Capitulo 02

Cláudio e eu nos víamos esporadicamente, ele surgia na porta do colégio me levava para tomar sorvete e nos beijávamos. Até que um dia ele me disse que queria sair comigo, queria me levar para um lugar legal. Eu não sabia como fazer, minha avó era muito dura, não me deixava sozinha um minuto somente na escola. Eis que o diabinho malvado me deu uma ideia. Oh droga! Nunca deveria tê-lo ouvido. Só tinha que inventar que teria aula no sábado e assim fiz. Combinei de me encontrar com ele às oito horas na pracinha de frente a escola. Minha avó foi para a casa de minha mãe e me disse que assim que a aula acabasse eu devia pegar o ônibus e encontrá-la lá. Pois bem, fiquei na pracinha das sete até as nove. Ele não era nada pontual, estava quase desistindo quando ele chegou, apressado queria sair logo dali, na hora não liguei os fatos, hoje vejo que não queria ser visto por algum conhecido. Eu parecia um robô tudo que ele dizia para mim era lei, meu Deus por que nesta idade somos tão idiotas? Só estava “Namorando” a poucos mais que duas semanas.
               
Segurou minha mão firme e fomos para seu carro. Era último modelo e lindo. Nossa!  Nunca tinha andado de carro no banco da frente, me senti a própria rainha. Disse-me para por o cinto é saiu. Em minha inocência achei que fosse um passeio romântico de namorados, que iria me levar para o parque da Cidade ou quem sabe da uma volta de carro apenas para nós curtimos. Ledo engano, Ella. Ele seguiu para um bairro que eu conhecia bem, uma de minhas tias morava por ali, era uma avenida que tinha diversos motéis, sem brincadeira era motéis em cima de motéis. Ali a noite era o ponto ápice da prostituição, se você passasse depois das dez, teria mulher seminua e gays exibidos os seios com silicone. Naquela hora senti meus sentidos apitarem.  Mas quando passamos por um deles fui me acalmando, no segundo relaxei. Lá pelo quinto motel ele entrou.

O medo me consumia na hora que ele desligou o carro e me agarrou violento. Tá bom, não tão violento, foi carnal. Mas para mim naquela altura foi violento. Estava acostumada com um cara carinhoso e atencioso, não naquele modo—Bruto—. Fiz-me de corajosa. Não mostrei meu medo ali. Ele tirou o cinto de segurança puxou-me para seu colo, ficou esmagando meu corpo com as mãos. Eu tava tão nervosa que minha vontade era chorar compulsiva e gritar para ele parar, mas meu orgulho dizia que eu tinha quer ser mulher e entender que aquilo era o que um namorado fazia. Ele mordeu minha orelha, beijou meu pescoço e eu só conseguia sentir meu medo do que estava por vir, sabia que teria sexo. Mas eu não sabia de nada, nada mesmo. Ainda era virgem, não queria que fosse assim, precisava me sentir pronta, queria que fosse especial e planejado.
                 
Ele abriu a porta e me mandou sair, segundos depois ele veio atrás, abriu a porta e estava tudo escuro. Quando a luz acendeu meu nervoso ficou ainda pior que até dor de barriga já estava sentindo, acho que foi ali que ganhei minha gastrite nervosa. A cama redonda com um coração feito com as toalhas, espelhos em todos os cantos. Até no teto, logo pensei no pecado que eu estava cometendo é se Deus me castigasse por ter mentido para minha avó é aquele espelho rachasse me matando ali na cama com ele?  Cláudio sorriu segurando minha cintura, ele parecia não liga para meu nervoso. Mandou-me tirar a roupa enquanto ele abria uma pequena geladeira, tempos depois que fui descobrir que aquilo era um frigobar. Mas voltando ao assunto, ele pegou uma latinha de cerveja abriu é perguntou se eu queria, falei que não. Ele poderia se meu namorado é tudo mais, só que meus princípios na vida sobre por uma gota de álcool na boca é usar drogas eu jamais perderia. Eu tinha prometido isso a mim mesma desde muito jovem. Cláudio bebeu toda latinha de cerveja. E eu ainda não tinha nem saído do lugar. Minhas mãos tremiam, só queria ir embora é ficar com minha avó, só ficar com ela pedindo perdão por mentir descaradamente e não fazer aquilo. Não estava pronta, droga! Devia ter contado a ele assim que entrou naquele lugar, mas eu sabia que assim que o fizesse ele jamais iria me perdoar e nosso namoro iria acabar. O amava tanto que poderia morrer se me deixasse, tinha que deixar acontecer, tinha que aceitar. Uma hora ou outra ia rolar mesmo, é porque não com, meu amor. Ele me amava também, sempre me disse isso.
         
Que eu era seu amor.

         
Jogando a latinha vazia no lixo é veio até mim. Tirou minha blusa sem nem pedir. Meu sutiã era de algodão, meu Deus tão típico isso. Parece até história clichê. Mas é verdade ele era de algodão, havia ganhado da esposa do meu tio, aquele era meu primeiro sutiã, eu nem tinha peito para usá-lo, mas queria usar, queria ser adulta. Cláudio tirou-me o sutiã fora e começou a chupar meus seios. Não entendi porque fazia aquilo, era tão estranho ficar sugando meus seios. Será que achava que iria sair leite? Bem, não sei o que ele achava, mas eu não gostei nenhum pouco. Enquanto Cláudio sugava meus seios suas mãos ágeis abriam o botão da minha saia tirando fora, e lá estava eu somente de calcinha tentando me cobrir.

Cláudio mandou-me para cama, obedeci. Ele tirou a camisa dobrou é pós sobre uma cadeira. Depois o tênis, meias e calças. Por último a cueca. Senhor! Aquilo foi horrível de se ver. Eu nunca tinha visto um homem nu na vida é o que vi ali foi horrível, muito horrível. Queria sair dali e correr para bem longe, apagar aquela visão do inferno da vida. Ele deixou a roupa dele toda organizada para não amassa na cadeira. Enquanto a minha continuava no chão. Ele até pisou em cima da minha saia quando subiu na cama. Ele estava nu, aquele negócio balançando de um lado ao outro eu fechei os olhos quando ele acariciou minhas pernas e começou a tirar minha calcinha.  Meu medo, minha vergonha é o desejo de ir embora gritavam no peito, só queria chorar é dizer para parar, mas não fiz. Mais uma vez o diabo do orgulho estava ali me consumindo à alma. Eu tava lânguida na cama nua, ele beijava por entre minhas coxas, e quando sua mão tocou meu intimo assustei-me. Espremi meus olhos bem fechados, não queria ver nada, uma grossa lágrima escorreu é sumiu em meio aos meus cabelos dissolvendo no travesseiro. Cláudio beijou-me forte que machucou meus lábios é foi aí que senti a invasão. Meu corpo ficou rígido. Ele só pediu para relaxar que seria gostoso. O ardo começou devagar e foi ficando forte até o ponto de dor, agarrei-me a ele como se aquilo fosse aliviar a dor do corpo e da alma. Minhas unhas eram grandes ele só pediu para não arranhá-lo. Eu tentei. Juro que tentei. Naquela hora eu só pensava na minha avó que tinha depositado a confiança em mim e eu a trai de uma forma tão mesquinha e dissimulada. Depois daquilo tudo como ia olhá-la? Como agir sabendo que eu fiz tudo que ela me pediu para não fazer, mentir é entregar minha honra a um homem que nem era meu marido. Ele começou um vai e vem. Meu corpo não sentia nada, era como se estivesse o corpo ali, mas minha mente não. Estava submersa no estupor da culpa.
                 
Ele saciou seu prazer em cinco minutos, suado e sorrindo. Saiu de cima de mim e foi tomar banho. Eu fiquei ali na cama me sentindo a pior das pessoas. Quando tive a coragem de levantar vi que o lençol estava sujo de sangue. Ele saiu do banheiro e olhou para cama, é apenas disse — Nossa você estava naqueles dias, meu bem. Não sabia— Eu apenas disse que sim, não queria contar que era virgem, que tinha entregado tudo para ele. Que burra Ella, logico que ele sabia. Corri para o banheiro onde entrei na ducha e deixei a água lavar minha sujeira da alma. Você que está lendo isso pode até estar achando que sou dramática, mas não, aquilo foi tudo que eu sentia. Sabia que não seria a mesma, sabia que todos iam descobrir. Depois de chorar e lamentar sai do banheiro me secando. Quando sai ele estava vestido é pronto. Minhas roupas continuavam no chão. As recolhi é vestir, não sabia como era aquele sangramento da perca de virgindade então usei um absorvente. Ele pagou a conta me levou para o carro e não disse mais nada.  Estávamos em silêncio no caminho, eu só queria um carinho sei lá uma palavra bonita para aliviar aquela culpa. Nisso achei que ele fosse me deixar próximo à casa de minha mãe, mas não, pelo meio do caminho ele simplesmente disse para descer do carro é pegar um ônibus que tinha um assunto pra resolver. Deu-me vinte reais é me deixou ali no meio da rua.
                  
Gente, sério. Senti-me uma puta que foi usada é paga. Ele não me beijou e nem disse até logo como sempre. Simplesmente foi embora deixando-me ali no meio da rua.

Quando entrei no ônibus vi que as pessoas me olhavam, sei lá achei que estava estampando na minha testa —Perdeu a virgindade— está certo que era coisa da minha cabeça, mas estava me sentindo julgada e questionada.

Minha avó estava com a minha mãe conversando quando cheguei. Eu estava sem jeito, nem sabia como agir para não perceberem. Sentei no meu canto e ali fiquei, minha mãe pareceu perceber que estava diferente, minha avó também. Eu só disse que tava com dor de cabeça de tanto estudar e a chamei para ir pra casa. Era só o que eu queria ir pra casa e bota tudo no meu diário. 
                        
“A vadia que disse que iria estudar e foi fazer aula de anatomia.”

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