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Eu juro que podia sentir meu coração acelerar com a sua fala. Porque era como se ele estivesse descompassado, sorri novamente e olho diretamente nos seus olhos após desligar o fogão e fechar a panela com a macarronada já pronta.

— Assim? Nem um convite para jantar antes? — provoco apoiando meu cotovelo na bancada e ela ergueu a sobrancelha.

— Eu convidei, só que mandei você terminar o jantar que o Stefan começou. — diz na cara dura e eu ri.

— Certo, justo. — digo e me aproximo. — Mas eu sou uma pessoa difícil e requisitada, para você me tomar para você assim, em um dia.

Ela fechou  a expressão e eu jurei que tinha passado de um limite, até que ela se levantou e segurou meu maxilar, me fazendo inclinar em sua direção.

— Pois bem, Damon Salvatore. Então seja do mundo, eu também serei, até que você tome coragem de beijar apenas uma boca... — diz com a voz serena, como se não estivesse esmagando o meu ego com palavras tão básicas. — A minha.

E simplesmente me solta.

— Eita. — Caroline murmura, como se visse uma novela se desenrolar em sua frente.

Mas antes que ela desse um passo para trás, eu a puxei e beijo seus lábios em um selinho demorado.

— Serei de apenas um mundo, o seu. — digo com um sorrisinho. — Achei que cairia na minha provocação.

— Eu te conheço melhor do que você mesmo. — diz rindo e beija meu maxilar, onde ela tinha apertado. — Sabia que você cairia na minha.

— Espertinha. — digo olhando nos seus olhos brilhantes e ela sorriu mais ainda.

— Era só para você ficar ligado, meu bem. — diz gentilmente. — Você agora pertence à mim.

Sua frase fez com que um arrepio delicioso passasse pelo meu corpo e eu deixo um beijo na sua testa, soltando sua cintura.

— Sim, senhora. — digo calmamente e ela sorriu.

Giullia olhou para as mulheres ao nosso lado, que viam a cena em choque e colocou o cabelo para trás, o sorriso educado nos lábios avermelhados.

— Querem jantar? — pergunta e se vira para ir até a cozinha.

Caroline se vira para mim com a expressão séria.

— Você não está enganando ela, está? — pergunta com seriedade e eu não me irritei, apenas suspirei.

— Por incrível que pareça, Barbie...dessa vez é mais fácil ela me enganar. — digo com uma sinceridade que eu nem esperava que saísse de mim.

Eu, Damon Salvatore, depois de séculos, estou na mão de uma mulher. E estou bem assustado dessa vez.

— Isso é um choque. — Bonnie diz e eu prendi meu olhar nela.

— O quê? — pergunto, sem realmente entender.

— Não ser você a enganar alguém, e ela parecer gostar de você mesmo. — diz e dá de ombros, bufo e reviro os olhos.

Olho na direção da cozinha e vejo Giullia sair de lá com um prato cheio em mãos e chupando o molho de um dos dedos.

— O Damon é meio idiota, mas é apenas um amor. — ela diz e eu soltei um riso, seguro em sua cintura assim que ela se encostou em mim com o prato em uma das mãos e usando o garfo com a outra.

— Não acabe com a minha imagem, loirinha. — digo com um sorriso sarcástico no rosto e ela riu.

— Eu estou é tentando ajudar ela, nenhuma dessas duas gosta de você ainda. — diz e eu nego com a cabeça.

Bonnie olha atentamente para ela, meio hesitante.

— Em que situação eu viro melhor amiga dessa idiota? — ela pergunta e eu levo minha mão direita ao meu coração, fingindo ofensa.

— Eu sou um amigo incrível!

As duas amigas me olham com deboche e eu estalei a língua, indignado.

— É bem engraçada na verdade, vocês ficam presos em uma dimensão e acabam se aproximando, conhecendo um ao outro e vocês acabam ficando amigos, muito amigos. — explica depois de mastigar, eu e a Bombom nos olhamos com a sobrancelha arqueada. — Claro, acontecem muitas coisas, mas isso é detalhe.

Antes que um de nós falássemos algo, Elena entra como um furacão na casa e apesar das lágrimas, sua feição era furiosa. Ela vem imediatamente olhando para Giullia, o que me deixou em alerta e me coloco em prontidão.

— O QUE VOCÊ FEZ?! — ela grita com a loira, que engole a comida em sua boca e pega mais macarrão no garfo, como se esperasse por isso.

— O que você quer dizer? — pergunta e desvia o olhar para Stefan, que vem logo atrás, preocupado.

— Você mentiu e Stefan terminou comigo! O que mais você disse a ele?! Acha mesmo que acredito que você veio de outro mundo?! Isso é impossível! — diz descontrolada e ela suspira, deixando a comida numa mesa ao lado e limpando o canto dos lábios.

— Bom, não posso fazer nada quanto à isso. Você sabe que mesmo que eu não viesse de outro mundo de verdade, eu não menti sobre você querer os dois e estar esperando uma chance com o bonitão atrás de mim. — diz calmamente, e eu me surpreendo com a sua tranquilidade, eu já teria me irritado.

Elena fica mais vermelha do que já estava.

— ISSO NÃO É VERDADE! — grita parecendo extremamente desesperada. — Eu nunca ficaria com ele.

Eu talvez devesse me ofender, talvez. Mas mudo de ideia ao ver que Giullia sorriu.

— Que sorte a minha, então. — diz e cruza os braços.

— O que você quer dizer? — ela pergunta confusa.

— Porque ele está comigo agora.

Ela parecia não estar esperando por isso. A morena ergueu a sobrancelha surpresa e eu tinha a séria impressão de que ela iria explodir.

— O quê...? — pergunta baixinho me olhando e eu dei de ombros.

— É verdade. — confirmo e vejo Stefan se aproximar, ele parecia preocupado ainda, mas nos olhava com uma tranquilidade que eu nunca vi antes.

— Elena, eu não tenho que ouvir seu surto. Se seu ex-namorado decidiu terminar pelo que ouviu, é com ele e você. Eu não tenho que dar nenhuma explicação para você, agora tchau. — diz a minha loirinha com uma maturidade invejável e segura minha mão, logo olhando fixamente para Stefan.— Se você quiser, pode nos acompanhar.

Sorri de canto ao notar a intenção na sua fala e ela me puxa para o andar de cima. Fazendo com que eu nos guiasse até o meu quarto.

— Elena, você pode pegar suas coisas do meu quarto ainda hoje, por favor. — Stefan diz, com um tom gélido que eu quase não reconhecia, e eu ouvi seus passos nos seguindo.

Entrei no meu quarto e me joguei na cama, vendo Giullia rir e me encarar.

— Você adora um drama, não é? — pergunta risonha.

— Hm, às vezes. É mais divertido quando eu quem causa. — digo a provocando e ela negou com a cabeça.

Ouço duas batidinhas na porta e ela anda até lá, abrindo e revelando meu irmãozinho, que entra assim que ela dá espaço. Mas antes que dissesse qualquer coisa, a loirinha o abraça e faz um carinho leve em suas costas.

Eu confesso que era estranho ver as coisas acontecendo dessa forma, mas não parecia errado. Era como se fosse o certo, como se ver ele com ela fosse bom, assim como o contrário também era.

— Você está bem? Eu sinto muito. — ela diz e havia sinceridade na sua voz, não era cínico e nem forçado, era apenas...honesto.

— Eu estou bem, me sinto aliviado. — ele diz e ela sorriu de leve, se afastando e fazendo carinho em seu rosto.

— Vocês estão mesmo bem com a ideia de eu ficar com os dois? — pergunta para confirmar e eu aceno com a cabeça após um olhar entre mim e Stefan, logo o vendo concordar também. — Então veja bem, Stefan. Assim com o Damon, tenha ciência de que agora você é meu, apenas meu.

Diz calmamente e ele prende a respiração ao encarar seus olhos. Giullia segura sua nuca e junta seus lábios em um beijo intenso, que ele rapidamente retribui. Meus olhos acompanharam seus movimentos e um sorriso de canto surgiu em meu rosto.

— Em toda a minha existência, nunca quis tanto pertencer a alguém. — ele sussurra após se afastarem e ela sorriu, acariciando seu rosto.

— Então se preparem para o drama que vai vir quando souberem disso que acontece entre nós a partir de hoje. — a loirinha diz e eu ri, enquanto Stefan parecia prestes a ter dor de cabeça.

Isso seria divertido.

Hi little vampires

Eu estava inspirada, escrevi no mesmo dia do capítulo passado, mas resolvi postar depois ksksksks eu estou adorando o processo, e no próximo, o nosso Klaus provavelmente vai aparecer. Espero que tenham gostado.

Beijos, bye.

1420 palavras.