Capítulo 31 - Determinados
Narrador
— Tem certeza de que posso ficar aqui? — Miranda perguntou-lhe se sentando no sofá mais uma vez. — Acho que seria melhor eu ver alguma hospedaria aqui por perto...
— Precisa de um lugar para ficar enquanto espairece a mente e ainda decide o que fazer quanto a Louis, já que, pelo que parece, a relação entre vocês é muito íntima.
— Nós meio que namoramos. — A mais nova esclareceu. — O que me deixa mais triste ainda, saber que ele me esconde coisas... — Miranda encarou o chão. — Para quê fazer isso? Por quê querer o mau de outro reino? O passado já não ensinou muito? — Ela suspirou.
London esfregou os lábios um no outro, estava inquieta devido as palavras da mais nova. Sem sequer pensar, ela se levantou, se sentou no mesmo sofá que Miranda bem ao seu lado, e pegou suas mãos atraindo a atenção da mesma pra si.
— Algumas pessoas precisam de mais tempo para entender as lições que a vida nos dá. Logo ele entenderá que deixar o passado no passo é a melhor coisa a se fazer.
— Eu não consigo colocar fé em suas palavras. — Miranda admitiu em tom de lamentação. — Ele é teimoso demais, pode até mesmo prejudicar o reinado do irmão com a obsessão que vem criando por Lúminas.
— Ele não vai. Não vou deixar que interfiram no reinado de meu noivo. Ele fez a promessa de fazer tudo pelo seu reino, uma promessa de vida, e eu vou ajudá-lo a cumpri-la, assim como farei a mesma promessa quanto ao meu reino quando eu ascender em alguns dias. Nós lutaremos contra qualquer um que queira prejudicar ambos os reinos, tem a minha palavra.
Miranda assentiu em silêncio. Ela via claramente a determinação nos olhos da mais velha.
— E quanto a ficar aqui, não se preocupe. Lembre que tem a Lei da Segunda Casa ao seu lado. — London a lembrou. — Fora que na minha casa, qualquer um com boas intenções é bem-vindo.
A Lei da Segunda Casa era clara, ela dizia que quando se tinha uma segunda cor no cabelo, evidenciando que o sangue de um indivíduo era composto por mais de um dos reinos, além de seu próprio reino, ele sempre teria as portas abertas daquele com o qual nascera com o chamado Vestígio. Logo fazia parte dos dois reinos, o que era o caso de Miranda com Lumbras e Lúminas, e London com Lúminas e Momenta devido a única mecha esbranquiçada que cada vez ganhava mais cor na frente de seu cabelo, cor que herdara de sua mãe, uma momenta.
Um quarto para Miranda foi providenciado rapidamente, assim como roupas e o que mais fosse preciso para a estadia da convidada ali.
London rapidamente mandou uma mensagem para Henry pedindo para que se encontrassem em algum lugar.
— Parece inquieta. — Disse alguém tocando no ombro de London e fazendo a mesma quase pular no lugar com o susto que levou.
Ela se virou e viu Aurora parada diante de si.
— Estou me prontificando contra qualquer coisa que possa vir acontecer num futuro próximo. — Esclareceu.
— Está com medo de que o menino faça algo que prejudique sua relação com o rei de Lumbras, não é? — Aurora só estava sondando, ela precisava descobrir quais os pensamentos de London quanto a suas intenções em relação ao próprio futuro, e assim, consequentemente ao futuro do reino de Lúminas.
— Uma pessoa contra um reino não é nada, mesmo ela sendo o segundo na linhagem da coroa do reino oposto ao nosso. — London lhe lembrou. — O problema é que ele não está sozinho. Não sabemos as intenções de Lúcius ao certo quanto a Lúminas, muito menos a questão dos rebeldes lumbrianos. Precisamos saber o número de rebeldes, suas armas contra nós... Qualquer coisa.
Aurora assentiu com a cabeça.
— Eu vou tentar descobrir algo. — Avisou.
— Não é preciso. — London foi rápida em contradizer. — Darei um jeito de me encontrar com Henry ainda hoje. Eu o deixarei a par de tudo o que Miranda me contou.
Aurora não gostou do que ouviu. Ela ia falar algo, mas um guarda passou pelo corredor do térreo que estavam e fez uma rápida reverência a London. Logo ela continuou a conversa.
— E se ele estiver com o irmão? — Aurora supôs. — Vocês se conhecem há apenas meses, ele pode estar te usando.
London teve que manter toda a calma que tinha para não aumentar o tom por ter ouvido tais asneiras.
— Aurora, entenda, Henry e eu vamos nos casar e por um fim a essa situação. Sei que é tudo muito precipitado, mas eu confio nele e você também deve.
— Eu não sei se consigo. — As palavras da mais velha saíram quase num sussurro cheio de lamentação.
— Terá que confiar, afinal, ele também será seu rei quando eu disser "aceito", assim governar ao meu lado como um igual ambos os reinos. — London disse por fim se virando e caminhando para longe logo a seguir.
Aurora ficou ali parada por alguns segundos enquanto pensamentos enchiam sua mente. Aurora era cabeça dura, ela não odiava Lumbras, mas tinha medo, medo pelo reino no qual fazia parte, tanto medo pelo passado se repetir que faria o seu máximo para proteger todos, incluindo London.
O príncipe mais novo já era considerado uma forte ameaça a Aurora, e ela tinha desconfianças pelo rei de Lumbras já que era irmão desse. Ela não faria nada que pudesse prejudicar London, mas ficaria de olho em qualquer mínimo detalhe que encontrasse no conflito que estava sendo criado entre os dois reinos. Quanto a Henry, ela o analisaria mais fundo, veria com seus próprios olhos se ele era confiável, o que era o certo de todo o guardião real fazer quanto a aqueles em volta de seu protegido.
-*-
Louis acordou e estranhou a ausência do corpo que estava ao seu lado quando fora dormir. Tomou seu banho matinal, se arrumou como um príncipe deve se arrumar e desceu para tomar seu café junto a Henry e Lyra.
— Alguém viu a Miranda? — O mais novo perguntou se sentando junto aos dois na grande mesa.
Henry e Lyra negaram com a cabeça. Ambos estavam devorando suas comidas.
— Já viu os jornais de hoje? — Lyra perguntou ao melhor amigo logo depois de engolir um pedaço de pão salgado recheado com uns três queijos que tinha posto ali.
— Não, por quê? — Henry perguntou curioso.
Lyra tirou o celular do bolso, clicou umas duas ou três vezes ali e mostrou para ele a tela do aparelho.
— Estão elogiando o poder da sua noiva. — Ela disse com satisfação e com um canto dos lábios erguido.
Henry inclinou a cabeça um pouco mais para frente afim de ler direito uma parte do print de uma reportagem do jornal daquela manhã. Ele sorriu logo em seguida.
— Gosto assim. — Ele disse pegando uma taça de prata com suco natural de uva e tomando um gole logo em seguida. — Nem assumiu o trono ainda e já está mostrando pra todo mundo que não é qualquer um que pode mexer com Lúminas. — Havia orgulho em sua voz. — Quero ver algum idiota tentar fazer algo quando essa daí se tornar rainha.
Lyra riu do modo como o outro falou de London.
— Não estou vendo nada demais aí. — Louis disse desviando seu olhar para uma cesta com frutas, no qual pegou uma pêra e deu-lhe uma bela mordida. — Ela só defendeu o castelo da criatura que soltaram lá. E o bicho nem era tão forte assim...
Henry encarou o irmão, sua expressão já tinha mudado de animada para algo sério.
— E falando em bicho, eu quero muito saber quem foi o filho da mãe que colocou aquela coisa lá. — Disse encarando Louis. — Tivemos sorte que ninguém veio apontar nada contra nós, ao menos ainda. Mas se eu descobrir quem foi que soltou uma criatura das minhas terras lá, eu juro que o farei pagar por afrontar minha futura rainha. — Henry tinha tanta convicção em suas palavras enquanto encarava o mais novo tentando intimida-lo que foi difícil Louis manter a pose plena no qual se encontrava.
— Você está certíssimo, irmão. — O mais novo teve a coragem de concordar. — Pode ter certeza de que eu o ajudarei a quem quer que for que se atreveu a tentar criar confusão entre os dois reinos ontem.
Lyra também tinha os olhos em Louis enquanto o mais novo falava, ela se perguntava se Henry também desconfiava do irmão tanto quanto ela. Ela já tinha falado por cima com Henry sobre o aviso que sua irmã tinha lhe dado quanto a Louis. Claramente Louis tinha algo contra o reino da luz, mas eles não entendiam o quanto o sentimento ruim pesava na mente do mais novo, não imaginavam até onde ele podia ir com aquilo.
— Mas então é isso, realmente vai casar com a princesa luminiana!? — Louis meio que pediu uma confirmação enquanto tentava lidar com as intenções do irmão, não que ele concordasse com o mesmo.
— Viu o anel no dedo dela ontem, não é?
— O anel da mamãe. — A voz de Louis saiu quase num rosnado. — O anel que o pai deu a ela quando a pediu em casamento.
— Esse mesmo. — O mais velho disse ignorando o tom de voz afiado do mais novo. — E ficou muito bem com a London, não é? — Henry estava adorando provocar o irmão.
— Aliás, ela estava muito bela ontem. — Lyra disse se lembrando da amiga. — Eu amei o vestido.
— Sou obrigado a concordar. — Disse Henry tomando mais de seu suco. — Estava mais bela do que o normal.
— Fala como um típico homem apaixonado. — Lyra disse sorrindo, estava feliz pelo casal.
Henry sorriu de volta.
— É uma ótima definição para como eu me encontro. — Disse o mais velho.
Louis revirou os olhos inevitavelmente. Ele odiava aquele papo meloso, ainda mais por estarem falando de quem menos ele queria saber logo no café da manhã.
— Se me dão licença... — Ele disse se levantando. — Eu tenho coisas para fazer. — "Tipo qualquer coisa que não seja falar do que vocês estão falando", acrescentou em seus pensamentos.
— Fique a vontade. — Henry disse com toda sua serenidade.
— Acha que tem dedo dele no que houve ontem, não é? — Lyra perguntou para Henry quando ficaram só os dois ali no cômodo. Sua voz assumindo um tom cuidadoso ao falar do assunto.
Henry concordou com a cabeça também ficando sério.
— Quem diabos ia conseguir arranjar uma criatura que pertence a nossas terras? Ainda mais uma das que foram colocadas em lugar de observação devido ao alto risco de ferir alguém que não fosse lumbriano... — Henry riu sem humor algum. — Certeza que ele ainda teve ajuda.
— Desconfia dos rebeldes, não é? — Lyra adivinhou.
— Podem ser um número maior do que imaginamos. — Disse temeroso.
— Sempre gostou que eu lhe aconselhasse, Henry, então eu farei isso agora. — Lyra disse enquanto passava o dedo indicador na circunferência da taça a sua frente. — Case-se com London logo, o mais rápido possível. Sei que ainda estão formando a ligação de vocês, o amor está em fase de crescimento, assim como a confiança e tudo mais, porém isso já está virando questão de evitar uma guerra.
— Sim. — Ele concordou também pensativo. — Casar-me com ela é a melhor coisa a fazer para evitar que uma merda aconteça novamente.
— Sabe que se uma guerra entre Lúminas e Lumbras começar agora, os outros reinos também escolherão os seus lados, não sabe? Ou seja, Aureatus inteira entrará em guerra.
Henry respirou pesadamente.
— Estamos falando de milhões de famílias tendo que deixar seus filhos nas terras afastadas para poder lutar. De muitas mulheres que irão para a luta com seus parceiros lutarem e assim aumentar o risco de natalidade diminuir consideravelmente.
— Consideravelmente é pouco, está mais para absurdamente. — Lyra foi clara em colocar a verdade diante dele.
No mundo de Aureatus, como as lutas eram feitas com os poderes como principais armas, a força física era algo muito pouco considerável, o que possibilitava uma mulher lutar ao lado de um homem ou contra um como uma igual. E se uma guerra realmente acontecesse, o que nunca foi o caso em toda a história de Aureatus, acabaria por resultar em crianças aos montes afastadas de seus pais com pouquíssimos adultos cuidando das mesmas, consequentemente havendo regressão na educação dessas entre outras coisas de grande importância para a formação de um indivíduo e para o mesmo com as terras no qual fazia parte.
— Vai dar muita merda. — Henry concluiu acabando com o silêncio que se instalou sobre os dois enquanto pensavam ali. — Preciso conversar com a London. Temos que adiantar esse casamento o mais rápido possível.
-*-
O dia passava e nenhum sinal de Miranda no castelo. Louis já estava estranhando o sumiço da garota. Encontrou com Lyra mais umas duas vezes até o começo da tarde sempre tinha a mesma resposta quando perguntava do paradeiro da irmã da mesma. Miranda não tinha sido vista.
Até Lyra estava ficando preocupada, quando não era ela, quem também poderia saber da ausência de Miranda era Louis já que os dois viviam grudados, mas ele não fazia ideia de onde a mesma estava.
Louis estava do mesmo jeito. Ele pensou em mandar uma mensagem ou ligar para a garota, o que o fez entrar em seu quarto e ir atrás do celular.
Foi nesse momento que ele entrou na parte das mensagens e viu que as últimas eram de Lúcius. Louis sentiu-se gelar com o medo do que poderia ter acontecido ali.
Foi rápido ao ligar para Miranda, ao menos, umas três vezes seguidas. Nada, nenhuma ligação foi atendida. Deixou uma mensagem perguntando onde ela estava. Nem sequer a mensagem foi recebida pelo aparelho alheio.
— Henry. — Chamou Lyra depois que viu alguns representantes dos seis cantos de Lumbras saírem da sala de reunião onde só Henry ficou.
Ele estava se levantando de sua cadeira quando a viu entrar no cômodo com uma expressão de preocupação.
— O que foi? — Perguntou preocupado.
— Eu acho que a Miranda sumiu. — Ela disse com o celular na mão e o balançando logo em seguida. — Ninguém a viu até agora, e eu mando mensagem, mas ela nem sequer as recebe.
— Sabe que ela some, às vezes. — Ele a lembrou.
— Não assim. — Lyra disse quase num rosnado. Ela respirou fundo rapidamente e se recompôs. — Ela não deixaria de me avisar se precisasse sair pra pensar um pouco. — Sua voz agora soou mais calma.
Henry respirou fundo. E tirou o celular do bolso, tocou a tela algumas vezes e mostrou a mensagem de London.
— London disse que quer me ver ainda hoje. Combinei de encontrá-la em um lugar mais discreto no Centro. — Avisou.
— Aqui não diz o porquê. — Lyra disse entregando-lhe seu aparelho de volta.
— Acha que pode ter relação com o desaparecimento da Mi?
— Pelo que sei, não há o porquê delas se encontrarem, mas vem acontecendo tanta coisa estranha desde que London assumiu Lúminas que eu não duvido de mais nada.
-*-
O lugar no qual ambos se marcaram de se encontrar ficava em cima de uma boate. Seria fácil serem reconhecidos se fossem parar por ali, por isso uma das poções consideradas proibidas seriam sua salvação. Esconder a cor dos cabelos era errado, isso porquê esconder o cabelo em Aureatus era esconder sua identidade.
London já tinha usado aquela poção pra ficar com os cabelos negros até a cerimônia onde se apresentaria ao mundo como uma luminiana, logo para ela aquilo não era lá estranho. Além do preto, ela usou aplique em algumas mechas, ficando com partes em roxo. A roupa preta, sendo um vestido rendado bem sexy com alguns colares finos brilhantes, um par de saltos em mesma cor assim como a maquiagem bem esfumaçada combinando com todo o resto a deixaram completamente irreconhecível.
Aurora optou por uma roupa mais discreta, porém também em tons escuros para combinar com o clima noturno, fazendo o mesmo que London fez com o cabelo, mas escolhendo mechas brancas para o disfarce.
Com uma quantia boa de dinheiro nos bolsos de ambas, elas entraram no estabelecimento. A música estava alta, muito alta. London tentava andar sem fazer com que a polpa de seu traseiro aparecesse.
— Eu queria um disfarce, não parecer uma vadia. — Ela disse para Aurora que riu de suas palavras enquanto ambas desciam as escadas da entrada reparando no grande movimento pelo salão.
— Ao menos está uma bela vadia. — A guardiã disse rindo.
Henry disse que a encontraria no bar dali, então as duas se sentaram em bancos e fizeram seus pedidos.
— Um martine. — O barman falou entregando a bebida para Aurora. — E um Blood Mary. — E deu a bebida para London acompanhada de um olhar malicioso para a mesma.
— Obrigada. — London disse pegando a bebida e tomando dois goles da mesma.
— Você é nova por aqui, não é? — O homem perguntou a ela.
London encarou o jovem. Ele era um homem bonito, um fragmenta de olhos verde água, cabelos de um roxo mais sóbrio, levemente puxando para o azul, uma feição máscula, barba bem feita, pele entre o tom bronzeado e pardo.
— Sou. — Disse mexendo sua bebida com o canudo de metal que tinha ali.
— E o que a trás por aqui? — Ele perguntou se inclinando para ela e cruzando os braços enquanto apoiava o corpo com os mesmos no balcão.
London já tinha entendido bem aquele olhar seguido daquelas perguntas. Ela se controlou para não sorrir. Se isso acontecesse quando ainda estivesse em Londres, ela certamente iria adorar toda aquela atenção e nem pensaria em recusar o convite que sabia que estava por vir.
— Vim para resolver alguns negócios. — Disse parando a mão que segurava o canudo e olhando para o homem logo em seguida. — Mas também vim para me divertir um pouco, por que não?
Se antes havia uma pontada de malícia no olhar do homem, agora havia muito mais.
Ele abriu a boca para dizer algo em meio a um meio sorriso que se formou no canto dos lábios, mas parou quando seu olhar subiu para alguém atrás de London.
A garota sentiu quando um braço a rodeou na altura do pescoço e logo um beijo no fim de sua orelha e começo de seu pescoço foi plantado.
— Desculpe-me pelo atraso, meu amor. — Henry disse para ela, mas alto o suficiente para que o outro homem ali ouvisse.
O fragmenta encarou Henry uma última vez e se afastou.
London virou-se para seu noivo com um sorriso esboçado em seu rosto.
— Estou vendo que já tem abutre te rodeando. — Henry disse encarando o barman que agora atendia um casal de homens.
London riu de suas palavras. Quando seu olhar pousou em Henry, ela viu que ele estava com cabelos em tons de branco enquanto a barba rala estava em negro.
— Quem manda demorar pra chegar. Tenho que ter uma companhia decente quando você não está por perto. — Ela disse o provocando antes de tomar mais um gole de sua bebida.
— Você tem sua guardiã. Ela serve quando não estou por perto. — Ele disse entrecortado.
London estava se divertindo com o claro ciúme presente no rosto do outro.
— Vamos pra cima, já falei com meu amigo. — Ele avisou.
London olhou para Aurora que a encarou de volta.
— Vou ficar aqui te esperando. — A luminiana mais velha avisou.
London assentiu e se levantou, vendo Lyra com cabelos verdes logo atrás de Henry, a lumbriana olhava a sua volta verificando se estavam atraindo olhares.
— Lyra! — London disse se aproximando da amiga e a abraçando.
Lyra sorriu surpresa com o gesto repentino e a abraçou de volta.
— Tudo certo em Lúminas? — Perguntou para a princesa.
— Por agora... — London ficou séria ao responder.
— Vamos. Depois vocês duas terão a noite toda para conversar. — Henry disse apressando a noiva.
London revirou os olhos, mas concordou. Ambos subiram por um doa elevadores aos fundos e foram para cima.
Henry tinha a chave do apartamento do dono da boate, logo os dois estavam dentro do lugar. Assim que acendeu as luzes, viu London caminhando para mais a dentro da sala, encarando o ambiente aberto do local.
O olhar do lumbriano desceu pelas costas da jovem, parando ao fim de seu traseiro, percebendo o mesmo que London havia percebido mais cedo. O vestido estava curto, mal tampava as bandas do traseiro da mesma, mas ainda assim, caía muito bem em London. Henry gostava muito do que via.
Ele se aproximou em silêncio e a puxou para si, agarrando-lhe pela cintura, deixando com que as costas da mesma tocasse em seu peito enquanto ele se controlava para não tocá-la com o corpo inteiramente e assim entregar a excitação que já o tomava.
— O que está fazendo? — London perguntou baixo enquanto sentia os lábios alheios tocarem seu pescoço e dar um leve chupão ali logo a seguir.
— Eu acabei de reparar que nunca fui além dos beijos com você, e olha que somos noivos. — Ele disse indo para o outro lado de seu pescoço e trabalhando ali como tinha feito na outra parte anteriormente.
London sorriu.
— Eu gosto, gosto muito da ideia que o senhor está tendo, mas temos coisas pendentes a tratar aqui. — Ela disse se virando para o mesmo, ficando de frente para ele.
Henry suspirou.
— Seja rápida, assim podemos aproveitar antes que as duas lá em baixo venham encher o saco. — Ele disse tentando se controlar.
London esfregou um lábio no outro e o encarou séria. Henry deixou seu braços caírem e deu um passo para trás. Ele sabia que algo estava errado.
— O que foi?
— Miranda apareceu no castelo hoje. — Falou vendo a surpresa tomar o rosto alheio. — Você sabia que ela tem uma segunda identidade? Um vestígio? — London viu Henry negar com a cabeça. — Ela tem vestígio de Lúminas.
— É brincadeira, não é? — Ele estava descrente quanto ao que ouviu.
— E tem mais, ela além de pedir abrigo, ainda me contou algumas coisas que você não vai gostar nadinha de saber.
Henry sentiu o sangue gelar. London não estaria falando do seu irmão quando dizia aquilo, não é?
— Diga. — Ele pediu.
Meio temerosa em contar, mas sabendo que era melhor Henry saber a verdade logo, ela disse:
— Foi Louis quem armou aquela bagunça na festa ontem. Foi Louis quem planejou soltar aquela criatura no castelo.
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Só não terminei antes o cap pq tinha muito pra contar nesse kkk
Estou feliz pelo retorno nesse livro. Estamos perto dos 18k. Eu estou surpresa. ♥ Para um segundo livro de uma história, está ótimo. Muito obrigada pelos mais mais de 100k no primeiro livro de Os Senhores. É meu primeiro livro sendo só fantasia, então eu estou tipo "nossa!"
Estou começando a ler a obra Entre Vampiros da Júlia Razzyel, quem quiser, é só procurar certinho. Bjss
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