Coma

– Minho, ele não vai mais acordar. – a voz soou, Jisung ouvia aquilo, estava trêmulo, seus dedos tremeram, se sentando em um pulo quando uma mão tocou seus dedos.

O grito desesperado soou, enquanto o Han se debatia desesperado, vendo ao seu lado a imagem de Felix e Seungmin, ambos pareciam preocupados, mas nada superou a vista dos fios castanhos e orbes arregaladas em sua direção, Minho estava escorado no canto do quarto, parecia chorar muito e agora, parecia mais surpreso do que qualquer outro.

– Jisung... Você... Você sente alguma coisa? – Minho perguntou, conforme se aproximava lentamente do Han, que se encolhia e implorava para ele não se aproximar.

Aquele cômodo estava claro demais, a cor branca predominante o assustava, queria estar morto, não deveria estar ali.

– NÃO SE APROXIME! – o Han berrou, se encolhendo contra as costas da maca, tampando seus ouvidos em agonia.

Um som irritante soava, como se giz de quadro arrastasse contra um vidro, unhas conha um ferro, aquilo doía.

Seus olhos se encheram, gritando agoniado, se debatendo quando sentiu mãos tocando em seu corpo.
Seus braços foram furados, aquela dor lhe deu mais pavor do que anteriormente, se debatendo ainda mais.
Porém seu corpo parou quando a agulha furou seu pescoço.

Seus olhos lentamente se fecharam, caindo mais uma vez no sono profundo.

O Han deixou os rapazes assustados, nunca haviam o visto assim.

Jisung sempre foi alguém tão calmo, alguém tão quieto, alguém tão... Tranquilo.

Jisung não era alguém capaz de realizar escândalo, ele tinha ansiosidade, mas evitava ser um centro de atenções.
Tinha crises de pânico, mas o máximo que acontecia era desmaiar ou ficar tonto quando ficava em suas crises.

Seu corpo parecia possuído por algo, parecia encorporar o que antes ele nunca teve.

Minho se sentiu péssimo, seu marido o olhou como se fosse a causa de seu coma por dois anos, ele estava com medo de si, isso quebrou seu coração.
Não era possível que fosse apenas uma mera coincidência, aquilo não era coincidência, ele estava com medo, mas não era de nada além de sua pessoa.

– Eu deveria ir para casa. Ele teve medo de mim. – Minho sussurrou, vendo o corpo desmaiado finalmente recebendo os cuidados devidos dos enfermeiros.

Quando ele acordou, havia arrebentado suas próprias veias com o movimento brusco, pois estava com soro na veia e conseguiu foder com tudo em sua crise, o Lee tremeu, vendo o sangue no lençol branco aonde seu amado dormia tão tranquilamente.

– Eu acho que ele só estava assustado com a batida, Minho. Vá almoçar, caso ele acorde, a gente te liga. – Felix propôs, sorrindo enquanto empurrava o irmão para fora daquele cômodo hospitalar – Vamos assim que Christopher chegar.

Eles não são reais... Eles não são reais... Eu não sou real...

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