Capítulo 2
Los Angeles.
CHRISTOPHER
Muitas vezes me pergunto se fui um bom amigo para eles. Ir embora do Brasil por problemas do meu pai e todo contexto que teve com a Eduarda é algo que me pega até hoje. Não sou o mesmo Christopher de quatro anos atrás. Tenho minhas questões, tenho a minha vida sozinha e solitária usando poderes que poderiam ser usados na empresa onde sou herdeiro. Sabe, eu não sou um bom amigo, mas às vezes me pergunto se Max, Stephanie e Lucas estão bem, se estão felizes pelo menos. As vezes eu me encontro perturbado me questionando sobre o Victor, se eu serei o próximo alvo dele.
Eu mal consigo ter coragem de entrar em contato com a galera, decidi segui em frente, mesmo que essa dor aumente a cada passo que realizo. E eu estou tentando me esforçar para poder me recompensar de todos esses sentimentos. Salvando vidas. Eu poderia ser chefe mas decidi ser detetive. Claro, eu aproveito a empresa para criar equipamentos, e ela está sendo dirigida pelo amigo da família Harry, eu o investiguei por quase um ano para ver se ele era realmente um bom amigo e pessoa para liderar a empresa após os meus pais morrerem. E sim, graças a Deus, ele é uma boa pessoa.
Enquanto isso estou aqui no meu apartamento todo desarrumado nessa noite chuvosa. Esses pensamentos sobre o passada me assombra até hoje, mas o que eu faço me faz esquecer, ou pelo menos tirar uma parcela de culpa.
Meu celular toca, é o Tommy, meu parceiro da polícia de Los Angeles.
— Chris, apareceu um caso bizarro sobre aquele assunto — O assunto que ele se refere é um culto bizarro que tem acontecido aos arredores de uma pequena cidade inglesa, a investigação tem durado por pelo menos dois anos. Mesmo usando meu poder de autoconhecimento, ainda sim é um desafio. O que descobri é que essa seita não é nova, ela é antiga e tem ligação com um anjo caído, mas ainda preciso ter certeza disso.
— Onde é? — A minha voz rouca me faz questionar a minha idade, parece que tenho quarenta anos de idade.
— Brady Mountains senhor — Ela confirma o nome da cidade e desligo. Conheço ela, uma pequena cidade com apenas novecentos e cinquenta e sete pessoas na cidade. Cultos dessa seita geralmente acontecem em cidades pequenas.
Eu arrumo as minhas coisas, pego a minha arma e saio do meu apartamento em direção ao meu carro que está na garagem.
…..
1 hora depois
Já na delegacia, meu amigo Tommy explica a situação do caso enquanto está na frente da lousa com a foto das vítimas.
— Corpo todo desmembrado principalmente na parte do rosto. Tudo seguindo o mesmo padrão.
— O que me intriga é que casos como esse tem no Brasil, então a seita deve ter ligações com outros países. O que sei pelo símbolo dela, olhando esse triângulo retorcido, é que ela segue um modelo Europeu. Então a seita vem de lá, e já decidimos que as mortes é uma espécie de oferenda a um deus deles. Ou seja,. é uma grande seita nível internacional com vários psicopatas que matam ou recrutam gente para a seita. Só queria entender como tudo isso funciona — Tommy apenas me observa de braços cruzados sentado na mesa. Ele segura a foto da última vomita localizada.
— Ela era tão jovem. Já reparou que esse assassino tem algum fetiche?
— Ele não tem Tommy. É tudo uma oferenda e nada mais que isso.
— Como sabe de tudo isso? Sinceramente eu nunca conseguir acompanhar o seu ritmo, é por isso que é o melhor detetive que já pisou em Los Angeles, você me lembra até mesmo o Sherlock Holmes da vida real — Percebo o tom de leveza vindo dele. Mas não consigo brincar ou ficar tranquilo. Ser sincero, eu não costumo sorrir e nem chorar, não porque eu escolhi isso. Simplesmente eu fiquei assim, sou indiferente a muita coisa, menos em salvar vidas.
— Vamos para a cidade agora. Onde ela foi encontrada? — Me viro para ele, mantendo a minha concentração no caso.
— Numa rua próximo a uma grande casa. As autoridades de lá ligaram pedindo para você ir no local investigar. Cê pode ir direto, a burocracia resolvo por você — Perfeito, então está na hora de ir, e tentar resolvi pelo menos uma parcela desse caso.
Algumas horas depois
Já chegamos na pequena cidade rodeada de montanhas. Tommy foi na delegacia resolver umas coisas e claro, aproveitar para chamar reforços porque talvez precise. Eu ultrapasso a fita amarela posto à frente da grande casa da cidade. Eu olho o celular, e tudo isso durou três horas, agora são onze da noite. Poderia ter deixado para amanhã, mas estou com grande agonia e ansiedade para entender tudo isso.
Ando devagar acompanhado pela chuva, mas sou guardado pelo… Guarda Chuva… Sooa ridículo essa rima, mas permaneço observando o quintal. A casa está toda abandonada e tudo em volta está escuro e mal iluminado. Vejo uma bicicleta vermelha no fundo, seguida por um breu enorme próximo a porta da garagem. Eu ligo a lanterna e passo a luz no chão e nas paredes. Um desenho me chama atenção acima da bicicleta. Triângulo, aqueles mesmo que eu havia pesquisado.
Ando até ela devagar, e o meu coração estranhamente bate rápido, geralmente não fico assim, minhas mãos estão geladas e soou frio. Continuo andando até a bicicleta, meus braços dão uma tremida. E toco o desenho. Olho para o lado esquerdo, o lado do profundo breu. Tem uma porta… O que está acontecendo comigo? Porque sinto isso? Preciso me manter frio.
Coloco a mão na maçaneta e giro, a porta faz um barulho rangendo forte. Meu coração bate cada vez mais forte. Ligo a lanterna. Corpos pendurados no centro da sala, desmembrados, pingando sangue.
Eu cambaleio para trás. Meu celular apita forte e recebo a mensagem de Tommy, rapidamente eu acesso a mensagem e recebo uma foto… Merda… Tommy está morto… A polícia está envolvida com tudo isso, e nos chamou aqui para apagar a gente. Entendi tudo. Estou praticamente sozinho nesse inferno.
Os corpos estão frescos de agora. Me levanto e passo a lanterna em seus corpos. Vejo triângulos por todo o corpo desse homem e essa mulher.
Sinto uma forte pancada da minha cabeça. Apago na hora…
Abro os meus olhos com tapas no meu rosto.
— Acorda, acorda, acorda, acorda bonitinho. — Que voz irritante e toda cheia de sarcasmo e um ar de pura maldade. Já lidei com muita gente assim. — Isso, abre os olhos para mim vai — Ele segura o meu queixo, e com uma visão embaçada eu vejo o seu rosto. O rapaz tem cabelos loiros, usando batom, trajando uma roupa toda roxa com camisa por dentro branca.
— Você… Assassino… — Com a fraqueza que sinto, as palavras saíram.
— Eu assassino? Nãnãninãnão meu amor. Eu sou apenas aquele que alimenta aquele que trará o novo Universo. Um novo mundo. — O jeito dele falar é nítido a intensa adoração e devoção que ele tem nessa seita.
— Tudo isso é doença…. você adora…. algo criado… pelo homem… para saciar desejos desenfreados…. de seus pecados — Ele agarra o meu pescoço com força com apenas uma mão.
— Respeita a minha fé. Respeita o meu deus. Salaniel trará um herdeiro que vai criar o mundo novo. Essas almas apenas estão sendo purificadas, e graças a toda essa pureza conseguimos espalhar essa graça para o mundo. Essa cidade vive uma fase de amor e alegria, aqueles que seguem seus próprios caminhos são mortos, porque ainda não foram libertos de seu mundo, não nasceram no conhecimento e a bondade de Salaniel — Ela fala caminhando contemplando os corpos, e passa a sua língua nas pernas do homem morto, sua boca está cheia de sangue — Que delícia… O sangue da alma perdida… O herdeiro virá, e levantará o Artefato Triangular e libertará o novo mundo para Salaniel reinar — Ele declara em alta voz, e saca uma faca em seu bolso. Eu estou amarrado e sem forças para me soltar. O homem começa a rir descontroladamente. E eu me recupero melhor nas minhas forças, mas ainda um tanto fraco.
— Salaniel? Ouvi falar desse nome… Numa pequena vila na Europa um homem chamado Edwards, se não me engano.. ele ferrou Salaniel… Usando apenas uma arma humana… É esse o seu deus que serve? Que morre por um simples humano… Seu doente… — Ele vem rindo em minha direção, ergue a faca rapidamente enfiou na minha barriga. Nunca sentir uma dor tão horrível.. O cara tira e enfia a faca de novo…
— Limpe a merda da sua boca ao falar do meu deus — Ele coloca a faca no meu pescoço… É a minha última respiração… Olho em seus olhos cheios de prazer por está me matando… E rindo… Ele passa a faca…
Escuto ruídos, uma voz distante de mim. A fraqueza é tudo que me resta.
— Alma absolvida....isso é tudo Senhor... O Elo completo — Que voz é essa? ... Não é a mesma daquele cara de antes..... Eu... Eu...
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