🔹 07 🔹

— Real então... — digo com um suspiro e demoro a acreditar.
— Sei que ainda deve estar parecendo muita informação para você meu amor, mas fui contando o que eu podia quando eu conseguia para você... Não é como se eu fosse falar essas coisas para você desde a sua infância.
— Você poderia ter me preparado para isso assim como o Henry preparou o Francis vó... — digo, lembrando da história.
— Não é tão simples assim querida... Sinto muito por você se sentir assim. Mas te ensinarei tudo a partir de agora sobre os domínios.
— Certo. Mas vó, a senhora sabe de tudo isso... Como?
— Eu sou uma dominadora querida...
— É?
Ela apenas acena com a cabeça e então ergue a mão direita. Estala os dedos, e as pontas acendem, como um isqueiro. A chama é forte e brilhante. O fogo vai se alastrando pela sua mão, e minha avó vai controlando as chamas com maestria.
Então encosta suas palmas juntas, apagando o fogo de uma vez. Até penso em falar alguma coisa, mas começo a escutar um barulho fraco de estática, e quando ela separa as mãos, pequenos raios ligam o ar entre as palmas. Os raios arroxeados fazem um barulho baixo, característico, agora que não estava mais abafado.
Quando acho que não tem como ficar mais extraordinário, ela estende uma palma, e ali, uma pequena chama queima em sua mão, enlaçado com os raios, numa dança hipnotizante, bonita, mas provavelmente bem perigosa.
— Vó! Você é incrível! Se você me mostrasse algo assim quando eu era pequena, ia ficar encantada!
— Domínios são perigosos meu amor. Esses são os meus domínios: fogo e raio.
Lembro dos meus olhos quando eu dominava a água e me aproximo da minha avó para ver se os olhos dela também estavam diferentes.
E como eu imaginei, os olhos realmente refletem o tipo de domínio. Como minha avó estava utilizando seus dois domínios seus olhos estavam cada um de um jeito. Seu olho direito estava brilhando, quase como uma brasa, com toques alaranjados e vermelhos. Seu esquerdo estava num tom de roxo cintilante, com pequenas linhas brancas passando constantemente, quase como se uma tempestade caísse em seu olho.
— Vó, os olhos alteram né? Cada um representa um domínio...
— Muito bem observado querida. Dominadores, ao usarem a sua magia, deixam com que todos possam ver o poder em seus olhos, já que esses são o espelho da alma.
— Sei disso, pois já vi o meu olho mudar assim... Quando estava lá na sua casa de praia, eu acabei descobrindo que sou uma dominadora de água. O azul do meu olho mudou, eu conseguia ver até mesmo as ondas quebrando neles.
— Água? Um ótimo domínio — minha avó diz com um sorriso. — E sim, os olhos do dominador de água ficam em ondas azuis. Laranja avermelhados para os dominadores de fogo. Roxos para os de eletricidade. Brancos e brilhantes para os do ar. Marrons para os de terra. Cinza para os de metal.
— E os dominadores de corpo e mente, como ficam?
— Esses são um pouco diferentes. Para os de corpo, seus olhos ficam negros como uma noite sem estrelas. E os olhos do dominador da mente ficam iguais aos do dominado.
Algo naquela frase me faz arrepiar, e eu sem saber o que falar. Mas então escuto pequenas batidas na minha janela. Batidas que eu sequer teria escutado se eu não tivesse ficado mortalmente quieta depois das palavras da minha avó.
Vou até a janela, mas não tem nada. Só que as batidas recomeçam, e vejo o motivo. Eu tenho um pequeno esquilo batendo a patinha na janela. Um esquilo estranhamente familiar.
— Martin? — pergunto, me abaixando um pouco, já sem medo de parecer completamente maluca.
— Sim senhorita White! — será que um dia vou me acostumar com aquela boquinha pequena se movendo de acordo com as palavras que saiam dele? — Será que você pode abrir a janela? Está congelando aqui fora! Mesmo todo peludo assim!
Olho para trás, perguntando sem falar nada para a minha avó, e quando ela acena positivamente com a cabeça, abrindo um sorriso, sei que é para fazer isso.
— Claro... — abro a janela e o esquilinho pula pra dentro do quarto, se sacudindo.
— Edith! Que honra é revê-la aqui! — Martin diz, fazendo uma reverência, o que me faz abafar uma risada, já que ele é um esquilo e nem em fábulas eu tinha visto algo tão fantasioso assim.
— Como vai o meu guardião favorito que eu nem sabia da existência...?
— Muito bem, agradeço por perguntar senhorita White! Espero que esteja igualmente bem, e espero que a sua presença aqui Edith seja para contar a Megan sobre a história e o papel dela.
— Uma coisa de cada vez guardião — minha avó fala com calma. — Vou aproveitar que você está aqui, e te usar para me ajudar a explicar algumas coisas, já que você estava em Nihal.
— Querida vozinha... — digo com a voz mais calma que consigo colocar pra fora. — E você querido esquilo, os dois não conseguem entender que eu estou pirando agora? Só o fato de conversar com um animal eu... — sento na minha cama, soltando um suspiro, sem saber o que fazer para apaziguar a dor de cabeça que começou a crescer.
— Eu sei meu amor... — minha avó senta ao meu lado, segura a minha mão e faz um carinho na minha cabeça. — Você vai se acostumar com tudo isso. Ser uma dominadora tem suas vantagens, eventualmente as ideias vão fazer sentido.
— Mas isso não é nada fácil.
— As melhores coisas da vida dificilmente são — Martin diz e sobre na cama com facilidade. — Nós dois estaremos aqui para tirar qualquer dúvida sua, e te apoiar no que for necessário senhorita White.
— Obrigada — aperto levemente os dedos ao redor da mão da minha avó. — O apoio eu vou querer sim. Mas essas coisas das dúvidas vão ficar para um outro dia. Acho que vou dormir um pouco ou, pelo menos, tentar. Minha cabeça está doendo. Quem sabe com o sono vem um pouco mais de assimilação?
— Claro querida. Vou preparar um chá pra você — minha avó se propõe, saindo do quarto.
— Vim para responder às suas perguntas, mas como você vai deixá-las para depois, acredito que vou indo também senhorita White. Nos vemos amanhã se assim desejar.
— Martin! — digo um pouco apressada. — Você é meu guardião e conhece a minha avó, então acho que posso te pedir isso... Será que assim... Se não for muito incômodo... Você poderia ficar por perto hoje? Não quero ficar sozinha, e talvez já tenha passado da idade de dormir com a minha avó...
— Por perto? — Martin parece um pouco confuso.
— É, sei lá. Já que você é um esquilo, eu poderia procurar uma cama de uma das minhas bonecas, ou um casaco meu e...
— Não precisa se incomodar com isso senhorita, eu posso...
— Você fica?
— Claro. Será uma honra.
— Obrigada Martin — digo, soltando uma respiração que nem sabia que prendia. Procuro um casaco quentinho no meu armário e o coloco, dobrado sobre a minha cabeceira, querendo formar um lugar confortável para que ele possa descansar.
Minha avó não demora a voltar com uma caneca alta, com um chá quente. Mal tomo alguns goles e sinto os meus olhos pesarem. Seja lá o que ela me deu, é bom, e o efeito é rápido. Antes de me render à escuridão, vejo minha avó fazendo um carinho na cabeça do Martin.
— Cuide bem da nossa menina, certo?
Não escutei a resposta dele, apenas mergulhei num sono povoado apenas pelos olhos brancos do Adam.

Ainda nem abri os olhos, mas me sinto bem. Espreguiço o corpo e olho para o despertador. Ainda faltam vinte minutos para que ele toque, mas já estou tão desperta e descansada, que o desativo e levanto.
Ao assimilar as coisas do meu quarto, vejo o casaco do lado da minha cama, e dentro dele, Martin deitado de barriga pra cima, com os seus pequenos olhos brilhantes já abertos.
— Bom dia Martin — sorrio.
— Bom dia senhorita. Dormiu bem?
— Ah, sim. Claro. Aproveitando que eu tenho uns minutos de sobra antes de me arrumar para a escola, acho que estou pronta para aquelas perguntas...
— Tudo bem por mim — ele senta e fica tão sério quanto imaginei que um esquilo poderia ficar.
— Você dormiu bem? E está acordado a muito tempo? Precisa ir ao banheiro, ou está com fome?
— Não, faz apenas uns poucos minutos. Estou bem senhorita. Mas agradeço a preocupação. Dormi muito bem sim.
— Certo então, vou ao banheiro. Mas qualquer coisa, pode falar, ok?
— Tudo bem senhorita.
Escovo os dentes, lavo o rosto e amarro o cabelo. Ainda consigo brincar com a água da pia, ok. Só conferindo mesmo. Meu celular estava desligado, e assim que liguei, vi diversas ligações perdidas da Sarah, além de uma mensagem, pedindo pra que eu fosse na casa dela assim que possível.
Mesmo achando estranho, respondo que irei antes da aula, e que não demoraria muito pra chegar por lá.
Volto pro quarto, e tomo um susto ao ver que não era mais o esquilo sentado na minha cama, e sim o Adam.
Engulo o grito.
— Por favor Martin. Uma dica que ninguém acharia que teria que falar: pessoas se assustam quando guardiões ou qualquer outro ser mágico muda de forma sem nenhum aviso prévio. Um aviso é muito bem-vindo quando você for fazer isso novamente.
— Desculpe senhorita. Não era a minha intenção assustá-la. Só que recordo você dizendo que preferia conversar com outros humanos, então resolvi facilitar a sua vida. E como você parece ficar bastante à vontade e gostar desse humano em particular, resolvi aparecer como ele.
O que ele quis dizer com gostar bastante?
Está tão óbvio assim?
— Ah Martin, eu realmente quero perguntar, mas tive uma pequena mudança de planos, então vou ter que ir mais cedo para a escola.
— Tudo bem. Mas posso pedir um favor para a senhorita?
— Claro... Se eu puder ajudar.
— Posso ir à escola contigo?
Estranho um pouco o seu pedido, mas não é como se eu fosse negar isso a ele.
— Poder, acredito que pode sim. Mas só que você vai precisar de uma cara nova. Já que esse daí também vai pra escola e, com certeza, as pessoas vão surtar quando perceberem que tem dois Adams andando pelos corredores.
— Ah sim! Claro, bem pensado! — uma cortina de fumaça sobre pelo corpo do Martin-Adam e quando consigo enxergar através dela, estou encarando um menino famoso.
Não sei ao certo o nome dele, mas tenho certeza que a cara dele está em diversas novelas e sites de fofoca.
— Isso não vai dar certo Martin! Não estou lembrando o nome dele, mas tenho certeza que alguma pessoa lá na escola deve saber, e sendo famoso, o pessoal vai ficar meio frenético, você vai chamar muita atenção e o verdadeiro dele está em outro lugar por aí.
— Entendi — ele diz e outra cortina de fumaça sobe, e agora ele é uma menina, e se não me engano, ela é o par romântico do rapaz que ele era a uns momentos atrás. — Essa daqui está melhor?
— Não! Você está brincando? Ela é...
— Sim senhorita, estou brincando — ele diz com um sorriso aberto e então mais uma vez aquela fumaça o cobre.
Agora ele virou um rapaz, não aparentando ser muito mais velho do que eu, com cabelos bem aparados, pelo menos dois palmos passando da minha altura, músculos bem preparados, mas discretos e um rosto muito bonito e harmonioso. A pele quase brilhava de tão bronzeada, era de um certo modo hipnotizante.
Um sorriso tranquilo, branco e levemente torto aparece de seus lábios levemente avermelhados.
— Melhor?
— Agora sim Martin! Talvez um pouco bonito demais pro juízo das meninas do colégio, mas vai servir muito bem!
— Bonito demais? — ele agora parece desconfiado.
— É, mas tá tudo bem, olhar também não vai fazer muito mal. Vou descer e tomar café da manhã. Você quer que eu traga algo pra você?
— Não, estou bem.
— Agora assim, você vai ter que sair pela janela, já que os meus pais não podem nem sonhar em ver um rapaz bonito que nem você saindo do meu quarto de manhã. Você tem como chegar na escola?
— Tenho sim senhorita. Pode deixar que encontro você lá! — e num piscar de olhos e cortinas de fumaça depois, ele volta a ser um esquilo e eu abro a janela para que ela possa sair.
Fecho a janela e cortina e então me troco para ir até a casa da Sarah. Pego a mochila e desço as escadas. Meu pai está mexendo uns ovos numa frigideira e minha mãe beberica uma xícara de café. Assim que me vê, meu pai ergue uma sobrancelha.
— Está cedo princesa... Pensei que você fosse dormir até o último momento, por conta da sua viagem do final de semana. Tem que fazer alguma coisa na escola agora cedo?
— Não, está tudo bem! Só dormi cedo ontem, por isso que acordei um pouco antes do despertador.
— Senta então, aproveita que está tudo fresquinho e come! — minha mãe diz, levantando pra pegar um copo e colocar na minha frente. Faço o meu prato e como num silêncio agradável.
— Sabe princesa... — estou dando o último gole no meu suco de laranja, quando meu pai começa a falar. — Estive conversando com a sua avó, e ela ficou muito interessada no seu presente, sabe, o da viagem... Acho que você vai ter férias inesquecíveis!
— Ah pai! Vocês são incríveis! — levanto do meu lugar e encho sua bochecha de beijos. Faço o mesmo com a minha mãe. Os dois riem e depois de terminar de lavar o que tinha sujado, digo que já estou de saída para a Sarah.
A caminhada foi bem mais silenciosa hoje, já que estava uns minutos adiantada. Mas mal chego a erguer a mão para bater à porta, e ela já se abre, Sarah estende a mão e me puxa para dentro.
— Ai que susto Sarinha! — digo só depois de conseguir acompanhar a minha amiga, já sentando na sua cama.
— Onde você se meteu ontem? Tentei te ligar várias vezes...
— Desculpa... Quando cheguei em casa ontem tinha tanta coisa na cabeça, e ainda estava tão sonolenta, que acabei nem dando muita importância pro meu celular.
— Tá desculpada! Mas ainda bem que você sentou! — ela enlaçou suas mãos nas minhas. — Preciso te contar uma coisa!
— Conta! O que aconteceu?
— Sábado, depois que você foi pro banheiro e depois dormir, uma coisa levou a outra e eu acabei ficando com o Lucas! — e meu queixo caiu. Escutei certo?
— O Lucas?! Nosso amigo? O Lu? Realmente aconteceu?
— Sim! Não lembro ao certo como chegamos naquele ponto da conversa, mas acabei admitindo que foi por ele que eu já tinha ficado apaixonada. Não falei nada dos sentimentos de hoje, mas ele olhou pra mim, tão sério, e disse que eu era a dele também. E ainda era. NO PRESENTE. Parece que até parte do álcool foi embora, e tudo o que eu queria fazer era beijá-lo, e foi o que fizemos. Foi tão certo... Mas quando estávamos voltando ontem, sei lá, parece que a realidade caiu sobre nós. Não sei se consigo olhar para a cara dele, nem por um decreto vou para a escola hoje!
— Sarinha, eu... Eu nem sei o que te dizer, que babado! Mas não era isso que você queria?
— Não sei direito! Só o que sei agora é que não vai dar pra olhar pro Lucas hoje!
— E você quer que eu fale com ele? Tente tirar algo dele? Quem sabe se...
— NÃO! Por todos os micos da vida! Não faz isso! Só preciso de um dia sozinha, para colocar as ideias no lugar, vou saber o que fazer!
— Você sabe como lidar melhor com os seus sentimentos amiga, mas estou aqui por você. Se eu puder fazer qualquer coisa para te ajudar...
— Obrigada — ela me puxa para um abraço. — Queria muito que o beijo dele não tivesse me afetado tanto assim...
— Mas afetou, e você vai ter que lidar com isso.
— E vou.
— Só que por hoje, você ganha todas as colheres de chá e eu falo pros meninos uma desculpa qualquer para você não ir hoje... Mas amiga, acho que o Lucas vai desconfiar.
— Sei bem disso, e não quero pensar nisso também.
— Tudo bem, você que sabe.
— Obrigada por ficar do meu lado. Mesmo eu não tornando nada fácil o seu trabalho como amiga!
— Bobagem! — dou de ombros e planto um beijo na cabeça dela. Uma buzina conhecida soa lá fora. — Ih, essa é a minha carona!
— Não conta nada! — ela pede mais uma vez antes que eu saia do seu quarto.
Ao passar pela porta, falo com a mãe da Sarah, e digo que traria o material das aulas mais tarde para que não perdesse nada. Ela me agradece e eu vou na direção do carro.
Entro no banco de trás e Adam sorri pra mim.
— Ela não vem hoje? — Lucas me pergunta, sem ter contato visual.
— Não Lucas. A Sarah não está se sentindo tão bem, então vai passar o dia em casa.
— Ah, entendo — vejo ele morder o interior da bochecha, e acho que ele realmente entendeu, mas não quis se prolongar no assunto.
Tudo o que escutamos durante o percurso até a escola é o rádio baixo e os suspiros não tão discretos do Lucas. Até penso em me oferecer para escutar o que ele queira tirar do peito, mas assim que a mãe dele nos deixa na porta, Lucas já vai praticamente correndo para a quadra de basquete.
— Tenho uma reunião extraordinária do time agora pela manhã, nos vemos no intervalo pessoal? — Lucas não consegue esconder a voz triste.
— Claro! — Adam dá um sorriso e Lucas tenta acompanhar, mas desiste e apenas acena, se afastando da gente, indo em direção à quadra coberta.
Começo então a caminhar ao lado do Adam, ele me acompanha até a nossa sala.
— Você dormiu bem? — ele pergunta, com uma voz baixa e quebrando o silêncio.
— Ah, sim, nem demorei muito quando cheguei em casa, praticamente apaguei! E você?
— Quase não dormi, mas não foi tão ruim assim já que não durmo muito normalmente. Mas quando consegui adormecer, nem sonhei nem nada.
Lembro dos meus sonhos com olhos brancos do Adam, e aquilo era coincidência demais para ser apenas isso. Então, criando coragem, resolvo perguntar.
— Adam, queria te perguntar uma coisa.
— Pergunte à vontade — ele sorri, mas continua a olhar pra frente.
— Espera... — pego o seu braço, e entro num corredor da escola que não era muito movimentado, melhor perguntar aqui, onde não tem ninguém escutando. — Preciso perguntar isso olhando pra você.
— Meg, você está me assustando. Aconteceu alguma coisa séria?
— Sim. Quer dizer não. Pode vir a ser uma coisa insignificante para ser bem sincera...
— Você realmente sabe como obter a atenção de uma pessoa Meg.
— Dam, eu vou te fazer uma pergunta. Você promete ser sincero, mesmo que você ache a pergunta sem sentido e estranha?
— Claro. Vou ser sincero.
— As palavras "dominador de ar" significam alguma coisa para você?
Pensei que ele fosse arregalar os olhos, ficar com uma expressão confusa, ou sei lá, esperei até que ele fosse rir. Mas Adam apenas abre um sorriso lindo e muito delicadamente, passa a mão pelo seu cabelo, bagunçando minimamente.
— Então, você despertou. E sabe de tudo.

Olha ele já sabendo de tudo hahahahha! O que vocês esperam dessa conversa? Aproveita esses poderes e calmaria Meg, que isso daqui a pouco irá passar.
Se gostou, não se esqueça de conferir se a sua estrelinha está aqui e de deixar seu comentário ♥ Ah, e cuidado com os spoilers (:
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