OUROBOROS
Acordei gritando.
Bem, não era um grito e sim um berro de desespero e aflição. Meu coração rompia no peito e eu respirava ofegante.
Os lençóis estavam molhados de suor e as fronhas rasgadas.
Meus dentes batiam enquanto minhas extremidades estavam dormentes.
Forcei meus olhos a se acostumarem com a luz da manhã que adentrava pela janela de vidro do quarto.
Assim que a mancha preta flutuante sumiu da minha visão, levantei de solavanco.
Nas paredes de madeira do quarto havia papéis pendurados presos por agulhas vermelhas. Em alguns desses papéis havia o número 33 escrito em carvão, em outros vários símbolos exotéricos junto a equações matemáticas.
Minha atenção se focou em um especial.
Era um papel pardo de pão, nele havia um desenho de uma ampulheta quebrada que escorria areia. Quando me aproximei mais, levei outro susto: a areia que estava desenhada escorria do papel para o chão formando um montinho.
Me afastei tentando raciocinar.
Olhei ao redor procurando respostas.
No canto do quarto havia uma galinha preta sobre um monte de roupas. O animal cacarejou fazendo força e em um piscar de olhos se tornou um ovo branco, que rolou de um lado para outro, rachou e saiu a mesma galinha preta de dentro.
Esfreguei o rosto tentando ter certeza que estava acordado.
Foi nesse momento que vi desenhado de tinta permanente em meu pulso esquerdo um círculo. Aproximei para ver melhor, reparando que não era um círculo, mas sim uma cobra engolindo a própria cauda. De dentro do círculo formado pela cobra havia um olho tão bem desenhado que eu não sabia dizer se estava abrindo ou se fechando.
Desesperado, saí do quarto aos tropeços, descendo a escada de dois em dois degraus, dando de volta ao topo dela. Parei sentindo meu corpo gelar, nada daquilo fazia sentido.
Tentei descer novamente, mas sempre retornava ao topo. Em suprema agonia, corri até o meu quarto e me joguei contra a janela de vidro.
Fiquei no ar por segundos até que finalmente choquei contra o chão, sentindo dor e alívio.
Corri pelo bosque com todas as forças que minhas pernas cansadas permitiam, ignorando a chuva, a lama e a dor.
Eu ouvia gritos e correria ao meu redor mas não tinha coragem de olhar para os lados.
Corri até ver uma clareira e saltei um tronco tombado de árvore que barrava meu caminho, dando de frente com um abismo...
Acordei gritando.
Bem, não era um grito e sim um berro de desespero e aflição. Meu coração rompia no peito e eu respirava ofegante.
Os lençóis estavam molhados de suor e as fronhas rasgadas.
Meus dentes batiam enquanto minhas extremidades estavam dormentes.
Forcei meus olhos a se acostumarem com a luz da manhã que adentrava pela janela de vidro do quarto.
Assim que a mancha preta flutuante sumiu da minha visão, levantei de solavanco.
Nas paredes de madeira do quarto havia papéis pendurados presos por agulhas vermelhas. Em alguns desses papéis havia o número 33 escrito em carvão, em outros vários símbolos exotéricos junto a equações matemáticas.
Minha atenção se focou em um especial.
Era um papel pardo de pão, nele havia um desenho de uma ampulheta quebrada que escorria areia. Quando me aproximei mais, levei outro susto: a areia que estava desenhada escorria do papel para o chão formando um triangulo perfeito.
Me afastei tentando raciocinar.
Olhei ao redor procurando respostas.
No canto do quarto havia uma galinha preta sobre um monte de roupas. O animal cacarejou fazendo força e em um piscar de olhos se tornou um ovo vermelho, que rolou de um lado para outro, rachou e saiu a mesma galinha preta de dentro.
Esfreguei o rosto tentando ter certeza que estava acordado.
Foi nesse momento que vi desenhado de tinta permanente em meu pulso esquerdo um círculo. Aproximei para ver melhor, reparando que não era um círculo, mas sim uma cobra engolindo a própria cauda. De dentro do círculo formado pela cobra havia um olho tão perfeitamente desenhado que eu não sabia dizer se estava abrindo ou se fechando.
Desesperado, saí do quarto aos tropeços, descendo a escada de dois em dois degraus, dando de volta ao topo dela. Parei sentindo meu corpo gelar, nada daquilo fazia sentido.
Tentei descer novamente, mas sempre retornava ao topo. Em suprema agonia, corri até o meu quarto e me joguei contra a janela de vidro.
Fiquei no ar por segundos até que finalmente choquei contra o chão, sentindo dor e alívio.
Corri pelo bosque com todas as forças que minhas pernas cansadas permitiam, ignorando a chuva, a lama e a dor.
Eu ouvia gritos e correria ao meu redor mas não tinha coragem de olhar para os lados.
Corri até ver uma clareira e saltei um tronco tombado de árvore que barrava meu caminho, dando de frente com um abismo...
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