Capítulo 44 - Uma garrafa de Vodka
Narrador - Mesmo dia
A luz do dia ainda era forte. O sol brilhava por trás das várias nuvens carregadas que deixavam o dia em tons de cinza.
- Tome cuidado, seu louco! - Um homem belo de barba e cabelos brancos gritou para o garoto que passava em frente a sua charrete em movimentos. Esse teve que puxar a corda de seus dois cavalos para que os animais cujos olhos estavam tampados, não machucassem o jovem que, por sua vez, riu enquanto tentava se manter em pé a cada passo que dava.
Momenta era o tipo de lugar que qualquer historiador iria gostar de morar ou pelo menos conhecer. Navios desde os com velas até os mais modernos navegavam da costa ao limite do oceano. Aviões de épocas e os de última geração dividiam os céus junto com helicópteros e zapelins. Em solo não era diferente, os primeiros carros a existir dividiam a rua com Ferraris, Porsches, charretes, cavalos, caminhões e o que mais existisse até então. Era interessante como os prédios e casas de arquitetura gótica, renascentista e moderna se misturavam nas ruas.
E lá estava o garoto, caindo a cada passo e se levantando novamente, com uma garrafa de vodka em uma das mãos e rindo para todos que reclamassem de estar no caminho. Andando mais um pouco, esse encontrou sua casa e se dirigiu aos enormes portões.
- Abram aqui! - Gritou se apoiando com uma mão numa das grades do portão.
O grito, é claro, chamou a atenção do Grão-Duque já que além de estarem gritando em frente a sua casa, quem o perturbava ali nada mais era do que seu próprio filho.
- Alguém o traga para dentro, agora! - O homem gritou para os empregados que o atenderam prontamente.
Uma das regras que mais se era seguida a risca da Aureatus era a de que os filhos daqueles pertencentes as cortes podiam ser declarados ao mundo antes dos vinte anos - É claro, se esse agora maior de idade assim quiser, caso contrário, com que idade bem desejar. Isso sem considerar a familia real, os príncipes e princesas só têm suas identidades reveladas à todos quando o primogênito dos filhos acender ao trono.
Os portões foram abertos fazendo com que o garoto quase caísse ao perder o equilíbrio com o movimento.
Minus apareceram por todos os lados, eram mais de dez. Dois seguravam o garoto pelos braços enquanto esse gritava pedindo que o largassem. Outros se agrupavam envolta para que assim ninguém visse quem era que entrava nos domínios do Grão Duque.
Havia uma empregada já abrindo as grandes portas quando Jun Kyung chegou a entrada acompanhado de seu esquadrão de proteção. Os Minus o colocaram sentado sobre um sofá de três lugares numa das quatro salas da casa.
- Tá tudo girando.. - O garoto disse olhando para o teto onde um lustre tinha se instalado no centro. De repente ele riu. - Quando foi que a gente arranjou um cachorro? - E uniu as sobrancelhas enquanto fechava mais os olhos para tentar enxergar melhor. - E com asas ainda!?!
Nesse exato momento o Grão Duque adentrava na sala descrente do que via. A primeira coisa que fez ao ver seu filho daquele modo foi tirar a garrafa de bebida da mão do garoto e a tacar na lareira que estava acesa.
O fogo subiu por um momento mas logo votou ao seu estado original. O garoto encarou a lareira por um momento como se estivesse se perdendo em pensamentos ali. Logo direcionou seus olhos ao seu pai e com completa reprovação, ele disse:
- Que desperdício.
- "Que desperdício"? Jun, "que desperdício"?! - Repetiu olhando nos olhos do filho. - O que é que diabos há na sua cabeça para você estar fora da escola, bebendo a essa hora do dia, caindo pelas ruas e ainda se mostrando de frente a sua casa?!? Você sabe o perigo que corre por ter ficado diante daqueles portões?
Mas Jun Kyung apenas revirou os olhos para o pai e se jogou para trás no sofá deixando as costas descansarem ali.
- Você não me vire os olhos, garoto! - Estevão disse quase num grito. - E se alguém te viu? E se agora souberem da sua identidade?
Ao ouvir tal pergunta, o mais novo na sala encarou o mais velho e levantou uma sobrancelha.
- Que se dane. - Disse baixo e riu para o nada.
Alguém entrou na sala e caminhou até os dois, era a mãe do garoto.
- Dá pra sentir o cheiro do álcool do outro lado da casa. - Disse se pondo ao lado do marido. - Por que você é que você bebeu tanto?
- Ah, oi mãe! - Disse finalmente reparando na presença da mulher. Jun Kyung a surpreendeu logo em seguida quando se pos na beirada do sofá e a abraçou pela cintura.- Ah, mãe.. - começou a choramingar. - A vida é uma merda.. estamos todos ferrados.
Jun Hee trocou um olhar assustado com Estevão que nada disse, pois apenas conseguia olhar para o filho e se perguntar o que houve para que o mais novo estivesse daquele jeito.
- Estevão.. - A mulher sussurrou. - Eu acho.. que ele teve a visão..
Foi então que os fatos fizeram sentido e Estevão entendeu tudo.
- Jun.. - o pai abaixou e chamou o filho que ainda abraçava a mãe com os olhos fechados. - Isso é verdade? Você teve a visão?
Jun abriu os olhos ao fim da última pergunta. Em silêncio, ele apenas encarou o pai nos olhos como sempre fazia quando era pequeno e algo estava errado. De repende, o mais novo apenas chora, sem barulho, sussurros ou gritos. Apenas lágrimas deixam seus pequenos olhos e essas são tudo o que se precisa para que seus pais entendam o que se passa.
Jun Hee suspirou com medo do que poderia vir. Ela afagou a cabeça do filho na esperança de consola lo temporariamente assim como o pai que o afagou com a mão em suas costas.
- Vai ficar tudo bem, meu filho. - Disse Estevão baixinho. - Seja lá o que viu, o futuro pode mudar.
Jun desviou os olhos dos seus e encarou o chão por um momento, se levantou e disse baixo sem encarar os pais:
- Eu vou para a cama. Não me perturbem.
E deu um passo para frente quase caindo logo em seguida com a perda de equilíbrio. Seu pai o ajudou na última hora logo a seguir colocando um dos braços do garoto ao redor de seu pescoço e o ajudando a caminhar.
O quarto de Jun estava completamente arrumado, era ele mesmo quem o arrumava quando aparecia por ali e odiava quando alguém tocava em suas coisas. O pai o pos sentado na cama e ele se jogou para trás deitando ali. Em silêncio, ele desabou. As lágrimas caíam e caíam. O pai nada sabia o que dizer ou o que fazer para ajudá lo naquele momento
Estevão caminhou de um lado para o outro no quarto, acendeu a lareira, caminhou até cada uma das janelas de vidro escuro e fechou as cortinas de cada. Um dirigível passava por ali perto nesse momento, a chuva começava a cair e luzes piscavam entre as nuvens. Choveria muito pelo resto daquele dia.
- Você precisa de algo? - Estevão lhe perguntou baixo.
Jun apenas encarava o teto e deixava se render pelas visões em sua mente.
- Se quiser me trazer um Whisky, eu agradeço. - Sussurrou.
- O que viu para que o deixasse.. assim? - E apontou para o filho. Estevão não sabia como lidar com aquela situação. Ver seu único filho daquele modo o deixava perdido, agoniado por não poder fazer nada.
- Pai. - chamou finalmente encarando o mais velho. - O que a gente faz quando parece que não tem como mudar o futuro? O que fazer quando parece que não há outra saída?
Estevão nada disse de imediato. Ao escutar aquela pergunta, ele apenas pensou e pensou. Tinha que ser sábio em sua resposta. Ele esfregou os lábios um no outro, olhou para cima e então para o filho.
- Se não houver uma saída, crie uma. - Disse por fim.
- Fala como se fosse fácil. - O filho disse baixinho.
- E qual seria a graça se fosse fácil? - Estevão deu um meio sorriso. - Descanse um pouco, vou ligar para a escola avisando sobre sua ausência por alguns dias. - E então caminhou até a porta. - E Jun, não se preocupe, o futuro ainda não aconteceu. Nós temos tempo para pensar em algo.
A porta foi fechada.
Jun olhou para o teto e secou o rosto molhado.
- Tempo. - Sussurrou para si mesmo.
-----------------
NADICA DE NADA REVISADO
Eis me aqui, amores. Tava morrendo com mil trabalhos e agora semana de provas mesmo.. faltam só mais duas provas de sexta e dois trabalhos pra apresentar e aí começa a correria para as notas finais de provas e trabalhos de novembro. Se der tudo certo, dezembro e Janeiro tamo aí com esse terminado e outro em andamento. Esse aqui tá acabando. Dei uma organizada nos cap. Faltam de quinze a vinte pra ficar bem explicadinho o q falta nesse e começar o próximo.
Não me matem. Meu cel tá com problemas e eu escrevo por ele então agora terei q ver se faço no pc (sendo q não sou acostumada com o teclado de pc) mas de boas. A gente dá um jeito.
Eu to com uns probleminhas de saúde (mano, não pensem q eu to com algo seeerio, calma) e eu tive q fazer uns exames pra ver como resolve. To tomando uns remédios e tudo tá controlado, nada de estado alarmante. Meu psicológico tbm não tá lá essas coisas nos últimos meses e nesse último.. bem, é tipo rir de algo besta, olhar para o lado e começar a chorar descontroladamente.. tá foda. O pior é que um monte de coisa ruim vem na mente nesses momentos e a gente desaba. Aí cinco min depois eu to lá rindo de novo. Essa parte tem sido a pior mesmo. Mas volto a repetir, logo terminarei o livro, promise. Eu to gostando muito de escrever e não pretendo parar. Farei mais dois formando uma trilogia, mas caso eu ache q vá ser cansativo, deixo só mais um livro tendo esse um tanto legal de capítulos pra não deixar nada terminar apressado, ok?
Desculpem o sumiço
Bạn đang đọc truyện trên: AzTruyen.Top