desejo mais do que um gole

Deixe o agora acontecer
sem pressa;
Não corra pelas escadas
Como se ansia-se por morrer...
Porque nessa terceira vez,
Já não será sem querer.

Não desvaneça na brevidade tímida,
Morra dançando
a tenra música das vozes da madrugada.
Cante com os lábios cravados de terra,
Ressuscite vívido
entre os escombros.

Então ponha-se a viver.
Sem medo de ganhar,
Sempre pronto para perder,
A cada abocanhada.

Mesmo sedento
Não beba de um só gole;
Amarrote através da rigidez.
Deite-te rígido,
esparrame mítico
Disforme e cilíndrico,
Alcance este escasso infinito
mesmo com as mãos amarradas.

Espere a oportunidade para abocanhar de entrada,
Então engula à garfadas,
sem timidez;
Até não resta mais
o mínimo de lucidez,
Talvez eu me limite a esbanjar
Na sua boca faminta de escassez,
E quando menos esperar,
Enfim, será a sua vez.

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