A Morte da Rainha

Kemeron acorda pela manhã, e depois de fazer sua higiene pessoal, as criadas entram em seus aposentos para arruma- la, colocado  um vestido de seda vermelho, com pequenos laços na borda.

Ela se senta de frente para a penteadeira, enquanto uma das criadas arrumava seus cabelos.

- As senhoritas sabem onde vossa majestade está?

Era dificil até para propria Kemeron acreditar mas, de uma maneira estranha ela sentiu falta dele. Todas as manhãs ele a esperava acorda ao lado de sua cama.
a criada então, respondeu:

- Vossa alteza não soube?

kemeron balança a cabeça em negativa, e a criada concluiu.

- A rainha faleceu nessa madrugada, e desde então o príncipe está nos aposentos dela, chorando sobre o corpo, ele não deixa ninguém entrar, ou retirar o corpo da rainha.

- Eu não fazia ideia.

Ela agora entendeu a razão pela qual, Conan não havia ido vê-la noite passada.
assim que a criada terminou de arrumar seus cabelos.

Kemeron saiu do quarto, e seguio pelos corredores até chegar no quarto da rainha.
O rei e Conan estavam na porta, em companhia de mais dois cavaleiros, quando Kemeron se aproximou, ela faz a devida reverência para o rei e logo em seguida pergunta:

- Majestade, o príncipe ainda está lá dentro?

- Sim, acho que ele enlouqueceu. - O rei responde desgostoso.

- Talvez tenha enlouquecido de tristeza majestade. - Ela responde com armagura. - Eu irei entrar.

Quando ela vai passar, Conan coloca a mão estendida em sua frente, e fala:

- Não acho que isso seria prudente alteza, entrar sem ser chamada por ele, ele pode de alguma forma puni-la.

- Mesmo que vosmicê esteja certo cavaleiro, não posso deixar ele só, pois só quem perdeu um ente querido sabe como doi.

Conan se entristeceu com a indireta, pois sabia que ela se referia a perda da mãe dele.
Ele então abaixou a mão lhe dando passagem.

Ela abriu a porta e assim que entrou a fechou por trás de si.
Kemeron vê Caspiam de joelhos ao lado da cama, ele segurava as mãos da rainha, e chorava de uma maneira desesperadoura, Kemeron se aproximou lentamente dele e chamou pelo seu nome.

- Caspiam.

Ele olhou para ela, e assustado tentou desviar o olhar, ele volta a encarar o corpo morto em sua frente e fala:

- Saia daqui, não quero que me veja assim!

Ele volta a olhar por cima do ombro para Kemeron e dessa vez grita com ela a fazendo levar um breve susto.

- Saia!

Kemeron mesmo assim se aproximou dele, e sentou ao seu lado, ela tocou na nuca dele fazendo uma leve carícia.

- Eu não vou a lugar nenhum, ficarei aqui com vosmicê. - Ela falou suavemente ao seu ouvido.

Caspiam olhou para o corpo de sua mãe, e em desespero falou.

- A senhora não devia ter me deixado, não agora, sabe que aqui todos me odeiam.

Kemeron tentava compreender tais palavras, quando de súbito Caspiam se levanta e segurando o corpo de sua mãe, começa a chaqualha-lo gritando frenético:

- Acorde Por favor! acorde! Não me deixe agora!

Kemeron vendo tamanho desespero, se ergue, ela segura o rosto molhado de lágrimas de Caspiam com as duas mãos o forcar a olhar para ela.

- Pare com isso Caspiam, olhe para mim.

Ele relutante a obedece, Kemeron ao ver aquele belo rosto vermelho e molhado pelas lágrimas, os olhos antes tão vivos agora cansados e vermelhos de tanto chorar.
Ela só teve uma reação, o beijou, até o próprio Caspiam se surpreender com o ato, pois sempre ele tinha que lhe roubar os beijos, ela por conta própria jamais procurou beija-lo, a língua dela pedia passagem nos lábios dele, o que ele não negou, o beijo se seguiu intenso e com uma breve urgência, em outra ocasião Caspiam teria se excitado, mas não agora, o beijo dela lhe serviu como alento, ele a afastou lentamente e com carinho tocou o rosto dela.

- Obrigado por sua piedade.

Kemeron o olha incrédula, ele achou que ela o havia beijado apenas por vê-lo sofrer, mas na verdade nem ela mesma sabia dizer a razão correta pela qual fizera.

Caspiam ia voltar a olha para o corpo da mãe, mas Kemeron o puxa e abraça o, ele não rejeita, ela afaga os cabelos loiros os jogando para trás, e fez ele com que se deitasse sobre seu colo.

Ela continuou acariciando seus cabelos, e não demorou muito para que o cansaço o vence-se ele adormeceu.
Kemeron ao notar que ele havia dormido, fala em tom alto mais cuidando para que ele não vinhece a acordar.

- Entrem!

O rei e Conan entram na companhia dos outros cavaleiros.
Conan ao ver a cena a sua frente, seu coração se despedaça, Kemeron acariciava os cabelos de Caspiam, enquanto o mesmo dormia em seu colo, ela mal olhava de volta para Conan, pois sabia que seu amado não a compreenderia.

O rei fez sinal para um dos cavaleiros, que foi chamar os vassalos, não demorou e eles chegaram.

Prepararam o corpo com cuidado e sem barulhos para não desperta o príncipe.
Logo retiraram o corpo da rainha e colocaram sobre o esquife, para ser velado.
todos saem do quarto, Conan ao parar no batente da porta se virou para Kemeron, e falou:

- Sabe que ele ira punir vossa alteza por isso.

Ela sem olhar para ele, responde:

- Talvez tenha razão, mas quanto a isso não há o que ser feito.

Conan não conseguia acreditar no que ouvia, ela estava disposta a ariscar a vida por Caspiam, ele temia perde-la.
Mas ela não parecia mais se importa tanto assim.

Ele segura o cabo de sua espada e o aperta, se virando de costa e saiu, fechando a porta por trás de sí.

Passado algum tempo, Caspiam desperta, ele se erguer rápidamente do colo de Kemeron e olha para o leito onde antes estava o corpo de sua mãe, furioso volta a olhar para Kemeron, e diz:

- O que vosmicê fez?!

Ela não responde, ele a segura pelos ombros e a coloca de pé de forma grosseira e assustadora ele grita perto do rosto dela.

- O que fez! Onde está a minha mãe?

Talvez o rei tivesse razão e Caspiam estivesse realmente louco, Kemeron pensou.

Ela fechou os olhos tentando conter as lágrimas, Caspiam vendo o estado dela a solta e grita mais uma vez.

- Saia daqui, agora!

Ela obedeceu, e rapidamente se retirou voltando para seus aposentos e ficando por la. Ela não comeu o dia inteiro, não sentia apetite por estar preocupada com que lhe aconteceria.

O dia passou de pressa, tudo estava silencioso, todos exento ela por ser costume que as noivas da realeza não pudessem ser vista fora do castelo, foram ao sepultamento da rainha.

A noite chegou as criadas responsaveis por Kemeron estava terminando de troca- la, assim que essas sairam, Caspiam entra no quarto, Kemeron se assusta ao vê-lo, ele parecia bem melhor seu rosto agora mais apaziguado não lhe causará tanto medo, ele estava segurando em seus mãos uma bandeija de plata, com uma refeição de dar água na boca, havia um pedaço enorme de carne de porco assada, saladas e pures, ao lado do apetitoso prato havia uma taça de prata com vinho.

Caspiam se aproximou da cama onde Kemeron estava, se sentado ele colocou a bandeija ao lado dela.

- Chegou ao meu conhecimento que vosmicê não comeu o dia todo, por isso fiz questão de trazer isso para ti.

Ele aponta para bandeija, Kemeron o encara e com um gracejo pergunta:

- Não está envenenada, está?

Caspiam dá um leve sorriso, e responde.

- Que razão teria eu para fazer tal coisa?

- Não sei, hoje vossa majestade pareceu estar bem irritado comigo.

O rosto dele se tornou serio e fitando os olhos de Kemeron, ele responde:

- Quanto a isso devo pedir seu perdão, não era minha intenção assusta-la, mas eu estava fora de mim.

Kemeron sorrindo toca o rosto dele, pela primeira vez Caspiam fecha os olhos e sorri com a caricia, ele segura a mão dela e deposita um beijo em seus dedos.

- Cuidado, ou vou começar a pensar que realmente se importa comigo. - Ele fala risonho.

- E porque acha que eu não me importo?

Ela recolhe a mão, Caspiam sorrindo para ela, fala:

- Sei que vosmicê está com fome, coma.

Ele se levanta para sair, Kemeron então fala:

- Vossa majestade não me respondeu.

Caspiam volta a olhar para a mesma e sorrindo responde:

- Por que sei que não significo nada para ti, sei bem que deves amar outro.

Kemeron estava surpresa com essas palavras, ele desconfiava ou tinha certeza?

- Está enganado, me importo com vossa majestade, ou não teria me arriscado hoje.

- Enquanto a isso devo dizer que foi imprudência de sua parte, quando fico triste sou outra pessoa não é bom me contrária.

- Seria capaz de me ferir?

Ela pergunta seria e temerosa.

- Jamais, mas não gosto que me vejam quando estou irracional. Agora coma, as criadas viram recolher a bandeija depois.

Ele se retira, Kemeron come, assim que acaba as criadas chegam e recolhem tudo e se retiram.

Ela se prepara para dormir. Quando o sino toca meia-noite, um vulto conhecido invade o quarto, Kemeron já o esperava acordada.

Ele se aproximando se sentou ao lado dela na cama, Lemeron vai para beija-lo mas Conan a afasta, e diz:

- Hoje vim apenas para conversarmos.

- Já imagino sobre o que. - Ela responde contrariada voltando a sua posição inicial.

- O que vosmicê fez hoje, não tenho palavras para descrever como me senti.

- Fiz o mesmo por ti, lembra?

- Nunca me esqueci, mas vê-la com ele parecia ser mais do que só piedade.

- Ele não pensa assim.

- Então agora até o que ele pensa vosmicê sabe?

Conan fala em tom acusatório, Kemeron respira fundo e responde:

- Não sei o que ele pensa, mas sei que vosmicê está com ciumes.

Ela fala risonha tentando amenizar o situação.

- Kemeron obvio que tenho ciúmes, sinto que cada dia que se passa está mais próxima dele e mais longe de mim.

Ela se inclina e toca no rosto de Conan que assim como Caspiam fechou os olhos ao toque macio daquelas mãos.

- Esta com ciúmes atoa, sou sua e vou ser para sempre, tenho cuidado de Caspiam por que vejo que por trás de tanta arrogância ele na verdade se sente menosprezando, eu te amo Conan não duvide disso.

Ele afasta as mãos dela lentamente, e responde:

- Não duvido, mas também não sou cego, não negue que sente algo por ele.

- Sinto, carinho um pouco de piedade, nada mais que isso, mas se vosmicê está tão inseguro porque não me tira logo daqui?

- Não é tão fácil, mas estou trabalhando nisso e Lucy está me ajudando.

- Serio? Como?

- É segredo por enquanto, eu tenho que ir agora, te vejo depois.

Ele vai até ela e beija sua testa, Kemeron fica sem entender, pois, nem seus lábios ele quiz beijar, sem duvidas estava muito magoado com ela.
Ela se deitou e depois do que pareceu infinitas horas, dormiu.

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