Capítulo 32 - A Tempestade Começou
Narrador
— Por mais que pareça estranho, eu meio que não me surpreendo por dizer isso. — Henry admitiu se jogando no sofá. — Ele não vai com a cara dos luminianos.
London suspirou ao ouvir aquilo.
— Assim como tem luminianos que não vão com a cara dele... — Ela disse ao lembrar de Aurora. — Você precisa controlar o seu irmão, ou logo as coisas irão sair do controle. Eu nem sei ainda como ninguém em Lúminas parece ter surtado com o incidente na festa...
— É porque você deu um show exibindo seu poder. — Henry disse calmamente.
— Pode ser. — Ela disse dando de ombros pouco se importando com o que ouviu por último. Logo se sentou nas pernas do noivo e lhe rodeou o pescoço com seus braços, fazendo o mesmo fixar os olhos nos seus.— Mas por agora, vamos tentar pensar apenas em nós...
Henry gostou do que ouviu, levou como uma deixa para aproximar seu rosto do de London e beija-la. O beijo era luxurioso, não era apressado, mas estava longe de ser aquela lentidão que levava a algo terno, estava mais para mordidas em ambos os lábios inferiores, em línguas serpenteando-se enquanto as mãos descobriam a imensidão dos corpos.
London esfregou os lábios um no outro quando se separaram o suficiente para respirar. Ela viu o sorriso cheio de segundas intenções do ruivo disfarçado.
— Devíamos ter mais momentos assim, não acha? — Henry perguntou baixinho.
— Ah, é. No seu castelo que tem o seu irmão, ou no meu que tem a Aurora? — Ela perguntou rindo ao lembrá-lo dos poréns.
Henry suspirou.
— Isso só faz com que eu queira casar logo. Não dá nem pra gente namorar em paz...
London riu da careta que ele fez.
— Reflexo do peso de nossos reinos que carregamos nas costas, não? — O lembrou antes de deixar um beijo rápido nos lábios alheios para então brincar com a borda da blusa do garoto antes de colocar a mão dentro da mesma e então passear pelo peito do outro. — Vamos tentar não pensar nisso... Estou com a mente focada em outra coisa no momento...
Henry estava adorando a ousadia daquela sentada em seu colo. Como resposta, deixou a mão descer pelo quadril da garota e parar na barra do vestido, se infiltrando ali também pela lateral externa da coxa alheia.
London passou a língua sobre o lábio, tendo o movimento acompanhando por aquele que a olhava fixamente. Ela sabia provocá-lo e estava gostando do que sentia acordar embaixo de suas coxas.
Sua boca desviou daquela bem próxima a sua e foi para uma das laterais do rosto alheio.
— É impressão minha ou tem alguém ficando alegre aqui? — Perguntou baixinho, num sussurro malicioso.
— London... — O tom de Henry foi de repreensão, mas ele não saiu muito firme ao perceber a mão da bela mulher em seu colo descendo por seu tronco e parando logo ao pé da barriga.
— Hm? — Perguntou como se não soubesse o porquê do outro a chamar daquele modo.
Se London queria se fingir de sonsa enquanto atiçava Henry, então ele faria o mesmo. Deixou sua mão passear pelo interior do vestido alheio, chegando até uma das bandas do traseiro que apertou devagar arrancando um gemido baixinho da luminiana.
— Hm? — Ele brincou de volta mantendo os olhos castanhos nos azuis a sua frente.
— Vai se ferrar, Henry. — London disse saindo do seu colo por um momento o deixando com um ponto de interrogação que sumiu logo em seguida, quando a mesma voltou a se sentar sobre suas pernas, mas agora de frente para ele, com uma perna de cada lado, o que faz o vestido grudado a apertar mais.
Henry só teve tempo de sorrir antes de ser beijado, agora por uma London faminta por si.
Ela puxou a barra da blusa dele para cima, assim deixando o tronco alheio nu. Ele desceu as alças do vestido dela e começou a plantar beijos em um dos ombros até o pescoço da mesma.
— Tira isso logo. — Ela pediu o fazendo erguer os braços para então tirar a blusa de vez.
Os dois sorriram um para o outro e voltaram aos beijos. Henry começou a descer a cabeça enquanto trilhava o pescoço alheio e então o colo ali, logo o começo do vale dos seios de London chegou e ele a tocou por cima de um, prendendo a mão no decote do vestido.
O olhar do homem tocou o dela, e London viu ali a intensidade. Henry a desejava, ali mesmo, naquele momento.
— Você quer isso? — Ele perguntou mantendo o contato visual enquanto a outra mão já estava ali no interno da coxa dela quase a tocando intimamente.
London apenas assentiu. Os dois estavam desejosos um pelo outro, estavam prontos para darem aquele passo, ainda mais na altura que estavam no relacionamento. Estavam noivos e mal tiveram tempo de namorar de verdade, e aquele momento era perfeito. Era.
— Vocês estão demorando muito! — Aurora gritou do outro lado da porta.
Os dois suspiraram. London revirou os olhos.
— Sempre, sempre é ela pra encher o saco quanto a qualquer coisa que eu esteja fazendo... — A luminiana disse fazendo o outro ali rir baixinho.
London se colocou de pé e começou a arrumar o vestido no corpo enquanto Henry passava os olhos sob a mesma uma última vez daquele modo intenso.
— Seus olhos estão quase pegando fogo, querido. — London disse rindo enquanto pegava a blusa do outro e jogando nele logo a seguir.
Henry sorriu mordendo o lábio.
— Tem outra coisa pegando fogo aqui também. — Disse baixinho enquanto colocava a peça de roupa de mal vontade.
O olhar da luminiana desceu até q junção das pernas alheias e o que viu ali a fez rir.
— London! — Aurora chamou.
— Já vai! — A garota disse revirando os olhos novamente.
Henry se pôs de pé e puxou London para mais um beijo.
— Nós continuaremos isso em breve. — Ela disse baixinho.
Ele a tocou na face e acariciou a região com o polegar.
— Não sabe a alegria que estou por termos decidido nos casar... — Henry disse num sussurro doce.
Tais palavras aqueceram o coração daquela que as ouviu. London desceu o olhar para a mão do belo homem e a beijou com ternura.
— Eu estou feliz. Muito feliz. — Disse em mesmo tom.
Silêncio tomou conta do lugar, os dois olharam um para o outro, e ali, sem dizer mais nada, disseram tudo o que sentiam: carinho, felicidade, paixão.
— Vamos. — Henry disse por fim. — Antes que sua protetora arrombe a porta.
A luminiana riu com o comentário. Um pegou a mão do outro, e então foram em direção a saída do local.
🌙🌙🌙
Em meio a obscuridade da noite, uma sombra percorreu as paredes do castelo sem nem ser percebida pelos guardas aos montes aqui e ali estando de vigia.
A sombra correu e correu por mais paredes até finalmente entrar por um janela fechada e seguir pela parede interna até o centro do espaço repleto de livros.
A sombra começou a tomar formas humanas e assim deixar o chão. Logo o breu se tornou colorido e o rei de Lumbras estava de pé com sua melhor amiga nos braços. Gentilmente, Henry colocou Lyra no chão e ela ajeitou o cabelo solto.
— Cara, sair por aí em "forma de sombra" é muito estranho. — Ela disse desmanchando a magia que tinha em seus cabelos ao chacoalhar os fios com a mão. Logo o vermelho apareceu.
— Eu que o diga. — Henry estava sorrindo enquanto passava a mão nos próprios cabelos os fazendo voltar a cor natural. — Eu ainda não me acostumei a usar meus poderes ainda, então é bem estranho pra mim também. — Admitiu. Logo a seriedade tomou seu rosto.
— O que foi? — Lyra perguntou estranhando a mudança súbita de humor alheio.
— Sua irmã. Ele está em Lúminas, no palácio real. — Disse para a melhor amiga.
Um momento de silêncio enquanto Lyra pensava.
— Ela está bem?
— Pelo o que entendo, sim. Só quer ficar longe de...
— Louis. — A morena completou. — Não sei de muita coisa, mas sei que ele anda aprontando, e sei sobre o vestígio que Miranda possui. — Informou.
— Foi realmente ele o responsável pelo incidente da noite passada. — Henry informou. — E junto de Lúcius.
Lyra riu ao ser tomada pela incredulidade com o que ouviu.
— Eu não entendo, ele não percebe que pode acabar prejudicando todos nós com esse ressentimento ou sei lá o quê pelos luminianos?
— Não, com certeza não percebe. — Henry sussurrou depois de bufar com o questionamento alheio.
— O que vai fazer quanto a ele? — Mas ela não obteve uma resposta, e isso acabou por fazê-la por as mãos na cintura. — Sabe que se deixar ele livre assim, vai acontecer alguma merda de vez uma hora dessas, não sabe?
— Sei. — Ele respondeu fechando os olhos por um momento enquanto tentava manter a calma.
— E o que vai fazer? — Lyra perguntou apreensiva.
— Chame Celcio. Diga para ele ir até o salão real, onde estarei esperando-o em meu trono. Depois chame Louis e avise que estou no mesmo lugar. Quero ver o nosso irmão admitir na frente do nosso Senhor do Tempo o que ele fez antes que eu o faça.
Lyra assentiu e se retirou as pressas.
Henry passou a mão pelos cabelos ruivos e se prontificou a voltar para sua forma de sombra e então correr pelas paredes dos corredores do castelo.
Certamente o trono e ele pareciam ser feitos um para o outro, pois quando o lumbriano se sentou na enorme cadeira que parecia mais uma poltrona toda feita em ouro branco com pedras brilhantes negras decorando os braços robustos e o alto do assento, acabou por sentir todo o corpo e a mente tomando uma nova postura, até mesmo o olhar mudou. Agora Henry era o rei, e estava prestes a tomar uma decisão muito difícil e importante naquele momento.
— Mandou me chamar, majestade? — Celcio perguntou ao entrar no salão e se curvar para Henry ainda ao longe.
— Sim. Aproxime-se. — Henry lhe ordenou calmamente. O homem de cabelos brancos se endireitou e se aproximou. — Preciso que se concentre veja algo para mim, algo muito importante.
— Precisa de uma prova, certo? — O homem perguntou. — Aqui. — E tirou a pérola do bolso do traje formal típico de um conselheiro.
Henry sorriu de canto enquanto se inclinava para pegar o objeto.
— Adiantado como sempre em saber dos desejos de sua majestade... — O lumbriano disse se lembrando da servidão do Senhor ali para com seu pai.
Celcio esboçou um sorriso.
— Apenas procuro sempre ser útil, meu rei.
— Gosto assim. — Henry deixou as costas tocarem no assento e a língua passar sobre o lábio inferior enquanto pensava com a esfera em uma mão. — Não fale para ninguém o que viu aqui. — Disse se referindo a pérola. — E nem ao que ouvirá quando Louis entrar aqui.
O homem assentiu mais uma vez.
— Tem certeza de que devo estar aqui, majestade? Acredito que seja algo muito pessoal entre ti e teu irmão.
— Preciso de uma testemunha. — Henry disse olhando para a esfera mais uma vez.
O som alto das portas se abrindo fez os olhares de ambos ali no salão se direcionarem a Lyra que entrava apressadamente.
— Hen... Majestade. — Ela se corrigiu rapidamente ao ver Celcio ali.
— O que foi, Lyra? — O ruivo perguntou estranhando o semblante atônito da mulher.
— Seu irmão, o príncipe Louis... Eu não o acho em lugar algum.
— O quê?
— Ninguém o viu nas últimas duas horas... — Ela informou.
Ao ouvir tais palavras, o rei se obrigou a encarar Celcio que o encarou de volta.
— Onde? — Foi tudo o que o rei precisou perguntar.
O homem desviou o olhar de si e encarou um ponto morto no espaço.
— Está muito escuro. — Disse enquanto tinha uma visão do príncipe lumbriano. — Mas eu escuto uma voz ao lado. "Tem certeza?", "Sim, está na hora."
— Na hora de quê? — Lyra perguntou preocupada.
Celcio encarou a morena.
— Eu não sei. Não vejo nem ouço mais nada. — Respondeu.
— Revoltosos? — Lyra perguntou agora para Henry.
— Pode ser. — O ruivo disse se levantando e a encarando. — Ele deve estar em alguma floresta dentro destas terras. Mande uma tropa atrás dele. Não deixe que ninguém saiba sobre seu desaparecimento.
Lyra assentiu e se retirou às pressas.
— Temos que achá-lo antes que isso se espalhe... — Henry disse suspirando logo a seguir.
— Vossa majestade deve se preparar para o que pode vir. — O momenta disse ganhando a atenção do rei mais uma vez.
— O que quer dizer com isso? Viu algo mais?
— O senhor sabe que o futuro que um Senhor do Tempo vê é sempre incerto. — Celcio o lembrou enquanto colocava as mãos para trás.
— Diga, apenas diga. — Henry disse firme.
Os dois homens ali se encararam por um momento.
— Eu vejo escuridão, medo, choro. Eu vejo morte.
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Depois de amanhã trago o próximo capítulo. Sumi? Sim. Arrumei os fatos e sei como terminar agora sem parecer corrido? Sim, tbm. Amém. Creio q vou fechar tudo certinho, mas to conferindo a história pra ver se não deixei faltar algo nas minhas anotações.
Esse capítulo foi breve comparado ao tamanho dos mais recentes, mas foi o que achei necessário por nesse em si.
Os tempos difíceis começaram. Se preparem.
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