CAPÍTULO 21.5

Por hoje,
a jornada está acabando.
Tá na hora de recuperar
as energias, que amanhã
a caminhada continua.
~ Anna L Ramos

**AMBER**

Com minhas mãos na cintura, encaro meu quarto vazio.

Eu realmente vivi muitas coisas aqui no último ano. Com altos e baixos. Parecia estranho eu já estar sentindo falta desse lugar, mesmo que eu ainda não vá embora agora.

O fato de eu sentir saudade daqui já é estranho.

É estranho, esse sentimento. Ainda mais sem Micaela e os meninos aqui.

Os guardas levaram Jesus essa manhã para a enfermaria, devido a urgência de seus machucados. Jonas e Micaela foram encontrar seu pai. Ele, por incrível que pareça, foi o primeiro pai a vir para St. Monica depois que a notícia da violenta rebelião se espalhou.

Fui então, até minha janela. Obervei aquela vista que por tantos momentos me ajudou, foi meu suporte quando não havia mais ninguém.

Um respingo de som soou atrás de mim. E eu sabia bem quem era.

- Quem te vê calada, não imagina o tanto de diálogos que se passam na sua cabeça, não é?- a voz de Grayson repercutiu no pequeno cômodo, eu assenti a sua pergunta.

Grayson se aproximou de mim, observando a vista comigo.

Lá embaixo, nos portões de St. Monica, foi possível ver o momento em que os capangas de Marcus, inclusive o Ruivo, foram jogados no camburão.

Os guardas, de alguma forma, descobriram que os Guilards foram os responsáveis por essa rebelião.

Normalmente eles sairiam ilesos, mas dessa vez foi diferente. Muitos detentos foram machucados. Muitos foram mortos.

Dizem os boatos que alguém, muito descreto, deu a informação aos guardas, fico imaginando quem pode ter sido.

- E os filhos pródigos retomam o lar - Grayson soou orgulhoso ao meu lado quando passou o braço por meus ombros.

Eu ri e o encarei dizendo:
- Tenho certeza que o ditado não é esse. - retruquei retirando seu braço de mim, Grayson por um milagre, riu devolta - Pensei que você assistiria de camarote a saída deles pelos portões.

Grayson colocou as mãos nos bolsos e ergueu o ombros como se dissesse "Você pode me culpar?".

Não. Eu não podia.

- Tinha alguns assuntos importantes para por em dia. - ele disse se encostando na beliche - Você acha que terá problemas com Marcos agora?

Eu tinha pensando nisso. Mas não acredito. Marcos não tentaria nada comigo agora. Não faltando poucos dias para minha soltura.

E ele não teria chance de me achar depois que eu saísse daqui. Eu decidi que sumiria do mapa por um tempo. Fiz uma ligação com meu tio sobre isso, antes da revolta acontecer.
Já estava tudo pronto, Marcus não me acharia mesmo que quisesse. Nem ele, nem o próprio Diabo.

- Não sei, mas não acho que ele venha atrás de mim tão cedo, ele não tem corgem para isso - eu disse sem expressão, mas Grayson me olhou com espanto - O que? - questinei o espanto do mesmo - Nunca gostei de verdade de Marcos. Ele sempre foi um meio para um fim para mim.

Grayson me olhava como se eu fosse um ET.

- Amber Lewis mostrando ser fria e sem coração? Estou em choque - ele sarcásticou, me fazendo revirar os olhos.

Ele desencostou da cama, deixando para trás seu sarcamos e livrando seu rosto de qualquer emoção, a não ser a seriedade
- Eu não te agradeci, por ter voltado para me ajuda.

A imagem de Grayson jogado naquele chão, todo aquele sangue... Aquilo nunca pararia de me assombrar, assim como as cenas dos inúmeros machucados sofridos pela minha gangue. Eu guardaria essas memórias para sempre, com profundo arrependimento do caminho sombrio que minha vida pode levar, e o que essa caminho causa aos outros a minha volta.

Eu dei de ombros ficando na sua frente
- Jesus tambem voltou por você.

- Se está tentando dizer que devo agradecê-lo por isso, pode esquecer. - Grayson disse com muita sinceridade, eu ri.

- Imaginei que diria isso - disse indo até minha cama e pegando um papel que escondi embaixo do colchão - Quero de tar isso - lhe entreguei um papel.

- Um papel com dois números de telefones? - ele questionou esperando que eu explicasse a ele o que aquilo significava.

Aquilo significava tudo.

- Eu nunca tive uma boa família, acho que isso me fez valorizar ainda mais o significado da palavra. - respondi segurando o papel em sua mão - A família não começa no sangue, e não acaba nele também. A família se importa com você, não por dever, mas por amor. Família está lá, para o bem, para o mal, tudo. Mesmo quando dói, principalmente quando dói - eu falei o encarando no fundo dos olhos, onde sabia que nossas almas se encontravam - Isso é família. E você esteve lá para mim, em vários momentos em que eu precisei, assim como eu estive lá para você.

- E isso quer dizer? - Grayson questionou ainda confuso.

Era fácil de qualquer um entender o que estava acontecendo aqui. Mas eu sabia que a hesitação e confusão de Grayson era resultado de uma vida de desconfianças. De uma vida com cicatrizes.

- O que estou querendo dizer, é que você conquistou o direito de fazer parte da minha família Grayson, da minha gangue. Você querendo isso ou não. - o explico da forma mais clara possível e então solto a sua mão. Deixando o papel depositado lá.

É claro que eu estava brincando sobre a última parte, sabia que Grayson não tinha se recuperado da morte de Honnor e Titus, e sei que ele prefere uma vida mais afastado dos outros.

Mas quero que ele saiba que, caso se sentir mais sozinho que o normal, ou não sabia aonde pertence... Quero que ele pense em mim e na minha gangue como um lugar onde ele é certo, um lugar onde ele não é considerado um sociopata, e sim um membro, uma família.

- Então você está me ultimando à ser um membro de sua gangue. - concluiu ele com desdém, mas eu via a excitação em seus olhos. Não de uma forma maliciosa, mas uma excitação por um propósito, uma excitação por sentir que pertence a algo.

- Devo me sentir lisongiado com essa declaração? - questionou ele sorrindo de canto.

Sorri, revirando meus olhos.
- Você consegue mesmo estragar o momento.

Grayson riu também.
- E isto seria? - ele questionou levantando o papel em sua mão.

Eu sabia que ele não se referia aos números de telefones, Grayson não estava ali a tanto tempo para não reconhecer isso.

Ele queria entender o que fazer com aqueles números. Isso tudo é muito novo para ele, pertencer a algo. Em relação a isso Grayson pode ser comparado a experiência de um bebê.

- Seu porto seguro - disse séria - Quero que você mantenha contato comigo depois que eu saía daqui, se precisar. Você não é obrigado, mais saiba que é livre para me ligar de precisar.

Grayson encarou o papel agora com uma calma serena. Agora ele entendia o que o papel significava.

- Quero que saiba, se as coisas estiverem muito difíceis de suportar aqui, você pode me ligar. Se alguma ameaça surgir, você pode me ligar. Se precisar de um favor, você deve me ligar.

Aquele papel era uma ligação direta com Amber Lewis, mas também era uma ligação direta com Lá Reina. Para uso próprio e privilegiado.

Grayson deu um passo a mim - que de fato, não esperava que o que ele estava prestes a fazer acontecesse - e então me abraçou.

Seus braços me rodear com firmeza e ele me segurou como se fosse algo a mais, algo especial.

- Obrigado - ele disse ainda abraçado a mim, sua voz falhou ao fim da palavra.

Eu sabia o que estava oferecendo a Grayson, e ele também. Uma salvação. De todas as formas possíveis.

Como amiga, protetora, líder de gangue, mas principalmente como família.

- Contudo - ele disse em tom mais alto, tentando retomar o controle da situação- Acho que Jesus não me aceitaria na mesma família que ele.

Suspirei aceitando a verdade.

A gangue ainda não sabia da minha armada com Grayson, não sabiam da mentira. Todos ainda estavam extremamente irritados com Gray. Principalmente Jesus.

- Você tem razão. Ele ainda está muito puto com você, ele não sabe que aquilo fazia parte do nosso plano - admiti a Gray, que me olhava como se questionasse se eu não tinha contado tudo aquilo à eles naquele ponto.

- As reações deles tinham que parecer reais o suficientes para os Guilards acreditarem. - eu justifiquei para o mesmo - E ainda não contei nada a eles, porque queria te dar a oportunidade de fazê-lo.

Grayson se afastou, caminhando pelo quarto. Muitas coisas tinham sidos jogadas para ele. Mais ainda estavam por vir.

Ele se sentou na minha cama, com os braço apoiados nos joelhos, e enquanto encarava o chao disse:

- Não vou contar a ele, e você também não. A nenhum deles. - levantei minhas sobrancelhas mediante a fala e o tom de Grayson. Ele por outro lado me deu um olhar que dizia que aquele assunto estava encerrado, e que eu não o faria mudar de ideia.

Eu não interferia na opção de Grayson. Eu escolhi lhe dar essa opção. Mas não me agradava em nada mentir para minha gangue.

- Posso perguntar o porquê? - questionei me sentando na minha cama ao seu lado.

- Quando o mundo já acha que você é um ruim, você não precisa perder tempo fazendo coisas para provar isso. - Grayson disse me encarando com um olhar sombrio - Você sabe disso.

Eu sabia.
E entendia porque Grayson me dizia aquilo.
É uma das nossas meias verdades camufladas. Grayson está me dizendo, que apesar de tudo, ele não é ruim assim.

Era uma troca. Eu o trouxe para minha gangue, e agora ele me mostrava que merecia ficar nela.

- Eu não sei pelo o que Jesus passou, não como você sabe. - ele disse, deixando um sorriso se puxar no seu rosto - Mas levando em conta que todas as pessoas com quem você gosta de andar tem propessão a um passado sombrio, posso te uma ideia. - ele brincou, me fazendo revirar os olhos.

- Ele ainda tem muita raiva guardada no peito. Deixe que ele desconte em mim enquanto ainda pode. É melhor ter alguém para odiar, do que se odiar em segredo. - concluiu ele encostando se na parede ao fundo da cama.

Deixar que Jesus desconte sua raiva nele?
Não sei se isso seria boa ideia. Mas Grayson está certo, é melhor ter alguém para odiar do que se odiar por dentro.

Eu sei das pendências de Jesus melhor do que ninguém. Ele já tem muito guardado para se odiar, se ele soubesse da verdade...

Eu respeitaria a escolha de Grayson, não só por ele, mas por Jesus também.

- Sabe Grayson, você não é um babaca ordinário, afinal - eu me encostei ao seu lado.

- E você não é uma uma megera como eu achava, não totalmente - ele gozou. E então o silencio recaiu e nós dois encarávamos o quarto.

Em menos de 4 semanas estarei fora daqui.

- Nem posso acreditar que em menos de um mês vou estar fora desses portões. - respondi ainda encarando as paredes - Acho que vou sentir saudade, de ter alguém para bater - comentei me referindo a ele, que gargalhou ao meu lado - Sei que ainda há muito tempo antes que você saia, mas quando acontecer, não deixe de me visitar. - disse segurando uma de suas mãos.

Grayson encarou nossas mãos entrelaçadas.

- Porque isso parece uma despedida? - ele perguntou me encarando nos olhos.

Ele era como Jonas e Jesus, não conseguia esconder nada deles.

- Porque precisa ser - eu respondi com pesar - Para o resto das pessoas aqui, você ainda me traiu e agora assumiu seu trono de novo. Nos voltamos a ser arqui-inimigos, Gray.

Eu posso não admitir para ele, ou para alguém, mas Grayson se tornou - apesar de todos os meus esforços - alguém muito querido para mim. Um amigo, um confidente, um igual.

Sentirei saudades dele.

- Então isso é uma despedida?

Sim, era. Porque pessoas que querem ir embora, vão em silêncio. Mas as pessoas que desejam ficar se despedem.

- É um até breve. - eu o expliquei, apesar de tudo, Grayson não parecia abalado com o que eu dissera. Mas no fundo, sei que uma parte dele se entristeceu por fingirmos ser o que éramos antes.

Porque no fundo, Grayson gostava de como estavamos agora. E com certeza não quer voltar a ser como era antes.

- E não hesite em me chamar quando precisar de ajuda.

- Claro - ele debochou saindo da cama - Porque agora eu faço parte da sua gangue?

- Sim - eu retruquei, Grayson se virou então para ir embora, sem me responder. - E Grayson - eu o chamei.

Ele se virou me encarando
- Cuide bem deles por mim quando eu for.

◇◇◇

4 semanas depois...

É hoje.
Ou melhor, será hoje. Depende da hora da madrugada em que estou.

Não consegui dormir o resto da noite, ansiosa. E ao mesmo tempo, em alerta. Em algum momento a ideia de que algum detento poderia invadir meu quarto e tentar impedir o dia de hoje de acontecer me assombrava.

É hoje o dia que deixo St. Monica.

É hoje que deixo para trás um ciclo de quase um ano e meio nesses corredores, nesses quartos. Ainda lembro do terror que meu primeiro dia aqui foi, de como foi a primeira noite.

O alívio por estar longe e protegida de meu padrasto, o nascimento de La reina. A chegada de Marcus, o dia de sua fuga. A chegada de Jesus, os gêmeos, a melhora da minha relação com Grayson.

Esse lugar é uma merda, não penso algo diferente disto. Mas em comparação aos lugares que eu já morei, vivi e presenciei... Acho que esse lugar que mais me proporcionou momentos bons em toda minha vida. Não que isso signifique algo bom.

- Consigo ouvir seus pensamentos daqui, você sabe? - resmungou Jesus se sentando na parte de cima da sua boliche.

O encarei entediada. Eu também estou sentada na minha cama, acordada no meio da noite. Mas eu sempre fiz isso, sempre tive minhas próprias razões para me manter acordada a noite. Mas Jesus não, ele sempre fez isso por mim.

Ele se sentou ao meu lado na cama como de costume.

- Feliz, para sair desse buraco? - disse acendendo um cigarro.

Eu dei de ombros enquanto ele tragava profundamente seu cigarro:
- Bom, eu definitivamente não vou sentir falta dos banhos coletivos. - eu ironizei pegando o cigarro de seus dedos e traguei também - Mas vou sentir falta desse lugar. - disse soltando a fumaça por meus lábios.

- Acho que você tragou muito da minha erva. - gargalhou Jesus enquanto puxava seu cigarro de mim.

Mas eu me peguei pensando, eu passei por muita coisa aqui, e como já tinha pensando antes, esse lugar por mais horrível que seja, me trouxe bons agrados ao longo dos meses aqui.

- Talvez sim. - eu disse distante.

E ficamos por isso. Nossas respirações foram a única coisa que ouvimos por minutos. Jesus retorcia seus dedos e, durante seus suspiros imaginava se Jesus suspirava quando as palavras vinham a sua boca.

- Vou sentir sua falta. - Jesus finalmente quebrou o silêncio dizendo. Sua voz pesarosa, tão entristecida quanto seus olhos quando eu os encarei.

Vou sentir sua falta também.
Era o que eu gostaria de dizer. Mas não foi o que eu o respondi:
- Isso não é um adeus. - eu disse séria.

Jesus me olhou ainda mais entristecido, e isso me machucou mais, vê-lo assim me machucava.

- Porque não? Você vai embora amanhã sem se despedir de mim? - ele tentava manter-se no papel de comediante, mas eu via o medo em seus olhos. Medo que eu o abandonasse aqui, no final.

Eu jamais faria isso. Porque as pessoas que desejam ficar sempre se despedem.

- Nunca. - eu disse o encarando nos olhos - Mas isso não é um adeus, não consigo dizer adeus para você.

Porque Jesus foi a parte boa, foi a corda que me puxou da solidão, foi a luz nos meus dias ruins, e acima de tudo, foi meu amigo. Meu amigo mais leal.

- Amber...

- Acho que nunca admiti isso a você - disse o interrompendo - Mas você foi o primeiro amigo que tive. meu único melhor amigo. Nunca pensei que um dia teria algo assim. - eu confessava a ele, que continha lágrimas em seus olhos - As vezes, no começo, eu pensava que você era de mentira, um delírio da minha cabeça. Me mostrando que eu não precisava estar sozinha, porque você sempre foi bom demais pra ser verdade.

No final, eu também tinha lágrimas em meus olhos, uma mão de Jesus se aproximou da minha, e por alguma conexão nossa, elas se entrelaçaram imediatamente em sintonia.

- Não consigo dizer adeus para você, porque você é minha metade, é um complemento meu e sem você por perto eu vou sempre me sentir imcompleta.  - eu confessei mais uma vez, sentindo o apertar mais minha mão - Uma parte de você sempre vai existir em mim. - disse por fim, deixando que algumas lágrimas cedessem por meus olhos.

- Você também foi minha primeira amiga. Nunca tive uma amiga antes. - outro aperto em minha mão - Eu evitava ficar perto das meninas, tinha medo que elas me vissem como minha mãe via o Billy. Mas quando te conheci... cara você me dava medo, você era apavoante e forte, extremamente forte - ele fungava entre as palavras por conta do choro, mas seu olhar sempre me passou admiração - E eu pensei "essa é a garota que eu quero estar perto". E ai começamos a contar nossas historias, nossos padrastos ruins, a tentativa de proteger nossas mães, nossas dores iguais... - sim, eu me lembrava disso tudo, o começo da nossa amizade - Aceitei que nssa conexão era algo maior naquela época, e hoje, um ano depois, ainda estamos aqui juntos.

Sim. Ainda estamos aqui, juntos. Depois de tantos pesares, tantos inimigos, nos permanecemos iguais.
Eu amo Jesus, amo ele de um jeito que não é fácil de explicar. O amo o suficiente para saber que nossa separação vai doer em mim como nunca.

Essa dor supera a dor que já senti nas cicatrizes em minhas costas, supera a dor da falta de amor de minha mãe, a doe de uma infância injustiçada, essa dor supera tudo isso.

Deixar Jesus doeria demais em mim.

- Quando você sair daqui, eu estarei te esperando no portão. - eu assegurei mantendo nossas mãos laçadas - Você e o gêmeos.

- E nos 4 vamos tirar umas ferias bastante merecidas em umas praias na Austrália, não é? - ele brincou rindo, o acompanhei nas risadas.

Suspirei pesadamente, me sentindo incrivelmente mais leve.

- Acho que vou sentir sua falta para sempre.  - admiti a ele - Você é uma parte de mim, vai ser para sempre. Você não é só um amigo para mim, você é meu irmão. O irmão que a vida me deu. - abri mão de segurar as lágrimas nesse momento - Com uma familia de merda como a minha, você é a familia que eu escolhi amar.

- Você é a irmã que a vida me deu, você é a familia que eu escolhi amar. - ele respondeu com o mesmo sentimento.

Nós nos abraçamos, choramos, e no fim caímos no sono. O dia amanhã seria difícil, eu ainda tinha que me despedir dos gêmeos, lidar com a presença do meu tio, e ao mesmo tempo, aproveitar minha liberdade.

Meu deus como eu sentiria falta desse lugar.

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