Capítulo 13
Mack estacionou o carro e subimos para o seu apartamento.
— Vou tomar um banho, Mack. — o dou um beijo e vou em direção ao banheiro, mas Mack me puxa para seus braços.
— Que tal tomarmos banho juntos? — ele diz ao meu ouvido me fazendo pensar mil vezes antes de dizer.
— Nem pensar! Fica na sua Mack! — digo me soltando e indo correndo para o banheiro. Ouço seu riso de longe.
Assim que saio do banheiro vou ao meu quarto e visto um short jeans e uma regata azul coloco uma jaqueta preta por cima e o look está completo. Nunca tinha vestido tão belo na minha vida, minhas roupas sempre foram surradas mas estas são novas.
Resolvo deixar meus cabelos soltos e vou procurar por Mack.
— Caraca! — Mack diz ao me ver. — Você está uma gata!
— Para vai! — Mack me puxa e eu o beijo.
— E como eu estou? — ele diz apontando para ele inteiro. Mack estava fardado e eu me assustei.
— Por que você está de farda?
— Eu vou a trabalho também.
— Eu te acho lindo fardado.
— Eu sei que fico.
— Convencido... — mostro a lingua para ele.
— Podemos ir?
— Sim.
Descemos pelo elevador e fomos ao estacionamento. Mack deu partida no carro e seguimos viagem.
— Me fale como são seus parentes.
— Bom... Meu pai é muito reservado não gosta de mostrar seus sentimentos e as vezes ele é duro e... Insuportável. Mas eu o amo. Emma minha irmã caçula é um doce, minha cara e é muito inteligente, então cuidado com o que fala para ela.
— Do jeito que você falou parece que eu sou um monstro, mal exemplo.
— Não é isso meu amor. É que ela sempre vai fazer perguntas para tudo então tem que pensar umas cinco vezes antes de dizer.
— Nossa! — ele ri.
— Vicent meu irmão mais velho e sério mas amoroso. Eu sempre me dei bem com ele. E Abigail é um doce de pessoa.
— Então fora seu pai todos são doces?
— Sim. Acho que todos puxaram minha... Mãe.
— O que houve com ela? Você nunca me explicou direito.
— Ela morreu em um ataque terrorista. Eu tinha apenas treze anos, morreu em minha frente nos meus braços. — digo triste ao me relembrar de tudo.
— Nossa Emi. Eu não sabia... Perdão, sinto muito.
— Obrigado. Eu não gosto muito de falar nisso.
— Tudo bem te entendo.
— E seus familiares Mack?
— Morreram. — ele diz seco.
— Sinto muito.
— Meu pai, minha mãe, meu irmão... Todos! Eles morreram por conta daqueles terroristas folgados e por causa dos Rangers. Fui o único a ser salvo da minha família por eles, os Rangers!
— Eles conseguiram te salvar. Deveria ser grato a eles.
— Vamos parar por favor, Emi.
Seguimos o resto do caminho quietos. Ao chegar ao distrito pude ver a grande destruição. Era horrível a cena. Poucas casas estavam boas mas ainda assim estavam destruídas.
— Teve algumas partes do distrito que não foi destruídas.
— Que bom...
— Já estamos quase chegando ao abrigo.
Continuei olhando pela janela, e não consegui conter as lágrimas. O distrito onde nasci estava completamente destruído.
— Não chore amor.
— Como um ser humano faz algo assim?!
— Eles não são humanos... São monstros! Sem coração. — Mack diz furioso entre os dentes.
— Calma Mack... — o beijo no rosto.
Ao chegar Mack estacionou o carro e entramos no abrigo era grande e um pouco sujo. Havia várias pessoas feridas e amontoadas em suas camas. Procuro meu pai e minha irmã naquela multidão mas infelizmente não os encontro.
— Mack! — o abraço e choro.
— Eles estão aqui... Fique calma.
— Não os vejo...
— Emiiiiii! — ouço a voz da minha irmã atrás e distante de mim solto dos braços de Mack e me viro para trás. Emma estava correndo em minha direção fiz o mesmo e me ajoelhei para abraçá-lá.
— Fiquei com saudades... Você está linda! — ela diz ao me soltar.
— Também senti sua falta pequena. Cadê o papai?
— Ele está por aí... Conversando com uns amigos.
— Vocês estão bem?
— Não se preocupe mana... Estamos muito bem. E quem é esse bonitão aí? — ela diz olhando para Mack.
— Ele é meu... É...
— Sou um amigo de sua irmã, Emma. — ele diz sorrindo.
— Hum...
Me levantei e sorri para Emma. Mack me olhou sorrindo, estou muito agradecida a Mack por não ter dito nada a Emma, quero contar primeiro ao meu pai.
— Emmica! — meu pai apareceu sorrindo de lado. Era o modo dele de dizer "que saudades filha! Eu te amo."
— Pai! O senhor está bem?
— Sim, Emmica.
— Que bom.
Meu pai não parou de encarar Mack, fiquei com medo do que ele iria falar.
Mack percebeu e quebrou o clima pesado.
— Senhor Spring... Jackson Mackenzie. — oi!!! Mack falou o nome verdadeiro e inteiro para o meu pai?
— E quem o senhor é? — meu pai perguntou curto e grosso.
— Um soldado do General Edmundo. Vim a mando dele escoltar sua filha. Para segurança dela e da família.
— Certo.
— Mack... — cheguei perto dele para falar. — preciso ficar a sós com meu pai. Depois falamos sobre a gente, ok?
— Relaxa amor... Se você quiser esperar para falar com ele sobre nós...
— Está bem... Vou pensar... Agora vá por favor.
— Licença senhor Spring. — Mack diz e sai.
— Gostei dele. — meu pai diz assim que Mack sai. Que bom que ele gostou.
— Pai, como estão Vicent e Abigail?
— Muito melhor que a gente. A parte do distrito deles está praticamente intacta.
— Que bom! Mas por que vocês não foram para lá?
— Você sabe como é o papai né Emi. Orgulhoso. — Emma diz.
— Emma!
— Pai, ela está certa. Você tem que deixar seu orgulho de lado. Eles são seus filhos e te amam, eles não vão se importar em te ajudar.
— Não sei não...
— Pensa em Emma. Ela perdeu todos os amigos. E está com um monte de estranhos. O melhor é ela está com a família.
— Você tem razão. Vou ainda hoje para lá. — ele diz, mas ainda não aceitava a escolha.
— Obrigado pai! — Emma diz o abraçando.
— E onde você está dormindo?
— É... Um... Na casa onde eu estou trabalhando. Eles são muito bons para mim. — me doía mentir mas se eu falasse a verdade meu pai iria ficar uma fera.
— Ok só não abusa...
— Precisamos ir Emmica. — Mack diz se aproximando.
— Pai eu preciso te contar algo... — queria dizer tudo logo sobre mim e Mack.
— Não... Já estamos indo. — Mack me interrompe.
— Ok... Filha cuidado.
— Dê um abraço em meus irmãos e fala que eu os amo.
Dei um abraço em Emma e em meu pai. Mack cumprimentou meu pai com um aperto de mão e cochichou algo no ouvido de Emma que a fez rir, em seguida a entregou algo que eu não consegui ver. Fui mais Mack até o carro e eu o impedi antes de ele entra no carro.
— Por que você não me deixou contar?
— Ele deve estar abalado com a perda de tudo. Melhor aguardar mais um pouco. Assim que ele se restabelecer na casa de seus irmãos iremos visitá-lo e eu contarei tudo. Prometo.
Ele me beija e em seguida entramos nos carro.
Mack é tão incrível! Ele pensa nos outros antes dele. Eu o admirava cada vez mais.
— Mack...
— Sim Emi.
— Obrigado.
Ele não falou nada apenas sorriu. Ele liga o carro e seguimos viagem.
Bạn đang đọc truyện trên: AzTruyen.Top