The traveler

Yoongi queria ficar surpreso com o fato do seu irmão adotivo estar dormindo agarrado na sua perna e com o pé quase na sua cara, mas com o nível de álcool dentro do seu organismo ele não se surpreenderia se tivesse entrado em coma alcoólico.

Seus olhos estavam pregados por seus cílios pesados.

Yoongi chutou o irmão, que caiu no chão e continuou dormindo enquanto resmungava alguma coisa ininteligível em resposta ao tombo que havia levado.

Ele bufou irritado, colocando um travesseiro na cabeça do mais novo para ele não acordar com tanta dor no pescoço e foi ao banheiro lavar o rosto.

O interessante era que nunca ficava de ressaca, não importava o quanto bebesse e assim que ele tomou um gole de água, descobriu o porquê. A água também curava suas ressacas.

Era engraçado o fato de nunca ter reparado nisso antes, Yoongi tentava buscar em sua mente algum momento em que desconfiou por nunca adoecer ou algum corte misteriosamente desaparecendo durante o banho, mas a sua vida era bem entediante antes e ele mal se mantinha realmente acordado por causa de todos os pesadelos que tinha com o limbo, então era provável que ele fosse um pouco dislexo em relação aos seus poderes.

Seu celular tocou um milhão de vezes, até ele finalmente o encontrar entre a roupa suja no cesto.

- Alguém morreu? - Yoongi perguntou, assim que atendeu a ligação.

“ Suga, já são quase meio dia, sem essa de que ainda é cedo”.

Yoongi suspirou desanimado.

- O que você quer ?

“ Quero saber onde é seu quarto”.

Yoongi enrugou as testa confuso.

- Tá aqui em casa?

“ Unhum, nós vamos no shopping”.

- Quando combinamos isso, Hobi?  - Yoongi perguntou confuso.

“ Agora?!”

Ele riu nasalado, checando a temperatura da água do chuveiro.

- To no térreo. Terceira porta à esquerda. Não precisa bater, vou tomar um banho. - Yoongi resmungou distraído enquanto sentia a água escorrer por sua mão.

Ele nunca parou para sentir a forma que seu corpo reagia toda vez que entrava em contato com a água também, mas agora estando coberto por água corrente ele podia sentir algo como uma corrente elétrica passando por seu corpo, recarregando suas energias, o deixando alerta.

Seus olhos fecharam e ele se concentrou no barulho da cascata caindo ao redor dos seus pés, a água que escorria por seu cabelo e pingava da sua boca e nariz, o impacto que a pressão fazia em suas costas, o relaxando em um abraço escorregadio.

- Você transou com o V ? - Hoseok entrou no banheiro tentando falar baixo, mas falhando miseravelmente.

Yoongi escorregou no box, quase caindo de cara no chão, mas conseguiu se apoiar nas paredes a tempo.

- Porra. Privacidade pra quê? - Yoongi desligou com pesar o chuveiro.

- Você disse que eu não precisava bater. - Hoseok deu de ombros, entregando a toalha para o amigo que tinha um bico do tamanho do mundo, o rosto ainda inchado do sono.

- Não, Hoseok. Eu não peguei meu irmão adotivo. Nós caímos na cama de bêbados ontem a noite.

- Então como sabe que vocês não fizeram nada?

Yoongi secou os cabelos e o rosto, ainda um pouco letárgico.

- Que?

- Se estavam bêbados…

- Só, acredita em mim, ok?! - Yoongi amarrou a toalha na cintura e entrou no quarto, seguido do amigo. - E se você quer pegar ele, sugiro que faça logo ou vai perder a oportunidade.

- Quem vai pegar quem? - Taehyung perguntou levantando de trás da cama com tudo.  Os outros dois levaram um susto, deixando Hoseok com uma mão no coração e Yoongi xingando baixo enquanto procurava o que vestir.

- Ai, que dor na bunda. - Taehyung massageou a bunda sem entender porque obviamente estava dormindo quando caiu da cama.

Hoseok olhou feio para Yoongi que deu de ombros em resposta.

- Hoseok quer te pegar. - Yoongi disse monótono tentando desviar a atenção de si.

- Sério?! - Taehyung riu quadrado, fechando os olhinhos em puro deleite e deitou na cama de Yoongi, com as pernas cruzadas e as mãos na barriga numa posição relaxada.

- Eu… eu não…

- Onde vocês vão? - Taehyung interrompeu a gagueira de Hoseok que suspirou em agradecimento.

- Shopping, aparentemente. - Yoongi bufou de novo.

- Posso ir? Vou só tomar um banho. - Taehyung disse correndo, sem nem esperar uma resposta.


Eles estavam praticamente na entrada do shopping quando Yoongi recebeu a mensagem mais obscura de todos os tempos.

- Vou ter que pegar o carro emprestado por algumas horas, vocês se viram sem mim? - Yoongi perguntou quando chegaram no shopping.

- Você não vai ficar com a gente?

Yoongi olhou Hoseok pelo retrovisor, pensando se ele parecia tão feliz quanto sua voz tinha suado naquele momento.

- Volto assim que puder. - ele respondeu tentando não chegar a óbvia conclusão de que sim.


Ele subiu as escadas de dois em dois degraus. A curiosidade sempre levava a pior de Yoongi e ele sabia disso, no entanto não esperava nem em um milhão de anos encontrar o que encontrou no terraço do apartamento de Jungkook.

- Você costuma mandar mensagens evasivas assim ou é só comigo?

- Desculpa, não quis arriscar. - Jungkook se aproximou para cumprimentá-lo.

- Não sabia que vocês eram amigos. - Yoongi falou apontando para o Jin que tinhas as mãos nos bolsos numa postura relaxada, não muito longe deles.

- Somos aliados, mas gosto de pensar que o garoto aqui me adora. - Jin bagunçou os cabelos de Jungkook que fez uma cara de criança irritada.

Yoongi riu com a aparente amizade daqueles dois.

- Você fala isso como se já não soubesse tudo que passa pela minha mente, Hyung. - Jungkook resmungou irritado.

- Eu não tenho esse privilégio, então me fala. O que eu tô fazendo aqui?

Jin ajeitou a postura, olhando apreensivo para Jungkook.

- Estamos em um impasse no Norte, temos amigos e familiares na região e é fato que o território já tá quase  que completamente dominado.

Yoongi enrugou a testa confuso. Ele sabia que as coisas não estavam boas, mas não a esse ponto, parecia certo exagero as palavras de Jin.

- Se está falando comigo é porque precisa de algo.

- Odeio que pense dessa forma, mas é verdade. - Jin confessou.

- O que é? - Yoongi se mexeu incomodado.

- Existe um mapa de fuga das fronteiras ao norte que não está na prefeitura de Seul.

- Um mapa?

- São as plantas baixas usadas pela Kim.Co para uso de rotas subterrâneas ilegais.

- Eles usam para transportar pessoas pela fronteira, prisioneiros de guerra. - Jungkook parecia ter mais do que certeza na voz enquanto dizia isso.

- E esse mapa, onde eu encontro? - Yoongi perguntou imaginando algo como o escritório do Sr. Kim dentro da mansão ou algo assim.

- Na verdade você não encontra. Precisamos do endereço pessoal e algumas outras informações de um dos membros do comitê estudantil da JH.

Yoongi juntou as sobrancelhas pensativo.

- Ele foi o engenheiro chefe encarregado pelo projeto na época, tenho certeza que guarda as plantas originais.

- Na escola?

- A ficha com seus dados ficam na sala administrativa ao lado das fichas dos alunos. - Foi a vez de Jungkook falar.

- Se fica na escola. Por que você não busca? - Yoongi apontou indignado para Jungkook. - Você é monitor estudantil, vai ser bem mais fácil inventar uma desculpa se for pego bisbilhotando.

- A área é toda equipada com identificador das coleiras para elemental, como detectores de metais, só que mais avançados, quase impossível de rackear.

- A cidade toda é equipada com essa merda, mas poucos sabem disso. - Jin disse revoltado.

- E como eu sou tecnicamente só um humano, me sobra as tarefas mais chatas de realizar. - Yoongi resmungou com as mãos suando.

- Fora o fato de que você também pode morrer. - Jin riu meio atrapalhado.  

Jungkook não parecia compartilhar do mesmo senso de humor que o mais velho no entanto.

- Aparentemente. - Yoongi respondeu distraído.

- Você está bem? - Jungkook sentou ao lado de Yoongi no parapeito do prédio, assim que se despediu de Jin.

- Por que a pergunta?

Jungkook deu de ombros.

- Parece, sei lá. Distraído.

Yoongi olhou para o mais novo por um instante, voltando admirar a cidade poluída ao longe.

- Meu irmão. Ainda não decidi se ele é uma boa ou má pessoa. - ele nem sabia porque tinha tocado naquele assunto, mas às vezes era tão fácil conversar com Jungkook.

- Eu suponho que deve ser difícil pra você confiar nas pessoas, já que tem pessoas de todos os lados falando que sua família é a vilã da história, quando que sua família provavelmente nos acham os vilões.

- Como é pra você? Você sabe, trabalhar infiltrado. - Jungkook franziu os lábios incomodado, fazendo Yoongi se odiar por sempre se meter onde não devia.

- Eu não tenho outra opção, se eu não trabalhar para Kim.Co eles matam minha família, eu já vi acontecer com outros Elementais, eles são impiedosos quanto a isso, ajuda manter os elementais em controle, através do medo. Sem contar que é minha obrigação proteger minha família. - Jungkook suspirou desanimado. - No entanto, sinto que tenho uma obrigação com o meu povo também.

- Seres humanos. - Yoongi balançou a cabeça indignado. - Eles sempre acham um jeito de começar uma guerra, seja por território, cor, raça. Sempre em busca da perfeita e imaculada supremacia.

- Eu não consigo me ver diferente dos humanos, até porque uso a coleira desde muito cedo, nem me lembro bem do meu poder, não me sinto diferente, não consigo entender porque acham que sou - Jungkook mentiu, ele sentia diferente, mas sua genética não tinha nada haver com isso.

- Você tem vontade de ser livre da coleira e eventualmente um fugitivo da Kim.Co?

- Você fala como se soubesse como?

Yoongi deu de ombros.

- Eu sei como.

- Eu. - Jungkook se mexeu incomodado. - Minha família…

- Você não entendeu. Não estou pedindo pra você escolher entre seu poder e sua família.

Jungkook pareceu ainda mais confuso.

- Eu conheço alguém que pode desativar o colar, enquanto não te testarem você está a salvo, mas é óbvio que não é algo que vá durar uma vida, uma hora vão descobrir.

- E essa pessoa. É de confiança?

Yoongi levantou, limpando a roupa no processo.

- Eu gosto de pensar que sim. - Yoongi pegou o celular no chão e virou as costas para Jungkook ainda estático.

- Me avisa quando tiver uma resposta. - ele disse antes de sair do terraço.

Jungkook fechou as mãos em punho, imaginando como seria sentir aquele poder correndo por suas veias uma última vez.


A segunda-feira começou estranha. Primeiro porque Taehyung não reclamou do seu atraso na hora de irem para escola. Segundo que A primeira pessoa com quem ele se deparou quando saiu do carro, no estacionamento da escola, foi Jimin. Com um sorriso pervertido no rosto e uma olheira funda ao redor dos olhos sorridentes.

- O que faz aqui?

- Bom dia pra você também, Yoon. - Jimin disse manhoso, se aproximando para brindar com a barra da jaqueta do maior.

- Jimin. Que porra?

- Tá tudo bem, Yoongi? - Taehyung perguntou do outro lado do carro, encarando Jimin com desconfiança.

- Oi, Tae Tae. - Jimin acenou na direção do maior com empolgação.

- Jimin. - Taehyung abaixou a cabeça em cumprimento, ainda ligeiramente preocupado com o irmão.

- Está tudo bem. Jimin já estava de saída.

Jimin fez um bico com os lábios cheinhos pelas palavras do mais velho.

- Por que tão rude?

- O que quer aqui Jimin?

- Tô com fome, Hyung.

Yoongi travou a mandíbula tentando não se incomodar com aquilo.

- Então é isso que eu sou pra você ? Comida?

Jimin mordeu o lábio inferior, tentando não rir do mais velho.

- Você quer ser mais que isso? - ele perguntou com a voz sedutora fazendo Yoongi perder a concentração por alguns segundos.

- Que? Não. Não foi isso que eu quis dizer?

Jimin riu baixinho, subindo a suas mãos delicadas pela jaqueta do mais velho, até alcançar seu pescoço, deixando o contato com a pele fazer seu corpo inteiro vibrar.

- Jimin. - Yoongi pegou a mão boba de Jimin as juntando em frente ao corpo, já completamente abalado com a presença do menor. - Se quer que eu te alimente vai ter que fazer um favor pra mim.

Jimin fez um outro bico, dessa vez porque odiava ter que trabalhar para conseguir o que queria. Ele normalmente conseguia tudo muito fácil.

No entanto, a ideia de ter que matar para se alimentar ainda o assombrava a noite e Yoongi era a única pessoa que “não morria” que ele conhecia.  

- Do que precisa?

- Essa sensação que eu senti agora, tem haver com seu poder?

- Eu gosto de pensar que isso é por causa do meu charme sem precedentes.

- Jimin. - Yoongi o chamou irritado.

- Sim. Eu consigo colocar qualquer um aos meu pés com um simples toque, é resultado do veneno no meu sangue. - Jimin revirou os olhos. - Quase qualquer um, aparentemente.

- Eu não sou qualquer um Jimin. - Yoongi se afastou, indo em direção ao prédio antigo.

- Não quis dizer isso Yoon. - Jimin resmungou irritado por precisar acelerar o passo para alcançar o maior.

Yoongi parou em frente ao prédio fazendo Jimin quase bater nas suas costas.

- Isso que preciso que faça. - Yoongi começou, ganhando toda a atenção do Incubus.


Yoongi sentia as mãos suando frio. Ele não lembra o porquê de ter aceitado fazer uma loucura dessas, mas não parecia importante agora.

Jimin ria alto e conversava com a arquivista do lado de fora  da sala enquanto acariciava sua mão e cochichava em seu ouvido.

Yoongi odiava admitir, mas ficou excitado com o poder que o garoto emanava em cada gesto.

Jimin era perigoso e exalava isso.

Yoongi como o bom idiota que era, adorava isso nele.

Ele lembra como Jimin pareceu inocente e em perigo em seus “sonhos” quando o viu pela primeira vez. Ele pensou ser a aparição de um anjo, mal sabia ele que estava falando com o próprio diabo.

Ele achou a pasta com os dados do engenheiro, colocando em cima de uma escrivaninha lateral para tirar foto de cada página.

A adrenalina corria por seu corpo e a sensação era incrível, ele mal se importava se fosse pego. Valeu cada segundo.

Yoongi guardou a pasta, enviando as fotos para Jin logo em seguida e saiu da sala, confirmando com a cabeça ao passar por Jimin que fez um floreio imenso para se despedir da escriturária.

- Se divertindo? - Yoongi perguntou irritado, andando às pressas pelo corredor já vazio.

- Eu disse que estava com fome. - Jimin voltou com sua voz manhosa, fazendo Yoongi quase rosnar em resposta.

Ele abriu uma porta lateral, dando de cara com a uma sala vazia, como ele imaginava que estaria, já que era a sala de Taehyung e ele comentou que teria educação física até o segundo horário aquele dia.

Suas mãos voltaram para fora, só para puxar Jimin pelo moletom e o empurrar contra a porta, a trancando logo em seguida.

- O que estamos fazendo? - Jimin riu de um jeito fofo e espertinho, fechando os olhos com a sensação das mãos de Yoongi apertando sua cintura.

- Odeio ver meu pequeno com fome. - Yoongi sentiu sua voz reverberar na pele macia e sensível do menor enquanto deslizava sua boca por ela, sorrindo ao sentir o garoto amolecer nos seus braços, gemendo ainda mais manhoso e necessitado em resposta.

Suas unhas deslizaram para dentro da blusa de Yoongi, arranhando sem piedade sua pele a cada chupada que ganhava no pescoço.

Jimin engoliu em seco quase chorando entre gemidos ao sentir uma das mãos de Yoongi descer por sua calça, apertando sua ereção dolorida entre as pernas.

Yoongi voltou a apertar a cintura do menor, provocando com sua lentidão em cada gesto.

- Yoon, por favor. - Jimin choramingou mais um pouco, tentando colar seu corpo o máximo que conseguisse no do maior.

Yoongi se afastou, alisando os cabelos bagunçados enquanto respirava com dificuldade.

- Merda. - Ele olhou ao redor, procurando a bolsa do Taehyung entre as carteiras.

- Yoon. - o menor ficou irritado com a distância entre eles.

- Espera garoto. - Yoongi riu, brincando com as chaves do carro agora em suas mãos.

- Não posso ficar inconsciente no meio da sala de aula.

- Você quer dizer morto? - Jimin assistiu Yoongi destravar a porta da sala e correr pelo corredor tentando não ser visto.

- O que estamos fazendo? - Jimin perguntou sorridente pegando na mão de Yoongi e acompanhando seus passos.

Yoongi sentiu o corpo inteiro formigar com aquele simples toque, ao ponto dele precisar se afastar de um jeito brusco por causa da estranheza do sentimento.

Suas mãos ainda tremiam quando ele abriu a porta do carro, afastando o banco para bater nas suas coxas sem nem olhar para Jimin, que entendeu a deixa, sentando no colo do maior com um sorriso bobo  no rosto.

- Você vai fazer eu esquecer meu próprio nome, Hyung?

Yoongi riu alto, encostando a cabeça no banco do motorista para assistir Jimin rebolar no seu colo.

- Você vai esquecer seu nome de tanto gemer o meu. - ele respondeu sorrindo, sem parecer  perdido em diversas sensações distintas.

Jimin podia até ser perigoso, ele não fazia ideia do quanto podia abusar da sorte e continuar, basicamente morrendo em suas mãos, mas o garoto era tentador demais para resistir, ele gostava de pensar que humano nenhum conseguiria dizer não à Jimin, o que era provavelmente verdade.

Jimin levantou um pouco do colo de Yoongi. O suficiente para ele descer sua calça e a cueca boxer.

Ele mal teve tempo de voltar à posição inicial, Jimin pegou a sua ereção entre os dedos e começou a masturbá-lo com uma lentidão torturante.

Sua cabeça foi para trás, batendo no encosto do banco enquanto suas mãos judiavam da pele sensível da cintura de Jimin.

Jimin saiu de cima do maior para tirar a calça apertada que vestia, deixando Yoongi se tocando enquanto assistia o menor.

- Pervertido. - Jimin resmungou quando Yoongi mordeu os lábios encarando sua bunda enorme.

- Você é um pedaço de mal caminho, Jimin.

Jimin voltou para o colo do Yoongi, juntando suas ereções para masturbá-los juntos.

- Se você ao menos soubesse o quão certo você está.

Yoongi gemeu tão alto que o som reverberou pelo carro, arrepiando ambos. Jimin aumentou ainda mais o aperto da sua mão na base da ereção do maior.

- Porra. - Yoongi olhou para baixo, assistindo o pré gozo de ambos se misturando com a punheta muito bem feita de Jimin.

Era doloroso, lento e deixava sua testa suando com a apreensão e excitação, mas ainda assim era muito bom.

O menor gemeu fino, parecendo se divertir com o sofrimento de Yoongi.

Jimin se inclinou até o bolso da sua calça jogada no banco do lado, tirando uma camisinha dali.

- Você pode me foder agora?

Yoongi gemeu ainda um pouco perdido com tudo aquilo.

Talvez até demais porque ele mal percebeu quando Jimin colocou a camisinha na sua ereção e abaixou o banco do carro para ficar mais fácil de encaixar a bunda no seu pau.

Yoongi xingou baixo, sentindo sua ereção sendo forçada contra a entrada do menor.

Jimin parecia sentir muita dor. Ele não estava preparado e não parecia a fim de parar agora.

- Jimin, espera. - Yoongi foi interrompido quando Jimin simplesmente quicou nele, deixando que seu pau entrasse por completo, engolindo aquela bunda que deixava Yoongi desesperada por mais.

Yoongi apertou a bunda do menor, o estimulando a quicar ainda mais rápido, ditando o ritmo deles.

- Você é tão gostoso. - Yoongi resmungou.

Os olhos de Jimin ficaram completamente negros e ele sabia que era com o Incubus que ele falava agora.

Jimin era assustador, exalava morte, perigo, tudo que faria qualquer um sair correndo assustado, temendo por sua própria vida, mas Yoongi ficava ainda mais excitado por isso. O que era perturbador, mas ele não conseguia pensar nisso agora de qualquer forma.

O menor fincou suas unhas nos ombros de Yoongi, sugando suas forças enquanto se apertava ao redor do seu pau.

Yoongi sentiu suas pernas formigando sem forças enquanto os anéis da bunda de Jimin ao redor do se pau o espremia, fazendo ele gozar tanto que ele pensou por um instante que tinha provocado um aneurisma ou algo assim. Sua cabeça pulsava o sangue com tanta violência que ele começou escutar os batimentos das bombeadas do seu coração.

- Durma com os anjinhos, Yoon. - Jimin sussurrou em seu ouvido antes dele apagar.


Yoongi abriu os olhos, se encontrando mais uma vez no limbo.

Ele abriu os braços, procurando a  luz que sempre o carregava de volta à vida.

Foi bem fácil de encontrar dessa vez, mas algo chamou a sua atenção, mais do que uma luz incandescente o chamando para as profundezas da água enegrecida.

A superfície.

Ele nunca havia olhado para cima antes, mas era óbvio que havia uma superfície. E agora, ela brilhava tanto quanto a luz nas profundezas.

Sua boca buscou por oxigênio, assim que ele tirou a cabeça imersa na água, encontrando milhares de moedas de bronze, prata e ouro boiando na superfície.  

- Você pensaria que elas deviam afundar, certo?! - Uma voz profunda e suave chegou aos seus ouvidos, fazendo com que ele virasse a cabeça na sua direção.

Uma sombra com olhos brilhantes lhe estendeu a mão e ele aceitou, sem pensar muito bem porque.

- Essas moedas não afundam por que ? - Yoongi enrugou a testa, curioso com o motivo da própria pergunta.

Ele devia rever suas prioridades, definitivamente.

- São de almas, esperando sua vez para atravessar. - O homem apontou à frente, mostrando uma fila de pessoas jogando moedas no rio e esperando.

Aquilo o arrepiou. Aquilo e o frio desgraçado que fazia naquele lugar.

Yoongi esfregou os braços, tentando impedir o frio de fazê-lo tremer.

- Pelo que eles estão esperando?

A sombra se aproximou, mostrando dentes no grande rosto negro feito de fumaça e escuridão.

- Eles aguardam o viajante, para levá-los aos seus destinos.

 Seus dedos feitos de fumaça e musgo apontaram um barco pequeno de madeira no meio do rio. A neblina cobria parte dele, mas ainda era visível.

- Por que eles não usam o barco ? - Yoongi estava realmente duvidando da inteligência daquelas pessoas agora.

- Só o viajante é capaz de entrar nessas águas.

- Viajante. O que é um viajante?

- Não mais que um, muito menos que nada, porém quando todos se tornarem um, então o nada será feito de todos, menos um.

Ah ótimo! Charadas.

Yoongi odiava charadas.

- Eu posso entrar nas águas, partindo da conclusão de que se eu saí dela eu posso simplesmente voltar.

A sombra gargalhou, fazendo um formato estranho de curvatura com o corpo inumano.

- Seu tempo na superfície no entanto. - A sombra apontou para o seu corpo, quase petrificado de tão gelado.

Merda!

- Tique taque, viajante.

Yoongi começou andar, tropeçando em algumas pedras escorregadias enquanto se afastava da sombra. Ele sentiu mãos agarrando seu corpo, implorando para atravessar. Alguns jogavam moedas aos seus pés com suas mãos úmidas e trêmulas, outros lamuriavam em busca de ajuda imediata.

Uma das mãos que o agarravam o empurrou quando foi massacrado pela multidão, fazendo Yoongi cair no riu, batendo as costas na água gelada que o puxou para baixo.

Ele estava prestes a se debater quando sentiu que atingia a luz. Seus olhos fecharam como reflexo de proteção e só abriram para encarar o volante da Ferrari vermelha de Taehyung.

- Porra. - Sua cabeça parecia prestes a explodir com a enxaqueca e seus olhos queimavam com a luz da manhã.

- Ele deve valer muito a pena. - Uma voz disse ao seu lado fazendo com ele pulasse com o susto e voltasse a reclamar com a dor que isso causou.

- Porra, Taehyung. - Yoongi sentiu sua calça suja de porra, olhando para ver que alguém tinha o vestido de qualquer jeito.

- Jimin.

- Ele pediu desculpas por não te esperar acordar, mas precisava resolver algo.

Filho da puta.

- Você sabe que ele só tá te usando, neh?! - Taehyung parou de batucar os dedos na coxa, olhando para Yoongi que permanecia em silêncio.

- Uau! E você descobriu isso sozinho? Estou impressionado.

Taehyung deu de ombros.

- Depois, não diga que não avisei.

- É diferente. - Yoongi disse quando Taehyung ameaçou sair do carro.

- Lógico que é. Jimin é o primeiro Incubus com um coração.

Yoongi revirou os olhos, tentando não pensar naquilo.

- Isso não vem ao caso de qualquer forma, preciso de um favor.

Taehyung riu, a voz rouca deixando seu sorriso maléfico o suficiente para arrepiar Yoongi até a base da espinha.

- Do que precisa irmãozinho?!

Yoongi revirou os olhos.

- Preciso que faça algo muito errado e extremamente perigoso, que provavelmente vai causar nossas mortes num futuro próximo.

Taehyung sorriu ainda mais largo, levantando uma sobrancelha em desafio.

- Meu tipo favorito de problema então.


Jungkook mal sabia como conseguiu entrar no quarto de Yoongi, principalmente por causa da casa onde eles estavam e depois por causa de Taehyung encostado confortavelmente na cômoda ao lado da porta.

- Yoongi? - Jungkook deu mais uma passo para dentro, os olhos amedrontados.

Ele sabia que a Sra. Kim estava viajando com o marido, porque Jin tinha planejado a invasão na casa do engenheiro àquela noite, justamente porque ele não teria tempo de chamar ajuda da diretora da Kim.Co. para uma busca minuciosa pelos elementais mais procurados da região quando descobrisse que foi roubado.

Os carrascos não eram como a polícia no entanto e precisavam do menor incentivo para sair invadindo propriedade cujo o boato era de abrigar elementais ilegalmente, então Jin ainda estava se arriscando.

Talvez eles tivessem sorte da Sra. Kim estar bem preocupada com opinião pública ou já teria declarado guerra aberta à eles há muito tempo.

- O que ele faz aqui? - Jungkook olhou Taehyung com desconfiança.

- Eu disse que tinha um jeito de desativar sua coleira.

- Você não disse que seria me entregando pro filho da minha carrasca.

- Ele é meio que de confiança.

- Meio que de confiança? - Jungkook riu de nervoso, desacreditado. - Não sabia que valorizava tão pouco se eu vivo ou morro. Ele não é de confiança e você é um idiota por pensar qualquer coisa menos que isso.

- Ele. - Taehyung enfatizou a palavra. - Está bem aqui.

Yoongi suspirou desanimado.

- Eu confio nele, se acontecer qualquer coisa com você, eu me responsabilizo.

Os dois presentes encararam Yoongi, pensando se ele já tinha enlouquecido ou sempre foi assim.

- Você não pode fazer uma promessa dessas.

- Eu acabei de fazer, então significa que eu posso.

- Não se você não tem intenção de cumprir. - Taehyung disse preocupado com o mais velho.

- Não tente adivinhar minhas intenções. - Yoongi puxou Jungkook para sentar na cama, analisando a coleira do garoto. - Agora desativa essa merda, Tae.

Taehyung se aproximou do garoto assustado na cama.

- Eu vou tentar descobrir o dia da inspeção dos colares, mas eu sugiro que você fuja o quanto antes.

Jungkook engoliu em seco, sentindo a ponta dos dedos gelados do mais velho encostar em seu pescoço sensível com as cicatrizes da coleira por causa dos choques que ele levava, toda vez que precisava aprender seu lugar na empresa.

- É complicado. - ele resmungou, pensando sobre a possibilidade de fugir.

Jungkook não podia deixar sua família, mas isso era mais coisa de elementais. Humanos seguiam mais a filosofia da sobrevivência quando chegava a hora de tomar  decisões extremas.

Taehyung desativou a rede de proteção da coleira, conectando um cabo USB no aparelho para rackear pelo celular. O que demorou alguns minutos, antes de dar curto no colar e desligar.

Ele analisou o servidor do aparelho, estava realmente tostado, então religou a luz que dizia que o aparelho funcionava.

- Espero que saiba o que está fazendo. - Taehyung disse para Yoongi antes de sair do quarto.

Ele não sabia.

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