Capítulo 8- Torneio Feroz V
— Ao mesmo tempo em que uma guerra de exércitos se desenvolve entre os clones do guerreiro coelho e os golens da ignur, um tsunami de areia tomou boa parte do lado sul! — alegou sonoramente o comentarista supersônico.
— Um pouco mais da metade dos competidores já foram abatidos, e essa onda está garantido que haja ainda mais baixas! — completou seu parceiro animado.
A pequena guerreira do galo ouvia os narradores enquanto buscava refugio para seu cansaço físico escorando suas costas numa grande rocha. Havia corrido desde que deixou o templo, percorreu quilômetros ignorando tudo e qualquer coisa. As ameaças, os embates ao seu redor, os gritos de dor ou êxtase, as mortes... Buscava passar despercebida por cada competidor, e eles pareciam fazer o mesmo com ela, ignorando-a, pois muitos conheciam os riscos de afrontá-la.
Somente quando estacionou ali, pôde notar esses fatos que faziam seu estomago revirar. Arfava de fadiga e se atentava aos duelos que ocorriam ao seu redor, inclusive a batalha entre os dois exércitos citados pelo comentarista.
— Olha só quem encontramos aqui! — Uma voz grossa lhe fez sobressaltar, então tomou distância da grande pedra, na qual jazia escorada. Quando voltou sua atenção a quem lhe abordava, notou uma figura robusta sobre a rocha, aquele mesmo brutamonte que havia a infortunado no salão dos guerreiros do templo. — A Canção da Morte.
Quatro de seus aliados se mostraram também, dois deles próximos ao homem sobre a pedra e cada um dos outros por cada lado do grande pedregulho. Vendo-os, a menina nem percebeu seu corpo começar a tremer, nem constatou a respiração que acelerou.
— Dessa vez, não há pra onde fugir. — Ao sorrir maldosamente, deixou a mostra seus dentes escuros. — Nem será salva por seus amiguinhos.
Não, não, não... — Sua mente recuava, porém, seu corpo permanecia paralisado no lugar.
Os olhos completamente escuros estavam arregalados de medo, não de morrer, pois havia perdido o receio da morte há muito tempo. Seu temor era de matar, contudo, não era a hora de mostrar covardia. Dessa forma, recordou das palavras que lhe foram ditas pelo guerreiro medo-ecoante:
Dar tudo de si e fazer o que for preciso para ser um dos doze últimos... Devemos mostrar a fera que habita em cada um de nós.
— Vamos acabar com isso de uma vez por todas! — O oponente musculoso executou um salto, assim como os capangas os seu lado, e os que já se viam no solo dispararam contra a moça de curto cabelo preto.
— Não! — O brado da olimpiana de vestido alaranjado não trazia receio, de modo algum, somente imponência.
Depois de tantos anos, aquela era a primeira vez que sua voz ecoava livremente fora das paredes do castelo. Era estridente e melódica. Os cinco competidores cessaram a ofensiva de modo imediato, como se fossem súditos obedientes às ordens da garota. Enquanto o semblante deles ia de confuso para assustado, o da pequena deixava a convicção para adotar a nostálgica culpa ao ver seus inimigos tremerem.
A primeira sequela que se mostrou após a paralisia foi o sangue dourado fluindo por seus ouvidos, depois pelos vários outros orifícios de seus corpos. Respirar se tornou uma ação difícil para eles e aqueles que não se engasgavam com o fluido de gosto ferroso era por que o vomitavam. O brutamonte jazia ajoelhado, sem entender se havia perdido o completo tato ou se a dor era tão grande que lhe parecia impossível senti-la. Então notou, em meio ao sangramento que enchia os olhos, seus quatro amigos perecidos se desfazendo em cinzas escuras, antes de acompanhá-los no mesmo caminho e morrer.
Foi essa a cena traumática que a garota teve de presenciar mais uma vez em sua vida, contudo, não tinha sido como das outras vezes, entendia que aquela havia ocorrido de propósito e não acidentalmente. Ali se encontrava a fera que habitava seu interior.
Antes que seus pensamentos pudessem subjugá-la, constatou um imenso tsunami de areia que varria o terreno ali perto, o qual havia sido mencionado antes por um dos narradores em algum momento. Pensou em tomar distância do perigo até que viu um grupo que corria à frente da onda, pareciam totalmente indefesos.
Posso ser considerada um monstro, mas não um monstro indiferente. — Foi o pensamento que fez a guerreira do galo disparar em alta velocidade.
Enquanto muitos outros corriam na direção contaria ao risco, a jovem usava sua velocidade aprimorada pela pressa com que cruzava o castelo quase todos os dias em que morou nele. Em poucos minutos já havia alcançado a onda, corria ao lado dela, então foi só aí que constatou sua origem.
Um cavalo de areia, uma espécie mística que habitava os desertos de Marte, encontrava-se no auge do tsunami terroso. A metade inferior de seu corpo parecia dar início a toda a onda que se formava a partir dele. As pernas dessa espécie nunca foram vistas, o que se fazia acreditar que eles não as possuíam, já que deslizavam na areia de forma anormalmente fácil.
A ígnea agradecia mentalmente por aquela ofensiva não ser tão veloz quanto seria se fosse feita de água, entretanto, suas pernas não aguentariam correr muito mais, assim como notou que o grupo que fugia a frente também não aguentaria. Precisava ultrapassar a onda o quanto antes. Seu momento de agir se apresentou mais cedo do que imaginou quando um jovenzinho do grupo tropeçou em meio ao desespero.
Ultrapassou o cavalo de areia e corria em direção ao menino caído, assim como faziam os outros integrantes da equipe sobressaltada, desistindo da fuga que viam como impossível. Para o adolescente abatido, aquela cena efêmera se passou em câmera lenta. Sentia seus familiares tentando levantar seu corpo fraco enquanto fitava as costas da moça de vestido alaranjado à sua frente, ela mantinha os braços abertos como se fosse servir de proteção contra a imensa onda de areia.
— Pare! — Seu grito reverberou como antes e os efeitos dele não demoraram em se apresentar.
O tsunami se desfez instantaneamente enquanto o cavalo era assolado pelos mesmos sintomas que aqueles que a ameaçaram. Recusando o sentimento de culpa, a pequena menina deu as costas ao inimigo que esvanecia das cinzas, então a dor finalmente lhe alcançou.
Não, não pode ser... Ainda não possuía controle sobre as ondas sonoras que emitia, elas continham uma frequência imperceptivelmente alta e cheia de energia. A família que desejava salvar também jazia ali no chão, todos mortos. Enquanto seus corpos se transformavam em cinzas flutuantes, os olhos da senhorita se enchiam de água.
— Então o tsunami de areia foi parado pela habilidade mortífera da jovem guerreira do galo!
— Mas parece que ela ficou cansada depois de usá-la. — Manish completou a fala de Bhav.
Contudo, não era cansaço que a arrasava, era culpa, a qual aumentava exponencialmente à medida que ela girava seu corpo e percebia dezenas de competidores perecendo por causa de sua voz. Muitos outros viam suas condições físicas bem prejudicadas, aqueles que se encontravam há uma maior distância da marciana que não controlava as lágrimas.
Assim como ocorreu com o deus pirocinético, os participantes que percebiam o fraquejar da garota avançaram contra ela. Se alguém dispusesse seu tempo a contá-los, seriam dezenas de pessoas dispostas a tirar a vida da famosa e temida Canção da Morte.
A primeira ofensiva a se aproximar foi um azulado raio disparado por um dos feras que corriam contra o galo, todavia, a moça não desviaria. Quem dissesse que ela não poderia desviar estaria errado, ela apenas não queria. Estava cansada de sentir a morte todas as vezes que matava e se sentir morta quando alguém lhe direcionava o semblante assustado.
O raio foi detido por um translúcido escudo protetor que cobriu a vítima e o velhinho de barba longa que surgiu num piscar de olhos à sua frente.
— Espero que esteja bem — proferiu a sua figura paterna, mirando o cajado nos feras que lhe cercavam.
Uma cortina de poeira os cobriu junto com as lufadas de ar vindas das asas do grande dragão albino que pousou ali já em sua forma humana.
— Ela disse que está bem melhor agora. — O telepata mascarado formou espinhos de gelo ao seu redor e lançou contra os competidores que avançavam pela parte onde o guerreiro cervo-real não conseguia proteger.
Amigo! — comemorou em seu interior a chegada daqueles que permaneciam de costas para ela, protegendo-a.
Por mais que suas defesas e contra-ataques se mostrassem bem efetivos, havia uma brecha nessas, pela qual muitos concorrentes se aproximavam às pressas. Foi do aglomerado daqueles participantes que surgiu o tigre-dente-de-sabre. O guerreiro smilodon usava a força de sua velocidade feral para lançar a metros qualquer um na sua frente, até que alcançou seus amigos e se juntou ao triângulo de proteção à guerreira galo.
— Boa tarde. — Depois de dilacerar um fera, o felino de presas afiadas cumprimentou, porém, não obteria resposta em meio ao caos.
— Achei que eles recuariam assim que nos vissem aqui, juntos. — O idoso careca se espantava com a audácia daqueles que ele fazia sentir uma gravidade dezenas de vezes maior. Se não estivessem naquela situação complicada, o senhor já teria repreendido o dragão e o galo pela atitude insana de competir.
— Pelo que percebi, ganharam coragem apenas por estarem em maior número. — O criocinético alegou antes de começar soprar uma nevasca que repelia boa parte dos ataques.
Depois de muitos assaltos, ofensivas, poderes mágicos, mortes e gritos de êxtase, pouco menos que duzentos competidores restavam aproximadamente em toda a arena. Aqueles que ameaçavam o quarteto de feras haviam acabado de desistir de tal ideia, pois perceberam suas pequenas chances de sucesso diante do número de baixas que sofreram.
— Já está na hora de nos separarmos. — Virando-se para os outros três, o velhinho declarou sem apresentar cansaço depois de tanto esforço.
— Por que isso agora? — O homem branco de traje lúrido interrogou o que também queria saber a menina ao seu lado.
— Não podemos estar juntos quando for anunciada a morte súbita do torneio. — O grande felino tomou a forma do jovem franzino de cabelo marrom enquanto explicava...
Ao mesmo tempo em que eles se despediam no lado sul, no norte da arena havia um reencontro:
— Ainda bem que você está bem! — A guerreira ratazana conteve a vontade de se jogar nos braços da dama com cabelo de serpentes. As duas levavam consigo machucados, cortes, dores que nem mesmo a habilidade de trocar de pela da víbora melhorava.
— Isso graças ao guerreiro macaco que me libertou daquele nevoeiro sombrio... — respondeu simulando certa apatia.
Era desgastante fingir serem apenas conhecidas em vez de namoradas. À medida que se julgava por ter medo de expor o relacionamento, a guerreira imaginava que um beijo da marciana esbelta lhe devolveria todas suas forças. Abandonou tais pensamentos quando balançou sua cabeça junto com as cobras nela.
— Quero dizer que te amo muito e que te desejo toda sorte do mundo. — A ígnea de pele fria declarou como se falasse algo simples, para que suas emoções não fossem captadas por alguma câmera aérea que poderia estar gravando.
— Eu também te amo. Vamos ganhar isso, juntas. — A dama de cabelo branco não continha as lágrimas sorrateiras. Sua fala era apenas simbólica, pois as duas entendiam que logo teriam de se separar mais uma vez...
— Depois de quase seis horas seguidas, agora restam pouco menos que cem competidores no Torneio Feroz! — Manish informou, e as arquibancadas quilométricas ressoaram em entusiasmo.
— Estamos cada vez mais próximos de descobrir quem serão os doze escolhidos! — Bhav completou com ânimo. — A partir de agora dar-se início a morte súbita!
Aquilo declarava a reta final da batalha, a parte mais difícil dela. Somente os mais fortes e poderosos chegariam à conclusão do evento e todos eles já se viam desgastados pelas horas anteriores. No entanto muitos deles ainda apresentavam grande reserva de chakra e capacidade de continuar, por exemplo, o guerreiro cervo-real. O senhor de pele enrugada voava usando sua habilidade gravitacional e atacava, com a mesma técnica, qualquer um que aparecesse.
Aquele momento se tornava desesperador para os concorrentes que haviam formado uma dupla ou equipe, pois uma das regras os obrigava a terem que duelar com todos assim que fosse anunciada a morte súbita, inclusive seus amigos. Entretanto, naquele instante, mais uma das diversas dificuldades seria encontrar os poucos oponentes restantes numa arena que media o mesmo tamanho de uma cidade inteira.
— Um dos guerreiros que parece não ter perdido a energia foi o centauro!
O narrador rechonchudo fez os olhares se voltarem para o meio-homem e meio-cavalo, ele corria por toda a parte sudoeste da cratera e atirava as lanças escarlates que criava a partir do óxido de ferro que havia em abundância no solo avermelhado. Seus lançamentos eram certeiros e quase ininterruptos, uma vez que geralmente usava a surpresa como principal estratégia...
Não muito longe dali, o jovem prodígio duelava aos socos fortes contra um adversário que parecia possuir sua mesma superforça. O som que os golpes faziam reverberar revelava sua potência. O rapaz disputava contra um homem de aparência bem mais adulta que ele, contudo, isso não o intimidava, pelo contrário.
Usando seu olfato, sentia que mais competidores se aproximavam, então decidiu terminar logo com aquele. Entre os golpes ferozes, o guerreiro smilodon pisoteou o solo conduzindo seu chakra para seu pé esquerdo, o que fez todo o terreno tremer e o adversário se desequilibrar. Em seguida, realocou sua energia para o punho direito, com o qual quebrou todas as costelas do fera à sua frente.
Entretanto não era hora de comemorar vitória ou de assistir o oponente falecer com dignidade, uma flecha zumbia à suas costas. Virou-se o mais rápido que seu corpo permitiu, porém, não ligeiro o suficiente para se defender ou desviar. Sua vida seria atravessada por uma seta metálica, contudo, pouco antes disso, o ataque incidiu o muro rochoso que se formou à frente dele.
— Eu disse que te acharia. — O moço voltou seu olhar espantado à dama do seu lado direito, ela mantinha as mãos erguidas na direção da parede recém-criada. Sua veste de couro escuro e os óculos verdes o fizeram recordar que aquela era a mesma que deu forma a cidade de pedras na parte oeste da arena.
— Muito obriga... — A fala do pequeno rapaz franzino foi interrompida pela morte sorrateira daquela que o salvou, uma flecha despercebida jazia em seu peito e uma lágrima foi contida pela lente esverdeada.
À medida que os olhos do rapaz se arregalavam em descrença e raiva, a dama perecida se desfazia em cinzas, e seu muro protetor desabava, revelando o centauro de armadura avermelhada que se aproximava com arco e flecha em mãos. O jovem rangeu os dentes, assumindo sua forma feral, o grande tigre alaranjado com tatuagens douradas. Assim zarpou com ferocidade em direção ao inimigo...
— Os exércitos de clones do guerreiro coelho e golens da ignur ainda travam uma guerra que parece infindável! — enunciou o supersônico na alta torre do templo central da caldeira.
— Enquanto isso, o nosso grande Salvador parece estar buscando um oponente digno. — Manish se referia ao grande chimpanzé que executava saltos exorbitantes para que acabasse logo com aquilo.
Todavia, sua pressa o fez encontrar um daqueles que menos desejava. No fim de um dos pulos, seus faiscantes olhos dourados se cruzaram com as frígidas íris azuis do homem de máscara. O criocinético decidiu que chamaria menos atenção se estivesse em sua forma humana enquanto procurasse outros competidores. Naquela situação, só restava uma alternativa, que, na verdade, era considerada uma falta de opção, teriam que duelar até a morte.
— Olá, guerreiro macaco. — O fera draconiano cumprimentou com cordialidade, no entanto, foi respondido por uma bola de fogo que o fez desviar para o lado. Seu reflexo efetivo se deu graças à distância de dez metros entre eles.
— O que ele está fazendo?! — José deixou de roer as unhas para exclamar sua perplexidade.
— Agora que estão cara a cara, terão que se enfrentar. — O Bruxo Elétrico, Salazar, colocou-se próximo ao rapaz loiro para garantir que ele não cometesse nenhum impulso estupido.
Devemos duelar... — Prontificando sua pose, o pirocinético afirmou mentalmente para o telepata.
Não quero duelar com você — recusou sem mostrar receio, apresentando certo agrado pelo deus. — Você é amigo de meu irmão, então é meu amigo também...
Eu também não queria isso. Prometi te proteger neste torneio. — O de capa preta se lamentou, evolvendo suas mãos em chamas. — Mas temos que fazer isto, senão seremos considerados fracos.
Negando os pensamentos que lhe condenavam pelo que faria, lançou duas esferas flamejantes, das quais o fera branco se defendeu com um escudo de gelo que depressa se desfez em água.
— Prefiro ser considerado fraco a me voltar contra um amigo! — Suas palavras foram cirúrgicas e impactantes.
Então, pelo menos, vamos fingir uma disputa até que o torneio tenha um fim — relatou uma saída plausível e executou outra ofensiva abrasadora, a qual incidiu o braço do dragão que sentiu apenas uma ardência leve.
— Acho que gostei desta opção... — Os orbes cristalinos brilharam sob a máscara, e ele baforou uma nevasca cortante que foi combatida pelas labaredas derivadas da boca do pirocinético.
— O que eles acham que estão fazendo? — Foi a vez de Safira se indignar pelas escolhas daqueles feras.
— Espero que não estejam tentando se matar. — Yara buscava em sua mente alguma forma de interromper aquela disputa, caso ela se intensificasse.
Entretanto o que temia estava acontecendo. As chamas do ígneo não assumiriam a cor azulada, pois muita de sua energia já havia sido esgotada, mesmo assim, elas se ampliavam cada vez mais, apresentando mais eficácia. Em consonância, a nevasca assumia um volume equivalente, lançando afiadas setas de gelo para todos os lados. O impacto de seus poderes obliterava o solo e disparava rajadas de diferentes temperaturas pela atmosfera.
— Parem agora! — A guardiã aquática bradou assim que tocou o ombro do narrador de habilidades supersônicas, contudo, seu grito saiu desanimadoramente normal. Com isso, ela recebeu um olhar repreensor daquele que deixou de tocar assim que constatou a falha em sua tentativa de intervir.
— Eu não sou um autofalante que pode ser usado à hora que os outros bem entenderem. — Sua fala foi curta e direta, para que os dois comentaristas pudessem voltar a sua função.
Enquanto o êxtase se ampliava, os competidores iam diminuindo em contagem regressiva, e os narradores daquele torneio tentavam comentar todas as disputas decisivas. O combate entre frio e calor se mostrava mais intenso, assim como o vapor que emanava junto com a fumaça e o ar congelante.
— Vamos esquentar um pouco mais as coisas. — O pirocinético envolveu suas palmas em fogo e disparou contra seu adversário, o qual cessou a nevasca e cobriu as mãos com a potência máxima de sua habilidade criocinética.
Seus semblantes se espelhavam em vontade, de alguma forma, em meio à luta, eles aparentavam estar se divertindo com a ação. Propulsores elementais os impulsionavam para frente a partir de seus pés que se mantinham a centímetros do chão. Quando os punhos se separavam por poucos metros somente, seus corpos paralisaram de modo súbito, não conseguiam movê-lo por mais que tentassem.
Repentinamente, folhas verdejantes surgiram entre eles formando um pequeno ciclone que logo tomou a silhueta do jovem Bruxo da Natureza, do qual os braços permaneciam estirados em direção aos feras indignados e aliviados ao mesmo tempo.
— Os doze Guerreiros Ferozes foram escolhidos! — A exclamação de Salazar foi abafada pelos gritos entusiasmados dos espectadores.
Então as batalhas do Torneio Feroz finalmente tiveram um fim!! Quem serão os feras escolhidos? Bem, para saber mais, continuem me apoiando, votando nos capítulos, comentando o que está achando da obra e peço que também compartilhem ela.
O que virá em seguida? Qual rumo a trama dos poderosos tomará? Os elegidos irão honrar o título de Guerreiros Ferozes?...
-JoséJGF
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