Eu estava a uns bons dez minutos encarando Alyda perplexo, afinal quem não ficaria?! Ela acabou de me dizer resumidamente que é uma palhaça canibal assassina de crianças!

— Dá para falarem alguma coisa?! — ela questionou parecendo desesperada e eu cocei minha garganta.

— Porque as crianças? Ela são tão fofas...— Yago questionou com um biquinho choroso nos lábios e Alyda o olhou respirando aliviada.

— Fique tranquilo eu só como as que parecem demônios — ela diz eu esfreguei meus olhos com os dedos, céus...onde fui me meter?

— Desde que eu nunca veja uma cena dessa, não me importo, não são meus filhos mesmo — dou de ombros, podia soar insensível mas eu não tinha nada haver com as famílias dos outros e por que me colocaria no lugar deles se sabia que seria doloroso? Não vou me sentir culpado se a culpa não é minha, então não me importo.

— Eu pensei que você ía surtar — ela disse apontando para mim confusa e logo apontou para Yago — E que você ía morrer de medo.

— Estou assustado de pensar nisso — Yago confessou, ele estava realmente pensativo e falando sério agora — E com muita dó das crianças...mas não tenho medo de você.

— Isso é ótimo! — ela exclamou se jogando em cima de nós, nos abraçando e nos fazendo cair deitados na cama, solto uma risada passando meu braço que não estava sendo esmagado, por suas costas — Podemos ter um relacionamento agora?

Ouço a risada alegre do loiro ao meu lado e sorri de canto fechando os olhos lentamente.

— Claro, por que não? — questiono baixinho e senti um selinho em meus lábio, me fazendo sorrir mais ainda.

— O Yago concorda! — ele exclamou e bateu palmas me fazendo abrir os olhos e o olhar, vendo seu rosto vermelho ao ter seus lábios juntos nos de Alyda em um curto selinho — Tenho uma mommy e um daddy agora?

— Eu não sei ser uma mommy, mas posso ser sua namorada e cuidar de você, tudo bem? — ela questionou acariciando o rosto de Yago, que assentiu e me olhou curioso — Vocês querem ter um relacionamento entre vocês?

A ruiva questionou se sentando na cama novamente e intercalando o olhar entre nós dois e eu neguei com a cabeça, vía ele como um irmãozinho, não podia nem pensar nisso.

— Yago não gosta de menininhos, só de menininhas — ele diz convicto e eu soltei uma risada beijando a bochecha dele.

— Ele ser seu daddy não implica em um relacionamento? — Alyda questionou meio confusa e eu a olhei.

— Não necessariamente — digo a olhando e me sentei novamente na cama puxando Yago para deitar a cabeça em minha coxa, ele se aconchegou ali e bocejou — Eu cuidaria dele e teria uma grande responsabilidade sobre ele, eu teria conhecimento de praticamente tudo de sua vida e claro, ensinaria disciplina e tem mimos, castigos, é como um pai mas sem ser um pai, já que não tem nada haver com pedofilia ou incesto e tem pessoas que têm essa relação junto com um relacionamento romântico.

— Entendi, então você vai ser o daddy dele?— ela questionou curiosa com um sorriso nos lábios e eu assenti pegando a chupeta de Yago que caiu na cama e a coloquei em seus lábios. — É fofo e provavelmente vou ser uma fangirl sempre que ver vocês assim.

Solto um riso e estiquei meu braço segurando sua nuca e a puxando em minha direção, deixo um beijo em sua testa e ela sorriu beijando o canto dos meus lábios e acariciando meu rosto, logo beijando a testa de Yago, que começou a cochilar.