Capítulo 2 - As Notícias Voam


Narrador

Marnie segurou o suporte ao alto no metrô.

- Eu estava pensando aqui... - começou Carl atraindo a atenção dos outros. Eles se ajeitou em seu banco. - Será que está tudo bem nós entrarmos em Lúminas assim, do nada, pra ver a London?

- Nós não estamos com o Henry ou a Lyra. - Lembrou Lily, não há motivos para sermos interditados.

- Não, imagina. - Jun disse de repente. - Só o fato de que quem procuramos é a mais nova rainha de Lúminas e, pelo andar da carruagem, deve estar no castelo, que, adivinhem!  - Disse ele com um falso entusiasmo. - Deve estar cercado de guardas.

- Cercado ou não, a gente entra. - Cristian se intrometeu. - A London vai abrir as portas assim que nos ver.

- Se você diz. - Jun riu com sarcasmo.

- Olhem ali. - Apontou Marnie com a cabeça em direção a um senhor um pouco mais ao fim do corredor ali. Ele estava sentado lendo um jornal.

- "O Império Luminiano volta das cinzas". - Leu Lily o título. - É sério que já tem jornal por aí falando disso? Não se passaram nem doze horas desde a Cerimônia.

- As notícias voam. - Jun disse suspirando logo em seguida.

- Quanto tempo vocês dão para a guerra começar? - Christian jogou no ar.

- Vira essa boca para lá, menino. - Marnie disse rapidamente.

- Um mês. - Carl respondeu ao amigo.

- Eu dou vinte dias. - Jun apostou.

- Vou nem falar nada para vocês. - Marnie sussurrou desviando os olhos do namorado e encarando a janela atrás de si.

O metrô havia deixado o túnel e subido pelos trilhos. Agora passava por cima de alguns comércios.

Marnie observou a paisagem urbana. Garoava lá fora. Os pingos borravam a paisagem ao pousarem e escorrerem pela janela.

Henry parou em frente ao trono e o encarou.

Silêncio.

Num trono, muitos reis se sentam, muitas ordens são dadas. Muita história é feita. Mas aquele trono, naquele momento, só parecia uma cadeira sem nada para contar, um objeto sendo o que um objeto é, sem vida.

- Até quando vai ficar aí olhando? - Alguém perguntou atrás de Henry.

Ele se virou e encontrou Louis apoiado na porta.

- Estou tentando entender algo. - Disse Henry baixo.

- Entender o quê?

- A história.

- A história? - Perguntou Louis. - Eu acho melhor você tentar entender o presente.  - E se colocou ereto dando alguns passos em direção ao irmão. - Eu soube que eles voltaram.

- Soube certo. - Henry disse voltando os olhos para o trono.

- E que a verdade sobre o passado de Lúminas foi revelada para todos os Senhores do Tempo.

- Isso mesmo. - Concordou mais uma vez.

- Eles querem se vingar, o que vai fazer?

Henry ouviu os passos de Louis pararam um pouco mais atrás de si.

- Vou fazê los mudar de ideia.

Houve silêncio por um momento.

- Quer fazer um povo inteiro mudar de ideia sobre um fato que os manteve fora de casa por milênios? - Louis não acreditava no que ouvia.

Henry se virou para o irmão.

- Sim, eu sou o futuro rei de Lumbras e não quero guerra para os meus. Devo buscar a paz a todo o custo.

Uma sobrancelha foi levantada no rosto de Louis.

- Isso só pode ser brincadeira. - Sussurrou.

Henry deu lhe um meio sorriso, se virou e subiu alguns poucos degraus. Se colocou em frente ao trono, se virou pousando seus olhos cor de mel em seu irmão e se sentou. Ao jogar as costas para trás, ele disse:

- Acredite em mim quando digo que sei como fazê los mudar de ideia.

- E como? - A curiosidade tomou conta do mais novo nesse momento.

- Eles têm uma nova rainha.

- Ah, eu soube. - Louis deu alguns passos de um lado para o outro. - Soube que é uma bela mulher, descoberta pela Instituição.

- Sim. É mesmo. - Concordou Henry com os pensamentos longe por um momento.

- Pretende seduzi la, e então convencê la a acalmar o povo?

- Quase. - Henry disse pensativo. Ele deu outro meio sorriso. - Mas é por aí mesmo o caminho.

Outro momento de silêncio.

- Pois bem, - Disse Louis. - Seja lá o que estiver nessa sua cabeça, espero que nos livre desse problemão.

- Vai nos livrar, meu caro irmão. Confie em mim.

Louis deu de ombros, se virou e foi em direção a entrada.

- Por mim, a gente já começava um treinamento para os soldados. Mas, vamos aguardar sua carta na manga. - Disse antes de sair e bater a porta atrás de si.

Henry encarou entrada por um momento e então tocou no amuleto do colar que usava. Era o colar que havia ganhado de presente de London.

- E por mim, a gente já procurava um padre e uma igreja. - Sussurrou Henry para o vazio. Seus olhos fitaram o amuleto. - Mas ela precisa dizer "sim" primeiro.

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Ficou curto. To demorando pra postar ultimamente graças aos trabalhos integrados, pra quem não sabe, eles são uma espécie de mini tccs. É a mesma coisa só não tá valendo como kkk tem coisa pra caramba pra ser feita até novembro mas continuarei escrevendo

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