Capítulo 45

Por mais que Mack não quisesse, eu insisti em querer vir. Tinha que enfrentar meus medos e esse era um deles. Mack queria me acompanhar mas neguei.

— Veja só quem está aqui. — debocha o General Edmundo assim que entrei pela porta de seu escritório. — Emmica, certo?

— Sim, sou eu. — digo firme.

— Ainda bem, queria mesmo tratar de assuntos contigo, afinal já faz muito tempo que você não comparece para seu trabalho.

— Não irei trabalhar mais aqui. — falo ríspida. 

— Ah não? — ele pergunta sorrindo maliciosamente. — Tomou a iniciativa, me poupa saliva, iria te demitir mesmo. — ele fala indiferente. — Mas acredito que você não tenha vindo aqui só para isso. — diz intrigante.

— Não mesmo. — faço tom de desdém.

— Me diga de uma vez. Não sou adivinho. — ele fala impaciente.

— Não tenha pressa. — crio coragem e enfim falo. — Você tentou me matar uns anos atrás, mas eu estou aqui, sã e viva. — digo na lata.

— Não estou lhe compreendendo.

— Lembra de um ataque terrorista que aconteceu há uns quatro anos atrás, no Distrito 15? Onde uma criança sobreviveu e serviu de testemunha. Ela não queria falar e... seu filho se ofereceu para ajudar. — ele faz cara de confuso e enfim entende.

— Desgraçada! Foi você, meu filho... ele não fez isso... — ele fala vindo em minha direção me pegando desprevenida.

— Me solta seu imbecil! — digo tentando me soltar de seu braço.

— Você deveria estar morta, o que faz aqui?! Sabia que teu rosto era-me familiar.

— Já disse para me soltar. — engasgo em cada palavra tentando engolir o choro que cada vez se tornava iminente. Seu aperto estava forte, algo que futuramente iria me trazer marcas.

— Eu vou lhe mostrar que com a morte não se brinca. — ele fala me apertando mais e me levando para fora de seu escritório.

Deveria ter escutado Mack. Ele já sabia que o General Edmundo não aceitaria de boa que a garota que ele tentou matar, por estar se relacionando com filho o dele, estava viva, e ainda por cima trabalhando em sua casa, ao lado de quem ele tanto a tentou separar.

Sabia que o Joshua não estava em casa, não tinha para quem eu gritar por socorro. Celeste deve estar na cozinha, muito longe para me ouvir. Deixo uma lágrima escapar.

Meu Deus o que vai me acontecer?!

Ele me arrasta para fora da casa, para dentro de seu carro, me jogando dentro do mesmo arrancando minha jaqueta e a jogando no banco de trás.

— Vou ver o que faço contigo. — ele fala. Dava para ver o ódio em sua voz, ele não estava equilibrado.

— Você não está em condições de dirigir. Pare esse carro, por favor. — clamo, mas ele da de ombros.

— Cale a tua boca! — ele dá um forte tapa em minha cara. Começo a chorar, jogo todas as minhas mágoas e todas as minhas lágrimas acumuladas para fora.

Ele continuou dirigindo disparadamente rumo a não sei aonde. Em uma curva mal feita em uma encosta da montanha em que passávamos ele bate contra um caminhão que estava fazendo a curva. O carro choca com força contra o caminhão, fazendo a minha porta abrir e eu rolar para fora do carro caindo pela ribanceira da montanha.

Rolo disparadamente montanha a baixo enquanto escuto uma grande explosão e vejo uma grande fumaça preta surgindo no céu, fecho meus olhos tentando imaginar que tudo vai acabar bem.

Continuo rolando, sem forças para parar e sem nada em que me segurar, abro meus olhos e me deparo com o meu fim, a minha frente há um grande agrupamento de rochas onde bato forte com a cabeça.

❤❤❤

Mack narrando...

— E você acha que ela irá gostar? — mostro a aliança de noivado, que pretendo dar a Emmica, a Joshua. Eu e Joshua ainda estamos em fase de teste de amizade, sei que é algo ridículo mas a Emmica pediu para que nós tentássemos nos dar bem, farei isso por ela.

— Olha, você perguntou a pessoa errada. — ele fala todo bobo.

— Pare Josh, deixa eu ver, Mack. — Anastásia pega a caixinha com o anel de minha mão. — Ela vai adorar, é a cara dela. — ela sorri e me devolve a caixinha.

— Assim espero. Sou péssimo nessas coisas, sempre peço ajuda à minha irmã. — sorrio desajeitadamente.

— Pelo menos dessa vez você acertou. — Joshua fala.

— Quero ver ela logo, será que ela conseguiu falar com seu pai?

— Foi uma péssima ideia ela ter ido lá falar com meu pai, ainda por cima sozinha. — diz Joshua.

— Você a conhece bem. Ela é uma mega cabeça dura. Queria porque queria contar ao seu pai que o plano diabólico dele de tirar a vida dela deu errado. — falo admirando a joia em minha mão.

— Ainda acho que você poderia ter insistido mais em não deixar ela ir. — retruca Joshua.

— E o que você acha que ele tentaria fazer com ela? Ela já ia se demitir mesmo.

— O meu pai já tentou matar ela uma vez, você acha que ele não tentaria uma segunda? — fala Joshua.

— Vire essa boca pra lá! — diz Anastásia.

— Estou brincando, meu amor. — Joshua diz beijando Anastásia.

— Vamos logo para sua casa. — digo me levantando.

— Estraga prazeres. — protesta Joshua se separando de Anastásia.

Saímos da joalheria e fomos direto aos carros. No caminho vemos um grande alvoroço na estrada, Joshua me faz o sinal que vai parar com o carro e eu paro em seguida com o meu.

— O que houve aqui? — pergunta Joshua a um policial.

— Houve um acidente de carro. O motorista estava descontrolado e bateu contra o caminhão. — fala o policial.

— Morreu alguém? — pergunta.

— O motorista do carro. O motorista do caminhão está ferido mas não corre risco de morte.

— Posso ver o carro? — Joshua mostra seu distintivo de militar e logo ele é liberado, mostro o meu e o sigo logo em seguida.

— Pai! — grita Joshua ao deparar com o corpo de seu pai estirado no chão. Ele cai de joelhos chorando, Anastásia o abraça consolando-o. Chego perto do que restou do carro e verifico o mesmo, ao chegar perto me assusto com o que vejo.

— Joshua... essa jaqueta... é da Emmica. — falo descontrolado.

Oh my God!😱😭😭
Emmica, o que aconteceu contigo minha fia😧

Gente espero que vocês tenham gostado do capítulo...

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BEIJOS DE LUZ😘✨

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