Capítulo 11 - Henry
London Narrando
Eu seguia Henry o tempo todo ficando de dois a três passos atrás e sempre olhando os arredores.
Para minha surpresa, de repente ele para, se vira e me encara.
- Pode me dizer o porquê de você não estar caminhando ao meu lado? - Perguntou.
- Ah.. Eu gosto de andar mais para trás.. - Sussurrei meio que desviando os olhos dos dele às vezes.
- Não vai me dizer que você é do tipo de garota que gosta de ficar olhando a bunda dos garotos enquanto andam..
Eu o encarei surpresa com suas palavras.
- Não! Não. - Neguei rapidamente.
Henry riu.
- Se você diz.. - E deu de ombros se virando e voltando a caminhar.
Ficamos em silêncio por alguns minutos apenas nessa de andar até deixarmos a praça estranha.
- Diga me, London.. - Ele começou de repente enquanto me encarava pelo canto dos olhos. - Como é Londres?
Levantei uma sobrancelha. Aquela pergunta tinha sido fundada apenas na intenção de puxar assunto ou ele realmente queria saber sobre Londres?
- Nada demais..
- Sério? - Henry pareceu não acreditar. Até se virou para mim por um momento e continuou caminhando de costas.
Dei de ombros.
- Temos o Big Bang fazendo o que faz de melhor.. Bang. Bang. Bang. - Falei terminando pausadamente.
Henry sorriu e se pos ao meu lado para continuar a caminhada.
- Temos a Tower Bridge que os estrangeiros também gostam..
- O que é Tower Bridge ? - Perguntou parecendo curioso.
- Isso é sério? - Perguntei descrente.
- Sim, claro. - Respondeu seriamente.
Fiquei em silêncio por um momento.
- De onde você veio não falavam muito sobre Londres, não é? - Perguntei curiosa.
Henry me encarou por um momento e depois fixou seus olhos em algum lugar a sua frente.
- É que diferente da grande maioria de nós, eu não fui criado no mundo humano.. então eu meio que não sei tanto sobre ele como você ou o Jun..
Minha boca se abriu e um "ah" saiu dali. Ficamos alguns segundos em silêncio antes que eu continuasse o assunto para que não começasse a ficar um clima desconfortável.
- Bem, a Tower Bridge é uma ponte-báscula construída sobre um rio chamado Tâmisa.. É muito bonita.. - Sussurrei.
- Achei interessante. - Disse me encarando. - Talvez possa me mostrar um dia.. tenho vontade de conhecer aquele mundo..
- Só marcar uma data. - Falei dando um meio sorriso.
- Olha que eu marco, em?! - Avisou.
Eu ri.
~*~
Sabe aquele som estridente de talheres para todo o lado ? Era esse som que eu ouvia enquanto encarava um cardápio enorme cujas comidas admito serem.. é.. eu não tinha trazido tanto para comer e beber, e olha que eu havia trazido bastante.
- Não estou mais com fome. - Falei fechando o cardápio e o pondo sobre a mesa.
- Como assim? - Perguntou baixo olhando para seu cardápio.
- Eu não trouxe dinheiro o suficiente. - Falei sendo direta.
- Não se preocupe com dinheiro. - Ele disse.
- Como não? - Perguntei sem entender nada.
Henry fechou seu cardápio, encarou me com seus olhos castanhos dourados e então levantou o braço com a palma da mão aberta.
O encarei com uma sobrancelha erguida.
Um garçom se aproximou e se pos em frente a nossa mesa.
- Senhor Henry. - E encarou a meu novo amigo.
- Eu não estou com dinheiro, posso deixar na conta de meu pai, não? - Henry lhe perguntou.
- É claro, senhor.
- Ótimo. - Disse por fim e então me perguntando logo em seguida: - O que vai querer?
Fiquei sem o que saber dizer e dei de ombros.
- O de sempre por favor para os dois. - Henry disse ao garçom então.
Com isso, o garçom se retirou depois de pegar os cardápios.
- O que é "o de sempre"? - Perguntei.
- Alguma carne bem temperada mal passada e uma salada. Tudo bem para você?
Assenti com a cabeça.
- Já aviso que te pago assim que te ver amanhã. - Falei me pondo para trás e encostando as costas na cadeira.
- Não. - Ele disse cutucando uma das rosas negras que estavam esposta em um vaso transparente com água ao centro da mesa.
Ri com deboche.
- Sim. - Falei.
- Não.
- Sim.
- Não e não. - Disse também encostando suas costas em sua cadeira.
- Sim e sim. - Falei cruzando os braços.
Henry pousou seus olhos em mim e perguntou com um meio sorriso no rosto:
- Você não sabe lidar com derrotas, não é?
Imediatamente eu inclinei meu corpo para frente, pousei minhas mãos na mesa e o fitei com os olhos semisserrados.
- Não, porque eu não perco.
Henry arqueou uma de suas sobrancelhas.
- Para tudo se tem uma primeira vez. - Sussurrou.
Abri a boca para protestar, não ia deixar ele ganhar tão fácil assim, mas Jun e os outros chegaram na hora e me fizeram recuar encostando as costas na cadeira novamente.
Tínhamos escolhido uma mesa grande para seis então cada um se pos em seu lugar e uma nova conversa se iniciou.
- Está tudo bem, London? - Jun perguntou me.
Assenti com a cabeça e com isso algo me veio a mente.
- Mas por que é que Henry veio me encontrar em vez de ti, afinal?
Jun e Henry trocaram um rápido olhar, provavelmente decidindo quem me responderia.
- Jun avisou onde você estava e como eu me encontrava mais perto, decidi vir logo antes que algo pudesse te acontecer.. aquele lado da cidade não tem uma boa fama em relação aos acontecimentos passados.. - Henry respondeu.
Minhas sobrancelhas se arquearam, fiquei surpresa com suas palavras por um momento mas logo assenti com a cabeça.
Lyra chamou o garçom e lhe pediu o mesmo que nós para os quatro.
- Mas e vocês? - Perguntei passando os olhos por todos à mesa. - Aonde foram parar?
- Eu estava nos fundos no momento da confusão toda por isso quando notei, já não havia quase ninguém lá dentro.. - Carl respondeu me.
- Eu estava com o Henry. - Lyra respondeu - Só nos separamos depois para te procurar ..
- Já eu estava no andar de cima com umas "amigas" - Disse Christian fazendo um sinal de aspas ao pronunciar a última palavra.
Sorri de canto junto com Lyra enquanto os meninos brincavam com Christian sobre o fato.
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Os que já me acompanham desde outras obras sabem que eu não tenho o costume de postar mais de um cap de cada vez, mas como eu to com alguns prontos, então dessa vez tudo bem.
Obrigada por já estarem comentando pra eu ter uma ideia do que estão achando ❤
Bjss
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