Por Ti eu me ajoelho

Ao sair do bosque Kemeron, avista Caspiam, ele estava dando ordem ao seus cavaleiros, e nem se quer percebeu que Kemeron estava vindo em sua direção.

- Eu presciso que vós a encontrem, pois nós fomos atacados perto da cachoeira e...

- Majestade. - Um dos cavaleiros falou o interrompendo e apontando para trás dele.

Caspiam olha e se assusta ao ver Kemeron, ele estava com um olhar sério e irritado, ela passa por ele e o encara olhado-o dentro dos olhos, e sem dizer uma única palavra segue para dentro do Palácio.

Caspiam então tenta engolir um nó que se formou em sua garganta naquele momento ao vê-la tão magoada e irritada pela primeira vez ele sentiu medo de algo que nem ele mesmo sabia explicar, medo de perde-la para sempre.

Ele voltou sua atenção aos cavaleiros que o olhavam atônitos esperando nova ordem.

- Vão, vasculhem a floresta e encontrem o responsável por tal atrocidade cometida contra minha futura esposa.

Os cavaleiros adentram o bosque em busca de um culpado inexistente, mal sabendo os mesmos que o algoz de Kemeron era o príncipe a sua frente.

Kemeron entra em seus aposentos, ela esconde entre seus colchões o frasco que Conan havia lhe entregado, e segue para o banheiro e toma um longo banho, enquanto se esfregava para tentar tirar a terra de sua pele ela se lembrava do olhar de Conan ao ve-la naquele estado, ela jamais iria se perdoar por faze-lo sofrer dessa maneira, lágrimas escorriam pelo rosto dela, sem dúvida estava confusa, Caspiam se mostrou cruel quando contrariado, mesmo assim ela ainda nutria por ele certa simpatia, tudo que ela queria era que esse sentimento sumice de dentro dela seria mais fácil se ela passasse a odia-lo.

Ao terminar seu banho ela segue para cama e mesmo sua mente sendo povoada por tantos pensamentos, o cansaço logo a venceu.

Na manhã seguinte ao acordar, Kemeron se assusta ao ver seu quarto repleto de jarros de rosas brancas, e de trás delas surge Caspiam, ele a olha meio pesaroso, e diz:

- Bom dia, Kemeron.

Kemeron se sentou e puxou os lençóis para junto de si.

- O que deseja? majestade. - Ela pergunta de maneira fria.

- Eu bom... vim pedir perdão. - Ele responde gaguejando.

- Perdão? - Ela pergunta com ironia. - E achas que depois do que fez merece meu perdão?

Caspiam se aproxima da cama e se senta sobre os lençóis.

- Não, eu sei que o que eu fiz foi um ato monstruoso e imperdoável, mas pior do que o ato seria eu não pedir seu perdão.

Kemeron não demonstrava nenhuma reação, pois ela havia decidido que passaria a odia-lo.

Caspiam se levanta e logo em seguida se ajoelha de frente para ela, Kemeron se surpreende com tal gesto.

- Minha querida, eu nunca me ajoelhei perante ninguem, sim já me curvei em reverência perante o rei e a rainha, mas nunca me humilhei assim para nenhum deles. - Caspiam a olha nos olhos e continua -Eu a feri ontem, e jamais vou me perdoar por isso, vosmicê ficou do meu lado quando minha mãe se foi, me fez sorrir quando estava triste e não pediu nada em troca, mas ontem quando me olhou daquele jeito pela primeira vez eu pude sentir algo que não sei explicar, medo talvez.

- Medo de mim, porquê?- Ela pergunta incrédula.

- Medo de perde-la, medo de que passasse a me odiar, quando eu a escolhi, sabia que vosmicê não queria vir comigo, ser minha, vosmicê  talvez fosse a única naquele baile que não queria ser escolhida, que não tinha interesse na coroa. E por essa razão é que eu sei que cada gesto que vem de vosmicê é sincero, vosmicê me abraçou quando meu pai me entristeceu porque de fato se importou, se arriscou me desobedecendo quando minha mãe morreu simplesmente para me consolar, não foi forçada a fazer nada disso fez por que talvez naquele momento eu signifiquei algo para ti.

Kemeron não conseguirá conter uma lágrima que agora escorria por seu rosto, Caspiam estava de joelhos por ela, se declarando, ela se sentia péssima, pois tudo isso só poderia indicar um coisa.

- Eu lhe amo - Caspiam disse por fim a olhando de maneira intensa. - E se me colocar de joelhos aqui não for o suficiente para conseguir seu perdão, se quiser eu o faço na frente de todo o reino, só para que saibas o quanto eu a amo. Acredite em mim eu nunca disse isso para mulher alguma, e jamais direi outra vez se não para vosmicê.

O que ela temia aconteceu, ele a amava, Kemeron não queria isso, pois ela tinha a total certeza de que não sentia o mesmo por ele, o desejava claro, mas não amava.

Ela partiria o coração dele se o iludice com uma promessa de falso amor, ela se odiava por mentir e engana-lo. Mesmo sabendo que em parte ele teria culpa, pois a escolheu podendo ter escolhido qualquer outra.

- Por favor diga me algo, não irei me levantar até dizer que estou perdoado.

Caspiam parecia sincero em cada palavra, Kemeron se levanta da cama e se ajoelha de frente para ele, e chorando fala:

- Sim eu o perdoou... mas eu devo também... pedir que me perdoe.

Caspiam acaricia o rosto dela recolhendo com seus dados as lágrimas que caíam, e lhe direciona um singelo sorriso.

- O que exatamente eu devo perdoa? - Ele pergunta.

- Eu não o amo.

Ela falou direta. Para Caspiam isso foi como uma flecha em seu coração  mesmo que já soubesse.

- Mas amas a outro? - Ele pergunta testando as respostas dela.

- Não. - Ela mentiu.

- Então nada a impedi de um dia me amar?

Ele se levanta, e segurando ela pelas mãos de maneira gentil a colocá de pé.

- Eu pedirei para as criadas virem trazer sua refeição, até que seu rosto volte a cor normal.

Ele aponta para a bochecha de Kemeron que ainda se encontrava Vermelha pelo tapa que ele havia lhe dado.

Kemeron confirma com a cabeça, Caspiam toca o rosto dela e aproximando seu rosto, beija seus lábios de forma gentil, ela sente a língua dele pedir passagem por entre seus lábios ela reluta, mas acaba por ceder, ele acaricia o pescoço dela e deslisa suas mãos até seus braços.

Kemeron se arrepia com o toque dele, o beijo se intensifica acendendo novamente os ânimos de ambos, ela poderia não ama-lo mas sem dúvidas o desejava.

Alguém bate na porta fazendo com que Caspiam parasse o beijo deixando Kemeron se reação, ele olha para ela e sorri satisfeito por ver que apesar de tudo ela ainda o desejava.

- Eu devo ir, tenho alguns compromissos hoje, mas retornarei logo mais a noite, está bem?

Ela só confirma com um balançar de cabeça, ele se retirá, deixando Kemeron sozinhas com seus pensamentos.

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