Capítulo 11 - Conversas
Narrador - Na mesma noite.
Já passava das 23h. A maioria dos convidados reais já estavam dentro dos limites do castelo, mais exatamente dentro do salão onde a coroação seria realizada.
- E nenhum sinal da princesa luminiana. - Disse um dos reis de Fragmenta para seu esposo. Era Lucius, o gêmeo mais novo. Ele tomava champagne em uma taça ao quais empregados serviam para os convidados em bandejas.
- Eu acho que ela vai vir. - Luck respondeu baixo varrendo o cenário a sua volta. - Caso o contrário, seria um belo modo de dizer que tem medo deles. - Disse se referindo aos lumbrianos.
- E não era pra ter? - O mais novo perguntou encarando o irmão. - Eles acabaram com os luminianos facilmente. - Havia um traço de humor na feição de Lucius.
- Acho que depois de tudo o que houve, os luminianos não tiveram a coragem de voltar para este mundo para ficar com o rabo entre as pernas, não é? - Luck tomou um gole de seu champagne.
Lucius esfregou um lábio no outro passando a língua na parte inferior desses para sentir o resíduo do champagne ali.
- Pode ser. - Disse ele pensativo. - Ou só estão blefando mesmo com toda essa postura que ela apresentou em seu belo discurso esses dias.
Do outro lado do salão, a rainha de Momenta, encarava os dois belos convidados. Estava curiosa para saber o que conversavam, mas sabia, de algum modo, que não era algo positivo. Os reis fragmentas eram conhecidos por serem do tipo que adoravam observar em primeira fila os acontecimentos que cercavam Aureatus.
A mulher os fuzilava ligeiramente com os olhos enquanto tomava sua bebida.
Estevão, o pai de Jun se aproximou da mulher.
- Vossa majestade. - Ele se curvou. - Vim lhe informar que seu presente para o rei lumbriano já chegou.
- Ótimo. - Disse seca sem olhá lo, pois seus olhos ainda se mantinham nos dois belos reis de pele chocolate com olhos e cabelos de um roxo extremamente belo. - E quanto a London?
- Jun disse que ela e seus acompanhantes já estão chegando.
- Ótimo. - Seu tom agora era de satisfação. - Esta será uma noite que promete.
Estevão, nesse momento, seguia o olhar da rainha. Ele entendeu o porquê dela estar daquele modo no momento que os encontrou.
- Acha que teremos problemas? - Perguntou rapidamente.
- Não, não da parte deles. Esses aí latem, mas não mordem.
O homem deu um meio sorriso.
- Está muito bela nesse vestido. - Louis disse para Miranda enquanto os dois entravam no salão. Era comum os guardiões reais acompanharem os herdeiros do trono em festas e outras ocasiões.
- Obrigada. - Disse Miranda corando.
Ela usava um vestido vinho tão escuro que podia se confundir facilmente com o preto, tinha uma saia em "A" e renda que cercava o decote e rodava os antebraços deixando seus ombros pálidos a vista. Seus cabelos que eram mistos de negro com vermelho estavam presos num coque levemente bagunçado. Suas mechas azuis estavam muito bem escondidas naquele penteado que Lyra fizera lhe mais cedo.
- Ficaria mais bela ainda se usasse as jóias que lhe dei. - Louis sussurrou.
- Sabe que não gosto de usar jóias. - Lembrou lhe ela rapidamente.
- O que é uma pena, pois lhe trariam um ar mais poderoso. O que combinaria muito bem com você. - Disse ele.
Miranda lhe deu um meio sorriso. E abaixou se, puxou um lado de seu vestido um pouco para cima deixando à vista um punhal preso num cinto em sua perna.
- Quer ar mais poderoso que esse caso alguém tente alguma gracinha? - Perguntou ela
Louis levantou uma sobrancelha.
- Olha. - Fez uma pausa. - Achei sexy.
Miranda riu.
O clima no salão de coroação, em geral, era muito agradável. Perfeito para uma coroação.
Do lado de fora, o reino lumbriano já começava a festa.
Nas ruas, os Senhores se organizavam para se sentar em grupos em frente à telões colocados especialmente para a ocasião em espaços públicos. Alguns até traziam bebidas e comidas para o tão esperado momento.
E entrando em Lumbras, lá estava ela. O carro era uma limousine branca, assim como o de todos os convidados reais, mas havia o símbolo luminiano numa bandeira branca com o desenho em prata na frente pendurada em um pequeno mastro para mostrar quem estava ali.
As ruas eram largas, o movimento nessas era pouco, pois a maioria dos lumbrianos estavam em aglomerados, porém quem estivesse por perto, parava para olhar a limousine passando. Os olhos sempre pousavam nos vidros pretos de trás.
- Não olhe. - Disse Tamuz à London enquanto ela encarava de volta um lumbriano que olhava desconfiado para ela, mesmo que não diretamente.
- Está tudo bem. - London disse baixinho.
- E aí, ansiosa? - Marnie lhe perguntou com um sorriso no rosto.
- Muito. - Ela respondeu.
- Relaxa. - Disse Orion jogado num canto bem a vontade no espaço. - Pense que só vão estar todos te olhando do começo ao fim da noite.
Marnie o fuzilou com os olhos nesse momento.
London deu um meio sorriso nervoso.
- Uma verdade. - Concordou ela.
Orion a encarou e sorriu.
- Haja o que houver, não entre em pânico. - Tamuz disse sério.
London assentiu para ele.
- Vai se sair bem. - Disse Marnie a amiga de modo tranquilo.
London sorriu para ela.
- Fico feliz que tenha aceitado vir comigo. - Disse.
- E recusar um convite real da mais nova celebridade de Aureatus? Eu? Nunca. - Marnie brincou. As duas riram.
- Ouso dizer que Aurora deve estar muito irritada por não ter sido ela sua convidada esta noite. Lembrando que o mais recomendável é que o guardião real acompanhe aquele ao qual foi destinado proteger. - Órion disse, colocando farpas no ambiente.
- E eu ouso dizer que estou pouco me importando com o humor de Aurora nesse momento. - London foi rápida em responder. - Não acho bom trazer alguém a um evento ao qual esse tem sérios problemas com o anfitrião e seus seguidores, por assim dizer.
Tamuz deu um meio sorriso enquanto mexia em seu celular. Ele gostou do que ouviu.
Não demorou para que logo a limousine parasse diante das portas frontais do castelo lumbriano.
- Chegamos. - London sussurrou respirando fundo logo em seguida.
- Mantenha o queixo ligeiramente erguido sempre. - Lembrou lhe Tamuz. - Não mostre fraqueza alguma depois de sairmos, entendeu?
Ela assentiu para ele.
Assim que um dos empregados do castelo abriu a porta da limousine, Tamuz foi o primeiro a sair, seguido de Órion.
Uns dois andares acima, por uma janela de uma sala reservada, haviam dois lumbrianos observando o acontecimento.
- É, ela veio. - Lyra disse com uma taça com vinho na mão. - E está muito bonita.
Os olhos castanhos dourados pousaram na jovem que foi a última a sair da limousine. Ele tomou um gole de sua taça.
- Como esperado. - Disse o futuro rei de Lumbras. - Minha noite acaba de ficar melhor.
- Eu te conheço, Henry. - Lyra o encarou. - Você pretende fazer algo, não é?
Aqueles olhos brilharam diante das palavras da garota ao seu lado. Henry deu um meio sorriso sedutor. A noite acabara de começar.
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Como é bem exaustivo fazer mais de um cap por dia, não vou me comprometer a fazer isso mais. Às vezes pode acontecer, se eu conseguir ir adiantando cap enquanto estou saindo, no ônibus e tals.
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