Preocupe-se
Jisung gruniu, percebendo que sua porta estava aberta mais uma vez, mas sempre que dormia, tinha a total certeza de tranca-la. Alguém havia aberto sua porta.
Seus dedos tremiam, sempre que isso acontecia, Jisung mais uma vez se arrependia de ter nascido.
O Han se levantou preguiçosamente, ignorando o frio que o fez tremer da cabeça aos pés.
Seus passos eram lentos, o som da sua televisão tocava alto, como se o que invadiu sua casa, quisesse o acordar.
Jisung primeiramente caminhou até sua cozinha, pegando a enorme faca que sempre deixava por perto, ela era ótima e cortava muito bem, seria bom para se defender.
O Han caminhou na ponta dos dedos, tendo a certeza de ser silencioso, ao chegar na sala, notou a televisão ligada e uma sombra no sofá.
A luz estava desligada, mas o Han não se importaria de liga-la.
Suas mãos tremeram, quando a sombra se virou na sua direção, sua reação foi saltar na direção da pessoa desconhecida.
– JISUNG! PARA COM ISSO! SOU EU! – a voz não pertencia a Felix e nem a Minho, mas sabia que então não conhecia a pessoa, não fazia sentido, isso só lhe deu mais medo.
A faca foi voltada novamente para a tentativa de esfaquear o invasor, odiava invasores.
Seu corpo tremeu ao ser jogado no chão, ele era forte.
O Han apenas piscou diversas vezes tentando se acostumar com a claridade repentina.
A imagem a sua frente o fez estranhar seus próprios atos, aquele era Seungmin, quando Felix não estava ali, era o Kim.
A televisão nem mesmo estava alta, na realidade, quase não conseguia ouvir o diálogo do filme, pois estava extremamente baixo.
– S-seungmin? – o Han murmurou, vendo o Kim ainda mais assustado, pois Jisung ainda não largou aquela faca – O... Eu achei que fosse algum invasor.
– E você iria esfaquea-lo? Está louco? Han, você precisa urgente se tratar! Eu sei que a pessoa que ama ir... Sei que dói mas... Você não pode ficar assim! – o Kim tinha razão, Jisung sabia disso, mas mesmo ao se levantar, o Han não largou a faca – Han... Solte a faca.
O Han o encarou confuso, do que Seungmin estava falando? Que faça?
O Han olhou para suas mãos, vendo o objeto citado, seus olhos se arregalaram, soltando a mesma enquanto olhava apavorado para o sangue que pingava sobre o chão.
Suas lágrimas escorriam, o pavor o corrompia.
Seu sangue pintava o chão, sujava sua roupa, seus móveis pareciam derreter como se poças de sangue maiores surgissem, como se corpos estivessem em seus interiores, sangrando... sangrando... E sangrando...
Suas mãos se voltaram a sua cabeça, os gritos de pavor retornavam, conforme se agaixava, mais alto eles ficavam, até enfim desaparecer.
Uma mão tocou seu ombro, o toque quente o fez gritar, buscando a primeira coisa aque encontrasse para se defender, porém quando estava a milímetros da faca, a mesma simplesmente desapareceu, o desespero bateu, enquanto implorava misericórdia.
– Jisung... Por favor... Você precisa se cuidar. – aquela voz desconhecia soou novamente, quando olhou para o lado, o Kim sorria para si, ele zombava, estava zombando de seu pavor.
– VOCÊ NÃO SABE NADA! – Jisung gritou, se afastando, a faca, ele precisava da faca – Não... Não zombe... De mim...
– Jisung, eu não estou entendendo. Eu não estou zombando... – o Kim dizia isso, mas Jisung viu, ele estava ali, gargalhando, rindo de sua cara, apontando para seus defeitos.
– Eu vou te matar... – Jisung sussurrou, saindo correndo para o banheiro, se trancando no mesmo enquanto os gritos voltavam a ecoar em sua cabeça.
A porta se movia, ela batia e rebatia contra a parede, mesmo se trancando ela se movia, o lado de fora estava escuro, a luz do banheiro piscava e seu desespero chegava às estrelas.
Um grito mais alto que todos soou, era seu, era Minho, eram vários, mas a voz de Seungmin desesperado parecia maior.
Suas mãos estavam sujas, o sangue pintava o banheiro, enquanto apenas o espelho estava intacto.
Seus olhos se voltaram ao reflexo, arregalando os olhos.
Ali estava Minho, seus olhos estavam opacos, sua boca entre-aberta escorria vermes e sangue, o líquido branco sujava o chão, estava com nojo, Minho estava apodrecido, seus dedos tocavam o espelho pelo outro lado, enquanto parecia o chamar.
– Minho... – Jisung sussurrou, vendo atrás do Lee a sombra de sua versão mais jovem.
Seus olhos se arregalaram, gritando desesperado.
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