Capítulo 17- Dracon Gelado II

Um homem todo de branco, seu traje colado mostrava perfeitamente os volumosos músculos e, nas suas costas, uma capa bifurcada esvoaçava. Uma máscara lívida, aparentemente feita de ossos, cobria seu rosto. E suas tranças alvas balançavam.

O estranho os contemplava com curiosidade, assim como eles faziam. Seus olhos azuis os avaliavam quase escondidos pela máscara sinistra, enquanto o de gorro vermelho se aproximava, tendo à suas costas o loiro de cabelo curto em seu encalço, o qual se mantinha receoso.

- Bom dia - cumprimentou o guardião, alteando a voz, pois estavam a uns vinte metros dele. - Como é seu nome?

O sujeito apenas deitou a cabeça para o lado, mostrando não entender o que era falado, pelo menos, foi isso que presumiram sem conseguir enxergar o rosto do pálido.

- Acho que ele deve ser surdo, ou mudo. - O bruxo palpitou, fitando cada detalhe dele, de suas tranças brancas até as asinhas esquisitas de suas botas azuis.

- Ou ele não sabe falar - opinou o outro, diminuindo a distância cada vez mais, lentamente.

- Como assim? Só se ele estivesse preso no gelo. - O garoto começou a rir de seu comentário humorístico, mas foi imediatamente censurado pelo guardião, o qual olhou para trás com uma vista incisiva.

- Ele pode ser um fera, deve ter se transformado há alguns dias e ainda não sabe se controlar. - Noel explicou com um pouco de rispidez e voltou-se para o estranho que continuava no mesmo lugar. - As feras podem ganhar um corpo e uma consciência humana, mas ainda precisam aprender tudo, até o mais básico como falar.

A dupla ainda andava com atenção, quando o homem de branco iniciou um ranger de dentes repentinamente. Abaixou um tanto o tronco de seu corpo e curvou os joelhos em poucos graus, mantendo uma posição de ataque, enquanto rosnava.

- Calma, nós viemos te ajudar. - O rapaz alegou, quando pararam a uns dez metros do fera, mantendo a guarda. O que é isso agora?!

- Ele não te entende - lembrou-o, pegando algo em sua bolsa à medida que maquinava uma estratégia para todas as possibilidades.

- Tem alguma ideia melhor? - interrogou, mostrando medo diante do sujeito que deixava um pouco de saliva escorrer por baixo da máscara.

- Olá. - O guardião dirigiu-se cuidadosamente ao estranho, chamando atenção, mas sem movimentos bruscos desnecessários.

Todo o gelo do chão começou vibrar em baixa escala, ao mesmo tempo em que alguns flocos de neve se desprenderam do solo, flutuando baixinho.

- Acho que ele está meio irritado com a nossa presença. - José especulou o óbvio, mas foi ignorado completamente, permanecendo estagnado.

- Então... Eu acho que você não vai gostar disto - Noel mirava-o com prudência e se preparou -, mas é para seu próprio bem.

Num movimento brusco, ele arremessou aquilo que havia tirado da bolsa, em direção ao fera. Pela alta velocidade do objeto, o indivíduo não teve tempo de reagir e o equipamento incidiu seu pescoço.

O aparelho, repentinamente, desmontou-se e envolveu toda a garganta do homem, como uma coleira. Ele pôs-se a tentar tirar aquilo de lá, agarrando e puxando, contorcia-se e se revirava para quebrar, mas nada funcionava.

- Você queria ajudar e colocou uma coleira?! - Percebendo o gelo tremer ainda mais, o bruxo questionou agitado.

- Não é uma coleira - refutou o guardião, olhando seu relógio. - Aquilo vai traduzi-lo, se tentar uivar, piar ou até mesmo rugir, será traduzido para uma fala humana. - Observava-o ainda tentando se livrar do tradutor e voltou-se para o aparto em seu pulso outra vez. - O aparelho vai identificar qual animal ele era e irei conseguir me comunicar perfeitamente.

Entretanto, o estranho não dizia nada, apenas esperneava, andando de um lado para o outro, puxando o objeto de seu pescoço com toda força. Com isso, algumas pedras de gelo foram arrancadas do chão de modo brusco e começaram flutuar, enquanto o solo tremia freneticamente.

- Tem certeza que é um fera? - indagou o adolescente agoniado, tentando não ser acertado por um pedaço de granizo. - E que você não colocou uma coleira num homem mudo e esquisito? Que não está nada feliz, aliás.

O sujeito sacudiu-se como se fosse adiantar alguma coisa e os pedaços gélidos que flutuavam ao seu redor foram lançados para todos os lados. Consequentemente, vários dispararam contra os dois. Provando seu reflexo rápido, o rapaz parou cada projétil com sua telecinesia sem ajuda do cajado.

- Não entendo. - Noel reclamou-se com indignação, nem pareceu notar as pedras gélidas. - Ele já deveria estar falando, o tradutor deve ter quebrado.

- E o que vamos fazer? - inquiriu, deixando todas as rochas disparadas irem a baixo.

- Temos que imobilizá-lo. - Quando o guardião enunciou, o olhar furioso do indivíduo estagnou sobre ele. O poderoso escarlate saiu como uma flecha em sua direção, tomando cuidado para não deslizar no gelo.

O musculoso de branco os assustou com um grito ensurdecedor e um soco no solo. Do impulso no chão emanou uma impactante massa de ar gélida em todas as direções. O senhor estacionou e tentou proteger o rosto com os braços, mas notou que não era apenas um vento gelado que os alcançou. A ventania levava consigo pequenos espinhos afiados de gelo.

- Você está bem?! - Noel gritou um pouco mais à frente do jovem, sem enxergar nada.

- Estou! - José havia criado uma barreira, usando o próprio solo, para se defender. - Seja lá o que for fazer, por favor, faça logo! - A nevasca descontrolada ainda os punia.

- Preciso chegar mais perto! - Avançava ainda mais, sem se importar com os leves cortes superficiais que o atingiam.

Depois de ir um pouco mais à frente, o avanço do guardião foi percebido, assim o pálido cessou o ataque e o encarou.

- Eu não quero te machucar - Noel ofegava, tentando acalmá-lo com murmúrios -, pelo contrário, vim aqui te ajudar.

O estranho deitou a cabeça para o lado uma vez mais, sem mostrar estar entendendo uma palavra sequer. Respirava pesadamente também, enquanto o afrontava com curiosidade.

- Bem, eu sei que você deve estar se sentindo estranho - começou, dando um passo curto, despertando novamente a fúria do sujeito, o qual retomou seu peculiar ranger de dentes. - Que mudou um pouquinho e não faz a mínima ideia do que está acontecendo.

O possível fera retomou sua posição ofensiva, mas não fez nada além de recuar alguns passos, à medida que o velho se aproximava. Baixou o cajado para indicar confiança e paz, porém, não o largou.

- Acho que ele não está entendendo - sussurrou José, observando atentamente -, muito menos gostando de sua ideia.

- O tradutor deve estar quebrado, tenho que me aproximar para consertá-lo. - Continuavam cursando a passos lentos. O rapaz começou caminhar também, pois já tomavam certa distância.

Aparentemente cansado dessa tensão que fez o loiro esquecer o frio, o estranho empunhou o aparelho em seu pescoço novamente, puxando com toda sua força. Vendo que o tradutor não resistiria muito mais, seu criador não idealizou outra escolha senão correr velozmente até o poderoso.

Entretanto sua ação não passou despercebida. O individuo destroçou o aparelho, fazendo o senhor estacionar no lugar de forma abrupta. Não imaginava mais o que poderia fazer. Depois de jogar os pedaços do aparato no chão, encarou o guardião, e o solo voltou às vibrações de antes, mas, daquela vez, o terreno começou ganhar várias rachaduras que cresciam depressa.

- Noel, sai daí! - O rapaz exaltado gritou, percebendo que as fendas eram mais profundas do que aparentavam.

O guardião olhou para o solo e assustou-se quando não viu o final das rachaduras que se estendiam cada vez mais, como se riscassem o solo. Ele começou se afastar involuntariamente, receando cair naqueles buracos que já poderiam engolir pessoas.

- José, controle o corpo dele para que não caia! - ordenou, e o mais novo invocou seu cajado para lhe dar mais foco, concentrando-se ao máximo em meio ao desastre iminente.

Assim que o mais velho se afastou o suficiente, o solo perto do estranho foi completamente destruído, tornando-se uma cratera. E, quando não restou chão sob seus pés, ele flutuou sem parecer compreender o que acontecia.

- Agora o traga aqui - pediu ao jovem, o qual se empregava em manter o homem suspenso no ar.

Contudo, quando ele foi movido, ainda flutuando, ficou imensamente furioso, debatendo-se pelo controle de seu próprio corpo. Os tremores pioraram e os rachões que se espalhavam se transformaram em um abismo gigantesco, cujo fundo não era visível. Noel já havia se afastado tanto que voltou para perto do bruxo, o qual persistia em controlar o fera agoniado.

- Ele vai destruir tudo, está descontrolado! - exclamou o garoto, sentindo o suor frio o banhar.

- Continue!

Bruscamente e sem a devida intenção, o sujeito moveu seus braços, e enormes pedras de gelo foram arrancadas do chão, voando em todas as direções. O guardião disparou vários raios-lasers contra as rochas que lhes ameaçavam, destroçando-as em pedaços, os quais atrapalharam José e esse se desconcentrou, deixando que o poderoso caísse e sumisse na ravina sem fim.

- Não! - gritaram simultaneamente, indo à beira do precipício obscuro.

Poucos segundos depois, novos temores abalaram toda a planície gélida como antes.

- Saia da borda. - Noel advertiu, afastando-se para trás e mantendo a cautela elevada.

Inesperadamente, garras sugiram na ponta do gelo e uma fera apareceu de dentro da fenda. Seu lívido corpo robusto e escamoso contrastava com suas leves e poderosas asas. Um colossal dragão branco de olhos azuis que media, no mínimo, uns seis metros. Por um momento, os dois permaneceram estagnados, vislumbrando aquele esplendor, porém, seus devaneios foram interrompidos pelo ataque da besta.

- Corre, corre! - gritou o guardião, virou-se usando toda sua rapidez e vontade de viver para correr o mais rápido possível, tendo José em seu encalço.

A fera avançou fazendo o solo sacudir, mas parou em seguida e eles estacionaram da mesma forma, fitando-o, confusos. Foi aí que o dragão abriu a boca, mostrando suas presas enormes, e um vento gélido rompeu de dentro, partindo rapidamente em direção aos alvos rápidos.

Eles retornaram da extinção... - Buscava imaginar o que aquele ser à sua frente poderia significar.

- Noel?! - O bruxo se afastava cada vez mais, indo para onde achava seguro, atrás do poderoso, até que estranhou o fato do seu parceiro não estar fazendo nada para se defender ou desviar.

O homem de vermelho tomou uma esfera de seu cinto e jogou-a na sua frente, quando ela caiu, liberou um portal no exato instante de ser alcançado pelo ataque de gelo, o qual entrou e sumiu no vórtice. Segundos depois, outro portal passou a existir muito acima e um pouco atrás do colossal alado. O ataque foi efetivamente desviado, disparando em linha reta contra a fissura no solo.

- De onde veio isso? - O jovem abismado indagou se aproximando de Noel. O dragão permanecia na ofensiva, parecendo se sentir desafiado.

- Acho que ele é o poderoso estranho, um fera. - Pensativo, o guardião proferiu o mais provável, observando a rajada gélida ser redirecionada à sua frente. - Isso explicaria o fato de não falar nada, mesmo com o tradutor. Não estava quebrado, só não tinha a língua draconiana disponível - esclarecia apressadamente, sem conter o entusiasmo que o acontecimento lhe trazia.

- Mas desde quando dragões existem? - O moço interrogou. Em seu interior, a curiosidade e o pavor duelavam como os dois poderosos persistentes faziam.

- A pergunta certa é: quando deixaram a extinção? - refutou. O vento gélido, que o animal místico persistia em manter, começava congelar a fenda e tampá-la efetivamente. - Acho que estava aprisionado no gelo, o que, de alguma forma, o preservou, ou ele hibernava e acordou quando o Sentimento o abençoou.

- Se ele ficou preso por muito tempo, talvez nunca tenha visto um humano na vida. - O buraco criado pelo fera já estava completamente fechado outra vez e o ar glacial já formava uma elevação de gelo que seguia até o portal no alto. - E, pelo visto, não tá gostando muito da primeira experiência.

- Se conviveu com os humanos, eles não devem ter sido tão gentis. - Teorizavam uma possível explicação, observando a insistência do dragão brutal. - Se o caçaram, isso explicaria a fúria dele contra nós.

- Essa é a hora que você tem alguma ideia e mostra algo que resolve o problema - comentou o rapaz, percebendo o pilar gélido construído alcançar o portal e começar a congelá-lo.

- Teremos que ser rápidos. - O guardião afirmou o evidente. - Maria, temos um fera descontrolado e o tradutor não vai ser muito útil - proferia, aproximando o fone de sua boca. - Manda o Ho-ho-ho.

Por um instante que o homem desviou a atenção, a nevasca petrificou e estilhaçou o vórtice, indo em direção ao poderoso em seguida. No entanto, no último segundo, José se lançou contra Noel, derrubando-o no chão e o salvando da ofensiva. Sem pensar muito, o bruxo apontou seu cajado na direção da monstruosidade, e, quando a fera regulou seu ataque, direcionando-o para os dois, a elevação de gelo à suas costas desabou sobre ele, controlada pelo adolescente.

- Você está bem? - Apressou-se em analisá-lo, enquanto se erguia.

- Acho que Aurora tinha razão, já estou velho demais para isso - pronunciou com um sorriso dolorido, sendo ajudado pelo jovem para que ficasse de pé. - Só há um jeito de detê-lo, mas, para isso, precisamos de tempo.

- Vou tentar entretê-lo um pouco... - Parecia usar o calor do desafio para espantar a frieza antártica. Apresentava confiança depois de derrubar uma coluna gelada no dragão, o qual se recompôs sem encontrar dificuldade para isso.

Um rugido furioso mostrou a ira de seu adversário e logo um raio congelante já avançava contra ele. Enquanto Noel observava de longe, o bruxo buscou toda a energia vital ali próxima, mas isso não seria fácil já que se via no lugar conhecido como "maior deserto do mundo". Entretanto, mesmo sem muita ajuda dos Runks, ele utilizou de sua própria energia para lançar um flash de luz.

Seus ataques coincidiram causando um impacto que fez o chão tremer e rachar em alguns lugares próximos. Era uma disputa acirrada, o rapaz venceria facilmente se os Runks o ajudassem, mas além de não tê-los numa boa quantidade, o ambiente oferecia vantagem ao poderoso gelado.

- Segura só mais um pouco. - O senhor gritou de longe, fitando a disputa e olhando para todos os lados.

- Você bem que podia me ajudar! - exclamou o rapaz mantendo sua potência total.

A ofensiva do dragão já se avizinhava, extinguindo o de seu oponente enfraquecido. No momento em que o poder da fera já estava demasiadamente próximo dos dois, outro ataque luminoso, vindo de algum lugar às costas de José, somou forças com esse. Com isso, eles ganharam a vantagem, deixando perceptível a prepotência de suas capacidades unidas.

- Sem querer dizer que estou apressando, ou algo do tipo - o jovem de íris verdes chamou atenção, enquanto o guardião se aproximava mais -, porém, por quanto tempo vamos ter que mantê-lo assim?

- Só mais um pouco. - Tomaram um o lado do outro finalmente e acenaram com a cabeça para garantir que estavam bem.

Sem muita demora, o monstro descontrolado perderia a disputa, pois seu ataque diminuía gradativamente.

Contudo, num movimento repentino, o fera cessou sua técnica, bateu as asas enormes, trazendo uma tempestade de neve que avançou contra seus oponentes rapidamente. Enquanto o dragão começou levantar voo, gerando a correnteza de ar gélida, os dois apenas se defendiam com o braço na frente dos rostos.

No entanto perceberam que a nevasca levava consigo pontas afiados de gelo, assim como antes. Por isso José refez sua defesa usando o solo, como uma barreira de guerra. A besta era bem inteligente, sabia que aquilo os manteria afastados, por isso continuava em persistência.

- Assim nunca vamos chegar mais perto - proferiu entre o tormento frígido que os abalava, concentrando-se em manter a defensiva firme.

- Pelo menos, ele também não está se aproximando. - Noel avaliou, protegendo-se atrás da defesa.

- Não tem um jeito mais fácil para nós mostrarmos que só queremos ajudar? - O bruxo não apresentava mais suas plenas condições físicas, suas mãos tremiam assim como a visão que parecia turva.

Vocês não querem me ajudar! - José ouviu uma voz rancorosa rugir em sua consciência. Permaneceu estagnado de surpresa e olhou para o senhor de vermelho.

- Não que eu saiba... - respondeu o guardião, mas o loiro não deu muita importância.

Quem é você? - Tentou dialogar com aquela entonação em sua mente, enquanto mantinha a defesa, temendo estar delirando totalmente.

A pergunta certa é: quem são vocês?! - A mesma voz bradou. - Querem me matar, como fizeram com vários outros de minha espécie!

Nós não queremos te machucar, viemos aqui te ajudar, somos protetores e não caçadores. - Não conseguia dialogar em seu pensamento sem conter as expressões faciais, fazendo Noel estranhar seu comportamento esquisito.

Explique-me o que está acontecendo comigo! - O jovem já estava irritado com os gritos em sua consciência. Talvez fossem eles ou o frio que já o atingiam com uma dor de cabeça cruciante.

Você ganhou superpoderes e uma forma humana, acho que agora controla o gelo e tem telepatia também. - Tentou explicar ao mais didático possível para um dragão milenar. - Pare de nos atacar e te explicaremos tudo que precisa saber.

Em segundos, a nevasca cessou e um estrondo indicou que a fera havia acabado de pousar em solo.

- Ah, finalmente... - O guardião agradeceu e José imaginou que ele se referisse a inquietação do adversário, mas entendeu quando o mesmo carrinho de antes os alcançou, trazendo um pequeno sininho dourado consigo. - Isso vai dar um jeito nele, por hora - declarou apanhando o sino e saindo de trás da barreira.

- Não, Noel! - exclamou alertadamente e convocou o objeto para sua mão, tomando-o do senhor de barba castanha feita. - Ele se comunicou comigo telepaticamente.

A explicação foi dada assim que saíram de sua defesa e encararam o dragão. O mais velho não escondia sua confusão mental.

- Como assim?

- Também não sei - rebateu enquanto se aproximavam. A fera ainda mantinha cautela, rugindo baixo e mostrando as presas. - Acho que ele só está com medo e agitado.

José compreendeu o receio do lagarto alado e pôs seu cajado no chão, assim como o sino. Quando Noel fez o mesmo com seu bastão, o fera pareceu se acalmar mais, deixando a posição ofensiva que mantinha.

Podem mesmo me ajudar? - Daquela vez, os dois ouviram igualmente em suas mentes e o homem não conteve a surpresa espantosa.

- Podemos sim! - O guardião respondeu oralmente enquanto vislumbrava-o regressar à forma humana e aproximar-se.

- Podemos te chamar de Dracon Gelado. - José palpitou entusiasmado com o recente ocorrido e foi censurado pelo revirar de olhos daquele que usava um gorro vermelho. - Não, é melhor Dragon...

Eu gostei. - O fera alegou em suas mentes, fazendo o garoto sorrir.

- Então, Dragon, - Noel chamou atenção -, imagino que você não deve ter mais uma moradia ou uma família, por isso eu te ofereço tudo isso e uma coisa a mais: o que acha de um emprego?...

Olá, poderosos (as), espero que estejam gostando da aventura! Deixem o voto aqui e compartilhem essa história. Comentem o que estão achando da trama.

Quais segredos Joseph ainda esconde? Como será a viagem do trio de poderosas? O que aguarda José em suas futuras aventuras? Será que este fera dragão é realmente confiável? Que emprego Noel tem a lhe oferecer?...

-José JGF


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