†Uma Manhã Cinzenta†Parte 1†

15 de Abril de 2016, segunda-feira

- David! Denna! Acordem, o café da manhã já está quase pronto! - gritou minha mãe da cozinha.

Levantei da cama e fui direto para o banheiro, era uma manhã bem fria, eu até entendo, pois hoje faz 18 anos que nosso mundo conheceu o horror. E o dia 15 de Abril foi considerado feriado mundial, para honrar aqueles que perderam suas vidas ao tentar escapar das criaturas odiáveis, "Os Outros". E também é o dia em todos da cidade se reúnem para uma pequena missa.

- David! Sai logo desse banheiro, eu quero usar - disse minha irmã batendo na porta.

- Dá um tempo Denna! Eu entrei agora - falei.

- Mas eu to apertada! Sai logo - disse Denna.

- Okay, pare de bater na porta feito uma louca, já estou saindo - falei.

- Tá, mais sai logo - disse Denna.

- Vocês estão brigando por causa do banheiro de novo? - disse minha mãe.

Eu então sai do banheiro e falei - Eu não! É a Denna, como sempre.

- EU sou a mais velha e você deve me obedecer, agora sai da frente maninho, eu realmente estou apertada - disse Denna.

Fui até a cozinha e dei um beijo na testa da minha mãe e falei - Bom dia mãe.

- Bom dia filho - disse minha mãe. - Dormiu bem?

- Você sabe... mais ou menos, "Os Outros" desse vez bateram o recorde de tanto barulho - falei. 

- Verdade filho, será que aconteceu algo? - disse minha mãe preocupada.

- Será que eles... pegaram mais... alguém? - disse Denna descendo as escadas. - E aproposito, bom dia mãe.

- Bom dia filha, bem... eu espero que não tenha acontecido isso - disse minha mãe.

- Eu tinha apenas 10 anos quando eles apareceram, e eu lembro de tudo, e bem... ainda tenho pesadelos com isso - disse Denna.

- Sei como é minha filha - disse minha mãe.

- Como eles eram mesmo Denna? Você disse que os viu - falei.

- Eu vi sim! Bem... apenas uma sombra negra de 2 metros e meio, com garras bem afiadas, e eu sei por que um deles quase me fatiou - disse Denna mostrando uma grande cicatriz na barriga. - Eu só não morri por causa do nosso pai e do nosso irmão.

- E você deu sorte do corte não ter sido muito fundo - disse minha mãe.

- Sim, são memorias ruins que sempre devemos lembrar, para levar nos com sigo e ver como essas criaturas são. "Monstros" - disse Denna. - E foi graças a mim que essa pestinha ta viva.

- Ah... sim, muito obrigado maninha, esses é uns dos motivos por me fazer ser teu escravo - falei sarcasticamente.

- É por que eu sou a mais velha! Você deve me obedecer - disse Denna. - Mas você sabe muito bem que eu amo você, sua pestinha. 

Denna pulou em mim e ficou puxando minhas bochechas - Ei, isso dói, não sou mais criança. 

- É sim, é meu irmãozinho mais novo - disse Denna ainda apertando minhas bochechas.

- Hum... então é assim é, eu também sei jogar esse jogo - joguei a minha irmã no sofá e comecei a fazer cocegas nela.

- Não! David, você sabe que eu odeio isso. PARAAAA! O MÃEEEEE - gritou Denna parecendo uma criança.

- Vocês dois parecem crianças - disse minha mãe rindo. - Vamos, largue sua irmã, ela não gosta disso.

- É... eu também não gosto quando ela aperta as minhas bochechas - falei.

- Vamos... comam logo os seus cafés da manhã, temos uma missa pra ir - disse minha mãe.

Quando nós terminamos de comer, um carro de som passou pela cidade dando um aviso, e sempre que ele passa, os avisos nunca são positivos.

*Som ON

Atenção moradores de Silent City, nesta noite de Domingo uma coisa muito grave aconteceu, um dos moradores desobedeceu as regras e saiu para fora de sua casa às 9 horas da noite, e o imprevisto aconteceu, "Os Outros" acabaram o pegando e somente algumas partes de seu corpo foram encontradas. 

Por favor, nunca desobedeça as regras, só assim, vocês ficaram vivos! E não deixara que "Os Outros" peguem vocês.

Muito obrigado pela sua Atenção!

*Som OFF

- Meu Deus! Mais uma pessoa foi morta - disse minha mãe assustada.

- Bem... quem não obedece as regras acabam assim - disse Denna.

- É horrível! O mundo... o mundo enlouqueceu! Essas criaturas... vão acabar com toda a rança humana. O exercito tem que fazer alguma coisa, não aguento mais ficar preso dentro de casa sempre às 8 horas da noite - falei.

- Ninguém mais aguenta maninho, acho que nunca veremos mais a lua a noite. Não enquanto "eles" existirem - disse Denna.

- Venham, vamos nos arrumar para a missa - disse minha mãe.

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Notas da Autora: Olá escritores e leitores, gostaram do capítulo? Deixe seu voto e comente o que achou hêhê. Beijos e bye bye.