do que um Segurança, você não o conhece, não pode simplismente criticar ele pelo fato de ele ter o nome sujo, você nem sequer sabe o real motivo de ele ter matado aquelas merdas daquelas crianças. Falando assim, você nem parece ser meu pai.

S/P: Vincent não me agrada nem um pouco. Eu quero o seu bem, e eu sei que ele é terrivelmente perigoso pra você, S/N. Os ataques de raiva incontroláveis dele podem te matar, ele pode te matar quando você menos espera por uma simples coisa que não seja do agrado dele, ele pode estar te usando pra alguma coisa e você também não sabe. Você é idiota, S/N.

S/N: eu prefiro ser uma idiota do que ser você. O Vincent nunca faria uma coisa dessas propositalmente, ele está se esforçando pra controlar os seus ataques de raiva, mas você não sabe! Você não sabe de nada da vida dele.

S/P: você não tem moral pra levantar a voz desse jeito, menina estúpida! Você vai se separar desse vagabundo, querendo ou não!

Eu estou me explodindo de raiva, não pelo fato de ele estar me xingando, ele pode fazer o que quiser comigo. Mas se o assunto for a S/N, eu realmente fico com raiva.

Eu tento me controlar pra não fazer barulho.

S/N: Eu cuido da minha vida, você não pode mais interferir como se eu fosse uma garotinha dependente. Você não vai me separar dele.

S/P: você é masoquista? Ele nem liga pra você. Pensa na vida que você vai ter no Palácio, em comparação a vida em que ele tem pra te oferecer.

S/N: minha vida é perfeita de todos os jeitos se eu estiver com ele.

S/P: Você continua teimosa. Por isso ainda te considero como uma criança.

S/N: quem é teimoso aqui é você! Eu já disse que você não manda mais em mim, suas ordens não são mais válidas pra mim.

S/P: Você vai se arrepender do que disse.

Eu perco a paciência. Dou um longo suspiro antes de ir até eles.

Eu vou até eles e me sento ao lado da S/N, sem dizer uma palavra. Eles ficam confusos.

S/P: boa tarde, Vincent.

- Boa tarde.

S/N: Vin?... Você ouviu alguma coisa?

- ouvi sim. Mais do que eu deveria.

Eu dou um selinho na S/N e seu pai me olha Assustado.

- ingratidão infelizmente existe, e aqui está a prova.

S/P: você ouviu mesmo?

Eu lanço um olhar psicótico no S/P. Ele retribui com um olhar medroso.

- você não vai conseguir tirar a S/N de mim. Se você quer o bem da sua filha, não faça nada contra a vontade dela. Isso ainda pode traumatizar.

S/P: cuida da sua vida.

- eu tô tentando, mas você quer separar ela de mim.

S/P: minha filha não é a sua vida. Você viveu muitos anos sem ela!

- e ainda pretendo passar mais anos. Portanto, você não vai me impedir de viver sem ela.

S/N: ~ seu Yandere.

~ claro, né?

S/P: isso não vai ser possível, ela é destinada a ser uma princesa, e o que você tem de oferecer a ela?

- eu ofereço o que ela quer.

O pai de S/N fica sem graça.

S/N: pai, eu não quero ir.

S/P: olha, não é porque seu namoradinho é um assassino que eu não vou te levar pra Inglaterra. Você vai sim!

S/N: não, eu não vou!

S/P: você não vê o que está fazendo?! Seu sonho era ser uma princesa, mas você está deixando essa oportunidade por causa de um mero ficante?!

S/N: ser uma princesa era meu sonho de INFÂNCIA. Eu mudei totalmente de lá até aqui!

S/P: sonhos não morrem assim!

O pai de S/N se levanta bruscamente e fecha o punho.

- você não ouviu que ela não quer?!

S/P: não interfira nisso!

Quando ele está prestes a Socar S/N, eu seguro seu braço e o derrubo.

- quer mesmo continuar?

Eu digo debochando e o pai de S/N se levanta, ele vem pra cima de mim, mas eu desvio.

S/N: pai, para!

S/P: esse vagabundo não vai me impedir! Quando eu acabar com ele, vou acabar com você!

S/N fica assustada, eu percebo e corro até a cozinha, S/P me segue.

S/N: Vin, o que você vai fazer??

Eu abro rapidamente a gaveta de facas. E pego a maior que tem.

S/N: Vin, não!!

Quando o pai de S/N se aproxima, eu uso muita força para acertar seu pescoço com o cabo da faca, eu seguro pela lâmina e acabo me cortando.

O pai de S/N cai desequilíbrio e falta de ar espontânea. Eu fico em pé em cima dele e fico a lâmina da faca para baixo.

Eu desço a faca com força, mas S/N aparece na hora e me impede, faltando poucos sentimentos da pele de seu pai e da ponta da faca.

S/N: Vin, não precisa disso!

- ele quer te tirar de mim, eu não quero isso!

S/N: Não faz isso, por favor! Ele vai parar!

S/P: eu não vou! É seu dever, S/N!

S/P tira a faca das minhas mãos e joga contra a S/N, passa de raspão em seu pescoço. Começa a sangrar e eu corro até S/N.

- S/N! Você tá bem?

Ela acena com a cabeça e coloca sua mão para impedir o sangramento.

- Não, não tá bem! Espere aqui, eu vou acabar com isso!

Eu me levanto e pego uma frigideira, bato com força na cabeça de S/P. Ele desmaia. S/N me olha assustada.

- ele não tá morto, okay?

S/N: ah... me desculpa por isso. Se eu tivesse aceitado de uma vez, você não precisaria fazer isso.

S/N abaixa a cabeça e eu vou até ela. Acaricio seus cabelos. Até que eu passo os dedos entrelaçados perto de sua nuca, percebo o corte.

- vamos cuidar disso, pode ser perigoso você perder tanto sangue.

Eu me levanto e estendo minha mão para S/N, ela usa de suporte e se levanta. Ela sorri gentilmente pata disfarçar a dor, aquilo me deu um aperto...

Seguro sua mão e a levo até a sala, dou uma leve espiada no S/P e continuo a levá-la para o quarto.

S/N: você vai deixar o meu pai jogado no chão da cozinha?

- depois eu coloco ele no sofá. Ele não vai acordar cedo mesmo.

S/N: obrigada, Vin.

- por que tá me agradecendo?

S/N: pelo meu pai. Ele provavelmente iria me machucar feio se você não estivesse lá.

S/N se senta na cama e eu pego um kit e começo a cuidar do machucado de S/N.

- seu pai sempre foi assim com você?

S/N: Não. Ele começou a ser assim pela sua obsessão dessa história de sermos de uma família real.

- vocês não são?

S/N: não. Somos só uma família de classe, mas meu pai sempre levou a sério.

- mas... Ele te batia com frequência?

S/N: só quando ele tocava no assunto da família real.

- acontecia frequentemente?

S/N: Acho que sim, não me lembro bem.

- eu vou matar esse cara.

S/N: calma, isso é passado.

Eu aponto para uma cicatriz na coxa de S/N.

- essa cicatriz na sua perna, vou culpa dele?

S/N: n-não, eu me machuquei sozinha quando eu era mais nova.

- não mente pra mim, S/N.

S/N da um longo suspiro nervoso.

S/N: foi, foi ele sim. Mas não precisa fazer nada, okay?

Eu me levanto bruscamente e S/N segura meu braço.

S/N: Vin, não!

- você deve que aguentar muito, S/N. Eu quero me vingar por você.

S/N: n-não, ele fazia aquilo quando estava bêbado.

- e ele é irresponsável por deixar a família para beber, e obviamente sabia o que iria acontecer.

S/N: é normal se embebedar, não precisa fazer nada!

- S/N...

Eu encaro o rosto dela, ela está prestes a chorar. Eu a abraço.

- eu não quero que ele faça de novo.

S/N: você tá aqui comigo, né?... eu não acho que ele vai voltar a fazer.

- tem certeza?

S/N: Tenh-

Ouvimos uma pancada vindo da porta, nós olhamos e vemos S/P. Ele se apoia na maçaneta da porta, ofegante.

Eu analiso bem e vejo que ele está com meu Machado em suas mãos. Eu me levanto rapidamente e fico na frente de S/N.

Bạn đang đọc truyện trên: AzTruyen.Top