Capítulo 3: Conto das Trevas!
O ex-mago supremo da terra, Stephen Strange estava diante do andarilho do dia. Um dos grandes vingadores e a peça fundamental para toda estratégia que permitiu a vitória na Batalha da Terra. Mas o que um membro tão importante dos Vingadores estava fazendo naquele museu naquele momento? O que um renomado mago, mestre das artes místicas queria ali? Blade não parava de se fazer essas perguntas enquanto observava o doutor caminhar em volta do caixão.
Com um movimento suave no ar, o doutor criou um círculo mágico que revelou escritas ocultas em todo caixão. Vendo a cara de surpresa que Stephen fez, Blade imaginou que o doutor sabia do que se tratava.
- E então? Há algo que queira me contar? – questionou Blade.
- Tem sim, mas não aqui, venha comigo Blade... vou precisar da sua ajuda com esse caso. Há algo que requer nossa atenção. – respondeu o doutor, levitando para dentro do portal ainda aberto.
Blade deu um sorriso de canto e ao guardar sua espada novamente nas costas, acompanhou o doutor. Ao atravessar o portal o mesmo se fechou em seguida deixando ambos na biblioteca do Sanctum Sanctorium de Nova York. Enquanto o andarilho andava pelos corredores observando alguns livros, o doutor estava levitando por entre os corredores procurando algo, ao encontrar o que buscava, o doutor usou seus poderes para remodelar o centro da biblioteca montando uma enorme mesa onde um livro e um mapa foram postos em seguida.
Ao abrir o livro, blade viu a figura de uma mulher representada, uma mulher que fazia seu lado vampiro despertar em ódio, em sede de sangue. Blade conhecia parte da história daquele ser, sabia que ela representava um perigo ao mundo, um ser nascido das Trevas, assim como Drácula.
Vendo a reação do Caçador, Stephen sabia que a partir daquele momento era imprescindível que trabalhassem juntos, afinal não havia como saber quando aquele mal acordaria novamente. O ataque ao museu foi apenas o início, o doutor e toda sua experiência em eventos que ameaçavam a segurança do mundo ou da realidade em que viviam, sabia que aquilo iria piorar
uma hora ou outra. Após um silêncio interminável, o doutor se movimentou começando a explicar a situação.
- o que aqueles vampiros roubaram do museu era chamado de o medalhão de Lilith. Acredito que saiba do que se trata. Afinal você conhece a história dela. – dizia o doutor.
- Lilith, a rainha dos vampiros, precursora do caos. Selada há muito tempo atrás pelo grande mago Merlin, conheço a história. Ela é classificada como criatura superior pela Ordem dos Caçadores, algo que devemos lidar com extrema atenção e urgência... – afirmou Blade.
- Exato... Mas isso não é tudo... – disse o doutor usando magia para criar figuras no ar.
Figuras que mostravam não só Lilith, como também o mago Merlin, sua aprendiz, e também os cavaleiros da Távola Redonda , os servos diretos do rei Arthur. As figuras mostram o desenrolar de uma grande guerra que ocorreu no passado, a batalha conhecida como a Guerra das Trevas, a luta da humanidade contra os vampiros. Uma guerra que devastou terras, matou inocentes, foi um evento que por muito pouco não acabou com a realidade como a conhecemos.
Enquanto as figuras se mexiam pelo ar com magia, o doutor estranho se preparou para explicar tudo a blade, revelar a verdade por trás do ataque ao museu.
- Há muito tempo atrás Lilith havia despertado, um ser tomado pelas trevas, uma rainha forjada pelo próprio drácula após seu despertar, e usando o Livro dos Condenados, o Darkhold, ela criou os primeiros vampiros, e junto a drácula, ambos começaram a era de trevas que reinava pela Transilvânia ameaçando todo o resto da Grã-Bretanha. O rei Arthur e o mago Merlin fizeram de tudo para conter a Fúria de ambos, mas eles precisavam de mais. Precisavam buscar um meio de deter todo aquele mal de uma só vez, as perdas já eram enormes e manter a batalha por muito mais tempo poderia colocar em risco todo o planeta. Foi então que Merlin usou toda sua força para criar dois artefatos que selavam ambos. – dizia Estranho mostrando duas relíquias, uma espada e o medalhão roubado.
- O medalhão eles já tem, e esse outro? A espada? – perguntou o Caçador.
- A espada está guardada no Karma Taj, está segura com Wong no cofre pessoal da anciã, já o medalhão... – respondia o doutor continuando sua explicação. – enquanto a espada foi usada para selar Drácula, o medalhão foi usado para trancar Lilith. Temendo que as duas relíquias pudessem cair em mãos erradas, o rei ordenou que ambas fossem separadas para dificultar a localização. Com o tempo os magos conseguiram recuperar a espada, mas o medalhão havia ficado sob posse do rei Arthur até sua morte, onde foi enterrado com o mesmo. A aprendiz de Merlin lançou um poderoso feitiço após a morte do rei que trancava o caixão, protegendo assim os segredos que haviam dentro. Era nossa tarefa apenas rastrear o caixão e impedi-lo de cair em mãos erradas. – dizia o doutor.
- E fez um bom trabalho, meu caro doutor. – disse blade debochando do fato de tal missão ter acabado de falhar.
- O mundo está um caos após a Batalha contra Thanos. Estamos aos poucos reagrupando e colocando as coisas no lugar, durante os cinco anos em que passei supostamente morto, muitos templos e bibliotecas mágicas foram saqueados, ainda estamos tentando recuperar e organizar tudo, confesso que nesse quesito vacilamos, mas agora não é hora para lamentar. – retrucou o doutor. Após uma breve pausa, continuou. – Os vampiros que atacaram o museu foram expertos, e pesquisaram bastante antes do ataque. O lugar estava protegido por uma barreira de alto nível, precisavam de conhecimento para atravessá-la. – disse o doutor.
- Quando cheguei no salão um deles estava recitando um encantamento que estava numa página de papel, talvez arrancada de um livro de magia. – afirmou Blade.
- Eles devem ter encontrado algum grimório de feitiços antigos datado da época de Merlim, isso explica como conseguiram quebrar o feitiço da aprendiz de Merlin e assim terem conseguido roubar o medalhão . – dizia o doutor fazendo uma pausa antes de continuar. - Precisamos rastrear o Medalhão de Lilith novamente e impedir que os vampiros a despertem de seu selo. Se ela acordar não posso prever o que pode acontecer a esse mundo. –
concluiu.
- E precisa de mim para o serviço... Por que você mesmo não o faz? Era responsabilidade de vocês cuidar do caixão. – dizia blade cruzando os braços.
- Como eu disse, estamos ocupados, e há algo que requer minha atenção... – disse o doutor olhando para o relógio quebrado em seu pulso.
Blade viu a expressão triste na cara do doutor e nem sequer precisou perguntar o motivo, ele estava escrito na cara dele, Christine, seu grande amor do passado. Blade suspirou e após pensar um pouco decidiu ajudar, afinal vampiros não podiam ficar à solta por aí, principalmente aqueles que queria o despertar de sua rainha.
- Eu vou ajudá-lo, mas como vou rastrear o medalhão? – perguntou Blade.
- Vai precisar de ajuda... – respondeu o doutor mostrando a foto de uma bela mulher de cabelos pretos longos usando um vestido verde. – Essa é Morgana La Fay, aprendiz de Merlin. Ela sabe como rastrear o medalhão, encontre-a e saberá o que fazer. – concluiu o doutor abrindo um portal para o jardim de um casarão ao sul de Londres.
- Como alguém da época do Merlin ainda continua viva nesse tempo em que vivemos? - Perguntava Blade.
- Magia meu caro amigo Caçador, conheci alguém que roubava energia da dimensão sombria para viver por milênios, Morgana fazer o mesmo não é surpresa nenhuma. – respondia o doutor apontando para fora.
- E esse lugar? – perguntou Blade sentindo uma sede de sangue estranha no ar.
- A mansão da família Whitman, descendentes de um dos cavaleiros da Távola Redonda, o atual herdeiro da família é um renomado pesquisador e portador da espada de ébano, ele saberá como encontrar Morgana. Conto com você, o mundo não pode conhecer outra era das Trevas. – afirmou o doutor deixando Blade sozinho do lado de fora da mansão.
Blade sorriu de canto e então se aproximou de uma grande janela que dava para um enorme escritório. O Caçador pôde reparar que naquela sala, havia um homem alto e muito bem vestido andando de um lado para o outro, parecia indeciso, nervoso, suas mãos suavam assim como sua testa. Após muito pensar e andar, aquele homem decidiu enfim abrir a maleta em sua mesa, revelando uma espada com um aspecto Sinistro, uma arma que clamava por sangue, por batalhas, aquela era a famosa Espada de Ébano.
Blade ficou sério, conseguia sentir que aquela espada possuía muito mais do que sede de sangue, seus sentidos aguçados o alertavam do perigo que seria empunhar algo como aquilo. Sem fazer barulho Blade abriu a janela
e entrou no escritório, e antes que o homem pudesse tocar na espada, blade o interrompeu.
- Tem certeza que está pronto para fazer isso senhor Whitman? – Perguntou Blade.
Continua...
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