Capítulo 1

Ano de 2020, Universo 2, o Principal

MAX

       A escura noite coberta pelas estrelas, a calmaria, a brisa do vento fresco, eles não refletem a verdadeira forma nas ruas sujas e lotadas de violência. Max está em cima do telhado, com seu uniforme de cores azuis bem escuras e sem muitos detalhes, com sua máscara bem colocada em sua face.

      Dois homens puxando uma moça loira para o beco, empurra a moça no chão com força. A mulher chora desesperado, e os dois homens abaixa o zíper.

— CALA A BOCA PORRA — O homem bate no rosto da mulher, enquanto o outro vai puxando a saia dela.

— NÃO, NÃO, POR FAVOR NÃO — A moça implora para os dois homens, perdendo quase a voz de tanto gritar.

— Para de gri… — Um braço é atravessado pelo seu corpo. O sangue sai de sua boca, e as tripas dele é exposta naquele cenário. O outro homem que puxava a calça da mulher imediatamente para o que tá fazendo, arregalando os olhos completamente assustado.

      Max joga o corpo todo estraçalhado do homem no chão. Max dar um sinal para a mulher que aproveita o momento e corre sem olhar para trás deixando o outro homem sozinho tremendo de medo.

— E-era u-uma brincadeira — Max, com seu braço direito todo sujo de sangue, anda lentamente se limpando da sujeira, enquanto o homem tremendo de medo encosta na parede. Max o pega pela gola.

— Brincadeira? — Ele faz a pergunta, deixando o homem tremendo mais ainda. Max soca o joelho dele a ponto dos ossos fazerem "crack" por terem sido quebrados. O homem grita absurdamente de dor.

— Engraçado, comigo morre de medo, mas contra uma mulher é o macho não é? —  Max contempla ver o cara agonizando de dor, o homem implora por misericórdia.

— Eu prometo…. Ah meu Deus…. Não faço ma…. — Max soca o rosto com tanta fúria que ela fica esmagada pela força. O sangue jorra por todo o beco se espalhando pelo uniforme escuro de Max.

    O seu celular apita, ele o pega e recebe umas informações sobre o Rashid.

— Te achei — Ele fala consigo mesmo, após fechar a mensagem do detetive Rubens sobre o paradeiro de Rashid.

……

     Max chega no local marcado onde se encontra o Rashid. O galpão é enorme e escuro, o cheiro de lixo é impregnado no ambiente, o vazamento no encanamento chega a irritar o jovem com as gotas que não param de pingar. Cenário escuro, cheio de terra em volta, mesas bagunçadas com ferramentas velhas. O herói anda mais um pouco sem querer chamar atenção, e uns sombra se move saindo de uma porta, revelando o grande homem, o Rashid, um homem preto, enorme comparado a altura do Max, apresentando uma expressão séria e vazia.

— Ah quanto tempo garoto — Sua voz lenta, chegando a indiferença, reconhece aquele jovem com seu uniforme caseiro todo sujo de sangue.

— Faz tempo mesmo — Max responde friamente o Rashid, ele está prestes a encerrar ali e agora a vida do criminoso, que pelas roupas sujas e mal passadas, dar a entender que perdeu todo o seu reinado e glória na vida do crime.

— Está feliz em me ver agora? Sabendo que vai me matar e seguir sua vida?

— É o que eu mais quero.

— Tudo bem, pode me matar. Lá no fundo eu esperava por isso mesmo. Aquela vida que tive… já se passaram três anos, não é… Você conseguiu fazer a limpa garoto, e eu te admiro por isso, São Paulo é mais segura com você — Rashid encosta na parede, com seus braços gordos cruzados, olhando fixamente nos olhos do Max.

— Insetos como você tinha que teve o que merece, e vão continuar pagando — A voz rouca de Max ganha mais forma em sua raiva, o sangue ferve dentro dele, a adrenalina do momento o mantém vivo.

— Você mata, e tem polícia que o cobre não é? Eu já fiz muito isso, mas chega uma hora que enjoa Max, você faz e faz a sua justiça e, quando mais faz, mas insetos aparecem, cê volta naquele mesmo ciclo em sua profunda tristeza e trevas. Até não sobrar mais nada de você. Eu lembro quando atravessou seus braços pelo corpo dela, aquela cena se repete todos os dias não é? Fico pensando se Jefferson está por aí ainda, e confesso que foi satisfatório ver a sua namorada toda estourada — Max se enche mais de fúria e ódio pelo Rashid, aqueles dias o assombram a cada manhã, e escutando essas palavras, o sangue ferve mais forte ainda.

— Você…. — Rashid apenas fica olhando o jovem não conseguindo se conter nas lágrimas. A indiferença pelo jovem é enorme. Ele anda até o garoto.

— É… Nem tudo acontece por acaso… — Max segura com força o braço do Rashid, e o olhar com uma raiva mais mortal de sua vida. Um olhar que Rashid nunca ninguém teve contra ele. E pela reação, ele decide tentar lutar pela última vez.

     Mas Max bloqueia o golpe, porém cai no chão quase voando pelo galpão. Rashid se aproxima calmamente até o jovem, que se recompõe e fica de pé de novo. E sem enrolação, Max dar um pisão no chão, fazendo tremer todo o lugar, desequilibrando o Rashid, que tenta se segurar em alguma coisa mas falha nisso, e cai no buraco que o leva à queda na parte de baixo do galpão.

      O impacto da queda faz quebrar seu braço. Rashid não é mais como antigamente, ele está fraco, sem muita energia, e o grande homem fica jogado no chão, com uma dor imensurável no braço. Nesse tempo Max já está lá embaixo, vendo corpo caído do Rashid se rastejando pelo chão, se movendo até a direção da saída. Max anda até ele e pisa na canela do homem, que grita de dor. E o jovem força mais a pisada, até quebrar a perna do antigo chefe do crime. Ele grita demais, Max então, devagar, parte para uma outra perna. E faz o mesmo, quebra com uma pisada.

— Me mata logo garoto… vai

— Seu desejo é uma ordem — Max vira o corpo do Rashid com os pés, e apoiando eles no seu rosto...O jovem afunda os pés com tudo, esmagando toda a face do Rashid, espirrando sangue sobre por todo o lado. Seu corpo fica todo aberto, com as marcas dos pés bem certo do Max. A sensação de carne humana em seus pés ainda é estranha. Ele puxa pra cima, e pele viva do chefe do crime está grudada com sangue dele em sua bota de couro.

     A poça de sangue é enorme agora, e Max continua ali olhando o corpo estourado de Rashid, já sem vida. Ele caminha para fora do galpão, abre a porta e é surpreendido pela chuva, que o lava de todo sangue que espirrou nele.

    Um portal verde aparece no meio do nada enquanto Max toma banho de chuva. A luz chama atenção do jovem, que fica no sentido de alerta. E rapidamente alguém saindo do portal. E é um ser que Max nunca viu na sua vida, seu corpo todo verde cristal, cabelos verdes escuros e os olhos mais verdes ainda.

— Olha só, desculpa chegar assim eu sou o Expectro, você é o Max né? — Max não está entendendo mais nada, e a sua desconfiança e confusão fica ainda mais forte.

— Sim, eu sou o Max… Porque???

— Preciso que venha comigo, se reúna com seus amigos, porque ele está vindo Max… Max me escuta… O Victor está voltando… — O tom de urgência do Expectro deixa Max com uma aflição bem forte, e o que mais cria essa angústia é ouvir aquele nome novamente nessa mesma noite depois de anos…"Victor"…

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