🔹 10 🔹

Mal podia acreditar que faltavam poucos dias para as férias escolares. Os meses depois que descobri os meus poderes passaram rapidamente, entre treinos, estudos e os descansos.

Minha avó e Martin estavam sendo de fundamental importância para os meus treinamentos. E agora até já conseguia dar umas espiadas na mente do meu guardião. Com os outros domínios eu não estava tendo dificuldade, e até já tinha conseguido consertar a espada do rei Henry com perfeição.

Os domínios não estavam aumentando, minha magia ainda permanecia a mesma, mas a quantidade de coisas que eu conseguia fazer agora é bem maior.

Adam também me ajudou bastante com o treinamento, e até já tivemos algumas práticas de combate, e até consegui "derrotá-lo" algumas vezes. Porém não usei mais nenhuma vez o meu domínio de mente nele.

Nem com a minha força e a dele combinadas conseguimos derrotar o Martin. E a minha avó então? Nem se fala, não tem variedade de domínio que ganhe da experiência que ela tem. Uma vez, até o Martin estava do nosso lado, mas, mesmo assim, nem conseguimos encostar direito nela.

Eu treinava a minha mente apenas com a minha avó, e mesmo fazendo progressos notáveis, ainda não consegui implantar mais do que dois pensamentos bobos e inofensivos na mente dela.

Só que agora, já na última semana de aula, minha avó, Martin e os pais do Adam resolveram que será melhor para nós darmos uma pausa e aproveitar o baile da escola. Nada de treinamentos pesados ou preocupações durante essa semana.

Minha avó tinha me levado com a Sarah para escolhermos um vestido para usarmos no baile, e a alegria da minha amiga acabou me contagiando, e estava contando as horas para chegar logo a hora.

Mesmo o baile sendo a oportunidade perfeita para formar casais, nós quatro resolvemos não esquentar demais a cabeça e irmos como grupo mesmo. Sem pares, menos dores de cabeça, apesar que gostaria bastante que o Adam tivesse me chamado individualmente para o baile. Clichê sim, mas nem me importaria.

Os professores, quando finalmente chegou a esperada sexta, e parece que a escola só respira esse baile. Fomos até liberados uma aula mais cedo para que as coisas pudessem ser preparadas por lá.

Sarah disse que depois de arrumar o cabelo no salão, iria direto para a minha casa para nos arrumarmos juntas. Quando chego em casa vou logo tomando um banho e lavando o cabelo, para que eu pudesse arrumá-lo antes que a minha amiga chegasse.

Fazia um bom tempo que estava usando o meu domínio de fogo para arrumar e secar os meus cabelos. Não era bem fogo, já que eu conseguia esquentar as minhas mãos, para que as palmas e dedos atuassem como uma chapinha portátil.

Alisei onde eu queria, enrolei com os dedos onde achei que ficaria legal. Depois de modelar o cabelo do jeito que eu queria, prendi algumas partes com grampos e sorri ao ver o meu reflexo no espelho.

— Já estou equipada com a minha maleta de maquiagem! — Sarah diz, abrindo a porta do quarto, sem precisar pedir licença.

— Ficou lindo o seu cabelo! — digo olhando a trança lateral elaborada que prendia parcialmente os cachos. Os fios que estavam soltos receberam uma definição extra, e caiam pelo rosto e costas valorizando a beleza dela.

— Obrigada! Vamos as unhas e depois você tem que me ajudar a entrar no meu vestido!

E foi o que fizemos. Conversamos, rimos e compartilhamos opiniões sobre que tipo de maquiagem deveríamos usar. Depois de alguns muitos vídeos ensinando como fazer a nossa maquiagem, conseguimos um resultado muito bom.

Ajudo Sarah a colocar o seu vestido verde-escuro, que combinou perfeitamente com o penteado e a cor brilhante em seus lábios.

Já eu resolvi apostar mais num sombreado escuro nos olhos, o que deixou meu olhar bem marcante. Um batom clarinho pra não tirar a atenção dos olhos e estou me sentindo linda. O azul dos meus olhos estava mais límpidos.

Meu vestido é simples, um cinza quase prateado só que não tão brilhante. Ele segue as curvas do meu corpo até a cintura e então começa a cair livre sobre a minha barriga e coxas. A sandália de um azul profundo, dava um toque de cor em mim.

— Isso é hora de dar vontade de ir ao banheiro? — Sarah reclama e vejo ela correndo para a porta e batendo em seguida.

Estou procurando meu brinco na bagunça que fizemos em cima da minha penteadeira, quando escuto batidas na janela. Martin está com olhinhos escuros de esquilo e parece querer falar alguma coisa. Olho uma vez para a porta do banheiro e corro pra janela.

— Oi Martin!

— Megan... Você está deslumbrante! — ele diz e é engraçado ver os olhinhos arregalarem, admirados. — Digna de realeza e muito mais!

— Obrigada Martin! Mas aconteceu alguma coisa? Minha amiga está no banheiro e não deve demorar muito para sair de lá... Acho que ela não vai entender o motivo de eu conversar com um esquilo.

— Não vou me demorar... Só vim entregar uma coisa que a sua avó me pediu... — nem tinha percebido que o esquilo tinha uma pequena sacolinha na mão.

— O que é isso?

— Abra, você vai ver...

Ele me entrega o saco e quando despejo o conteúdo na minha mão, vejo um par de brincos turquesas brilhantes lindos. Ponho os brincos e dou uma olhadela rápida no espelho. Eles combinaram perfeitamente com os meus olhos.

— Ficou ainda mais bela — Martin sorri. — Adam realmente é um rapaz de sorte.

Minhas bochechas ficam vermelhas, e escutamos o barulho da descarga sendo acionada.

— Mais tarde eu apareço no baile também. Sua avó comprou um ingresso pra mim.

— Até mais tarde Martin — ele pula para fora da janela e mal encosto na janela para fechá-la, quando Sarah abre a porta do banheiro.

— Bem pensado amiga, deixa aberta um pedaço mesmo, pro ar começar a circular... Péssimo momento para ter que resolver assuntos pendentes no banheiro...

— Mas você está bem?

— Ah, sim, estou. Acho que deve ser algo de nervoso, mas deve passar em breve... Não sei, parece até que vai acontecer alguma coisa hoje... Além do baile, obviamente.

— Deixa de pensar demais Sarinha... Vamos apenas aproveitar a noite com as pessoas que a gente ama ficar perto. A única coisa diferente é que a gente se arrumou pra isso.

— É, você tem razão.

Batidas na porta.

— Meninas, os seus pares para o baile chegaram — a voz do meu pai ecoa pelo quarto. Abro a porta sorrindo e meu pai pisca os olhos umas poucas de vezes ao me ver. — Filha, quando foi que você ficou tão bonita assim que eu nem percebi? — ele me puxa para um abraço e dá um beijo no topo da minha cabeça.

— Obrigada pai.

— Você também está muito bonita Sarah — ele fala olhando pra minha amiga. — Vou avisar aos rapazes que vocês já estão vindo.

Passamos perfume e depois de dar a última conferida no espelho, vamos encontrar os meninos. Eles estão em pé, conversando com os meus pais, mas ao escutar o barulho da gente se aproximando, param a conversa e olham na nossa direção.

Os dois estão perfeitamente arrumados. Ternos bem ajustados aos corpos altos e delineados. Os cabelos penteados e os sorrisos exuberantes.

Lucas bota o seu olhar na Sarah e o seu queixo cai. Ele vai até o seu lado e diz alguma coisa no ouvido dela que a faz rir e corar um pouco. Meus pais nos juntam num canto da sala e tiram várias fotos nossas. Eles nos desejam um bom baile e fico surpresa ao ver uma limusine parada em frente da casa.

— Investimento minhas caras — Lucas sorri e estende a mão para acompanhar Sarah até o carro. Eu fico uns dois passos atrás com o Adam.

— Uau Meg... Você está... Uau — Adam diz se inclinando na minha direção e roçando levemente o seu ombro no meu.

— Você também está bem "uau" Dam — sorrio. — Isso é, se for uma coisa boa.

— Boa. Definitivamente é um elogio. Ou uma tentativa dele.

Entramos na limusine, e logo Sarah engata uma conversa que era para envolver todos nós, mas acaba que ela está do lado do Lucas, tão envolvida na conversa, que nem percebe que eu e o Adam estamos de fora.

— Será que percebem que são feitos um pro outro? — Adam pergunta baixo no meu ouvido, e uma necessidade que eu nem sabia dentro de mim me fez escutar "será que percebe que somos feitos um pro outro?".

— Perceber é até que fácil, mas e a coragem de fazer ou falar algo...? — digo e não sei se estou falando dos meus amigos, ou de mim mesma.

— Você tem razão... — ele diz mais baixo ainda e impressão minha ou escuto um suspiro?

Olho pros dois que estão envolvidos na conversa e sorrio ao pensar nos dois namorando. Ia ser ótimo.

— O que foi amiga? — Sarah me desperta dos meus pensamentos quando percebe que estou encarando os dois.

— Nada não! Estava viajando aqui... — agora os dois parecem fazer questão de nos incluir no assunto que discutiam, e mal percebemos quando chegamos na escola.

Descemos do carro e seguimos o fluxo de alunos que chegava em peso até o ginásio.

Não sei como eles conseguiram fazer essa decoração tao bonita em tão pouco tempo. O tema era "Porque não gelo?" e os pontos brancos e cinza claro lembravam bem o glacial.

Flocos de neve feitos de isopor e glitter estavam pendurados no teto do ginásio, pendendo e brilhando acima das nossas cabeças. Bonecos de neve falsos estavam espalhados pelo espaço. As mesas estavam espalhadas pelas laterais, deixando o centro do ginásio para um pequeno palco e uma enorme pista de dança que já estava cheia de gente.

— Minha nossa, nem parece a quadra que quase sempre jogo minhas partidas de basquete — Lucas diz rindo, olhando pra cima e admirando os detalhes.

— Não vamos nem perder tempo, já pra pista de dança! — Sarah diz animada e pegando na minha mão e na de Lucas, praticamente nos arrasta até a grande aglomeração de pessoas.

A música está animada e nos divertimos e dançamos muito. Só quando sinto os meus pés começarem a doer, que eu digo que preciso sentar. Sarah e Adam continuam dançando com um grupo de pessoas, e Lucas me acompanha até encontrarmos um banco para nos sentarmos.

Retiro os sapatos e massageio um pouco a sola soltando um suspiro de alívio. Olho para o meu amigo e ele parece preocupado.

— O que aconteceu Lu? — pergunto. Ao observar as mãos do Lucas, percebo que ele está tremendo.

— Vou pedir a Sarah em namoro hoje — ele solta.

— O QUÊ? — grito, mas como o ambiente está barulhento, ninguém me dá muita atenção.

— É. A gente ficou mais algumas vezes desde da vez que ficamos lá na casa da sua avó. Ela deve ter te contado não é mesmo? — concordo com a cabeça. — Eu estava com medo de colocar rótulos sobre a gente e dar tudo errado... Mas Meg, se eu não namorar com ela, aí que eu sei que vai tudo errado...

— Vai fundo Lu! Vocês dois formam um casal incrível!

— E se ela não aceitar?

— Ela vai aceitar...

— Estou nervoso. Pedi pra tocar uma música que parece com a gente. Mas se ela achar brega demais?

— Você conhece a Sarah... Ela vai amar esse gesto grande, de música, baile e tudo mais... E outra, a coisa entre vocês é mútua. Nem precisa se preocupar.

— É, acho que ela vai gostar. Espero que ela aceite. Nem sei quando foi que eu passei a olhar para ela de um jeito diferente... Pensei que tinha dado tudo errado quando ela ficou me evitando logo depois que a gente ficou pela primeira vez, mas ainda bem que conseguimos olhar por cima de tudo e percebemos como somos bons juntos... E eu finalmente reuni a coragem para fazer o pedido que ela merece.

— Sei que vai dar tudo certo. Mas você tem a minha torcida — busco a sua mão e dou um aperto suave.

Adam e Sarah vem se sentar conosco.

— Vocês querem tomar alguma coisa? — Adam pergunta sem sentar.

— Nem me importo muito com o quê, mas estou aceitando líquidos gelados! — Sarah diz, sentando e já retirando os sapatos também.

— Eu ajudo o Adam a trazer as bebidas — Lucas se oferece, ficando de pé e saindo com Adam.

Começo uma conversa animada com a Sarah, quando vejo o Adam voltar, com três copos altos cheios de alguma coisa nas mãos.

— Ué, e cadê o Lucas que foi contigo apenas pra te ajudar a trazer nossas bebidas? — Sarah questiona.

— Ah, ele encontrou um pessoal do time do basquete e ficou lá conversando com eles. Ele disse que daqui a pouco aparecia.

— Acho bom ele voltar quando os meus pés descansarem, ele está me devendo muitas danças! — ela reclama e eu pego um copo, percebendo que é água.

As músicas que estavam tocando seguidas, de repente param. O pessoal que estava na pista de dança reclama, mas parece ter uma movimentação no pequeno palco. A iluminação do ginásio diminui, e só um holofote é ligado e apontado para o centro do palco.

Lucas está sendo iluminado e tem um microfone nas mãos. Ele limpa a garganta e começa a falar.

— Boa noite pessoal! Estão se divertindo? — um grito positivo ecoa pelo ginásio. — O baile pra mim está maravilhoso, e espero que agora fique ainda mais. Pra mim, e espero que para uma pessoa muito especial. Sei que vocês nos conhecem juntos por nossa amizade, mas agora é muito mais pra mim. Sarah, você é a minha melhor amiga... Quer ser a minha namorada também?

— SIIIIIIM! — o grito da Sarah traz um sorriso aliviado no rosto do Lucas.

— Ainda bem que eu nem precisei apelar pra música, mas como eu já tinha preparado ela, vem cá e dança com o seu mais novo namorado! — ele diz e já vai deixando o microfone no palco.

https://youtu.be/e0TIxI2skas

Sarah nem se dá o trabalho do colocar novamente o sapato, apenas corre na direção do Lucas e o abraça apertado. A música de batidas suaves e letra conhecida começa a tocar. Quando o Lucas gira o corpo da Sarah, para lhe dar um beijo digno de cinema, palmas e assobios ecoam pelo ginásio. Estou batendo palmas e gritando também, mal cabendo em mim de felicidade pelos dois.

— Sabia que aqueles dois não demorariam muito mais para se acertar... — Adam diz, se inclinando para perto de mim. Olho para ele e vejo em seus olhos, um sentimento que não soube ao certo como identificar. Então ele apenas fecha os olhos e se aproxima do meu ouvido. — Quer dançar?

— Adoraria.

A música ainda está lenta e ele coloca suas mãos quentes em minha cintura. Passo as mãos por seu pescoço e enlaço meus dedos, fazendo um carinho não tão involuntário nos cabelos de sua nuca. Apoio a cabeça no seu peito, ouvindo as batidas fortes de seu coração.

Nos movimentamos lentamente, no ritmo da música. Mal levantamos os pés do chão, mas estava bem assim. O cheiro dele vinha debaixo das camadas de roupa e me fez fechar os olhos feliz. Seus dedos acariciavam minhas costas e não sei se fiquei feliz ou triste pelo tecido nas minhas costas.

Não escutava a música, mas sentia as batidas passarem por nós.

E quando a música terminou — cedo demais para o meu gosto, — paramos de nos mover e ergo a cabeça para olhar encarar os olhos brilhantes de Adam.

Ele está sorrindo pra mim e como não fazer o mesmo?

Sua mão se ergue e enrola uma mecha de cabelo que tinha deixado para emoldurar meu rosto. Não falamos nada. Durou apenas uma piscada, mas sei que ele estava olhando para a minha boca. E quando ele morde o interior da bochecha, sei que ele vai se aproximar.

Ainda bem que estou de salto, assim a distância entre nossos lábios é menor.

Só que antes que qualquer um de nós pudesse dar o primeiro passo, escuto um grito.

— ESTAMOS NAMORANDO! — a voz da Sarah nos retira daquele clima e viramos o rosto para ela, sorrindo.

O universo deve estar contra mim, já que essa não é a primeira vez que um possível beijo meu e do Adam é interrompido.

— Finalmente não é mesmo?! — Adam diz rindo e sinto vontade de protestar quando seus dedos desaparecem das minhas costas.

— Não enche cara... — Lucas reclama, mas parece estar chateado.

— E esse pedido na frente de todo mundo? Você não teve medo de eu te dar um fora na frente da escola toda? — Sarah sorriu.

— E correr o risco de passar o resto da sua vida sem mim? Acho bem difícil... — Lucas dá um beijo na ponta do nariz da minha amiga.

— Convencido... — ela lhe dá língua.

— Chega dessa troca de amor... Estou começando a ficar enjoado, e talvez um pouco enciumado... — Adam abraça o mais novo casal. — Vamos aproveitar a noite, que ainda temos muito tempo para curtirmos!

Concordamos e vamos aproveitar a noite.

Martin chega um bom tempo depois, e ele está muito bonito de smoking preto. Assim que me vê, ele sorri e se aproxima. Rio quando ele tenta se aproximar da gente, mas é abordado por várias meninas muito interessadas em saber quem é o menino novo e estupidamente bonito.

A noite vai avançando e danço algumas músicas com o Martin. Ele parece estar se divertindo, mas então recebe um recado e sai rapidamente do ginásio, com a promessa que me encontraria mais tarde para me dar detalhes.

E quando o baile estava dando os seus últimos suspiros, voltamos para casa. Paramos primeiro na casa da Sarah e claro que o Lucas, desceu para deixar a namorada na porta, me deixando sozinha com o Adam no banco detrás da limusine.

— Foi bem divertido hoje não é? — digo puxando assunto quando o Lucas começa a demorar a voltar.

— Sim, foi... Você já está cansada? Quer que eu vá logo te deixar em casa?

— A noite está boa, e acho que o Lucas ainda vai demorar... Se você não se incomodar...

— Não é incômodo algum, vamos lá...

Seguro os sapatos em uma das mãos enquanto avisamos ao motorista e começamos a caminhar até a minha casa.

— Estou muito feliz pelo Lucas... Deve ser bom tirar os sentimentos do peito assim... — Adam diz.

— Muitos sentimentos te sufocando?

— Não é bem assim... Eles não me sufocam de jeito nenhum. Mas ainda não achei o momento ideal para falar com ela sobre isso...

— Entendo — mas e o que eu faço com o nó gigante na minha garganta?

— Sabe... Você realmente está linda hoje. Não que você não esteja sempre, mas hoje meio que você se superou.

— Assim eu vou acabar acreditando Adam... — aquelas palavras dele quase dissolveram o nó.

— Mas é pra acreditar mesmo... — ele para de caminhar, mas só percebo uns passos depois. Eu também paro de caminhar e bastou eu piscar e os olhos do Adam estão bem na minha frente. — Você é linda.

Seus dedos erguem o meu queixo e agora finalmente vai acontecer. Depois de interrupções, o clima da noite nos rodeou e esse beijo vai acontecer.

O hálito do Adam está mentolado e sinto a sua respiração fazer cócegas nos meus lábios.

— MEGAN! — eu não tô acreditando nisso.

Abro os olhos de uma vez e vejo Martin se aproximar de nós, com um semblante preocupado. Ah esquilinho... Você ficaria preocupado se descobrisse o que eu queria fazer com você nesse momento por arruinar meu beijo.

Ele nos alcança e não parece perceber o que estava prestes a acontecer ali.

— Megan, preciso falar com você... Quer dizer, é até bom vocês dois estarem aqui para isso. Afinal acho que o assunto também é do seu interesse jovem Adam.

— Conta logo Martin! — digo já sentindo um sentimento ruim.

— As províncias do Metal e do Ar estão se unindo para ter o controle do reino. E as outras províncias não estão gostando disso. Isso pode significar uma guerra entre as províncias.

— Controle do reino? Mas me disseram que o reino não existe mais — Adam parece preocupado.

— Não existe mais como uma coisa unificada. Mas as províncias ainda existem e estão cheias de magia. E se houver mesmo uma guerra, esse mundo pode entrar em colapso.

— Colapso? Tão sério assim?

— As províncias de Nihal são protegidas por barreiras mágicas, e com a guerra, pode vir a queda dessas barreiras, e o impacto dessa queda pode causar sequelas em todo o ambiente, sejam pessoas ou até mesmo a própria estrutura do planeta.

Certo.

Temos um problema.

É guerra que vocês querem?! É guerra que vão ter KKKKKKKKKKKKK

Se gostou, não se esqueça de conferir se a sua estrelinha está aqui e de deixar seu comentário ♥ Ah, e cuidado com os spoilers (:

Bạn đang đọc truyện trên: AzTruyen.Top