Capitulo 01
Olá, me chamo Micaela Menezes, mas pode me chamar de Ella. Aqui irei te contar um pouco da minha história, melhor, dos três amores mais impactantes que tive
Vamos lá. Não sei ao certo por onde começar. Oh! Sei sim. Que tal falar do meu primeiro namorado? Ou seja, quem eu julguei ser o homem da minha vida, o cara que pensei ser para todo sempre. Isso mesmo, vamos falar do homem que começou mudar minha vida.
Estava terminando o ensino fundamental, na época tinha acabado de completar quatorze anos. Era uma aluna muito aplicada é queria me formar em medicina, era meu maior sonho de vida. Mas minha família era humilde demais, eram somente minha avó e eu. Meu avô vivia pelas fazendas trabalhando é só vinha em casa no fim de mês trazer o pouco que tinha conseguido com os trabalhos. Os dois quem me criaram desde muito novinha, isso com a ajuda de um tio que aos dezesseis anos começou trabalhar para poder ajudar minha avó a me sustentar. Minha vozinha que chamo de mãe, porque ela e a única mãe que conheci na vida, embora tenha minha mãe biológica viva e muito bem, eu considero muito mais a pessoa que esteve ao meu lado desde que dei meu primeiro chorinho de fome. Ela e meu tudo e vocês vão entender porque no decorrer desta história.
Ela me lavava até o colégio todo santo dia, andávamos sete quilômetros para chegar ao mais próximo que havia de minha casa. Isso era todo santo dia, fizesse chuva ou sol. Acordávamos três da manhã é saíamos pelo caminho deserto. Cansei de ver o dia raiar é confesso que amava, hoje vejo que aquilo foi a melhor época da minha vida, devia ter aproveitado mais. Dona Floriana era durona, ficava de olho em mim, dizia que não me queria namorando pelos corredores da escola com aqueles moleques atrevidos- palavras dela-. A velhinha era tão danada que havia gente para me vigiar em todos os lugares. O senhorzinho que vendia balas na frente da escola, a fofoqueira da mulher da limpeza que me odiava por ser mais bonita que a filha dela que era atrevida e dava mais que pé de chuchu, a tia da cantina que mesmo eu não querendo o lanche ela me empurrava pra comer, algumas dessas pessoas até que eram legais, as outras não. Não é querendo me gabar, mas eu era uma garota bonita, tinha quatorze anos e os meninos ficavam alvoroçados querendo beijar-me é namorar comigo, acho que tudo isso era por ser uma garota difícil e não me deixar levar pelas piscadinhas ou bilhetes nada discretos que deixavam em minha carteira. Sempre fui uma garota que gostava dos mais velhos, sempre queria os meninos ou homens mais experientes, e os de colégio não eram o que eu desejava na época. Sempre os achei bobos e que só queriam aproveitar- se de mim para depois sair falando na rodinha de amigos. Estar certo que havia alguns gatinhos em minha volta, mas nunca dei bola o meu foco era meus estudos.
Quando estava com treze anos precisei fazer aulas avançadas. Os professores diziam que necessitava fazer porquê parecia estar atrasada em um ano. Então, se eles diziam isso só me restava acatar. Adiantei a sétima é oitava série em um ano, por isso aos quatorze estava indo para o primeiro ano do ensino médio. Achei que perdi muita coisa em matérias importantes, nunca consegui fazer aquela maldita equação de segundo grau por causa disso, o momento que eu teria em aprendê-la foi rápido demais e a matéria não se encaixou na mente.
Nisso terminei o ensino fundamental. Agora entraria em um novo mundo: o ensino médio. Meu sonho era estudar em um colégio no centro da cidade, onde eram professores melhores é o ensino melhor, além do mais, minha melhor amiga Dayane iria também. Só de pensar em nos duas juntas já sentia a mente fervilhar com tudo que aprontaríamos. Eu não tinha muitas amizades, e para mim uma já bastava, por isso insistir em ir estudar no colégio que ela queria. No fundo aquilo foi ideia dela. Eu odiava mudanças, e ir para outro lugar que não conhecia ninguém seria difícil pra mim. No começo quando disse que queria isso minha avó dizia que não podia pagar as passagens, que não tinha nem o que comer direito em casa, imagina tirar para pagar ônibus todos os dias. Só que quando quero algo eu faço de tudo para ter, posso ser mesquinha pela situação que vivíamos? Sim. Sei que posso. Mas poxa! Eu nunca tinha nada que queria, e esse era o momento de bater o pé e fazer isso. Então lhe sugeri que fossemos falar com meu padrinho, o velho era cheio da grana e podia muito bem fazer isso, não ia doer em seu bolso como iria ao nosso. Com a cara é a coragem nos duas fomos ate sua empresa. Ela disse que gostaria de lhe falar, e ele lhe recebeu. Minha avó contou o que estava acontecendo e ele me perguntou se era isso mesmo que eu queria. Falei categórica que sim. Para ele não era nada só teria que me da naquela época todo mês trinta e oito reais, quatrocentos e cinquenta e seis ao ano. Isso não ia lhe levar a falência, além do mais era investimento para meu futuro.
Pois bem, chega de papo furado. Nisso é que começa a história. Eu havia começando a estudar em um dos maiores colégios da cidade da parte da manhã, nunca dei conta de estudar à tarde. O choque de realidade começou no primeiro dia, a maioria das alunas tudo patricinha, me sentia ali como no filme As Meninas Malvadas. Elas com mochilas chiques, sapatos caro é tudo mais. O máximo que eu tinha era um caderno de vinte matérias, uma pochete cheia de caneta Bic colorida é uma sandália havaiana que minha avó comprou. Não tinha vergonha dessa minha situação até chegar ali. O começo foi difícil, as meninas me excluíam dos grupinhos eu parecia ter uma doença contagiosa. No fundo sabia que sentiam inveja de mim porque os meninos queria mais minha companhia que as delas. Ah é minha querida amiga Dayane, bem... Ela foi para outro colégio, hoje vejo que nossa amizade não era tão forte como eu achei, percebi que só me, pois pilha para saber se eu era boba como achava. Pois em minha cabeça para ir estudar ali, e no fim me deixou sozinha, mas tudo bem eu estava mais que acostumada com isso.
Em minha exclusão e solidão conheci Marcos, era um aluno do terceiro ano. Lindo, cabelos negros, olhos escuros e tão gentil comigo, e como beijava bem. Gostava dele, gostava de exibi-lo para aquelas metidas, mostrar que eu ficava com um menino mais velho. Gostava dele por ser bonito, mas não queria mais que uns beijinhos dele e nada mais, e olha que varias vezes ele me convidou para ir até sua casa, eu era ingênua, mas não boba sabia muito bem o porque de ele me convidar até sua casa.
Já estava há seis meses ali. Faltavam dois meses para completar meus quinze anos quando conheci Cláudio. Nossa ele fez meu coração quase sair pela boca, era bonito, olhos verdes, olhos tão verdes que eu ficava com as pernas bambas sempre que ele passava por mim e sorria. Era mais velho tinha vinte e seis anos, era empresário dono de uma frota de caminhões de transporte. Cláudio me paquerava, jogava beijos quando me via, e eu ali aos quatorze anos me vi completamente apaixonada por ele em um mês de jogada de charme dele para comigo. Eu não queria mais nada somente ele. Um dia estava saindo mais cedo do colégio, um dos professores ficou doente e não havia um para substitui-lo. Então minhas amigas me chamaram para ir ao shopping. Bem na verdade colegas, ali nenhuma era amiga tudo um bando de falsa que falavam de mim pelas costas. Elas não sabiam, mas eu sim. Um dia estávamos no mesmo shopping quando eu estava no banheiro e as ouvi rindo de mim enquanto enchiam a cara de maquiagem, eram jovens de quinze, dezesseis anos, mas pareciam mais velha de tanto que pintavam o rosto. Riam dizendo que eu não passava de uma pobrinha que só servia para ajudar nos deveres escolares, e a líder do clube da lulu, Adriana queria o Marcus. Eu chorei quando cheguei em casa, chorei tanto por vergonha de ser assim humilde, mas não era minha culpa. Minha avó não tinha estudo, meu avô também não. Então tínhamos que viver daquele modo que Deus manda. Não era minha culpa não ter tudo que elas tinham, mas um dia eu teria sim tudo que desejasse quando fosse uma renomada médica. Mas voltado ao Cláudio. Havíamos saído mais cedo e estávamos indo para o shopping ficar lá só olhando vitrines é pensando em tudo que eu poderia ter se fosse rica. Ele parecia saber que eu sairia cedo. Quando o vi estanquei no lugar, minhas mãos estavam suadas, meus pés também, minha barriga estava fria, e devia estar muito vermelha, era tímida ainda mais com o cara que gostava.
Ele aproximou-se é chamou-me de bonita, que estava doido para me ver e conversar. Eu nem sabia o que dizer. Ele me chamou para um sorvete e eu fui, tomamos o melhor sorvete do mundo enquanto ele me perguntava sobre os estudos e a vida. Depois levou-me de volta a pracinha onde tinha que esperar dona Floriana que chegaria a qualquer momento. Ela não havia parado com o hábito de me levar até a porta da escola e buscar. Quando fui estudar ali ficou ainda pior sua vigilância. Quando fui sentar-me ao banco Cláudio segurou minha mão impedindo-me. No ímpeto beijo-me. Senhor! Quase desfaleci em seus braços de tão emocionada é surpresa que fiquei. Ele me beijou com tamanha voracidade que senti vergonha depois que acabou e algumas pessoas olhavam para nos dois estranho. Sorrindo me acariciou bochecha e chamou-me de linda. Eu estava tão envolvida que tudo que ele falasse eu faria.
Neste mesmo momento ele disse que era meu namorado. Eu nem acreditei, estava namorando com ele. Foi tão mágico e bonito aquilo tudo. Eu estava namorado um lindo homem que me deixava com sentimentos controversos.
Naquele dia eu sorria para tudo é todos. Minha avó não entendia por quê?
E falando nela assim que ela vinha chegado me viu falando com ele. Cláudio também a viu que saiu rápido para não dar de cara com ela.
Minha avó apenas disse que não me queria com aquele sujeito, que não gostava dele e tinha cara de patife. Eu deveria tê-la ouvido só que quando somos jovens demais achamos que sabemos de tudo.
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