Capítulo 04
Tiros... Gritos... Choros...
É tudo que ouço.
Mack está do lado de fora do ônibus. Com os outros quatro militares. Eles não terão chances com todos aqueles terroristas e ainda por cima não parava de chegar mais mais de todos os lados.
O ônibus estava nos lamentos. Uma mulher a minha esquerda estava chorando sem cessar. Algumas crianças a bordo faziam o mesmo.
Vários tiros atingem as janelas fazendo todos gritar e berrar. A mulher "chorona" se levanta e sai correndo pelo corredor do ônibus indo em direção a porta um homem que estava com sua filha pequena se levanta para tentar impedir a mulher porém os dois são atingidos, a mulher é atingida no peito e o homem no ombro. Os dois caem no chão.
Mais gritos pelo ônibus, a filha do homem começa a gritar e chorar, algumas pessoas que estavam na frente pegam os corpos dos dois e colocam ao lado delas. A criança, filha do homem tenta se levantar e correr em direção ao pai mas eu a impedir antes de ser tarde demais.
- É mais segura você ficar abaixada. - digo para ela colocando-a ao meu lado embaixo da poltrona. - Qual é o seu nome docinho?
- É... Jude... Jude senhora. - ela diz com a voz embarcada.
- Lindo nome. Me chamo Emmica Jude.
- Meu pai está b-bem? - ela diz comendo cada palavra.
- Vai sim. Ele só... Ele só se machucou um pouquinho.
- Hum... Os moços do bem vai ganhar, não é? -
Moços do bem? Ela deve estar falando dos militares.
- Claro! O bem sempre vence! - digo tentando incentivá-la.
- Mas eles estão em menos número. - ela tinha razão.
- Sim, mas logo chegará reforços. - reforços! Isso, eu tenho que tentar chamar reforços.
Pego a bolsa que Mack deixou para trás e procuro dentro dela algo que poderá me ajudar a chamar reforços.
- O que está fazendo? - ela me pergunta com a maior dúvida.
- Estou tentando ajudar os moços do bem.
Ótimo! Encontro um tele-comunicador. Procuro encontrar algum botão de liga/desliga. Achei!
- Pronto, estou tentar entrar em contato com a base. - assim que chama duas vezes um militar atende. Um homem fardado com cabelos negros e olhos castanhos. Aparentava ter 40 anos.
- Sim, soldado. - a cara de susto dele era notável. - Você é militar?
- Não, senhor. Mas preciso de sua ajuda.
- Com quem você conseguiu isso!
- Por favor me escuta! - digo já ficando brava. - Está acontecendo um ataque terrorista na entrada do Distrito 14. São mais de vinte terroristas contra apenas cinco militares combatentes. Você precisa mandar reforços!
- Oh sim. Me passe exatamente o endereço do local.
Digo para ele todos os detalhes e pontos de referências. Apresada pois a coisa lá fora só estava piorando.
- OK! Os reforços chegarão aí em cinco minutos. Agradeço pela tua ajuda. Câmbio desligo.
- Ok.
- Ele vai demorar muito Emmica?
- Não linda. Não...
Conto os segundo e minutos até que vejo um comboio militar ao norte pelo parabrisas do motorista. Meu sorriso vai até as orelhas, sai até lágrimas.
Ouço mais tiros e gritos e berros. Os passageiros do ônibus ao ver os militares se acalmam mais. Com alguns minutos de ataque não se é ouvido mais nada.
Um militar entra a bordo.
- Acabou!
Todos gritam em tom de vitória. Jude sai correndo buscar o seu pai e cai no choro, ele estava ferido mas ainda estava vivo. Os militares levam ele e ela para prestar os socorros necessários.
Não teve a mesma sorte a mulher, foi atingida direto no coração e morreu quase que instantâneamente.
Saio do ônibus e vejo o militares recolhendo os corpos. Fico assutada porque não vejo o Mack, será que ele... Não ele não podia...
- Oi Emi! - a voz era a de Mack. Viro espontaneamente para trás e o abraço com todas as minhas forças.
- Ai! - Mack geme. Percebo só agora que ele esta ferido no ombro.
- Mack! O que houve? Você está bem?
- Acalme-se Emi. Estou bem. Foi um tiro de raspão, relaxa estou bem.
- Está tudo bem.
- Você salvou a vida de todos aqui presente sabia?
- O quê?!
- Sim, se você não ligasse para a base todos estaríamos mortos uma hora dessas.
- Eu ham...
- Obrigado Emi,Fico te devendo essa.
- Nada. - fico sem graça com a bochecha corando.
- Por isso alguns militares irão se reunir para comemorar nossa vitória e sua ajuda hoje a noite.
- Ah vão?
- Sim, e nós vamos.
- Não eu não posso...
- Mas nós vamos sim senhorita. Nem invente desculpas.
- Está bem. Não tem como eu recusar não é?!
- Não. - ele ri e eu também. - Trouxe roupas?
- Oh sim, tenho umas aqui.
- Ótimo vamos precisar.
- Vamos passar na sua casa antes?
- Não, e é um AP.
- Um apartamento?Vamos que hora para lá?
- Sim um apartamento, e vamos assim que acabar a festa.
- Onde vou me trocar?
- Tem um banheiro público aqui, você se troca nele. Ande não podemos nos atrasar.
- Mas você precisa descansar. - aponto para o braço dele.
- Não minha linda. Não preciso descansar, estou bem.
- Está certo, já estou indo.
Saio em direção ao banheiro e entro no que estava desocupado. Tiro minhas roupas de dentro da bolsa e começo a vesti-las.
Olho-me no espelho, estou vestindo um vestido roxo curto e colado com um decote V magnífico, novo e bonito. Lembrei-me de ter colocado a melhores roupas na bolsa para ir para casa dos Lazarus. Solto meu cabelo do coque e o ajeito.
Saio do banheiro em busca de Mack, o encontro conversando com um militar.
- Mack.
- Sim, Emi. - ele se vira para me olhar e deixa o queixo cair. - Uau! Emi você está... Linda! Para não dizer gostosa. - ele diz se inclinando para falar.
- Obrigado, eu acho. - digo ficando corada.
- O.K. Vamos, ou chegaremos tarde à casa do Willi.
- Quem é Willi?
- O meu amigo militar dono da casa e da festa onde vamos.
- Hum... Por que ele tem uma casa e você não? Ele tem um cargo maior que o seu?
- Não exatamente. Eu quase não fico no meu AP, não seria diferente se eu tivesse uma casa. Então é melhor um AP do que uma casa.
- Entendi.
- Mais alguma pergunta?
- Ham... Não. - rio.
- Então vamos. Gostou de minha roupa?
- Adorei. - ele estava vestindo sua farda da guarda militar com um quepe em mãos, o deixa bastante imponente, com várias medalhas.
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