04. o vermelho do caos | 2/2

JUNGKOOK

—Jimin, você não vai pilotar.

—É claro que eu vou. —contrapôs, pegando um dos capacetes da minha mão.

Santa paciência...

—Você não tem carteira de motorista! Você nunca subiu em uma moto!! —gritei, rasgando minha garganta com tais frases, repletas de exclamações.

—Deve ser moleza. —continuou a me ignorar, já subindo em minha moto. —Aliás, não confio nas suas habilidades com isso. Se você é ruim no skate, na moto será bem pior. Até porque da última vez que eu a vi, você nem estava em cima dela. —empinou seu nariz, ainda sem ter colocado o capacete, dando para reparar bem a sua expressão autoconfiante.

Que ódio!

Sinceramente eu não sei porque eu concordei em acompanhá-lo. Eu poderia descobrir tudo sozinho, pois, afinal, eu não sou um investigador ruim. Não me importo com todas as palavras grosseiras do Park, dizendo que deixei algo passar daquele quarto de hotel. Não tinha nada lá, e não é a paranoia dele que vai me tirar do sério.

Ele não iria pilotar minha moto, não mesmo. Eu poderia o deixar lá o dia inteiro, mas jamais, nunca, nunquinha, iria entregar a chave. Quem ele pensa que é? Agora sou eu quem lhe pergunto isso. Até porque, ele realmente nunca dirigiu nada, só anda de skate. E a nossa competição de alguns dias atrás, ele ganhou por sorte.

Por sorte!

Já que eu, Jeon Jungkook, tenho como companhia o azar!

Na verdade, eu não vou reclamar. Vai que o universo escuta todas as calúnias e me joga bombas? Sei que tudo tem como piorar, mas não quero que isso ocorra agora. Já está ruim demais e eu não estou sabendo ter controle sobre nada disso.

É péssimo conviver com alguém que não gosta de você. E é pior ainda se forçar a não gostar de tal também.

De qualquer forma, o Jimin está me irritando tanto que é super fácil lhe odiar.

Quero visitar a mãe do Felix real, rapidamente, para poder ir para casa e chorar. Chorar muito, pois estou possesso de raiva.

—Não vai subir? —perguntou depois de um tempo, quando eu já estava um pouco longe de si. Claro que não vou subir. Ele deve ter alguns neurônios faltando, pois como irá pilotar sem saber o básico? Nunca! —Jungkook! —resmungou com uma voz aguda que ecoou em minha mente.

Meu pai sempre diz que o melhor a se fazer é tentar resolver o que lhe tormenta ou ignorar. Como a primeira opção está fora de alcance, eu farei a segunda, que espero ser fácil.

—O fliperama tem vários jogos que me ajudaram muito, sabia? Como o Zippy Race. —voltou a falar, mesmo já estando do meu lado, carregando a sua mochila surrada da cor vermelha, congênere ao boné que usava. —Você não deve ter jogado, aliás, é um velho que não deve nem saber como se joga nada... —zombou, achando que eu iria me importar. No entanto, minha aura estava inundada em uma completa paz. —De qualquer forma, o jogo é bem difícil, apenas os melhores conseguem continuar uma partida por muito tempo. Eu sou o melhor nele, portanto, devo ser o melhor pilotando aquela sua moto feiosa.

Por que ele tinha que falar da minha moto??

—Jimin, eu já joguei Zippy Race e é péssimo, convenhamos. Eu achei super repetitivo e, se eu quisesse, teria passado o seu recorde. —contradisse todas as suas palavras, arqueando as minhas sobrancelhas, revirando meus olhos logo em seguida, assim que ele deu de ombros. —Além do mais, ele não vai te ajudar em nada, ele não vai te dar uma carteira de motorista. Aquilo não é uma prova e nem mesmo um treinamento de rua. É apenas um jogo idiota para jovens idiotas. —finalizei, me sentindo ótimo por proferir tais palavras, mesmo que eu achasse que ele não iria ficar calado tão cedo.

Enfim, ele não tinha mais argumentos, iria apenas dizer bobagens diversas que eu não tinha interesse.

—Você quem é um idiota por criticar jogos tão legais. E daí que é repetitivo? Muito melhor ficar dez milhões de horas no Zippy Race do que junto a você. Sem querer ofender. —sorriu gozador, levantando ambas as mãos, fazendo uma expressão indecifrável, mas totalmente irritante.

Está na hora de admitir, é impossível conviver com ele. Porém, também é impossível o ignorar.

Sério, universo, se estiver me ouvindo, ao menos deixe esse garoto feio!

Foram longos minutos tortuosos ao lado dele, tais quais poderiam se tornar bem poucos caso a gente estivesse indo ao local com a minha moto. Porém, com todo o chilique do chato Jimin, chegamos na casa do Felix bem mais tarde do que planejado.

A casa dele era tão longe do centro que eu sinceramente não duvidaria que ele se hospedasse naquele hotel para facilitar sua locomoção, já que lá era mais perto da escola do que onde estávamos.

—Sabe o que me lembrou? City Hunter. — Jimin murmurou atrás de mim, assim que paramos em frente a varanda

—O que tem haver? —perguntei confuso, levando meu campo de visão por toda a rua, procurando alguma alusão para ele ter dito aquilo tão de repente.

—Olha ali o gnomo de jardim segurando um martelo maior que ele mesmo. Só pode ser uma referência da Kaori. —pressionou seus lábios, dando de ombros. Eu apenas concordei com a cabeça, mesmo sem saber do que ele estava falando.

Eu estava lendo tantos mangás ultimamente que ninguém poderia me perguntar o nome de algum personagem em específico, pois eu não saberia responder. Além do mais, eu queria terminar de ler os livros que peguei da escola, senão ganharia uma advertência.

Eu tinha que parar imediatamente de ler tantas coisas de uma vez e ainda por cima ver filmes com meu pai e o Namjoon. Eram sempre os mesmos, então eu não deveria gastar meu tempo com isso. Mesmo que eu ame a companhia deles, é chato ver as mesmas coisas em uma frequência tão absurda como a que havíamos criado. Aliás, os filmes nem eram tão bons assim.

Jimin apertou a campainha, cheio de receio, que foi visível apenas por analisá-lo de costas. Suas mãos tremiam levemente e ele ficava elevando seu corpo vez ou outra, perdendo totalmente a pose confiante.

Uma moça com uma aparência cansada apareceu alguns segundos depois, usando um roupão de cor azul, assim como sua pantufa de coelho, estando com seu longo cabelo escuro, que cintilavam algumas mechas brancas, amarrado em um coque. Ela também segurava uma lâmpada, completando com uma expressão um pouco apavorada.

—Podem me fazer um favor antes de dizer por que vieram aqui? Preciso que alguém me ajude a trocar as lâmpadas da sala. —suplicou, lançando um sorrisinho miúdo, mostrando suas covinhas fofas. Ela era uma graça, é claro que ajudaríamos. —Fui tentar trocar uma delas e levei um choque, mas como vocês são jovens, não deve acontecer o mesmo. —continuou a sorrir, enquanto acompanhávamos a tal, e ambos ignoramos sua justificativa irreal.

A casa dela era bem bonita. Tinha uma aura aconchegante apenas pelo pequeno corredor repleto de quadros coloridos. A cozinha era do lado direito e estava com o balcão superlotado de alimentos, junto a duas formas de bolo ainda vazias, no entanto, algo esquentava no fogão.

A sala tinha um grande sofá cheio de almofadas e um cobertor laranja. A mesinha do centro tinha várias revistas abertas em páginas de decorações para casa e embalagens vazias de bala de café. Ao lado da pequena TV havia um banco pintado, provavelmente por uma criança já que era repleto de corações e flores malfeitas, com alguns locais com grandes manchas aleatórias de diversos tipos diferentes de cores. Era muito fofo, vale ressaltar!

A moça ajeitou seu roupão antes de entregar a lâmpada que tinha em mãos para o Jimin. Ele a olhou um pouco confuso, mostrando um sorriso forçado e tímido, esperando que ela dissesse ou falasse alguma coisa.

Essa eu quero ver.

—Não se preocupe, esse banco é de um ótimo material e não é tão antigo, então você não irá cair! Aliás, você é pequeno, não deve ser pesado. —dizia de modo rápido, gesticulando com as mãos de uma forma exagerada, porém, pelo que percebi, seu jeito agitado é tão espontâneo que ela nem se dá conta disso.

Eu ri pelo seu comentário, pois ela o acrescentou com a representação do tamanho do Jimin com as mãos, deixando um pequeno espaço entre seu polegar e seu dedo indicador. O Park é realmente uma pequena formiguinha, mesmo que eu não seja tão maior que ele. De qualquer forma...!

—Você mora sozinha? —perguntei com agilidade, para não perdemos tempo, enquanto esperava o meu parceiro de investigação trocar a lâmpada de teto que tinha um belo formato de flor.

—Devido às circunstâncias, sim... —respondeu acanhada, juntando suas mãos antes de dar um pulinho repentino. —Minha calda de bolo! —gritou, arregalando seus grandes olhos, antes de ir ligeiramente até a cozinha.

Pude vê-la pegar uma colher de pau para mexer o que tinha na panela. Ela colocou um pouco em sua mão e provou, levantando seus ombros devido ao novo susto, certamente por ter queimado sua língua. 

Me virei para o Jimin, vendo-o na ponta dos pés. Eu murmurei mais uma risada abafada, encarando as suas meias de dinossauros. Tudo que ele tinha era de desenhos relacionados a isso. E nem adiantava dizer que era por conta da sua mãe, pois eu tenho certeza que ele adora tais animais.

  —Quem são vocês? —a moça perguntou enfim, assim que voltou até nós, estando, desta vez, com uma toalha de prato, pintada com diversas estrelas azuis, descansando em seu ombro esquerdo. 

—Me chamo Jungkook e esse é o Jimin. Nós, junto a um grupo de amigos, estamos fazendo um memorial para a banda Newelvis. —comecei a dizer, parando por alguns segundos para lembrar da minha fala que eu fiquei decorando por uma noite inteira.

—Oh, a banda do meu filho? —me interrompeu, ficando ainda mais animada, de repente, mesmo que seu olhar estivesse um pouco distante.

—Se você estiver muito ocupada, podemos voltar depois. Aliás, se não se sentir confortável para conversar conosco sobre o Felix, nos avise, por favor. Não queremos atrapalhar seu dia de forma alguma. —completei, tentando disfarçar meus pensamentos soltos, na intenção de recordar as minhas palavras, que eram, inegavelmente expressas em expressões neutras, mas confusas, que, ocasionalmente, desmanchavam meu sorriso.

Vi o Jimin descer do banquinho, ficando ao meu lado. Eu era sim bem maior que ele, o olhando agora parecia um bebê — tamanho é o meu exagero —. Seu cabelo estava bagunçado e suas bochechas um pouco rubras. Com seu corpo empacotado em um grande moletom era realmente idêntico a um neném.

  Mas que caralh...! O que eu estou pensando? 

—Está tudo bem, eu adoraria ajudá-los. —a moça respondeu de supetão, nos deixando um pouco mais aliviados. —Há apenas mais duas lâmpadas para trocar. Eu vou dizendo o que precisam enquanto isso. —sorriu, entregando ao Jimin os objetos anteriormente citados.

Ele olhou para mim com os olhos levemente arregalados, me fazendo soltar uma risada curta, para no fim pegar as lâmpadas da sua mão. Eu não deveria ter ficado com o serviço dele, afinal, a mãe do Felix, em momento algum pediu a minha ajuda, especificamente. Eu era quem iria dialogar com aquela mulher e não fazer o trabalho físico que nem mesmo estava nos nossos planos.

—Vou pegar bolo! —complementou suas sugestões, abrindo mais uma vez o seu belo sorriso, voltando para a cozinha.

—Espero que ela não nos dê veneno neste bolo. Vai que ela é sensível demais para conversar sobre o filho e decide se livrar da gente? Eu não duvido de nada. —Jimin começou a falar, se sentando na pontinha do sofá.

—Park! Para de paranoia —resmunguei, desta vez, afastando minhas pálpebras subitamente, até ficarem distantes o bastante para representarem meu espanto. Como ele poderia pensar nisso??

—Se eu morrer quero que esteja escrito em minha lápide: foi culpa do Jeon Jungkook.

Mas o quê???

JIMIN

Sabe o que eu acho?

O Jungkook é a pior pessoa para uma investigação.

Nós formamos diálogos por toda semana, mas ele sempre se embolava. Às vezes ele perguntava várias coisas sem sentido, então, obviamente, eu tive que tomar partido de toda aquela conversa.

Enquanto ele anotava cada palavra que a moça dizia, eu guardava em gavetas da minha mente, é claro. Eu confio na organização dos meus neurônios. Acredito que eles guardam informações em pastas nomeadas e em armários com datas. Por isso eu não me preocupo em escrever nada. Tenho uma ótima memória.

—Essa caixa vai ajudar bastante. Ela tem alguns cadernos de anotações e várias fotos. —sorriu, me entregando o objeto anteriormente citado. Ela se levantou da poltrona, já pronta para se despedir.

JJ se curvou levemente, então eu fiz o mesmo, encarando de ladino o que ele fazia, pois o garoto tinha ótimas etiquetas de educação, isso eu não posso negar. Ele só as deixa de lado comigo, apesar de eu ser o mais velho. Tamanha é a sua falta de respeito.

Na verdade, são só dois meses de diferença... Porém, não importa!

Assim que saímos da casa eu reparei mais um pouco na varanda. Com certeza era o martelo da Kaori de City Hunter que o gnomo de jardim estava segurando, e eu não vou me esquecer disso. Pode até ser uma informação boba só que, nos livros, pequenos detalhes são os mais valiosos.

—Está sentindo alguma coisa? —RTP perguntou, assim que eu fiquei ao seu lado.

Revirei meus olhos logo em seguida, já sabendo do que ele iria falar.

Eu havia dito, há alguns minutos atrás, que o bolo que a mãe do Felix iria nos dar estaria com veneno. Entretanto... Estava com uma aparência tão boa que eu nem mesmo me lembrei disso. Eu peguei um grande pedaço e ainda comi novamente, pois ela havia me oferecido! Sei que isso foi um ato mal educado e minha mãe me daria uma bronca se soubesse disso, mas estava muito bom! Eu não sabia que bolo de cenoura dava tão certo com chocolate. É a melhor combinação que eu já vi na minha vida inteira!!

Então, sem dúvidas, o JJ iria ficar falando sobre isso por um mês inteiro!

Imagina que, se por azar do destino... Eu acabe morrendo? Mesmo que o bolo não tenha nada que pudesse me fazer mal... Seria o karma, eu estava condenado!

—Não diga nada. —pedi, colocando a minha mão em sua frente, fazendo uma barreira com meus sentimentos. Fechei meus olhos como um complemento e neguei com a cabeça.

—Você comeu muito Jimin... Foi perigoso. —cochichou, quebrando todas as minhas atitudes congêneres a um escudo. Ele não tem respeito nenhum comigo? Depois me perguntam o motivo de odiar tanto esse garoto... —Vou falar com a sua mãe, antecipadamente, que, se você passar mal, não será culpa minha. Afinal, se estava com tanto medo, comeu por quê?

"Comeu por quê?" nossa, por que será que eu comi? Porque a moça ofereceu! Eu iria negar? Não! Pois, isso sim é falta de educação.

—Você não vai falar nada com a minha mãe. —contradisse de supetão, ajeitando a caixa que tinha em mãos. —Se falar, eu conto tudo para o seu pai. —pressionei meus lábios, jogando a cabeça levemente para o lado.

—Tudo o quê?

—Não me recordo no momento, mas você vai ficar encrencado. —arregalei levemente os meus pequenos olhos, tentando assustá-lo de alguma forma. 

É claro que não funcionou...

Ele riu, riu muito. Ele se jogou para frente e depois para trás, com uma das suas mãos em sua barriga. Os sons emitidos por suas cordas vocais rodeavam minha cabeça e isso estava me deixando possesso de raiva, de ódio, de rancor, de tristeza, de tudo!

Parece que eu sou patético ao seu lado e eu sou o mais velho!

Seu sorrisinho de coelho ainda iluminava aquela noite escura. Suas mechas vermelhas faziam um ótimo degradê com o céu azul e seus olhos brilhavam como as estrelas. Sua beleza era tão complexa como aquela caixinha de informações. Eu não gostava do JJ, mas ele era muito bonito. Bonito de verdade.

Senti as batidas do meu coração se descompassar e um sorriso miúdo desenhar meu rosto. Eu daria tudo para trocar meu azar por algo melhor que isso. Daria tudo para que eu conhecesse alguém bonito e legal ao mesmo tempo — sem ser o Taehyung — ou, ao menos, alguém feio e carismático.

Eu não queria ter que cruzar meus caminhos com o Jeon Jungkook, não queria mesmo. Seu universo era diferente demais do meu, nada entre nós era compatível. Eu não tinha vontade de conhecê-lo de forma profunda, pois, apenas por vê-lo agora, eu estou convicto que nossos laços nunca fariam um nó forte o bastante para não se soltar.

Eu odeio o JJ, o odeio por ser ele mesmo, o odeio por estar rodeando a minha história mesmo sem ter intenção de ficar.

Ele é o vermelho do caos e eu sou o amarelo da tragédia. Mesmo que sejam sinônimos, nós nunca seremos bons juntos.

De qualquer forma, eu nunca fiz questão disso e nunca farei.

—Você ficou muito sério, assim não tem graça. —o garoto que ateava fogo em meus pensamentos voltou a falar, me dando uma frágil dor de cabeça. Ele me parou, colocando ambas as mãos em meus ombros. —Não vou contar nadinha para a sua mãe, eu juro, Ki.

Como é que é?

—Ki? O que isso significa? —mudei minha expressão rapidamente. Eu estava começando a ficar comovido, mas a cor vermelha tomou toda a extensão do meu rosto, predominando em minha bochecha por pensar demais e ficar envergonhado por isso. Eu sabia disso, pois senti meu nariz arder ao extremo, tal sensação similar ao início de um choro.

Ainda bem que meu subconsciente não disse uma única palavra hoje, senão eu estaria ferrado. Completamente ferrado.

—Não vou contar. —negou minha pergunta em meio a uma nova risada, se afastando de mim novamente. Finalmente saiu da minha frente!

Aposto que significa algo muito ruim! Tão ruim que eu nem queria saber, não mesmo.

—Tem haver com Dragon Ball? —perguntei curioso, sem olhar para quem eu direcionei minha fala. Eu estava concentrado em descobrir o que aquilo poderia significar.

Quer dizer... Eu não quero saber!

Jungkook apenas deu de ombros, ainda com um sorrisinho irritante.

Eu iria descobrir... Mesmo não querendo.

Sei que é apenas um apelido, mas foi tão repentino! E o JJ nunca dá codinomes para ninguém, nem mesmo para os seus melhores amigos, a não ser alguma abreviação do nome. Se for um insulto eu vou ficar com tanta raiva! Chamá-lo de RTP jamais foi um ato de grosseria, ao menos, não para mim.

—Vou contar para o seu pai se for um palavrão. —também dei de ombros, sorrindo sapeca, sabendo que o Sang-in odiava quando o filho usava palavras sujas.

—Você não irá saber mesmo. —cruzou seus braços e fez uma expressão zombeteira, ainda mostrando seus dentes branquinhos.

Qual a melhor solução para tal situação? Criar um novo apelido em que o JJ não saberia o que significava. É o feitiço se virando contra o feiticeiro, são as energias negativas voltando tão rápidas como luz, em uma força absurda que o deixaria desnorteado.

—Será que não, Aka?

Jungkook virou seu rosto levemente para minha direção, lançando-me um olhar confuso e espantado, arregalando seus olhos. Eu sorri genuinamente, com toda a minha felicidade que juntei por tantos anos, demonstrando a minha vitória, a minha... Como posso dizer? Eu sou incrível e, além de vencer na força, venci em palavras também. Ninguém acima do Jimin!

Essa situação pode ser infantil. Mas do que isso importa? Eu fiquei genuinamente bem.

Eu nem sempre preciso do aspirante a Vantheris para resolver conflitos. 

{...}

já disse que eu amo escrever briguinhas bobas, né? pois eu amo demais, amo muito!! qualquer cena eu 'tô: ''ah mas cabe uma briga aqui, com certeza''

enfim, obrigada por lerem até aqui, aguardo vocês no próximo capítulo! :)

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